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CURSO DE HIGIENE E

SEGURANÇA NO
TRABALHO

1
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO
INDIVIDUAL

2
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO
INDIVIDUAL
Os perigos são fontes potenciais de acidentes. O controlo dos riscos, dentro de
limites aceitáveis, é o objectivo a atingir, já que a sua eliminação só muito
raramente é possível.

Medidas construtivas/de
Limitar/Eliminar o perigo
engenharia – actuam sobre
os meios de trabalho
Envolver o perigo
(máquinas)
Medidas organizacionais que
Afastar o Homem actuam no sistema Homem-
Máquina-Ambiente Protecção
Equipamentos
Proteger o Homem 3
Individual
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO
INDIVIDUAL
Exemplo – Máquina
fixa que produz
ruído

Limitar/Eliminar o perigo
Encapsulamento da máquina
Envolver o perigo

Afastar o Homem Rotação de trabalhadores

Proteger o Homem Auriculares de Protecção


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SELECÇÃO E ENSAIO DE
DISPOSITIVOS DE PROTECÇÃO
INDIVIDUAL

Os Equipamentos individuais de protecção exigem do trabalhador um


sobreesforço no desempenho das suas funções, quer pelo peso, quer pela
dificuldade respiratória, quer ainda pelo desconforto geral que podem provocar.

A selecção dos EPI’s deverá ter em conta:

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SELECÇÃO E ENSAIO DE
DISPOSITIVOS DE PROTECÇÃO
INDIVIDUAL

Características dos EPI’s:

 Cómodos, robustos e leves;


 Adaptáveis ao trabalhador;
 Fiáveis, ao longo de toda a sua vida;
 Adequados ao risco a que os trabalhadores estão expostos;
 Adequados às condições de trabalho;
 Homologados ou certificados, sempre que possível. 6
SELECÇÃO E ENSAIO DE
DISPOSITIVOS DE PROTECÇÃO
INDIVIDUAL

EPI’s homologados e certificados

A Directiva n.º 89/686/CEE define os procedimentos que um fabricante deve


observar tendo em vista a obtenção de uma declaração de conformidade “CE”
do seu equipamento

O exame “CE” de tipo é o procedimento pelo qual


um organismo de inspecção notificado verifica e
certifica que um determinado modelo de EPI
satisfaz as disposições da directiva 7
PRINCIPAIS TIPOS DE PROTECÇÃO
INDIVIDUAL

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PRINCIPAIS TIPOS DE PROTECÇÃO
INDIVIDUAL

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PROTECÇÃO DA CABEÇA

A cabeça deverá ser adequadamente protegida perante o risco de queda de


objectos pesados, pancadas violentas ou projecção de partículas.

A protecção da cabeça obtém-se mediante o uso de capacetes de


protecção, os quais devem apresentar elevada resistência ao impacto e à
penetração.

O capacete é constituído principalmente pelo casco e pelo arnês.


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PROTECÇÃO DA CABEÇA

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PROTECÇÃO DA CABEÇA
Para os capacetes de protecção industriais são aconselháveis os seguintes
materiais:

PLÁSTICOS TERMOENDURECÍVEIS – resistem ao calor, ao frio, aos


produtos químicos e ao envelhecimento. São utilizados em diversas actividades,
designadamente soldadura a arco voltaico e trabalho ao calor

TERMOPLÁSTICOS – apresentam fraca resistência a elevadas temperaturas e às


radiações ultravioleta. São resistentes a baixas temperaturas. Utilizam-se em
oficinas, trabalhos de montagem e construção civil, câmaras frigoríficas, etc.
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PROTECÇÃO DA CABEÇA

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PROTECÇÃO DOS OLHOS E DO ROSTO
Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo onde os
acidentes podem atingir maior gravidade

As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho, podem ser devidas a
diferentes causas:

Acções mecânicas – através de poeiras, partículas ou aparas

Acções térmicas – devidas a temperaturas extremas

Acções químicas – através de produtos corrosivos sobretudo ácidos e


bases, no estado sólido, líquido e gasoso

Acções ópticas – através de luz visível (natural ou artificial), invisível 14

(radiação ultravioleta ou infravermelha) ou ainda raios laser


PROTECÇÃO DOS OLHOS E DO ROSTO
Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras apropriados, cujos
vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos

