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HIGIENE E SEGURANÇA

NO TRABALHO

2011
Conceito de segurança no
trabalho
A segurança do trabalho propõe-se combater dum
ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho,
quer eliminando as condições inseguras do ambiente,
quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas
preventivas.

É uma Técnica da prevenção e controle de riscos


capazes de afectar a segurança, a saúde e o bem estar
dos trabalhadores.

Higiene, saúde e segurança no


trabalho
Conceito de higiene do
trabalho
Será uma limpeza não da sujidade, mas de
todo o ambiente de trabalho.

Identificar e controlar as condições de


trabalho que possam prejudicar a saúde do
trabalhador e originar doenças profissionais.

Higiene, saúde e segurança no


trabalho
Conceito de Saúde do trabalho

Entende-se até ao controlo dos elementos


físicos, químicos e psicológicos ou mentais
que possam afectar a saúde dos
trabalhadores.

Higiene, saúde e segurança no


trabalho
Conceito de Saúde do trabalho

 ECG – Electrocardiograma
 Urina – Possíveis infecções
 Glicémia, Colesterol
 Espirometria – Frequência Respiratória
 Audiometria
 Exame Oftalmológico
Acidente de Trabalho - conceito

“É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no


tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte
redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.”
(nº 1, artigo. 8º, Lei nº 98/2009)

Higiene, saúde e segurança no


trabalho
Consequências dos acidentes de
trabalho
Vítimas Danos humanos Danos materiais

sinistrado Sofrimento físico e Diminuição do


moral salário
Família Sofrimento físico e Dificuldades
moral. preocupações económicas
Colegas Mau ambiente de Perdas de tempo.
trabalho Perdas de prémio de
produção
Empresa Imagem afectada Perda de produção.
Aumento de custos
País Baixa do potencial Diminuição de
humano produção
Aumento de
encargos sociais
Higiene, saúde e segurança no trabalho
ACIDENTES DE TRABALHO NA
CONSTRUÇÃO
2009 2010
56 (num total de 115 34 (num total de 88
acidentes mortais) acidentes mortais)

Fonte: Relatório de Actividades do ACT, 2009


ACIDENTES DE TRABALHO NA
CONSTRUÇÃO
Causas dos Acidentes de
Trabalho

Os acidentes de trabalho não se dão porque


o destino assim quer, mas porque alguém ou
alguma coisa o provoca.

Todo o acidente tem uma causa

Assim sendo, os acidentes podem ser


minimizados ou evitados.
Higiene, saúde e segurança no
trabalho
CAUSAS DOS ACIDENTES DE
TRABALHO
FACTORES HUMANOS:
Fisiológicos:
- Idade
Psicológicos:
- Diminuição física
para as funções - Emotividade
-Fadiga - Negligência ou
- Habituação a distracção
tóxicos - Falta de motivação
- Rotina
- Zelo excessivo
Profissionais: - Fadiga psicológica
- Ignorância - Etc.
- Inaptidão
- Inexperiência
- Etc.
CAUSAS DOS ACIDENTES DE
TRABALHO
FACTORES MATERIAIS:

-Máquinas ou ferramentas: inadequadas, não protegidas,


defeituosas;

-Sinalização: inexistente ou desapropriada;

-Arrumação ou armazenagem: má arrumação do local de


trabalho e/ou acondicionamento defeituoso;

- Higiene e salubridade: arejamento insuficiente, má


iluminação, ruído excessivo, temperatura, humidade, sujidade,
poeiras, etc.
Conceitos básicos de HST

PERIGO

 Conjunto de condições inerentes ao


manuseamento ou operação de um
produto ou sistema capazes de iniciar
uma sequência de acontecimentos
geradores de um acidente.
Perigos Associados à Construção
Civil
• Utilização de Máquinas de corte

• Movimentação Mecânica de Cargas

• Movimentação Manual de Cargas

• Trabalhos em Altura

• Exposição a Produtos Químicos

• Exposição a Ruído Elevado

• Exposição a Vibrações

• Utilização de Equipamento de Soldadura

• Utilização de Equipamento Eléctricos


Conceitos básicos de HST

RISCO
Combinação da probabilidade e da consequência da
ocorrência de um acontecimento perigoso.
Riscos Associados à construção civil
Causas das quedas em altura
 Ausência de guarda corpos nas instalações de
trabalho;

