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INTRODUÇÃO À DISCIPLINA

DE TÉCNICAS ESTÉTICAS NO
PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

Prof.ª Karla Benetti

São José do Rio Pardo


2021/2
TÓPICOS

 Apresentação do Plano de Ensino, métodos de avaliação.


 Definições: Cirurgia plástica estética e reparadora.

 Cicatrização: Fases da cicatrização, tipos de cicatrizes.

 Revisão de Processo Inflamatório, cicatrização, tipos de


cicatrizes, tipos de anestesia.
APRESENTAÇÃO DO PLANO DE
ENSINO, MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

 CURSO: Estética e Cosmética


 SÉRIE: 6º semestre

 DISCIPLINA: Técnicas Estéticas nos Pré e Pós-


operatórios
 CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 horas-aula

 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 horas-aula


I – EMENTA
 

 A disciplina apresenta as principais cirurgias estéticas


Faciais e Corporais, e as possíveis técnicas em Estética
utilizadas nos pré-operatórios e pós-operatórios, para
atuação em trabalho junto aos profissionais da medicina.
II – OBJETIVOS GERAIS
 

 Conhecer e saber realizar as manobras das técnicas


estéticas específicas utilizadas em indicações médicas
antes e após as cirurgias estéticas e procedimentos
invasivos.
III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Fazer com que o aluno saiba realizar os tratamentos


estéticos no pré e pós-operatório de cirurgias estéticas
faciais e corporais, bem como conhecer os
procedimentos invasivos que devem ser associados às
técnicas estéticas, suas indicações e contraindicações.
 Conhecer as técnicas de cirurgias bariátricas e aplicar
técnicas estéticas específicas no pré e pós cirurgia de
redução.
IV – COMPETÊNCIAS
 
 A disciplina faz com que o aluno seja capaz de:
 - Identificar os diversos tipos de cirurgias plásticas
estéticas faciais e corporais, possibilitando aplicar
corretamente as técnicas estéticas no pré e pós-
operatório de acordo com cada cirurgia, proporcionando
assim uma melhor recuperação do paciente em fase de
pós-procedimentos cirúrgicos.
 - Associar os tratamentos estéticos aos procedimentos
médicos invasivos, contribuindo para um melhor
resultado estético.
V - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 1. Introdução à disciplina de técnicas de Estética no pré e pós-operatório.
 1.1 Definições: Cirurgia plástica estética e reparadora.
 1.2 Cicatrização: Fases da cicatrização, tipos de cicatrizes.
 2. Aspectos atuais das cirurgias plásticas reparadoras e estéticas faciais

 2.1 Blefaroplastia / Rinoplastia / Ritidoplastia / Bichectomia


 2.2 Técnica de Drenagem para o pós-operatório de cirurgias faciais
 2.3 Massagem pós-operatória.
 2.4 Modalidades terapêuticas Faciais
 3. Procedimentos médicos invasivos

 3.1 Tratamentos a laser / Peelings médio e profundo / materiais Injetáveis (intradermoterapia, toxina botulínica,
preenchimentos, fios de sustentação).
 3.2 Modalidades estéticas associadas aos procedimentos invasivos.
 4. Aspectos atuais das cirurgias plásticas reparadoras e estéticas corporais

 4.1 Mamoplastia: Aumento e Redução das Mamas / Ginecomastia / Abdominoplastia / lipoaspiração / lipoescultura /
hidrolipoescultura.
 4.2 Técnica de Drenagem para o pós-operatório de cirurgias corporais.

 4.3 Massagem pós-operatória de cirurgias corporais.

 4.4 Modalidades terapêuticas corporais.

 5. Cirurgias bariátricas

 5.1 Definição, indicação e contraindicação, tipos de cirurgias bariátricas.


 5.2 Equipe multiprofissional: procedimentos estéticos realizados para pré e pós-operatórios.
 6. Terapêutica no paciente queimado.

 6.1 Queimadura, Semiologia

 6.2 Técnicas Estéticas utilizadas em cicatrizes e brida cicatricial


Módulos Descrição das Atividades
1 Aula Teórica

Apresentação do Plano de Ensino, métodos de avaliação.