Os óculos de protecção devem ajustar-se correctamente e não devem limitar


excessivamente o campo de visão (no máximo 20%)

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PROTECÇÃO DOS OLHOS E DO ROSTO

Os vidros dos óculos e viseiras de protecção são de dois tipos:

 Vidros de segurança, transparentes, contra acções mecânicas ou químicas

Utiliza-se vidro temperado ou plástico (termoplástico ou plástico


endurecível) Ex: trabalhos de rebarbagem e esmerilagem

 Vidros coloridos, de efeito filtrante, contra acções ópticas

Podem utilizar-se os materiais de cima ou ainda vidro normal (sempre


que não é previsível qualquer acção mecânica). Ex: trabalhos de
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soldadura
PROTECÇÃO DOS OLHOS E DO ROSTO

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PROTECÇÃO DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS

A atmosfera dos locais do trabalho encontra-se contaminada em virtude da


existência de agentes químicos agressivos, tais como:

GASES VAPORES FIBRAS NEBLINAS POEIRAS

VIDEOS

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PROTECÇÃO DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS
A protecção das vias respiratórias é feita através dos chamados dispositivos de
protecção respiratória.

Filtros de gases e vapores

retenção de gases e vapores no ar

Filtros físicos ou mecânicos

retenção de partículas em suspensão no ar (aerossóis sólidos ou líquidos).

Filtros mistos
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retenção de partículas sólidas e/ou líquidas bem como gases e vapores do ar.
PROTECÇÃO DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS

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PROTECÇÃO DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS

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PROTECÇÃO DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS

Os filtros de partículas podem ser divididos em 3 classes

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PROTECÇÃO DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS

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PROTECÇÃO DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS

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PROTECÇÃO DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS

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PROTECÇÃO DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS

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PROTECÇÃO DAS VIAS
RESPIRATÓRIAS

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PROTECÇÃO DOS OUVIDOS

Classificação dos protectores auditivos: > 85 dB

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PROTECÇÃO DOS OUVIDOS

Segundo o modo de utilização

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PROTECÇÃO DOS OUVIDOS

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PROTECÇÃO DOS OUVIDOS

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PROTECÇÃO DOS OUVIDOS

Tampões Auditivos

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PROTECÇÃO DOS OUVIDOS

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PROTECÇÃO DOS OUVIDOS

Protectores tipo Abafador

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PROTECÇÃO DO TRONCO

O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser confeccionado


em diferentes tecidos.

O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para se evitar a sua


prisão pelos órgãos em movimento.

Em certos casos podem ser utilizados aventais contra a projecção de


líquidos (corrosivos ou não) contra radiações.

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PROTECÇÃO DO TRONCO
Defesa contra radiações e queimaduras
Couro (actividades de soldadura)

PVC Protecção contra óleos e outros produtos químicos

Fibras Trabalhos sobre calor intenso e no combate a


Poliamidas incêndios

A lã resiste melhor que o algodão a elevadas



temperaturas, podendo ambos ser utilizados em
Algodão trabalhos com substâncias incombustíveis. 38
PROTECÇÃO DO TRONCO

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PROTECÇÃO DO TRONCO

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PROTECÇÃO DOS PÉS E MEMBROS
INFERIORES

A protecção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a


partir de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou eléctricos.

Quando há possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados


sapatos ou botas (de couro, borracha ou matéria plástica) revestidos com
biqueira de aço no artelho e no peito do pé.

Quando existe o risco de perfuração da planta dos pés deve ser incorporada
na bota uma palmilha de aço.

Os trabalhos em meios húmidos obrigam à utilização de botins de borracha de


preferência com solas antiderrapantes (PVC ou neopreno) para melhor
41
aderência ao solo.
42
PROTECÇÃO DAS MÃOS E
MEMBROS SUPERIORES

Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente na indústria.

O braço e o antebraço estão menos expostos do que as mãos, não sendo,


contudo, de subestimar a sua protecção.

Como dispositivos de protecção individual usar-se-ão luvas, dedeiras, mangas


ou braçadeiras.