 Não utilização do equipamento de segurança


individual (linha de vida);

 Falta de informação/formação.
Medidas preventivas de queda em
alturas
 Utilização de Equipamento de Protecção
Individual (linha-de-vida);

 Utilizar Equipamento de Protecção Colectiva no


Estaleiro de Obra ( guarda-corpos);

 Sensibilização aos trabalhadores;


Causas de Capotamento
 Problemas de estabilidade causados por um chassis curto;

 Instabilidade durante operações de reboque;

 Irregularidade e inclinação do terreno;

 Difícil acesso à terra

 Falta de informação/formação

 Falhas técnicas

 Falta de manutenção do equipamento

 Acções perigosas ou manobras incorrectamente executadas pelo operador


Medidas Preventivas em Capotamento
 Selecção do tipo de veículo correcto tendo em
consideração o terreno e os trabalhos a executar;

 Pouco pode ser feito relativamente à orografia do terreno,


mas certas áreas podem ser aperfeiçoadas, por exemplo
através da manutenção da superfície da estrada e das vias de
acesso e saída dos terrenos;

 Assegurar que todos os operadores dos veículos sejam


certificados profissionalmente (CAP) para conduzir o
transporte;

 É primordial a execução da manutenção prevista.


Atropelamento
Causas de Atropelamento
 Falta de informação/formação;

 Falhas técnicas;

 Falta de manutenção do equipamento;

 Acções perigosas ou manobras incorrectamente


executadas pelo operador;

 Ausência de vias de circulação distintas para peões e


veículos;

 Ausência de sinalização de passagem de


peões/veículos.
Medidas Preventivas para
Atropelamentos
 Assegurar que todos os operadores dos
veículos sejam certificados profissionalmente
para conduzir o transporte;

 Criar vias de circulação para veículos/peões;

 dispor de sinalização nos locais onde veículos


e peões efectuam actividades.
ESMAGAMENTO
SOTERRAMENTO
Causas de Esmagamento/
Soterramento
 Sobrecarga;

 Choque e vibrações;

 Existência de blocos de pedra no meio do solo;

 Falta de Estudo dos Solos;

 Ausência de perímetros de segurança;

 Ausência de protecção colectiva (guarda corpos);

 Ausência de Informação/Formação
Medidas Preventivas para
Esmagamento/Soterramento

 Realizar estudos ao solo antes de começar a actividade;

 Limpar toda a área, retirando tudo o que possa ser fonte


de perigo;

 Colocar um perímetro de segurança no local onde se vai


realizar a actividade.
ELECTROCUSSÃO
Causas dos riscos eléctricos
Cabos arrastados, dobrados, entalados, queimados etc..

Mover equipamentos ou aparelhos com cabos em


tensão;

Fichas e/ou tomadas pisadas ou atiradas ao chão;

Utilizar fita adesiva para fazer isolamentos;

Utilizar equipamentos com cabos de ligação


deteriorados.
Medidas Preventivas para Riscos Eléctricos
 Recobrimento das partes activas da instalação;

 Uso da tensão reduzida de segurança;

 Afastamento das partes activas;

 Isolamento dos elementos condutores estranhos à


instalação;

 Ligar à terra e em curto-circuito;

 Delimitar a zona de trabalhos e proteger as peças em tensão


na vizinhança, colocando dispositivos isolantes
CORTES/PERFURAÇÕES
Causas de Cortes/Perfurações
 Ausência de equipamento de protecção individual
(Luvas);

 Ausência de cápsulas de segurança no equipamento;

 Alcoolismo;

 Ausência de Informação/Formação
Medidas Preventivas para
Cortes/Perfurações
 Utilização de equipamento te protecção Individual (Luvas,
botas);

 Utilização de cápsulas de protecção das máquinas;

 Sensibilizar os trabalhadores dando formação/informação


sobre a utilização do equipamento e os seus riscos.
FRACTURA/TRAUMATISMO
Causas de
Traumatismo/Fracturas
 Ausência de guarda-corpos (redes);

 Deixar equipamento de trabalho abandonado;