  Revisão de Processo Inflamatório, cicatrização, tipos de cicatrizes, tipos de anestesia.
2 Aula Teórica

Introdução à disciplina: Blefaroplastia / Rinoplastia / Ritidoplastia / Bichectomia.


  Anatomia, técnica cirúrgica, complicações, cuidados pré e pós-operatórios.
3 Aula Teórica

  Tratamentos à Laser: os peelings mais usados atualmente, procedimentos invasivos. Técnicas estéticas associadas aos procedimentos invasivos
Aula Teórica e Prática
4
  Técnica de drenagem para o pós-operatório de face.
5 Aula Prática
  Técnica de drenagem para o pós-operatório de face.
6 Aula Prática
  Recursos tecnológicos em pós-operatório faciais
7 Aula Teórica

  Abdominoplastia / dermolipectomias / Lipoaspiração/ Lipoescultura; Hidrolipoescultura / mini lipoescultura / HLPA - técnica cirúrgica, complicações, cuidados pré e pós-operatórios. Técnicas estéticas aplicadas em pré e pós-operatórios.
8 Aula Teórica e prática 01/09/2021

  Mamoplastia: aumento e redução das mamas / prótese de silicone / Ginecomastia: técnica cirúrgica, complicações, cuidados pré e pós-operatórios. Técnicas estéticas aplicadas em pré e pós-operatórios.

NP1
9 Aula Teórica

Correção e discussão da NP1


  Cirurgia Bariátrica: Indicação e contraindicação, tipos de cirurgias, técnicas cirúrgicas. Tratamentos estéticos associados pré e pós-operatório.
10 Aula Teórica e Prática
  Técnica de Drenagem para o Pós-operatório corporal
11 Aula Prática
  Técnica de Drenagem para o Pós-operatório corporal
12 Aula Prática
  Técnica de Drenagem para o Pós-operatório corporal
13 Aula Prática
  Recursos tecnológicos em pós-operatório corporais
14 Aula Prática
  Recursos tecnológicos em pós-operatório corporais
15 Aula Teórica e Prática demonstrativa
  Queimados / Modalidades terapêutica em cicatriz e Brida cicatricial

NP2
VI – ESTRATÉGIA DE TRABALHO

 A disciplina é realizada com apresentação de aulas


expositivas e metodologia ativa de ensino, apoiadas nas
diretrizes do plano de ensino. O desenvolvimento dos
conceitos e conteúdos ocorre com apoio da bibliografia
proposta, e ainda através da leitura e discussão de artigos
científicos e textos complementares, apresentação de
vídeos, realização de exercícios e atividades práticas no
laboratório de estética. Com o objetivo de aprofundar o
conteúdo o docente pode solicitar trabalhos e seminários
individuais ou em grupo, que permitam aos alunos
expandirem ainda mais seus conhecimentos.
VII – AVALIAÇÃO

 A apuração do rendimento escolar é realizada por meio


de verificações parciais teóricas, incluindo as provas P1
e P2, e entrega e apresentação de seminários sobre os
assuntos discutidos em aula.
 A nota final é composta pelas notas das P1, P2 e PIM na
proporção definida conforme previsto no Regimento
Institucional.
 A frequência superior a 75% nas aulas será um pré-
requisito para a aprovação do discente. As datas de
provas são definidas conforme calendário acadêmico.
VIII – BIBLIOGRAFIA

 Bibliografia Básica
 LEDUC, A; LEDUC, O. Drenagem linfática: teoria e prática. São Paulo: Manole,
2000/2007.
 HORIBE, E. K. Estética clínica e cirúrgica. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
 MAUAD, R. Estética e cirurgia plástica: tratamento no pré e pós-operatório. São
Paulo: SENAC, 2012.

