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FITOCOSMÉTICOS

• Dificilmente são “produtos naturais”


INFLAMAÇÃO E
LESÕES DA PELE
 CAMOMILA Matricaria recutita

 CONSTITUINTES -Podem ser


divididos em 02 grupos :

 LIPOFILICO- óleos esenciais


( camazuleno, matricina, alfa
bisabolol)

 HIDROFILICOS – Flavonoides e
mucilagens
  
As preparações de camomila são usadas por suas propriedades
antinflamatórias e estudos in vitro demonstraram ações
bacteriostáticas e fungistáticas que contribuem para o uso dermatológico
da camomila.
Efeitos antiinflamatórios foram demonstrados tanto para extratos
alcoólicos integrais quanto para seus constituintes isolados.
•CAMOMILA

As preparações de camomila e seus constituintes isolados


agiram principalmente nos mediadores inflamatórios da
cascata do acido aracquiônico.

A atividade antibacteriana e fungicida foi principalmente


contra organismos gram positivos e Cândida albicans em
testes em placas microbianas
 CAMOMILA

 Uso : as preparações de camomila são usadas para


tratar processos inflamatórios cutâneos de origem
bacteriana e não bacteriana , ferimentos de cicatrização
difícil , abcessos, dermatose induzida por radiação e
dermatoses infantis.
 
 Concentração : preparações semi sólidos devem conter
de 3-10% da droga vegetal.
HAMAMELIS ( Hamamelis virginiana)

 Os taninos tem propriedades


adstringentes fortes .

Aplicados topicamente na pele ,


provocam uma precipitação protéica
que torna as camadas superficiais mais
protegidas e modifica as estruturas
coloidais , causando vasoconstrição
capilar.

 A diminuição da permeabilidade
vascular é equivalente ao efeito
antiinflamatório local.
•HAMAMELIS ( Hamamelis virginiana)

Os taninos tem leve ação anestésica tópica que acalma a dor e a


irritação.
Os hamamelitaninos evidenciaram in vitro inibir o o fator de necrose
tumoral.

Os flavonóides demonstram efeito Vitamina P: ação flebotônica,


vasoprotetora e diminuição da permeabilidade capilar

Quando testado um extrato destilado ( água de hamamelis) em 22


pacientes saudáveis e cinco com neurodermatite atópica, a mesma
preparação mostrou efeitos antiinflamatorios e reduziu a hiperemia
cutânea ( Sorkin , 1980).
O mecanismo de ação antiinflamatório é dado pela inibição da enzima
5-lipooxigenase.

 
•HAMAMELIS ( Hamamelis virginiana)

Uso: lesões cutâneas leves, processos inflamatórios locais da pele e


das membranas mucosas e problemas associados a veias varicosas.

POSOLOGIA EM FITOCOSMÉTICA:
-Para a elaboração de cremes, géis, loções tônicas, loções para pele
oleosa usar extrato glicólico 5 a 10%.
- Para aplicação em xampu: extrato glicólico 2-5%
- Água de Hamamelis: diluir 1:3 em água, para aplicar em
compressas. Para preparações semi-sólidas usar 20-30%
ÓLEO DE PRIMULA ( Oenothera
biennis)
 Contem 60-80% de acido γ
linoleico . Pacientes com
neurodermatite tem deficiência
da enzima ( delta 6-
desnaturase) o que contribui
para a eficiência terapêutica do
óleo de prímula para esta
indicação ( Manku et al.,1984 ;
Morse et al., 1989).

O efeito na função de barreira do Óleo de prímula em dermatite


atopica foi estudado em testes de veículo controlado com duas
populações de 20 pacientes atópicos O óleo de prímula provou
ter um efeito estabilizante na barreira do estrato córneo , mas isso
foi evidente somente com a emulsão de água em óleo.
ÓLEO DE PRIMULA ( Oenothera biennis)
A dermatite (eczema) é uma inflamação das camadas superiores da pele
que produz bolhas, rubor, edema, secreção, formação de crostas,
descamação e, geralmente, prurido. O coçar e o atrito contínuo da pele
podem provocar o espessamento e o endurecimento da mesma. Alguns
tipos de dermatite afetam apenas determinadas partes do corpo.