As luvas são os dispositivos mais frequentes e podem dispor de 2, 3 ou 5 dedos.

Como em todos os EPI’s, os materiais utilizados dependem do agente agressor.43


PROTECÇÃO DAS MÃOS E
MEMBROS SUPERIORES
Couro

Boa resistência mecânica e razoável resistência térmica

Pode ser utilizado em trabalhos com exposição a calor radiante

Permite a respiração cutânea em virtude da sua porosidade

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PROTECÇÃO DAS MÃOS E
MEMBROS SUPERIORES

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PROTECÇÃO DAS MÃOS E
MEMBROS SUPERIORES

Tecido

São utilizados em trabalhos secos, que não exijam grande resistência


térmica ou mecânica

Dada a sua porosidade e flexibilidade são agradáveis para o


utilizador, permitindo a realização de trabalhos finos

Com determinados acabamentos é possível obter uma razoável


resistência térmica e mecânica

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PROTECÇÃO DAS MÃOS E
MEMBROS SUPERIORES
Borracha Natural
Latex
Utilizada em trabalhos húmidos e em presença de ácidos com bases

É contra-indicada para óleos, gorduras ou solventes

Não é porosa e em casos de utilização demorada pode provocar irritação da


pele

As luvas de protecção contra a corrente eléctrica são em borracha natural,


tendo gravados o nome da entidade testadora e a voltagem do ensaio
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PROTECÇÃO DAS MÃOS E
MEMBROS SUPERIORES

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PROTECÇÃO DAS MÃOS E
MEMBROS SUPERIORES

Plásticos

São de vários tipos (PVC, neopreno, polietileno) e utilizados para substâncias


como óleos, solventes e gorduras

Resistem aos líquidos, gases e, em certos casos, a substâncias radioactivas.

Não podem ser utilizados em trabalhos ao calor.

Determinados tipos de luvas destes materiais são bastante flexíveis e


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resistentes ao corte.
PROTECÇÃO DAS MÃOS E
MEMBROS SUPERIORES

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PROTECÇÃO DAS MÃOS E
MEMBROS SUPERIORES

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PROTECÇÃO DAS MÃOS E
MEMBROS SUPERIORES

Malha metálica
(Aço)

É utilizada contra o risco de corte ou ferimentos graves nas mãos em


trabalhos com lâminas afiadas (em talhos e matadouros p.e.)

A luva de malha metálica pode ser combinada com uma luva de couro
ou de tecido para maior comodidade de utilização.

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PROTECÇÃO DAS MÃOS E
MEMBROS SUPERIORES

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PROTECÇÃO CONTRA QUEDAS

54
PROTECÇÃO CONTRA QUEDAS

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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Objectivo: chamar a atenção das pessoas, de forma rápida e


inequívoca, para as situações que, nos espaços onde elas se
encontram, comportem riscos para a sua segurança.

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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Serve para alertar rapidamente os ocupantes de


determinado local ou edifício para:

Objectos perigosos

Situações perigosas

Ajudar a ultrapassar perigos

Prestar informações relacionadas com a segurança


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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Exercício

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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

FORMA GEOMÉTRICA SIGNIFICADO

OBRIGAÇÃO E PROIBIÇÃO

PERIGO

EMERGÊNCIA
INDICAÇÃO

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SINALIZAÇÃO DE PERIGO OU AVISO

 Forma: Triangular
 Cor de segurança: fundo amarelo
 Cor de contraste: orla preta
 Cor dos símbolos: preto

O amarelo, indica perigo, sugere precaução;


É a cor que está mais ligada à noção de Prevenção.

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SINALIZAÇÃO DE PERIGO OU AVISO

PERIGOS PERIGO DE PERIGO DE


VÁRIOS INCÊNDIO ELECTROCUSSÃO

PERIGO PERIGO PERIGO


SUBSTÂNCIAS ZONAS INTOXICAÇÃO
CORROSIVAS QUENTES
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SINALIZAÇÃO DE PERIGO OU AVISO

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SINALIZAÇÃO DE OBRIGAÇÃO

 Forma: Circular
 Cor de segurança: fundo azul
 Cor de contraste: fundo branco
 Cor dos símbolos: branco

O azul utiliza-se nos sinais de informação e de obrigação.