 Bibliografia Complementar
 BORGES, F. dos S. Dermatofuncional: modalidades terapêuticas nas disfunções
estéticas. São Paulo: Phorte, 2012.
 GUIRRO, E. C. de O; GUIRRO, R. R. de J. Fisioterapia dermato-funcional:
fundamentos, recursos, patologias. São Paulo: Manole, 2007/2010.
 MIRANDA, S. A.; ABRANTES, F. Ginástica para gestante. Rio de Janeiro: Sprint,
2003.
 FAÇANHA, R. Estética Contemporânea. São Paulo: Rubio, 2003.
 KISNER, C. COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos fundamentos e técnicas. São
Paulo: Manole, 1998.
DEFINIÇÕES

 CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA

 CIRURGIA PLÁSTICA REPARADORA


DEFINIÇÕES

CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA

 As cirurgias plásticas estéticas, são aquelas realizadas para dar


nova forma a estruturas normais do corpo, com o objetivo de
melhorar a aparência e a autoestima.
 Assim, a cirurgia estética tem por objetivo melhorar a aparência
de pessoas cujo problema não tenha sido causado por doença
ou deformidade.
 São alterações fisiológicas, como o envelhecimento, a gravidez
ou desvios das forma externa do corpo que não configuram
patologia, mas causam alterações psicológicas e/ou sociais.
Ribeiro, A. P.
DEFINIÇÕES

CIRURGIA PLÁSTICA REPARADORA

 Tem o objetivo corrigir deformidades congênitas (de nascença)


e/ou adquiridas (traumas, alterações do desenvolvimento, pós
cirurgia oncológica, acidentes e outros), devidamente
reconhecida, ou ainda quando existe déficit funcional parcial ou
total cujo tratamento exige recursos técnicos da cirurgia plástica,
sendo considerada tão necessária quanto qualquer outra
intervenção cirúrgica.
 Por meio de intervenções cirúrgicas ou não, as cirurgias plásticas
reparadoras procuram aprimorar ou recuperar as funções, e ainda
restabelecer a forma mais próxima possível do normal.
Ribeiro, A. P.
CICATRIZAÇÃO

 FASES DA CICATRIZAÇÃO

 TIPOS DE CICATRIZES
CICATRIZAÇÃO

 A pele é o maior órgão do corpo humano;

 Funções: sustentar um equilíbrio físico-químico e


biológico com o meio ambiente;

 Ferida: ruptura da harmonia tecidual;

CARREIRÃO, 2018, p.3


CICATRIZAÇÃO

 Objetivos de reparar uma ferida: restauração da


superfície externa – que tem como função proteger o
indivíduo contra infecções e desidratação.

 Cicatrização: processo que restaura a continuidade


orgânica à custa de tecido mesenquimal (tecido
conjuntivo indiferenciado), que a partir dele são
formados tecidos, vasos sanguíneos e linfáticos.

CARREIRÃO, 2018, p.3


CICATRIZAÇÃO

 Cicatrização: envolve uma serie de eventos que podem


ser divididos em três fases, que se relacionam com outras
fases de forma dinâmica.

 Formação de cicatriz: reflete a tentativa do nosso corpo


de restaurar a força e a integridade do tecido.

 O produto final de uma cicatrização normal é


caracterizado pela desorganização do alinhamento do
colágeno e pela perda de apêndices dérmicos.

CARREIRÃO, 2018, p.3


CICATRIZAÇÃO

FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO:

 Consiste em uma sequencia de eventos guiada por


inúmeros estímulos celulares, do próprio microambiente
da ferida, que estimulam e inibem os processos de
cicatrização, em suas distintas fases

CARREIRÃO, 2018, p.3


CICATRIZAÇÃO

FASES DA CICATRIZAÇÃO:

 1 – Fase inflamatória

 2- Fase de proliferação

 3 – Fase de remodelamento

CARREIRÃO, 2018
CICATRIZAÇÃO
1 – Fase inflamatória:

 Para iniciar a cicatrização é necessário a hemostasia do


local.
 Inicialmente os vasos do local da ferida se contraem, as
plaquetas aderem, agregadas ao local da lesão e formam
o tampão hemostático inicial.
 Começa então a sequencia de eventos da coagulação.

CARREIRÃO, 2018, p.3


CICATRIZAÇÃO
1 – Fase inflamatória:

 A medida que o trombo se forma, dá-se a hemostasia na


ferida.
 Depois da hemostasia os vasos locais se dilatam
secundariamente aos efeitos na sequência da coagulação.
 A permeabilidade dos vasos é aumentada, atraindo
neutrófilos e monócitos para a ferida.
 Há a liberação de histamina e leucotrienos, importantes
para a vasodilatação.