Tratamento convencional:
corticóides e anti-
histamínicos
ÓLEO DE PRIMULA ( Oenothera biennis)

A conversão do ácido linoleico em ácido gama-linolênico, é


determinada pela ação da enzima delta-6-desaturase. Quando existe
uma redução na ação desta enzima, a síntese de prostaglandina E1
fica prejudicada, levando a um desequilíbrio orgânico. A enzima delta-
6-desaturase pode ter sua atividade diminuída por excesso de
colesterol, de ácidos graxos saturados, de álcool, deficiência de zinco,
infecções virais, envelhecimento e diabetes.
É importante salientar que a carência de ácidos graxos essenciais leva
ao envelhecimento precoce, distúrbios cardiovasculares, hipertensão
arterial, além de diversas outras alterações metabólicas.
Uma maneira de assegurar adequada quantidade de ácido gama-
linolênico é transpor a etapa enzimática que envolve a delta-6-
desaturase, fornecendo ácido gama-linolênico diretamente através de
complementação medicamentosa.
CALENDULA (Calendula
officinalis)

 São usadas na forma de tintura


, extrato liquido e óleo de
calêndula para promover a
granulação e facilitar a
cicatrização de inflamações de
pele, feridas , queimaduras e
eczema.

Tratamento com extrato de flores de calêndula demonstrou significativas


melhoras clínicas nos casos de neurodermatites, intertigo,eczemas
úmidos e secos, dermatites e dermatites pós-solares.
•CALENDULA (Calendula officinalis)

Atividade Reepitelizante e Cicatrizante

• Estão envolvidos os falvonóides, mucilagens, triterpenos e carotenos.

• Mecanismo de ação: estímulo do metabolismo de glucoproteínas,


nucleoproteínas e colágeno (Volpato A., et al., 1999)

• A calendula promove a granulação em tecidos, um importante passo na


reepitelização e cicatrização( Bisset , 1994)

• Concentração : 2-5 g da planta seca em 100g de uma base adequada


para uso tópico. Alccolatura 10% e Extratos glicólicos 2 a 5%. Óleo 8-15%
BABOSA – Aloe vera
 
Parte utilizada: Parênquima da folha
fresca

Princípio Ativo: mucilagens

Histórico/Curiosidades: Um dos segredos secretos da beleza de


Cleópatra, a babosa, ainda hoje continua entre os eleitos das
empresas de cosméticos

Ação: antiinflamatório, emoliente, cicatrizante (tópico)


BABOSA – Aloe vera
 Aloe vera gel é usado externamente no tratamento de ferimentos
e desordens inflamatórias da pele.
 O Aloe vera gel tem sido tradicionalmente usado como um remédio
natural para queimaduras .
 O Aloe vera gel tem sido efetivamente usado no tratamento de
queimaduras térmicas de 1º e 2º graus e queimaduras por
radiação. Ambas as queimaduras (térmica e radiação) melhoraram
mais rápido com menor necrose quando tratados com preparações
contendo Aloe vera gel.
 O mecanismo de ação em casos de queimadura está centrado na
inibição do tromboxano B, limitando por sua vez a produção de
prostaglandinas F2alfa, previnindo a isquemia dérmica.
BABOSA – Aloe vera

 Investigações clínicas sugerem que preparações a base de Aloe vera


gel aceleram a cicatrização de feridas .

 Em estudos “ in vivo” tem-se demonstrado que o Aloe vera gel


promove a cicatrização de feridas por estimular diretamente a
atividade de macrófagos e fibroblastos .

 A ativação de fibroblastos por Aloe vera gel tem sido reportado por
aumentar a síntese de colágeno e proteoglicans, desse modo
promove o reparo tecidual.
BABOSA – Aloe vera

Alguns dos principais princípios ativos são os polissacarídeos


predominantemente manose. Tem sido sugerido que a manose 6-
fosfato, o principal açúcar componente do Aloe vera gel, pode ser
particularmente responsável por cicatrizar feridas.

Manose 6-fosfato pode ligar-se a receptores na superfície de fibroblastos


e desse modo aumentar essa atividade .

Além disso, acemannan, um carboidrato isolado das folhas do Aloe, tem


demonstrado acelerar a cicatrização e reduzir reações na pele induzidas
por radiação . 
BABOSA – Aloe vera
 Antiinflamatório
 A atividade antiinflamatória do Aloe vera gel tem sido revelado por
numerosos estudos “ in vitro” e “ in vivo”.

 O Aloe vera gel parece exercer uma atividade antiinflamatória através


da atividade da bradiquinase (24) , tromboxano B2 e inibição da
prostaglandina F2 (18,26).

 Além disso, 03 esteróis na Aloe vera gel reduziram a inflamação acima


de 37% em edema induzido por óleo de croton em ratos . Lupeol , um
componente esterol presente na Aloe vera, foi mais efetivo e reduziu a
inflamação de maneira dose-dependente. Estes dados sugerem que os
esteróides específicos podem também contribuir para a atividade
antiinflamatória do Aloe vera gel.
Castanha da índia
FIBROEDEMA GELOIDE
“CELULITE”
R E D U Ç Ã O D A C IR C U L A Ç Ã O V E N O S A E L IN F Á T IC A