 Desarrumação na área de trabalho;

 Ausência de perímetros de segurança por baixo do local


onde se está a trabalhar
Medidas Preventivas para Quedas de
Objectos
 Organizar e arrumar a área onde se está a trabalhar;

 Tomar atenção quando se trabalha em altura e proibir


a passagem por debaixo desse local;

 Utilizar equipamentos de protecção individual e


colectiva.
EQUIPAMENTOS DE
PROTECÇÃO
EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO
INDIVIDUAL – EPI’s
Características dos equipamentos de
Protecção Individual
 Cómodas, robustas e leves;
 Adaptáveis, sempre que posam ser usados por
mais de um trabalhador;
 Fiáveis, ao longo de toda a sua vida;
 Adequados ao risco a que os trabalhadores estão
expostos;
 Adequados às condições de trabalho;
 Homologados ou certificados, sempre que possível.

Higiene, saúde e segurança no


trabalho
Protecção das vias respiratórias

Os equipamentos para a protecção individual das


vias respiratórias destinam-se a proteger os
trabalhadores contra a inalação de substâncias que
possam ser prejudiciais à respiração e/ou ataquem
os tecidos dessas vias.

As substâncias a evitar podem ser sólidos ou gases e


vapores e vão desde simples pó a fumo e gases e
tóxicos.

Higiene, saúde e segurança no


trabalho
Protecção Auditiva

A acção do ruído sobre os trabalhadores verifica-se


quer a nível fisiológico, com reflexos nocivos sobre
o aparelho auditivo e outras funções orgânicas,
quer a nível psicológico, provocando acréscimos de
tensões que podem gerar situações favoráveis à
ocorrência de acidentes.

Higiene, saúde e segurança no


trabalho
PROTECÇÃO DOS PÉS
PROTECÇÃO DOS PÉS

O calçado deve ser confortável, eficaz e


resistente.

Resistência térmica: isolamento ao calor e ao


frio
Anti-derrapante: evita a queda por
escorregamento
ATENÇÃO

Os EPI’s não evitam os acidentes…

Apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer


de acidentes!
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO
COLECTIVA – EPC’s

Protegem todas as pessoas, ou pelo


menos mais do que uma, contra os riscos
profissionais.
SINALIZAÇÃO DE
SEGURANÇA
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

 Objectivo: chamar a atenção das pessoas, de forma


rápida e inequívoca, para as situações que, nos espaços
onde elas se encontram, comportem riscos para a sua
segurança.

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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

 A forma utilizada, a cor, o número e dimensão dos sinais de


segurança dependerão da importância dos riscos, dos
perigos existentes e da extensão da zona a cobrir.

 Deverá existir em todos os locais de trabalho, qualquer que


seja a actividade e nos locais públicos.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

FORMA GEOMÉTRICA SIGNIFICADO

OBRIGAÇÃO E PROIBIÇÃO

PERIGO

EMERGÊNCIA
INDICAÇÃO

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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

TIPOS DE SINAIS:
SINALIZAÇÃO DE PERIGO OU
AVISO

 Forma: Triangular
 Cor de segurança: fundo amarelo
 Cor de contraste: orla preta
 Cor dos símbolos: preto

O amarelo, indica perigo, sugere precaução;


É a cor que está mais ligada à noção de Prevenção.

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SINALIZAÇÃO DE PERIGO OU AVISO

PERIGOS PERIGO DE PERIGO DE


VÁRIOS INCÊNDIO ELECTROCUSSÃO

PERIGO PERIGO PERIGO


SUBSTÂNCIAS ZONAS INTOXICAÇÃO
CORROSIVAS QUENTES
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SINALIZAÇÃO DE PERIGO OU AVISO

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SINALIZAÇÃO DE OBRIGAÇÃO

 Forma: Circular
 Cor de segurança: fundo azul
 Cor de contraste: fundo branco
 Cor dos símbolos: branco

O azul utiliza-se nos sinais de informação e de obrigação.


Indica qualquer coisa que se deve fazer para evitar um risco.