CARREIRÃO, 2018, p.3 e 4


CICATRIZAÇÃO
1 – Fase inflamatória:

 O fluxo inicial de leucócitos para a ferida ocorre em 24


horas e é composto por neutrófilos que eliminam os restos
celulares, corpos estranhos e bactérias.

 Este infiltrado de neutrófilos é reduzido em feridas


cirúrgicas limpas.

 Em 2 a 3 dias as celulas inflamatorias começam a mudar a


sua população para monócitos, que se diferenciam em
macrófagos.
CARREIRÃO, 2018, p.4
CICATRIZAÇÃO
1 – Fase inflamatória:
 Os macrófagos continuam a fagocitar tecidos e restos
bacterianos. Secretam também fatores de crescimento.

 Estes fatores de crescimento ativam e atraem células


endoteliais locais, fibroblastos e queratinócitos para
iniciar o reparo tecidual.

 A ferida limpa e com boa vascularização está pronta para


o processo proliferativo.

CARREIRÃO, 2018, p.4


CICATRIZAÇÃO
2 – Fase Proliferativa:
 Também é conhecida como fase colágena. Os eventos
mais importantes dessa fase são:

 A) Formação da matriz extracelular: ocorre através da


degradação da chamada matriz provisória inicial
(principalmente da fibrina), por meio das proteases, que
degradam as proteínas da matriz provisória, ativando
fatores de crescimento e ligando-se a superfícies
celulares, formando a MEC.

CARREIRÃO, 2018, p.4


CICATRIZAÇÃO
2 – Fase Proliferativa:
 Também é conhecida como fase colágena. Os eventos mais
importantes dessa fase são:

 B) Ativação e proliferação dos fibroblastos e a formação de


colágeno: Os macrófagos, mastócitos e a MEC liberam
fatores de crescimento que estimulam a ativação de
fibroblastos. Conforme os fibroblastos se proliferam, eles se
tornam o tipo predominante de célula por 3 a 5 dias nas
feridas limpas não infectadas. Eles secretam hialuronidase
para digerir a matriz provisória rica em ácido hialuronico,
seguida de acumulo de glicosaminoglicanos sulfatados e
colágeno desordenado, formando a cicatriz.
CARREIRÃO, 2018, p.4 e 5
CARREIRÃO, 2018, p.4
CICATRIZAÇÃO
2 – Fase Proliferativa:
 Também é conhecida como fase colágena. Os eventos mais
importantes dessa fase são:

 B) Os fibroblastos sintetizam e secretam colágenos por meio de


um complexo processo intracelular e extracelular. Os principais
colágenos fibrilares que fazem parte da MEC na pele e cicatriz
são colágenos tipos I e III.
 Embora o tipo III a principio seja depositado em quantidades
maiores na ferida, sua quantidade é sempre menor que a do
colágeno tipo I na cicatriz madura, mantendo a proporção 4:1. O
colágeno é o principal componente estrutural da cicatriz, é ele que
mantem a ferida fechada após a retirada dos pontos e sua
quantidade na cicatriz depende da tensão nas bordas da ferida.
CARREIRÃO, 2018, p. 5
CICATRIZAÇÃO
2 – Fase Proliferativa:
 Também é conhecida como fase colágena. Os eventos mais
importantes dessa fase são:

 C) tecido de granulação: é constituído por vasos sanguíneos,


macrófagos e fibroblastos, agregados a uma matriz provisória
frouxa de fibronectina, ácido hialurônico e colágeno.
Macroscopicamente esse tecido é caracterizado por seu aspecto
carnudo vermelho (carne esponjosa), presente nas feridas
abertas. È uma consequência das novas redes de capilares
formadas pela divisão e migração celular endotelial. O tecido de
granulação permite a migração e a integração do tecido epitelial
em seu leito, estimulados por macrófagos e fibroblastos.

