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PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO

CURSO DE HABILITAÇÃO DE INSTRUTOR

DISPOSITIVO ELÉTRICO
INCAPACITANTE SPARK DSK
700
CONCEITO
1. DISPOSITIVO ELÉTRICO INCAPACITANTE SPARK DSK 700
A SPARK é um dispositivo elétrico incapacitante, desenvolvido e
fabricado pela Condor Tecnologias Não Letais.

A SPARK emite pulsos elétricos que atuam sobre o sistema


neuromuscular causando desorientação, fortes contrações
musculares e queda do indivíduo, incapacitando-o enquanto
estiver sob a ação do dispositivo .

A SPARK usa componentes eletrônicos de alta qualidade e alta


tecnologia que aliam eletricidade em pulsos, alta voltagem e
baixa amperagem, com muito mais segurança e controle.
2. VANTAGENS NO USO DA SPARK
1. Pode ser usada por todos os agentes da lei independentemente
de tamanho e força física;
2. Tempo mínimo de treinamento requerido é de 8 horas;
3. Habilidade específica: ter formação na disciplina “Armas Não
Letais” ou “Uso da Força”;
4. Se integra facilmente com outros programas de defesa tática;
5. Pode ser usada tanto para defesa como controle;
6. Reduz as taxas de lesão de oficiais e criminosos;
7. Reduz as queixas por uso de força excessiva.
FICHA TÉCNICA
DA SPARK DSK 700
1. ESPECIFICAÇÕES
 Comprimento: 201 mm
 Altura: 144 mm
 Largura: 48 mm
 Peso: 350 gramas (sem baterias e sem cartucho)
 Pico de voltagem (circuito aberto): 50.000 Volts
 Pico de voltagem (em contato): 3.800 a 4.200 Volts
 Pico de voltagem (dardos): 6.000 a 7.000 Volts
 Corrente continua média: 0,0028 Amperes

Obs.: A imobilização não ocorre em voltagens abaixo de 5.000 volts.


DESCRIÇÃO TÉCNICA
DOS COMPONENTES
1. SISTEMA DE ATIVAÇÃO
 A SPARK é ativada por uma chave liga/desliga ambidestra.
 Para a maior praticidade durante o uso do dispositivo, a
SPARK usa o modelo convencional de ativação, usado pelas
armas de fogo. Posição para CIMA mantém a SPARK desligada
(A) e a posição para BAIXO ligada (B).
2. SISTEMA NEUTRALIZADOR
 A SPARK possui uma chave neutralizadora.
 A retirada desta chave torna o dispositivo inoperante,
reativando-o quando reinserida. Isso ajuda a evitar que o
dispositivo seja utilizado contra o próprio operador.
3. LEDs AUXILIARES
 Os LEDs auxiliares tem a função de informar aos outros
operacionais, que estejam no contexto da operação, que a
SPARK está ativada.
4. SISTEMA DE ACIONAMENTO
 O gatilho, de ação progressiva, segue a tendência das armas
convencionais, sendo anatômico e de fácil uso.
 A SPARK dispõe de sistema de segurança que interrompe o
choque após 5 segundos, mesmo que o gatilho permaneça
acionado.
 A qualquer momento o choque poderá ser interrompido
acionando-se a chave liga/desliga para posição CIMA.
5. SISTEMA DE PONTARIA
 A SPARK conta com uma mira fixa de três pontos, integradas
ao corpo do dispositivo e uma mira laser que indica o ponto
do impacto do dardo superior.
 O laser é utilizado como principal instrumento de mira.
Possui um alcance de 5 a 10 m e indica o ponto de impacto
do dardo superior.
6. SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
 A SPARK conta também com uma lanterna auxiliar de LED de
alta intensidade. A lanterna ajuda as operações noturnas
com baixa visibilidade.
7. DISPLAY INDICADOR DE ENERGIA
 O display da SPARK traz informações sobre dia, hora,
temperatura interna do dispositivo e nível de carga da
bateria.

