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 Registo das vivências e sentimentos de um “eu” face ao mundo que o

rodeia;
 O diário é o testemunho diário, por vezes com algumas
descontinuidades, do quotidiano de alguém que fixa, através da escrita,
factos, desejos, emoções.

 É repetitivo – cada dia corresponde a um registo de situações e sentimentos


diferentes e é identificado pela respectiva data;

 O autor dirige-se ao diário como a um confidente, sendo frequente a utilização do


vocativo “Querido diário” ou até a criação de um nome para o saudar;

 Os registos são ordenados por ordem cronológica de ocorrência.


Diário Pessoal Diário de Ficção
 Íntimo, destina-se apenas a  Não se trata de um diário genuíno,
ser lido pelo seu autor. cujo autor regista as emoções e
vivências quotidianas.
 Não existem grandes
preocupações literárias; A preocupação pela literariedade é
muito maior;
 A linguagem é fluida e familiar.
 Também é acrescida a atenção
 Poderá ser repetitivo em sobre a linguagem utilizada que, apesar
termos de forma (repetições a disso, traduzirá também o correr do
nível do registo escrito que pensamento.
traduzem a fluência da oralidade)
e de conteúdo (referência aos  É uma obra literária apresentada na
mesmos episódios…) forma de anotações pessoais.
Miguel Torga, Diário, vol.XVI, 1993

DIÁRIO PESSOAL
(LITERÁRIO)
DIÁRIO PESSOAL
 O protagonista e o narrador são coincidentes, ou seja, são a mesma entidade;

 O discurso surge na primeira pessoa;

Presença de um “tu” (diário personificado);

 A matriz discursiva é muito livre, uma vez que o narrador dá livre expressão ao curso do
seu pensamento;

Não existe, excepto no diário de ficção, a intenção de agradar os leitores, porque o diário
destina-se ao próprio autor;

 O discurso é subjectivo, a escrita é confessionalista;

As acções surgem situadas no tempo, estando o texto oraganizado em função de um


“hoje” em que o Eu se situa;

 O nível de língua é familiar, o registo é informal e o vocabulário bastante simples;

A referência deíctica pode ser dada por pronomes pessoais, determinantes possessivos
ou demonstrativos, advérbios de tempo ou de lugar;

 Por vezes, a narração é descontínua, intercalada, porque apenas ocorre quando o


sujeito de enunciação deseja registar algo.
Vivências do Eu/ necessidade de comunicar consigo
próprio;

Relações do Eu com os outros;

Testemunhos de situações;

Contexto histórico, político e social em que o Eu se insere;

Reflexão sobre as problemáticas:


-que o afectam (indiciduais);
-que afectam o seu país (nacionais);
-que afectam o Mundo (internacionais).

Confissões / confidências.

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