CARREIRÃO, 2018, p. 5
CICATRIZAÇÃO
2 – Fase Proliferativa:
 Também é conhecida como fase colágena. Os eventos
mais importantes dessa fase são:

 D) Contração cicatricial: A pele circundante se retrai em


direção centrípeta, na tentativa de fechar uma ferida
aberta. Esse fenômeno praticamente não ocorre em
feridas cirúrgicas fechadas primariamente (com pontos).
A contração aparece nas feridas deixadas abertas, nas
queimaduras e nas deiscências de feridas, geralmente por
infecções.

CARREIRÃO, 2018, p. 5
CICATRIZAÇÃO
3 – Fase de Maturação
 Também chamada de fase de remodelação.

 É rica em rede de capilares, a cicatriz imatura é


avermelhada pela grande proliferação colágena.
 Nessa fase há a perda do equilíbrio entre a produção e a
degradação do colágeno, iniciando a sua degradação,
incentivando a remodelagem da substancia matriz. Como
consequência, os capilares regridem e a cicatriz torna-se
mais clara, caracterizando a cicatriz madura. A cicatriz se
remodela lentamente por um longo período (meses ou
anos).

CARREIRÃO, 2018, p. 5
OUTRAS: 5 FASES
 1ª Fase – Hemostasia (vasocontrição de 5 a 10 minutos)
 2ª Fase inflamatória (24h até 2 semanas)

 3ª Fase proliferativa (reparação); (no 3º dia)

 4ª Fase – Contração da ferida e remodelagem (a partir do


15º dia)
 5ª Fase – Maturação ou remodelagem (6 meses a 2 anos)
CICATRIZAÇÃO
CICATRIZ:

 Cicatrizes maduras são hipopigmentadas (mais claras do


que a pele circundante após a maturação completa).
 Ainda durante a remodelagem, gradualmente as feridas
vão se tornando mais fortes e a sua resistência à tração
aumenta.
 No entanto, esta resistência nunca será igual à da pele
normal, atingindo no máximo a 80% da pele íntegra.

CARREIRÃO, 2018, p. 5
CICATRIZAÇÃO
CICATRIZ:

 A cicatriz não possui anexos epidérmicos (folículos


pilosos e glândulas sebáceas) e tem um padrão de
colágeno diferente do padrão da pele sem ferimentos.

CARREIRÃO, 2018, p. 5
FATORES QUE PODEM INTERFERIR NO
PROCESSO DE REPARAÇÃO TECIDUAL

 FATORES LOCAIS

 FATORES SISTÊMICOS
FATORES QUE PODEM INTERFERIR NO
PROCESSO DE REPARAÇÃO TECIDUAL
Fatores locais:
Dimensão e profundidade da lesão,
Grau de contaminação,
Presença coleções líquidas,
Hematomas,
Edemas,
Necrose tecidual e infecção local,
Técnica cirúrgica utilizada, material e técnica de sutura,
tipos de curativos ,
Tração ou pressão mecânica sobre a cicatriciais.
FATORES QUE PODEM INTERFERIR NO
PROCESSO DE REPARAÇÃO TECIDUAL

Fatores sistêmicos:
Faixa etária,
Raça,
Estado nutricional,
Presença de doenças crônicas,
Uso de medicamentos.
INFLUENCIAM NA CICATRIZAÇÃO
 Infecção da ferida
 Moléstias metabólicas Anemias

 Diabetes

 Insuficiência cardíaca

 Deficiências nutricionais (proteínas)

 Drenagem linfática deficiente

 Resposta imunológica

 Fumo.
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
 Cicatrização por primeira intenção ou cicatrização
primária: Todos os tecidos, inclusive a pele, são fechados
com sutura.

 Cicatrização por segunda intenção ou cicatrização


secundária: a ferida é deixada aberta e fecha-se
naturalmente.