 Para evitar o consumo desnecessário, durante os disparos, o


display se apagará deixando apenas uma luz vermelha
intermitente.
 A faixa de temperatura de operação é de -10° C a 50°C
(temperatura ambiente). Se após um número muito grande
de disparos, a temperatura interna da SPARK chegar a 80°C,
o dispositivo deve ser desligado até que volte a 35°C.

 O ajuste do dia e hora é feito automaticamente via conexão


ao Data Kit – SPARK que atualiza o equipamento com fuso
horário local.
8. FONTE DE ALIMENTAÇÃO
 A SPARK funciona com um conjunto de 4 baterias
recarregáveis Li-on ICR17335 3,7V 650mah acondicionadas
no porta destacável.

 O porta-baterias fica localizado sob o punho, e possui


indicação do posicionamento das baterias.
 As baterias carregadas têm autonomia mínima de 70 disparos de 5
segundos.

 Recomenda-se recarregar as baterias quando o nível acusar 25% ou


menos.

 Tempo de recarga é de aproximadamente 5 horas.

 Recomenda-se a utilização de baterias homologadas, testadas e


fornecidas pela Condor Tecnologias Não letais.

 Vida útil das baterias: 250 recargas;

 A CONDOR disponibiliza um carregador específico para as baterias


utilizadas pela SPARK.
 Siga fielmente o esquema de posição das baterias indicado no
corpo do porta–baterias, pois a inversão de polaridade pode
causar falhas graves no equipamento, além do vazamento
das baterias e, em casos extremos, sua explosão.
9. CARTUCHOS

A SPARK possui três modelos de cartuchos:

 MSK-106 com alcance de 6 metros (cor laranja)

 MSK-108 com alcance de 8 metros (cor preta)

 MSK-100 com alcance de 4,5 metros (cor verde)


 O cartucho possui dois dardos, os quais são propelidos à
base de gás (N2) não tóxico, não inflamável, não explosivo,
não poluente e não contaminante.
 Total de pressão nos cilindros de N2: 1750 PSI – 6m; 2500
PSI – 8m;
 Os cartuchos são reversíveis possibilitando o encaixe em
qualquer das duas posições. A geometria do dispositivo
garante que o dardo superior fique sempre na horizontal.
 A trajetória do dardo inferior apresenta um ângulo de 5 a 6°
em relação ao dardo superior;
 velocidade média dos dardos: 30 m/s;
 composição e revestimento dos fios condutores: Microfio de
cobre com isolação de Teflon;

 Os cartuchos da SPARK são munidos de chip de rádio


frequência I-REF, com número de série único, que permite a
rastreabilidade da munição mesmo se adulterada a etiqueta
de identificação ou após disparo.

 Cuidado ao lidar como os cartuchos SPARK. Os dardos


podem se ativar de forma inesperada, se expostos a choque
físico ou eletricidade estática. Mantenha os cartuchos SPARK
longe de descargas eletrostáticas.
 Nunca tente abrir ou modificar um cartucho SPARK, utilize
somente cartuchos originais CONDOR. A sua adulteração
pode causar acidentes, descargas ou mau funcionamento.

 Para funcionar adequadamente, o cartucho deve estar


íntegro e limpo, em caso de queda, não utilize o cartucho se
houver qualquer evidência de detritos ou desprendimento de
uma das partes.
10. SISTEMA DE EJEÇÃO DOS CARTUCHOS

 A SPARK possui uma tecla ejetora ambidestra.

 Pressionando essa tecla, o cartucho da SPARK será ejetado


automaticamente.
 Em caso de disparo durante uma ocorrência, esse sistema
torna fácil e rápido colocar outro cartucho, “recarga de
combate”.

 Além disso, para acionar a tecla ejetora é necessário antes


retirar o dedo do gatilho. Isto evita disparos acidentais.
11. ELETRODOS
 A SPARK possui dois eletrodos posicionados na região frontal
do dispositivo, que transmitem energia aos cartuchos e
podem também ser utilizados para choque por contato.
12. PORTA DE DADOS
 A SPARK possui uma entrada de USB integrada ao seu corpo.
Através de um módulo externo (Data Kit) permite o acesso
aos dados armazenados na memória interna, relativos ao
seu acionamento.
 A SPARK armazena os 1000 últimos disparos, registrando
data, hora e tempo de duração de cada disparo. Não existe
possibilidade de alterar os dados registrados.
13. DATA KIT
 Possibilita o acesso aos dados da memória, e essas
informações podem ser passadas para uma unidade de disco
removível (pendrive), sendo assim possível gerar relatórios
para controle do uso do dispositivo por parte do operacional.
 O Data Kit possui sistema GPS que durante a sincronização
dos dados atualiza data e hora da SPARK.
COLETANDO DADOS

 Conecte o DATA KIT a um pendrive e a um cabo USB ligado


à SPARK.