Indica qualquer coisa que se deve fazer para evitar um risco.

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SINALIZAÇÃO DE OBRIGAÇÃO

PROTECÇÃO
PROTECÇÃO
PROTECÇÃO OBRIGATÓRIA
OBRIGATÓRIA
OBRIGATÓRIA DO CORPO
DOS OLHOS E VIAS
DOS OLHOS
RESPIRATÓRIAS

PROTECÇÃO
PROTECÇÃO OBRIGATÓRIA
OBRIGATÓRIA OBRIGATÓRIO DAS VIAS
DAS MÃOS LAVAR AS RESPIRATÓRIAS
MÃOS 65
SINALIZAÇÃO DE OBRIGAÇÃO

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SINALIZAÇÃO DE PROIBIÇÃO

 Forma: Circular
 Cor de segurança: orla e faixa transversal

vermelha
 Cor de contraste: fundo branco
 Cor dos símbolos: preto

O vermelho corresponde à ideia de paragem, de perigo imediato;


Identifica, também, o material de combate a incêndios;
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SINALIZAÇÃO DE PROIBIÇÃO

PROIBIDO PROIBIDO APAGAR PROBIDO FAZER


FUMAR COM ÁGUA LUME

PROIBIDO BEBER ÁGUA PROIBIDO LAVAR AS MÃOS


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SINALIZAÇÃO DE PROIBIÇÃO

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SINALIZAÇÃO DE
EMERGÊNCIA/EVACUAÇÃO/SALVAMENTO
 Forma: Quadrada ou rectangular
 Cor de segurança: fundo verde
 Cor de contraste: branco
 Cor dos símbolos: branco

O verde é a cor que, em situação de emergência, dá uma


informação sobre o caminho mais seguro a seguir ou sobre a
localização de instalações de primeiros socorros.
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SINALIZAÇÃO DE
EMERGÊNCIA/EVACUAÇÃO/SALVAMENTO

SAÍDA DE CAIXA/POSTO DE 1ºS SOCORROS


EMERGÊNCIA
À ESQUERDA

LAVA-OLHOS DE
DIRECÇÃO EVACUAÇÃO
EMERGÊNCIA
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SINALIZAÇÃO DE
EMERGÊNCIA/EVACUAÇÃO/SALVAMENTO

72
SINALIZAÇÃO DE
EMERGÊNCIA/EVACUAÇÃO/SALVAMENTO

73
SINALIZAÇÃO DE COMBATE A
INCÊNDIOS

Direcção a seguir: Sinal de indicação adicional de placas

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SINALIZAÇÃO DE OBSTÁCULOS E LOCAIS
PERIGOSOS

A sinalização de obstáculos e locais perigosos (vãos, buracos;


desníveis, etc…) deve ser efectuada por intermédio de faixas
de cor vermelho e branco ou amarelo e negro

Estas faixas devem circundar, a totalidade do obstáculo ou


local perigoso.
COMBATE A INCÊNDIOS

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A ORIGEM DO FOGO
Os homens primitivos descobriram uma forma de produzir as
primeiras faíscas, através do atrito de pedras e pedaços de madeira.

A conquista do fogo foi a primeira fonte de energia descoberta e


utilizada pelo Homem.

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ENQUADRAMENTO LEGAL

Decreto-Lei n.º 220/2008 de 12 de Dezembro

Estabelece o Regime Jurídico da Segurança Contra


Incêndios em Edifícios.

Portaria n.º 1532/2008 de 29 de Dezembro

Regulamento Técnico de Segurança Contra Incêndios


em Edifícios.
78
CAUSAS DOS INCÊNDIOS

79
CAUSAS DOS INCÊNDIOS

Aparelhos de aquecimento mal utilizados

Sobrecarga das instalações eléctricas

Instalações eléctricas mal protegidas

Transfega de líquido ou gás combustível

Existência de muito material combustível

Fuga/Derrame de líquido ou gás combustível

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CONSEQUÊNCIAS DOS INCÊNDIOS

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CONSEQUÊNCIAS DOS INCÊNDIOS

Vítimas humanas
(mortos e feridos)

Danos ambientais

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CONSEQUÊNCIAS DOS INCÊNDIOS

Danos de natureza Danos no património


social e económica histórico e cultural

Prejuízos materiais

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FENOMENOLOGIA E FORMAS DA
COMBUSTÃO
O que é um incêndio ?