 Cicatrização por terceira intenção ou cicatrização


terciária: ou chamada de primeira intenção tardia, ocorre
quando a ferida é deixada aberta por alguns dias e, então,
fechada se for considerada limpa.
CARREIRÃO, 2018, p. 6
REVISÃO

 PROCESSO INFLAMATÓRIO (vimos dentro de


cicatrização);

 CICATRIZAÇÃO (estudamos hoje);

 TIPOS DE CICATRIZES;

 TIPOS DE ANESTESIA.
REVISÃO

 TIPOS DE CICATRIZES;

 Cicatriz hipertrófica (não vão além dos limites da lesão,


é uma cicatriz elevada): utilização de malhas compressivas,
placas de silicone, corticosteroides, massagem manual (após a fase
de maturação), ultrassom, radiofrequência e tratamento cirúrgico.

 Queloide (vão além dos limites da lesão, crescimento


excessivo, causado pelo excesso de colágeno): diversos
tratamentos – conservador (monitorando a cicatriz), cirúrgico e
massagem manual para liberar aderências (após a fase de
maturação)
REVISÃO

 TIPOS DE ANESTESIA

 O Conselho Federal de Medicina traz que: “Antes da


realização de qualquer anestesia é indispensável
conhecer com a devida antecedência as condições
clínicas do paciente a ser submetido à mesma, cabendo
ao anestesista decidir da conveniência ou não da prática
do ato anestésico, de modo soberano e intransferível”
(Resolução nº 1.363/93, Art I, inciso I).

CARREIRÃO, 2018, p. 23
REVISÃO

 TIPOS DE ANESTESIA

 Avaliação pré-anestésica: pode ocorrer algumas semanas


ou dias antes do ato cirúrgico, em ambulatórios ou
consultórios pré-anestésicos.

 Ela inclui: anamnese, exame físico detalhado, dados de


prontuário médico, exames complementares e caso
necessário, avaliações mais especializadas.

CARREIRÃO, 2018, p. 23
REVISÃO

 TIPOS DE ANESTESIA

 É necessário que se reconheça o estado psicológico do


paciente e o grau de ansiedade.

 O objetivo da avaliação pré-anestésica é reduzir a


morbidade e mortalidade de qualquer ato cirurgico,
esclarecimento de dúvidas, melhor recuperação.

 O anestesiologista irá obter informações vitais para a


escolha do ato anestésico, podendo transmitir toda
orientação e segurança necessárias ao paciente.
CARREIRÃO, 2018, p. 23
REVISÃO

 TIPOS DE ANESTESIA

 O anestesiologista irá obter também o consentimento


informado por escrito e oferecerá recomendações pré
cirúrgicas para o paciente.

CARREIRÃO, 2018, p. 23
REVISÃO

 TIPOS DE ANESTESIA

 A escolha da técnica anestésica leva em consideração:

 Fatores ligados à cirurgia – ex.: porte cirúrgico;


 Fatores ligados ao paciente – ex.: idade;

 Fatores ligados à própria anestesia.

CARREIRÃO, 2018, p. 29
REVISÃO

 TIPOS DE ANESTESIA

CARREIRÃO, 2018, p. 29
REVISÃO

 ANESTESIA LOCAL:

 É o bloqueio reversível da condução nervosa,


determinando perda das sensações sem alteração do
nível de consciência.

 O seu uso pode ocorrer com técnica isolada ou associada


a anestesia geral, sedação ou empregada em bloqueios
locorregionais.

CARREIRÃO, 2018, p. 30
REVISÃO

 BLOQUEIOS

 A anestesia regional é a técnica que envolve a inibição


da condução nervosa da informação perceptiva obtida
pela administração de anestésico local nas terminações
nervosas ou periféricas.

 Compreendem os bloqueios subaracnóideo, peridural,


intercostais, paravertebrais, do plexo braquial, femoral e
outros.

CARREIRÃO, 2018, p. 30
REVISÃO

 ANESTESIA GERAL

 Pode ser venosa, inalatória.

 Vantagens: maior conforto para o paciente, imobilidade,


controle da ventilação, controle hemodinâmico, campo
operatório adequado.

 Desvantagens: tosse, tonturas, nauseas, vomitos,


agitação ao despertar, necessidade de equipamentos mais
sofisticados, custos mais elevados.

CARREIRÃO, 2018, p. 30
REFERÊNCIAS

 CARREIRÃO, Sérgio. Cirurgia plástica para a formação do


especialista. 2. ed., Rio de Janeiro: Atheneu, 2018.

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