 Pressione o botão de atualização dos dados.

 Os 1000 últimos disparos são copiados da memória da


SPARK ao pendrive em formato .txt, que pode ser acessado
em qualquer terminal de computador.
ATUALIZAÇÃO DE DATA E HORA

Este procedimento ocorre em paralelo ao anterior, ao mesmo


tempo em que o DATA KIT recebe os dados dos 1000 últimos
disparos, ele atualiza as informações de data e hora da SPARK.

O equipamento dispõe de módulo GPS que coleta as


informações de data e hora via satélite, além de botão para
horário de verão.

Obs.: Após 10 horas sem baterias a arma perde a capacidade


de manter as informações de data e hora.
PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS E ATUALIZAÇÃO

 Conecte um pendrive e o cabo USB em suas respectivas


portas;

 Conecte a outra ponta do cabo USB a SPARK;

 Ligue o equipamento com a chave on/off localizada na parte


direita do componente;

 Aguarde o globo azul começar a girar, indicando que o


equipamento está pronto para uso;
 No lado esquerdo do equipamento existe uma chave OK, que
deve ser acionada para atualização da SPARK e a coleta dos
seus dados;

 Também no lado esquerdo existe uma chave para seleção do


horário de verão. A posição “0” corresponde ao horário
convencional e a posição “+1” corresponde ao horário de
verão. Caso seja necessária sua conversão, modifique a
posição da chave conforme a necessidade, desligue e ligue o
equipamento.
14. NÚMERO DE SÉRIE DO DISPOSITIVO
 Possui gravação externa visível. Esse número é gravado por
micropontos em uma peça metálica fixada no corpo de
polímero.

 Também possui gravação na memória digital do dispositivo e


Chip de Rádio Frequência I-REF.
15. ACESSÓRIOS

COLDRE
PORTA CARTUCHO

MALETA DE TRANSPORTE
OPERAÇÕES
DE MANEJO
A SPARK DSK 700, apesar de não ser uma arma de fogo,
deve receber atenção e cuidados como se fosse uma,
portanto:
 Sempre aponte SPARK para baixo até que você esteja pronto
para usá-la.
 Considere-o como estando sempre “carregada”.
 Mantenha o dedo fora do gatilho até o momento do disparo
efetivo.
1. INSTALAÇÃO DAS BATERIAS
2. TESTE DE CENTELHA
Faça o teste de centelha diariamente e sempre após repor
as baterias. Tendo assim a confirmação que o dispositivo
está funcionando.

PROCEDIMENTOS:
1. Com a arma desligada retire o cartucho;
2. Acione o gatilho, deixe fluir o ciclo por um segundo e
confira a rapidez do pulso;
3. Recoloque o cartucho e guarde a arma no coldre.
3. CARREGAR
 Sempre que for municiar certifique-se de que o dispositivo esteja
desligado, coloque um cartucho na parte frontal do dispositivo até
ouvir um clique.

 Verifique se o cartucho está seguro puxando pelos lados.

 O cartucho possui simetria a 180˚. Com isso, haverá duas


posições simétricas de encaixe, e, sempre que o cartucho for
inserido no seu alojamento, o dardo superior estará alinhado
longitudinalmente com o corpo da Spark.

Obs.: Não coloque a mão na frente do cartucho.


4. DESCARREGAR
 Desligue a Spark, pressione a tecla ejetora segurando o
cartucho;

 Para acionar a tecla ejetora, o movimento mais simples e


intuitivo é remover o dedo do gatilho. Isto evita disparos
acidentais;

Obs.: Não coloque a mão na frente do cartucho.