É uma reacção química rápida, entre uma substância combustível e


o oxigénio, acompanhada de libertação de calor, fumo e/ou chamas
que se desenvolve de forma descontrolada no tempo e no espaço.

84
FENOMENOLOGIA E FORMAS DA
COMBUSTÃO
Para se iniciar um incêndio é necessária a interacção dos três elementos que
constituem o que se costuma designar como triângulo do fogo.

ENERGIA DE ACTIVAÇÃO
(faísca, calor, etc)

85
FENOMENOLOGIA E FORMAS DA
COMBUSTÃO

86
FENOMENOLOGIA E FORMAS DA
COMBUSTÃO
Em suma…
É uma reacção química
exotérmica chamada
COMBUSTÃO

Porque é o resultado da conjugação:

Porque liberta

CALOR
87
88
COMBUSTÍVEIS
Características mais importantes

 Condutividade térmica;

 Densidade;

 Miscibilidade (líquidos);

 Temperaturas características;

 Tendência para libertar vapores.

89
COMBUSTÍVEIS
Temperaturas características

90
COMBUSTÍVEIS

Temperaturas características

TEMPERATURA DE INFLAMAÇÃO – só existem inflamação quando existe


uma fonte de energia.

TEMPERATURA DE COMBUSTÃO – existe inflamação contínua mesmo que a


fonte de energia seja retirada.

TEMPERATURA DE IGNIÇÃO – existe auto-inflamação mesmo sem a presença


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de uma fonte de energia.
COMBUSTÍVEIS
Tendência para libertação de vapores

A temperatura de inflamação é menor ou igual a 21 ºC.

Libertam vapores à temperatura ambiente.

Designam-se por MUITO INFLAMÁVEIS.

92
COMBUSTÍVEIS
Tendência para libertação de vapores

A temperatura de inflamação está entre 21 e 55ºC.

Designam-se por INFLAMÁVEIS.

93
COMBUSTÍVEIS
Tendência para libertação de vapores

A temperatura de inflamação é igual ou superior a 55 ºC.

Podem libertar vapores combustíveis quando sujeitas à


acção de uma fonte de calor.

Designam-se por NÃO INFLAMÁVEIS.

94
COMBUSTÍVEIS

EXEMPLOS

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COMBUSTÍVEIS

ALCOOL 10ºC

BENZENO -11ºC
Temperatura de
ACETONA -12ºC Inflamação ≤ 25ºC

GASOLINA -45ºC a -20ºC

ETER PETROLEO -45ºC


96
COMBUSTÍVEIS

PETROLEO 45ºC a 48ºC


Temperatura de
Inflamação entre
AGUARDENTE 36ºC a 54ºC
25ºC e 65ºC

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COMBUSTÍVEIS

GASOLEO 65ºC a 72ºC

Temperatura de
OLEO DE TRAVÕES
82ºC a 118ºC Inflamação ≥ 65ºC

OLEOS LUBRIFICANTES
175ºC a 220ºC

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99
FONTES DE ENERGIA DE
ACTIVAÇÃO

ORIGEM TÉRMICA

ORIGEM ELÉCTRICA

ORIGEM MECÂNICA

ORIGEM QUÍMICA

100
FONTES DE ENERGIA DE
ACTIVAÇÃO
ORIGEM TÉRMICA

 Chama;

 Material de fumo;

 Equipamentos produtores de calor;

 Trabalhos a quente;

 Motores de combustão interna;

 Radiação Solar;
101
 Condições térmicas ambientais.
FONTES DE ENERGIA DE
ACTIVAÇÃO

ORIGEM ELÉCTRICA

 Electricidade estática;

 Descarga atmosférica (trovoada);

 Aparelhos eléctricos defeituosos;

 Sobrecarga ou curto-circuito.