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SINALIZAÇÃO DE OBRIGAÇÃO

PROTECÇÃO
PROTECÇÃO
PROTECÇÃO OBRIGATÓRIA
OBRIGATÓRIA
OBRIGATÓRIA DO CORPO
DOS OLHOS E VIAS
DOS OLHOS
RESPIRATÓRIAS

PROTECÇÃO
PROTECÇÃO OBRIGATÓRIA
OBRIGATÓRIA OBRIGATÓRIO DAS VIAS
DAS MÃOS LAVAR AS RESPIRATÓRIAS
MÃOS 59
SINALIZAÇÃO DE PROIBIÇÃO

 Forma: Circular
 Cor de segurança: orla e faixa transversal

vermelha
 Cor de contraste: fundo branco
 Cor dos símbolos: preto

O vermelho corresponde à ideia de paragem, de perigo imediato;


Identifica, também, o material de combate a incêndios;
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SINALIZAÇÃO DE PROIBIÇÃO

PROIBIDO PROIBIDO APAGAR PROBIDO FAZER


FUMAR COM ÁGUA LUME

PROIBIDO BEBER ÁGUA PROIBIDO LAVAR AS MÃOS


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SINALIZAÇÃO DE PROIBIÇÃO

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SINALIZAÇÃO DE
EMERGÊNCIA/EVACUAÇÃO/SALVAMENTO
 Forma: Quadrada ou rectangular
 Cor de segurança: fundo verde
 Cor de contraste: branco
 Cor dos símbolos: branco

O verde é a cor que, em situação de emergência, dá uma


informação sobre o caminho mais seguro a seguir ou sobre a
localização de instalações de primeiros socorros.
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SINALIZAÇÃO DE
EMERGÊNCIA/EVACUAÇÃO/SALVAMENTO

SAÍDA DE POSTO DE 1ºS SOCORROS


EMERGÊNCIA
À ESQUERDA

LAVA-OLHOS DE
DIRECÇÃO EVACUAÇÃO
EMERGÊNCIA
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SINALIZAÇÃO DE
EMERGÊNCIA/EVACUAÇÃO/SALVAMENTO

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SINALIZAÇÃO DE
EMERGÊNCIA/EVACUAÇÃO/SALVAMENTO

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SINALIZAÇÃO DE COMBATE A
INCÊNDIOS

Direcção a seguir: Sinal de indicação adicional de placas

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Sinalização de Obstáculos e Locais
Perigosos

A sinalização de obstáculos e locais perigosos (vãos, buracos;


desníveis, etc…) deve ser efectuada por intermédio de faixas
de cor vermelho e branco ou amarelo e negro

Estas faixas devem circundar, a totalidade do obstáculo ou


local perigoso.
Durante o dia ou em condições de iluminação
Durante a noite ou em condições de obscuridade
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A NP EN 2 classifica os fogos em 5 classes que são definidas pela
natureza do combustível:
Fogos que resultam da combustão
de materiais sólidos de natureza
Fogos Classe A orgânica

(madeiras, plásticos, papel)

Fogos que resultam da combustão de


materiais sólidos liquidificáveis ou
Fogos Classe B líquidos combustíveis

(óleos, gasolinas, lubrificantes,


acetona, solventes, tintas)
Fogos que resultam
da combustão de gases
Fogos Classe C
(metano, gás natural, propano, butano)

Fogos que resultam da combustão


de metais alcalinos
Fogos Classe D
(magnésio, pó de alumínio, sódio, titânio)

Incêndios em equipamento
Fogos Classe E
eléctrico sob tensão
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Utilização do Extintor
1. Verificar se o extintor é o mais adequado,
2. Transportar o extintor sempre na vertical,
3. Retirar o selo ou cavilha de segurança,

4. Efectuar um jacto de prova antes de avançar para o fogo e


verificar se o extintor funciona correctamente,

5. Aproximar-se do fogo a favor do vento ou da tiragem de ar


normal do edifício,

6. Combater o fogo dirigindo o jacto do extintor para a base das


chamas em forma de varredela ou ziguezague,

7. Verificar que o fogo está completamente extinto,

8. Nunca virar as costas ao fogo,

9. Providenciar a recarga do extintor.


“Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos,

mas também pelo que deixamos de fazer”

(Molière, dramaturgo francês )


HIGIENE E SEGURANÇA
NO TRABALHO

Obrigado pela
Atenção!

2011

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