5. SEGURANÇA NO MANUSEIO DOS CARTUCHOS

 Os cartuchos são disparados por descarga elétrica;

 Disparos inesperados podem ser causados por eletricidade


estática;

 Mantenha as mãos afastadas da frente dos cartuchos;

 Não aponte cartuchos para si mesmo ou para outras


pessoas.
MODALIDADES DE
EMPREGO DA SPARK
1. MODALIDADES DE UTILIZAÇÃO DA SPARK

Podemos utilizar a SPARK basicamente de três formas:

1.1. Disparo dos Dardos (à distância)

1.2. Por Contato (Drive Stun)

1.3. Sonora e Visual (intimidação)


1.1. DISPARO DOS DARDOS
Consiste no modo principal e destinatário do dispositivo.
Significa a realização do disparo dos dardos no cartucho
contra o infrator. Os dois dardos devem alcançar o alvo para
o efeito de incapacitação desejado.
1.2. POR CONTATO (DRIVE STUN)

 Contato Repelente
Um contato de cerca de 1 a 2 segundos pode afastar e manter
o agressor a uma distância segura. Ele também é capaz de
reduzir a ação de revide.

 Contato de Atordoamento
Uma imobilização momentânea pode ser efetuada com uma
descarga completa de 2 a 5 segundos (um ciclo) que
normalmente surpreende e atordoa o agressor.
1.3 SONORA E VISUAL
A emissão sonora, a visualização de um arco voltaico de
eletricidade e da mira lazer, pode ser o bastante para deter
uma pessoa. É usado como meio de intimidação.
VÍDEO 03
PARTES DO CORPO
PARA APLICAÇÃO
1. PARTES DO CORPO PARA APLICAÇÃO

PEITORAL

BRAÇO E ANTEBRAÇO

LADO ESQUERDO E DIREITO DO ABDOMEM

COXAS E PERNAS ACIMA DOS JOELHOS

PARTE SUPERIOR DAS COSTAS

NÁDEGAS
2. PARTES QUE DEVEM SER EVITADAS

Cabeça

Pescoço

Seios

Órgão genital

Virilha

Coluna cervical
EMPREGO TÁTICO
DA SPARK
1. FUNDAMENTOS PARA O DISPARO DOS DARDOS

 Empunhadura

 Postura corporal

 Visada

 Controle do acionamento do gatilho


PROCEDIMENTOS

 Remova a SPARK do coldre;

 Acione a Chave Liga/Desliga para baixo;

 Aponte a mira laser para o centro do tronco, costas ou pernas


do oponente;

 Acione o gatilho;
 Será propelido um par de dardos conectados à fios elétricos, que
transmitem a energia do dispositivo por cinco segundos e encerra
a transmissão automaticamente, mesmo no caso do gatilho
continuar pressionado. É possível interromper o choque a
qualquer momento por intermédio da tecla liga/desliga;

 Nunca atire em distância superior ao alcance nominal do


cartucho;

 Evite atirar a menos de 1 (um) metro do oponente.


2. CONSIDERAÇÕES TÁTICAS

 Se possível, tente obter cooperação usando comandos

verbais. Por vezes os comandos verbais e a exibição do

dispositivo SPARK são suficientes;

 Considere técnicas de cobertura e distância;

 Considere ter cobertura letal ou outras opções de força

apropriadas disponíveis quando possível;

 Tenha disponível cartuchos reservas;


 Empunhe verticalmente a SPARK a menos que o sujeito
esteja deitado ou em ângulo;

 Mire no alvo: centro de massa ou pernas;

 O ponto Laser indica o lugar de impacto do dardo superior;

 Se possível, empregue a SPARK nas costas do sujeito,


melhor efeito surpresa, as roupas estão mais justas e
músculos mais fortes;
VÍDEO 04
 Quanto maior a dispersão dos dardos maior será o efeito
incapacitante, se possível, no mínimo 4” (10 cm aprox.) de
dispersão;

 Distância entre dardos:


 6 m: de 50 cm a 70 cm.
 8 m: de 50 cm a 80 cm.