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FONTES DE ENERGIA DE
ACTIVAÇÃO

ORIGEM MECÂNICA

 Chispas provocadas por ferramentas ou

equipamentos em movimento, por calçado

ou por colisões;

 Sobreaquecimento devido a fricção

mecânica.

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FONTES DE ENERGIA DE
ACTIVAÇÃO

ORIGEM QUÍMICA

 Reacção exotérmica;

 Reacção de substâncias oxidantes;

 Explosivos.

104
105
PRODUTOS DA COMBUSTÃO
 Chama;

 Calor;

 Fumo / Aerossóis;

 Elevadas temperaturas;

 Gases;

 Gases Tóxicos.

106
PRODUTOS DA COMBUSTÃO
GASES

Vapor de Água - Queimaduras

Dióxido de Carbono – incolor, inodoro, insípido, mais pesado


que o ar. Em concentrações superiores a 10% é letal

Dióxido de Azoto – anestésico, ataca o sistema respiratório


provocando a morte em poucos minutos

Monóxido de Carbono – provoca asfixia, sendo tóxico e


explosivo. Principal causador de vítimas mortais nos incêndios 107
VELOCIDADE DAS COMBUSTÕES
A velocidade a que decorre uma combustão depende de vários factores.
Será tanto mais rápida quanto maior for:

O grau de divisão do combustível – tábuas ou serradura

A inflamabilidade do combustível

A superfície do combustível – derrame de combustível,


superfície exposta directamente ao comburente

O grau de renovação ou alimentação do comburente –


recinto fechado ou em espaço aberto 108
109
CLASSES DE FOGO
Atendendo ao comportamento dos diversos materiais convencionou-se
classificar em quatro categorias as diferentes classes de fogo, que
podem ser definidas pela natureza dos combustíveis

LÍQUIDOS
METAIS
GASES
SÓLIDOS

110
CLASSES DE FOGO

111
112
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
ABAFAMENTO
CARÊNCIA
ASFIXIA

113
ARREFECIMENTO
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
ARREFECIMENTO

É o método mais empregue e consiste em eliminar o calor de forma a que a


temperatura do combustível seja inferior à da combustão.

114
MÉTODOS DE EXTINÇÃO

ABAFAMENTO / ASFIXIA

115
MÉTODOS DE EXTINÇÃO

CARÊNCIA / LIMITAÇÃO DO COMBUSTÍVEL

Consiste na separação do combustível da fonte de energia ou do ambiente


do incêndio.

116
117
AGENTES EXTINTORES

ÁGUA

ESPUMAS

PÓS QUÍMICOS

DIÓXIDO DE CARBONO

118
AGENTES EXTINTORES
ÁGUA

ARREFECIMENTO – devido ao elevado calor latente de vaporização

ABAFAMENTO – devido ao vapor libertado ou ao encharcamento

Aplicação

Jacto – grande alcance e melhor poder de penetração (maiores estragos)

Pulverizada (chuveiro ou nevoeiro) – menor alcance, melhor poder de


arrefecimento e abafamento 119
AGENTES EXTINTORES

ÁGUA

120
AGENTES EXTINTORES
ESPUMAS

Obtêm-se pela mistura de um produto espumífero com água e ar.

ARREFECIMENTO – devido à quantidade de água que contém

ABAFAMENTO – o tapete de espuma isola o combustível do comburente

DESVANTAGENS

• Risco de eletrocussão
• Reação perigosa com alguns metais, fogos da classe D
121
• Provoca estragos elevados em equipamentos e instalações sensíveis
AGENTES EXTINTORES
PÓ QUÍMICO

Substâncias sólidas finamente divididas em cristais secos

Actuam por supressão das chamas, através da inibição da reacção em


cadeia

Pó Clássico (BC) Usado apenas nos fogos das classes


BeC

Pó polivalente Aplicável apenas nos fogos das


classes A, B e C
122
Pó para fogos de classe D Aplicável apenas a fogos da classe D
AGENTES EXTINTORES
PÓ QUÍMICO
Contra-indicações

 Não utilizar sobre explosivos e ácidos;

 Diminui a visibilidade;

 Podem ser aplicados em equipamentos eléctricos até, pelo menos 1Kv;

 Difícil recuperação e limpeza dos equipamentos;

 Agrava o fenómeno da corrosão.