A C Ú M U L O D E T O X IN A S
CELULITE IF L A M A Ç Ã O

IN ÍC IO A L T E R AÇ Ã O T IS S U L A R

D IM IN U I F L U X O D E S A N G U E A R T E R IA L

E S T AG N AÇ Ã O D E S AN G U E V E N O S O

C AS C A D E L AR AN JA

AU M E N T A V IS C O S ID AD E
D A S U B S T Â N C IA F U N D A M E N T A L

EDEM A

F O R M A Ç Ã O D E T E C ID O E S P O N J O S O
E S C L E R O S E / F IB R O S E

C O M PR E S S Ã O D O S V AS O S E N E R V O S

D OR
TECIDO CONJUNTIVO NORMAL
LIPOESCLEROSE DO TECIDO CONJUNTIVO
(CELULITE)
CENTELA - Centella asiática
 Ação:
 Eutrófico do tecido conjuntivo;

 Normalizador da circulação venosa de retorno;

 Vasodilatador periférico;

 Indicações:
 Tratamento da celulite e gordura localizada a

nível de quadris, abdômen, coxas, joelhos e


tornozelos;
 Tratamento da insuficiência venosa;
CENTELA - Centella asiatica

O ácido madecassico foi identificado como o principal


componente antiinflamatório e o asiaticosídeo como o
princípio cicatrizante.

Os triterpenos têm demonstrado ser uma das armas mais


eficazes nos casos de celulite leve a moderada.
CENTELA - Centella asiatica

MECANISMO DE AÇÃO NA CELULITE

• Testes com células embrionárias humanas demonstraram que o extrato


de centela produzem:

Estímulo na síntese de lipídios e glicosaminoglicanas, em


especial ácido hialurônico e condroitin sulfato

Redução do nível de ácido urônico e das enzimas lisossomais


relacionadas ao metabolismo dos mucopolissacarídeos(beta-
glucoronidase, beta-N-acetil-glucosaminidase e arilsulfatase)
CENTELA - Centella asiatica
MECANISMO DE AÇÃO NA CELULITE

TECIDO CONECTIVO NORMAL

ESTÍMULO DOS PROCESSOS REPARATIVOS

CORRETO PROCESSO DE REEPITELIZAÇÃO

LIMITAÇÃO DOS FENÔMENOS


DEGENERATIVOS
CENTELA - Centella asiatica

ÁREA DERMATOLÓGICA

• Em modelos de lesão dérmica experimental, a aplicação de solução de


asiaticosídeo a 0,2% produziu:
Aumento de 56% de hidroxiprolina
57% de aumento da força tensil da ferida
Maior conteúdo de colágeno
Atividade antioxidante local
Angiogênese
Melhor capacidade reepitelizante

• Em aplicação tópica a 0,4% demonstrou melhorar a cicatrização de


feridas em ratas com diabetes induzida por estreptozotocina
Propriedades Farmacológicas:

• Os constituintes da fração triterpênica da centella


atuam normalizando a produção de colágeno ao nível
dos fibroblastos, promovendo o reestabelecimento de
uma trama normal e flexível e conseqüente
“desencarceramento” das células adiposas, permitindo
a liberação de gordura localizada graças a possibilidade
de penetração das enzimas lipolíticas.
• Proporciona portanto, a normalização das trocas
metabólicas entre a corrente sanguínea e as células do
tecido adiposo.
Propriedades Farmacológicas:

• Esta função é ainda auxiliada pela melhora da circulação


venosa de retorno, que combate os processos
degenerativos do tecido venoso. Também controla a
fixação da Prolina e Alanina, elementos fundamentais na
formação do colágeno. Sua ação sobre os edemas de
origem venosa orientam o tratamento das celulites
localizadas. Favorece o processo de cicatrização e age sobre
os fibroses de várias origens.
• Apresenta certa ação antiinflamatória. O asiaticosídeo tem
ação antibiótica e age como cicatrizante de feridas na pele.
HERA - Hedera helix
 Denominação Botânica:
 Hedera helix

 Constituintes:
 Hederacosídeo;
HERA - Hedera helix
 Extrato rico em hederina , uma saponina que
protege e diminui a permeabilidade de vasos
sanguineos. A Hera ajuda a reabsorver o edema
presente na fase inicial do aparecimento da
celulite.
Cosmetic & Toiletries set/out 1997. Uso de Hera na
Cosmetologia. Vol.9.p.4246.

Composição: O principal constituinte é um


glucosideo a hederina ( helixina). As folhas , além
da hederina, taninos e saponinas, possuem ainda
ácidos orgânicos , iodo e hamamelitol.
HERA - Hedera helix

Ações : a presença de elementos ativos anticelulite


em Hedera helix L., foram isolados e comprovados
por M. Carini ( 1986).
 
 A hera age aumentando a microcirculação e

diminuindo o intumescimento do tecido


conjuntivo.

 Concentração de uso – extrato glicólico 3 a


10%.

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