 A penetração dos dardos na pele não é necessária. O arco


voltaico pode “saltar” através da roupa. Penetração máxima
das roupas é 2 polegadas, ou 1 polegada por dardo;
VÍDEO 05
 Manter suficiente folga dos fios, acompanhando o
deslocamento do sujeito se ele começa a rolar;

 Tenha pelo menos um agente de apoio para


controlar∕algemar sob força;

 O operador deve avisar o(s) outro(s) agente(s) para


evitarem os fios durante a contenção, pois podem partir
facilmente se pisoteados ou puxados;

 O contato inadvertido com os fios ou os dardos, durante a


descarga, pode resultar em choque elétrico;
 Aproxime-se e algeme o sujeito durante o ciclo do dispositivo

SPARK;

 Pessoas combativas, em delírio com excitação, etc. podem

não obedecer a comandos verbais depois do ciclo da SPARK;

 Cada ciclo da SPARK deve ser usado como uma “janela de

oportunidade” para proceder o controle e algemagem,

evitando assim múltiplos ciclos;


3. CAUSAS DA LIMITAÇÃO DE EFETIVIDADE
Nenhuma reação ou nenhuma mudança no comportamento do
sujeito pode indicar:

 Roupas largas ou grossas: podem comprometer a eficácia


do efeito incapacitante, a corrente da SPARK é capaz de
penetrar aproximadamente 1 polegada de roupa.

 Pouco Nervo ou Massa muscular: Se os dardos atingirem


uma área com pouca massa muscular, a eficácia pode ser
significativamente diminuída.
 Distância Limitada entre os dardos: Distância entre dados
inferior a 10 centímetros pode resultar em dor, mas com pouco
ou nenhum efeito de Incapacitação Neuromuscular.

 Rompimento de Fios: Se um dos cabos for rompido, a


corrente não fluirá para os dardos.

 Bateria sem carga.


 Ações sugeridas:

 Recarregue e atinja uma área diferente;

 Drive-stun com o cartucho instalado;

 Considere outras opções de força.


4. RECARREGAMENTO (RECARGA DE COMBATE)
 O recarregamento da SPARK é fácil, rápido e seguro. Ao
pressionar a tecla ejetora o cartucho é expelido do dispositivo
instantaneamente, facilitando a reposição de um novo
cartucho, de forma ágil e prática.

Obs.: Não coloque a mão na frente do cartucho.


5. PORTE DA SPARK

Porte cruzado
 Possibilita um rápido enquadramento do alvo;
 Menor risco de sacar a arma errada sob pressão;
 Pode dificultar a retenção da arma, dependendo do treinamento;
 Melhor identificação como sendo um DEC por outros agentes;

Porte Direto
 Ótimo enquadramento do alvo;
 Maior risco de confundir a arma (três incidentes conhecidos de
 confusão no saque);
 Boa retenção da arma.
DRIVE STUN
1. DRIVE STUN SEM CARTUCHO

 Para usar o drive stun sem lançar os dardos, remova o cartucho;


 O modo drive stun isoladamente não causará INM. Ele
geralmente age como um ferramenta de cooperação pela dor;
 Se não for eficaz, avalie a localização da aplicação do drive stun,
considere um ciclo adicional em um ponto de pressão diferente,
ou pense em uma opção diferente de uso da força;
 Não segure um cartucho vivo enquanto aplica um drive stun (se
o cartucho ficar 2 polegadas (5 cm) da SPARK ou do suspeito
ele pode disparar).
VÍDEO 06
2. IMPACTO DE UM DARDO SEGUIDO DE DRIVE STUN

 Caso um dos dardos não atinja o alvo o choque não será


transmitido ao oponente.

 Sem remover o cartucho encoste a região frontal da SPARK,


em uma região afastada do dardo fixado, visando atingir a
maior área muscular possível.