123
AGENTES EXTINTORES
DIÓXIDO DE CARBONO

Aplicáveis nos fogos das classes B e C e é por excelência o agente extintor


aplicável nos incêndios em equipamentos elétricos.

ARREFECIMENTO – provocado pela rápida descompressão quando é


libertado

ABAFAMENTO – redução do teor de oxigénio no ambiente

124
AGENTES EXTINTORES

DIÓXIDO
DE
CARBONO

125
EXTINTORES

126
EXTINTORES
Aparelho que contém um agente extintor, o qual pode ser projetado e dirigido
para um fogo por acção de uma pressão atingida

São meios de 1ª Intervenção

127
EXTINTORES
Podem classificar-se quanto:

128
EXTINTORES
Mobilidade Manuais (até 20kg)

Portáteis
Dorsais (até 30kg)

Rebocáveis

Móveis
(transportáveis
Puxados manualmente sobre rodas)
129
EXTINTORES
Os extintores podem classificar-se quanto ao
modo de funcionamento

Pressão permanente
Pressão não permanente (são colocados
(pressurizados)
em pressão no momento de utilização)

130
EXTINTORES
Extintores de pressão
permanente

Dióxido de carbono
gaseificado

Dióxido de carbono líquido

131
EXTINTORES
Extintores de pressão permanente
A pressão está permanentemente estabelecida no interior do extintor por
um gás propulente

Câmara
expansão

O manómetro permite Azoto


verificar em qualquer
momento a pressão 132
interna Agente Extintor
EXTINTORES
A colocação dos extintores deve ser feita em suportes de parede ou
montados em pequenos receptáculos (caixas), de modo a que o topo do
exterior não fique a uma altura superior a 1,20 m acima de solo.

Correcto
Correcto

1.50 m
1.20 m Errado

133
EXTINTORES

Os extintores devem estar sinalizados de modo a permitir a sua fácil


localização.

134
EXTINTORES

135
LOCALIZAÇÃO DOS EXTINTORES

Os extintores devem ser colocados em locais visíveis

Oculto

136
LOCALIZAÇÃO DOS EXTINTORES
Os extintores devem ser colocados em locais acessíveis

Obstruído

137
LOCALIZAÇÃO DOS EXTINTORES

A distância máxima a percorrer de um local de risco até


ao extintor mais próximo, é de 15 metros.

Os extintores devem estar colocados:


 Ao longo dos percursos normais
 Junto aos acessos
 Nas áreas restritas

138
INSPECÇÃO, MANUTENÇÃO E
RECARGA

É necessário observar as regras:

Inspecção

Manutenção

Recarga
139
INSPECÇÃO, MANUTENÇÃO E
RECARGA

Inspecção

É uma operação rápida, efectuada por


pessoas não especializadas para verificar se
um extintor está em condições de
operacionalidade

140
INSPECÇÃO, MANUTENÇÃO E
RECARGA

Manutenção

É uma operação detalhada, efectuada por


técnicos especializados, que por vezes é
necessário proceder à recarga, reparação
ou substituição

141
INSPECÇÃO, MANUTENÇÃO E
RECARGA

Recarga

É efectuada por técnicos especializados,


que substituem ou reabastecem o agente
extintor e gás propulsor

142
143
ACTUAÇÃO COM EXTINTORES

Retirar a cavilha de segurança

144
ACTUAÇÃO COM EXTINTORES

Premir a alavanca de descarga

145
ACTUAÇÃO COM EXTINTORES

Em forma de varredela e ziguezague varrer toda a zona do


incêndio

146
ACTUAÇÃO COM EXTINTORES

Deve ter sempre o vento pelas costas

147
ACTUAÇÃO COM EXTINTORES
Caso contrário, usar os EPI´s
necessários

148
ACTUAÇÃO COM EXTINTORES

A aproximação ao incêndio
deve ser gradual

149
ACTUAÇÃO COM EXTINTORES

Nos extintores de CO2 há


necessidade de uma maior
aproximação ao incêndio,
devido ao seu curto alcance

150
QUESTÕES

151
ACTUAÇÃO EM CASO DE
EMERGÊNCIA / EVACUAÇÃO

152
ACTUAÇÃO EM CASO DE
EMERGÊNCIA

Detecção

Alarme

Alerta

Evacuação

1ª Intervenção

Apoio à intervenção dos bombeiros


153
ACTUAÇÃO EM CASO DE
EMERGÊNCIA
Detecção

Pode ser efectuada por uma pessoa através dos seus sentidos (olfato,
visão e audição) ou por um SADI (Sistema automático de incêndios).