 Acione o gatilho. O circuito será completo e o indivíduo


incapacitado.
VÍDEO 07 / 08
3. DRIVE STUN COM CARTUCHO

Um drive stun com cartucho vivo pode ser uma técnica eficaz – as
sondas podem ser disparadas no sujeito:
 Baixo risco de penetração excessiva;
 Os dardos podem ajudar a manter contato com o sujeito
violento;
 O operador pode utilizar o drive stun longe das sondas para
obter o efeito INM.
VÍDEO 09 / 10
REMOÇÃO
DOS DARDOS
1. REMOÇÃO DOS DARDOS
Os dardos são projetados para penetrar nas roupas e conduzir
o sinal em direção ao oponente. Uma fisga no final do dardo o
mantém fixado ao corpo do oponente e torna difícil a sua
remoção.
2. PROCEDIMENTOS PARA REMOÇÃO DOS DARDOS

 Trate as sondas que tenham penetrado o corpo como agulhas


contaminadas (use luvas);

 Segure os dardos com firmeza e puxe rápido e reto para fora;

 Cuidadosamente coloque os dardos usados, com as pontas


para baixo, dentro do compartimento de fios do cartucho,
guardando em local seguro.
VÍDEO 11
3. MARCAS DE APLICAÇÃO DOS DARDOS
 A aplicação da SPARK em modo de disparo de dardos
deixará marcas pela vestimenta ou diretamente na pele.
 Basicamente, as marcas resultantes são uma resposta
histamínica da pele ou uma irritação da pele.
 Não ocorrerá queimaduras, pois essa como sabemos, apenas
ocorrerá quando a temperatura da pele é extremamente
elevada no ponto onde o tecido é atingido.
 Este não é o resultado de contato com o dispositivo. Assim
sendo, aparecerão marcas similares a picadas de mosquito, ou
pequenos ferimentos de furo com irritações periféricas.
 
4. POLÍTICA DE REMOÇÃO DOS DARDOS
Cada empresa ou instituição deverá estabelecer sua própria
política de remoção dos dardos.
 Os operacionais podem remover os dardos?
 Quem remove os dardos de áreas sensíveis (pescoço, face,
garganta, testículos, seios)?
 Manuseio apropriado na remoção dos dardos.
 Fotografar os locais de impacto.
 Encaminhamento médico.
 Confecção de relatório.
RISCOS EXISTENTES
1. SITUAÇÕES EM QUE AUMENTA O RISCO NO EMPREGO
DA SPARK

 Em pessoas que estejam em superfícies elevadas ou instáveis

(árvores, escadas, etc...);

 Em pessoas operando veículos ou máquinas (risco de

máquinas ou veículos desgovernados);

 Em pessoas que estão impossibilitadas de se segurar ou se

protegerem nos casos de queda (algemado, amarrado, etc.);


 Em pessoas onde a projeção da queda pode se dar em

objetos cortantes ou perigosos (facões, enxadas, etc.);

 Em pessoas visivelmente frágeis, enfermas ou idosas (risco

de dano em função da queda aliado à dificuldade natural de

recuperação de lesão óssea decorrente da mesma);

 Disparo em áreas sensíveis do corpo (olhos, garganta e

testículos);
 Em mulheres visivelmente grávidas (alto risco de dano ao

feto em função da queda e contrações musculares);

 Não ser usada em ocasiões de infratores mantendo pessoas

sob mira de arma de fogo com dedo no gatilho (espasmo

muscular);

 Na água existe o risco de afogamento e não de

potencialização do efeito, pois a carga elétrica é fixada no

interior da SPARK.
VÍDEO 12
 Não usar em infratores portando substâncias inflamáveis;

 Não usar em ambientes que possua explosivos, vapores ou


líquidos inflamáveis, pois a SPARK pode causar ignição. Sendo
assim, refinarias, postos de combustível, silos de grãos,
tubulações de esgoto, laboratórios de metanfetamina, são
alguns ambientes em que a SPARK não pode ser empregada.

 Alguns sprays de autodefesa usam propelentes inflamáveis e


podem ser perigosos no uso simultâneo com a SPARK.

 Pessoas que fazem uso de drogas inalantes/solventes, muitas


vezes usam suas próprias roupas para inalar o produto.
RISCO DE FLAMABILIDADE

REGRA GERAL:
Se você sente um cheiro forte no local ou está em área
onde é proibido fumar, NÃO USE a sua SPARK DSK 700.
VÍDEO 13 / 14
2. CUIDADOS APÓS O DISPARO
 Depois de usar a SPARK, existe a possibilidade do indivíduo
estar machucado e até possuir lesões sérias ou que ameacem
sua vida, em virtude de queda abrupta.

 O agente operador deve sempre buscar avaliação médica


imediata para o indivíduo que tenha sido alvo da SPARK.

 Tire fotos de quaisquer ferimentos.


POLICE EXECUTIVE RESEARCH FORUM (PERF)

Todo indivíduo submetido a um disparo de um Dispositivo Elétrico


Incapacitante, independente da duração da descarga, deve passar
por uma avaliação médica. De acordo com o Police Executive
Research Forum (PERF), em caso de descarga por 15 segundos
ou mais, o indivíduo deverá ser transportado para um serviço de
emergência médica para avaliação e acompanhamento.
Recomendamos que este procedimento seja seguido nos casos de
exposição ao choque por 10 segundos ou mais.

Fonte: http://www.policeforum.org/library/use-of-force
ECWguidelines2011.pdf
3. MORTES SOB CUSTÓDIA
 No Brasil ocorrem 280 mil mortes súbitas por ano e, nos
Estados Unidos, 300 mil. Estes dados são reais e estão
disponíveis, inclusive, no site da Secretaria de Saúde do
Distrito Federal.

 Mortes súbitas podem ocorrer em pessoas sadias, sem causa


aparente, ou seja, um indivíduo que está aparentemente bem,
desfalece e, em seguida, morre. Essa situação é conhecida
como a Síndrome da Morte Súbita.
Ainda há muito a aprender sobre as causas da Síndrome da
Morte Súbita, entretanto, já está totalmente comprovado que
determinados fatores contribuem para a sua ocorrência.
Dentre estes, podemos citar a conjunção de três fatores:
 Fortíssima Emoção (por estar cometendo um crime);
 Altíssimo Nível de Estresse (pela chegada da polícia);
 Grande Esforço Físico (em função da fuga ou luta corporal com
os policiais).

Se, a estes três fatores, for aliado o uso de drogas


(especialmente: cocaína, meta-anfetamina ou outra substância
que cause excitação), a possibilidade da Síndrome da Morte
Súbita vir a ocorrer é bastante alta!
4. FATORES COMUNS DA MORTE SÚBITA
 Uso crônico de drogas;
 Condição cardíaca pré-existente;
 Obesidade e condição cardiovascular frágil;
 Diabete e outras doenças pré-existentes;
 Combate físico prolongado;
 Delírio com excitação / agitação;
 Restrição posicional/asfixia compressiva.
5. SINAIS DE ALERTA PARA MORTE SÚBITA

Se exibir um ou mais dos seguintes comportamentos manifestos,


o suspeito pode necessitar assistência médica imediata devido a
condições médicas pré-existentes, possível overdose, psicose
cocaínica, delírio com excitação, etc. Examine a possibilidade de
ter socorro médico disponível.
 Comportamento bizarro ou violento;
 Superaquecimento corporal, como desnudamento;
 Ataques a vidros, luzes ou superfícies reflexivas;
 Dificuldades de falar;
 Insensibilidade a dor e automutilação;
 Distúrbio na respiração;
 Perda da consciência.
6. DELÍRIO COM EXCITAÇÃO

Definição Publicada:
“Um estado de extrema excitação mental e física, caracterizada
por agitação extrema, hipertermia, hostilidade, força e
resistência excepcionais sem fadiga aparente.”
(Morrison & Sadler, Medical Science and Law 2001; 41(1): 46)

Também chamado “síndrome da morte sob custódia”


Em diveras autópsias a TASER foi citada como fator
contribuinte para a morte.
Estes casos são refutadas por especialistas médicos
independentes.
A TASER é apontada unicamente com base na temporalidade,
junto a outros fatores que, ISOLADOS, poderiam explicar a
morte.
Exemplo de causa citada da morte:
“Intoxicação aguda por meta-anfetamina com (provável) arritmia
cardíaca associada enquanto envolvido em combate físico com
agentes da lei envolvendo “pistola Taser”, “spray de pimenta”, e
“restritores.”
7. MARCA-PASSOS

 Marca-passos e desfibriladores cardíacos implantados dispõe


de dispositivo de segurança conforme norma EN60601-1 que
suportam descargas elétricas mais fortes que os pulsos de
energia emitidos pela SPARK.