154
ACTUAÇÃO EM CASO DE
EMERGÊNCIA

Alarme

O sinal sonoro e/ou luminoso, para aviso e informação da ocorrência de


uma emergência, pode ser accionado por uma pessoa ou por um
dispositivo ou sistema automático

O sinal sonoro deve-se destacar do ruído ambiente, ser facilmente


reconhecido e distinto de outros sinais acústicos.

O alarme pode ser restrito, sectorial ou geral 155


ACTUAÇÃO EM CASO DE
EMERGÊNCIA

Alarme

Nos locais onde existe grande concentração de público, é conveniente emitir o


alarme através de comunicação verbal.

A comunicação deve ser preferencialmente previamente gravadas, constituída


por frases curtas, precisas e facilmente percetíveis pelos ocupantes.

156
ACTUAÇÃO EM CASO DE
EMERGÊNCIA

Alerta
Mensagem transmitida aos meios de socorro externos (bombeiros) para
intervenção em caso de emergência.

157
ACTUAÇÃO EM CASO DE
EMERGÊNCIA

Alerta
Deve ser simples, claro e com o máximo de informações:

Mantenha a calma e fale pausadamente.

Identifique-se (nome e local onde está a ocorrer a emergência).

Descrição precisa da ocorrência, se há vítimas, o seu estado e número

Se se tratar de um incêndio dentro do edifício, indicar localização (piso e local


afectado), dificuldades na evacuação e se existem matérias perigosas. 158
ACTUAÇÃO EM CASO DE
EMERGÊNCIA

Alerta

Identificação exacta do local da ocorrência e forneça pontos de referência.

Preste todas as informações que lhe solicitarem.

Forneça o número de telefone de onde está a falar.

Depois de desligar mantenha-se junto ao telefone, os bombeiros podem


confirmar a chamada.

159
EVACUAÇÃO
Face a uma situação de emergência, deve-se proceder prioritariamente à
evacuação rápida e segura de todos os ocupantes de um edifício ou instalação
industrial.

Para levar a cabo esta missão deverá estar prevista uma equipa, os elementos
que a compõem e as responsabilidades específicas de cada elemento.

160
EVACUAÇÃO
Funções da Equipa de Evacuação

Orientar as pessoas para as saídas através das vias de evacuação.

Apoiar a evacuação de menores e incapacitados.

Evitar a ocorrência de situações de pânico.

Comprovar a evacuação completa das áreas em risco para uma zona de


segurança

Controlo das pessoas evacuadas no Ponto de Encontro 161


EVACUAÇÃO
Constituição da Equipa de Evacuação

Vai à frente e indica o caminho de evacuação, até ao


Chefe de Fila
Ponto de Encontro.

Segue em último lugar, verifica se não ficam pessoas nos


Serra Fila locais, fecha as portas para evitar a propagação do fumo
e gases da combustão e do próprio incêndio.

Encontra-se nos patamares de pisos ou de mudança de


Sinaleiro 162
direcção e com os braços indica o caminho de evacuação.
PONTO DE ENCONTRO

163
PONTO DE ENCONTRO

Deve ser definido um ponto de encontro, normalmente no exterior, para onde as


pessoas devem ser dirigidas ou encaminhadas após terem evacuado o edifício.

Em edifícios de grande dimensão ou com maior número de ocupantes, devem


definir-se vários pontos de encontro.

No ponto de encontro deve ser efectuado o controlo das pessoas que já


evacuaram os espaços em risco, por forma a confirmar a evacuação total
desses espaços e garantir que ninguém regressa ao edifício sem que seja
considerado seguro pelos bombeiros. 164
PONTO DE ENCONTRO

Sinalização Adequada

165
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO

166

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