 No entanto, após ser submetidos a uma descarga elétrica de


qualquer natureza, recomenda-se uma revisão imediata com o
médico assistente.
MANUTENÇÃO
DA SPARK
1. MANUTENÇÃO BÁSICA

A limpeza da SPARK deve ser realizada com pano levemente

umedecido em uma mistura de água e detergente neutro, se

necessário.

O dispositivo não deve ser exposto a solventes ou produtos de

limpeza de armas, pois pode resultar em sérios danos.

A SPARK é um dispositivo eletrônico e não deve ser submersa

em momento nenhum.
Os contatos metálicos tais como USB e terminais de bateria só

podem ser limpos com produtos próprios para limpeza

eletrônica.

Obs.: A estrutura da SPARK é constituída de polímero e não se


deve utilizar nenhum tipo de óleo para sua limpeza.
EXPOSIÇÃO DE
VOLUNTÁRIOS
1. DIRETRIZES PARA EXPOSIÇÕES DE VOLUNTÁRIOS

 A exposição de voluntários aos dispositivos SPARK deve ser


conduzida exclusivamente por instrutor certificado.

 O instrutor não deve exigir uma exposição para certificação


do aluno.

 A exposição à INM envolve esforço físico semelhante a uma


atividade atlética, como levantamento de pesos ou luta
corporal. O risco de ferimento por esforço físico ou queda,
embora baixo, não é zero.
 O aluno deve informar o instrutor qualquer lesão pré-
existente, condição médica ou susceptibilidades;

 Todos os alunos devem preencher a declaração de


responsabilidade antes da exposição;

 Quando disparar os dardos ao invés de usar os conectores, é


necessário usar óculos de proteção, tanto para o auxiliar
como para o aluno sendo exposto;
 Todos os voluntários devem ser apoiados por dois auxiliares
para que não caiam e/ou batam a face no solo ou no
colchonete durante a exposição;

 Cada auxiliar deve segurar o braço do voluntário


envolvendo-o por baixo da axila, para que a pessoa possa
ser confortavelmente apoiada e lentamente levada até o solo
depois de atingida, sem giro, rotação ou sobrecarga no braço
e ombro;
VÍDEO 15
 Se nenhuma dardo estiver em contato com os braços da
pessoa, não haverá fluxo de corrente elétrica para os
auxiliares e estes poderão amparar seguramente a pessoa
atingida sem qualquer efeito negativo;

 Os dardos devem ser lançadas nas costas do voluntário


(evite face, garganta e genitais);

 Antes de se submeterem a uma exposição, os voluntários


devem alongar e aquecer como fariam antes de exercitar-se;
2. REGRAS DE SEGURANÇA

 O local deve ter revestimento apropriado (colchonetes,


tatame, etc.);
 Torne o local seguro, livre de objetos e curiosos;
 Remova os dardos com cuidado, usando o protocolo
apropriado;
 Voluntários com condições pré-existentes devem evitar
expor as áreas com lesão;

ATENÇÃO: NÃO SEGUIR OS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA


AUMENTA O RISCO DE LESÃO.
VÍDEOS
PRÁTICA
ANTES DE VOCÊS PERGUNTAREM ...
VOCÊS NÃO PRECISAM LEVAR UM CHOQUE
DE 5 SEGUNDOS DA SPARK DSK 700!

Ai meu Deus!
O que é que eu fiz
para merecer isso....

A NÃO SER QUE VOCÊS


QUEIRÃO SER INSTRUTORES
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Material extraído das apostilas abaixo relacionadas:

 Apostila do Curso de Operador Taser M26 / X26 – Versão


14.2 – agosto 2008 – Taser International – 2010.

 Apostila do Curso de Habilitação de Instrutor SPARK DSK 700


Condor Tecnologias Não Letais – 2012.
Sandro R. B. Alves
Tel. (41) 3901-1531
Cel. (41) 9157-0707
E-mail: operacoesnaoletais@kommandos.com.br
E-mail: alves@cpscursos.com.br

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