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COTAGEM

Segundo a NBR 10126 da ABNT cotagem é uma


representação gráfica no desenho da
característica do elemento, através de linhas
símbolos, notas e valor numérico numa unidade
de medida.

As cotas devem fornecer uma perfeita idéia


de todas as dimensões, não deixando dúvidas
que justifiquem futuros cálculos.
Os elementos fundamentais de uma cotagem
são: linha de cota; linha auxiliar ou de extensão;
cota propriamente dita e os limites da linha de
cota.

As linhas de cotas são finas, traçadas


paralelamente às dimensões do objeto e
distantes aproximadamente 7 mm da linha de
contorno visível, assim como entre linhas de
cotas.
As linhas de extensão não devem ultrapassar a
linha de cota em mais de 3 mm aproximadamente
(se existirem mais do que uma linha de cota
paralela esta situação se referirá a ultima linha).
As linhas de eixo, de centro, arestas e contornos
não podem ser usadas como linhas de cota,
permitindo-se, entretanto, que sirvam como linhas
de extensão. A linha de centro quando usada como
linha de extensão, deve continuar como linha de
centro ate a linha de contorno do objeto.
As cotas maiores deverão ser colocadas por fora
das menores, evitando o cruzamento de linhas,
porem, se isso ocorrer, as linhas não devem ser
interrompidas no ponto de cruzamento.

OBSERVAÇÃO A linha de cota não pode ser


interrompida, mesmo que o desenho seja cortado.
Os limites da linha de cota podem ser
representados por traços oblíquos, pontos ou
setas, embora a ultima seja a mais utilizada.

A seta tem um comprimento aproximado de 3


mm e sua largura é aproximadamente 1/3 do
comprimento ou dando-se a extremidade um
ângulo de 15º, o ponto é colocado encima das
linhas e o traço obliquo é desenhado com uma
linha curta com uma inclinação de 45º.
COTAGEM DE CURVATURAS
Na cotagem de raios somente uma seta de
limitação da linha de cota é utilizada. Podendo
ser dentro ou fora do contorno.
Para melhorar a leitura e a interpretação das
cotas em circunferências do desenho são
utilizados símbolos para mostrar a identificação
das formas cotadas.

Ø = diâmetro R ESF = raio Ø ESF = diâmetro


esférico esférico
= indicativo
R = raio de quadrado
METODOS DE UTILIZAÇÃO DA COTAGEM
Existem dois métodos de cotagem, mas somente um
deve ser utilizado num mesmo desenho:
1º MÉTODO: As cotas devem localizadas acima
e paralelas as suas linhas de cotas e preferivelmente
no centro. Devendo ser escritas de modo que possam
ser lidas da base e/ou do lado direito do desenho.
Cotas em linhas de inclinadas e angulares devem ser
empregadas nas formas apresentadas:
2º MÉTODO: as cotas devem lidas da base
da folha de papel. As linhas de cotas devem ser
interrompidas, preferivelmente no meio, para
inscrição da cota.
TIPOS DE COTAGEM
Cotagem em CADEIA ou cotagem em SERIE, na
qual as cotas de uma mesma direção são
referenciadas umas nas outras, podendo
acarretar durante o processo de fabricação da
peça, a soma sucessiva dos erros cometidos na
execução de cada elemento cotado.
Cotagem por ELEMENTO DE REFERENCIA é
usado onde o numero de cotas da mesma direção
se relacionar a um elemento de referência. A
cotagem por elemento de referência se divide em
cotagem PARALELO ou cotagem ADITIVA.

A Cotagem em PARALELO é a localização de


varias cotas simples paralelas uma as outras e
espaçadas suficientemente para escrever a cota.
A Cotagem ADITIVA é uma simplificação da
cotagem paralela e pode ser utilizada onde há
limitação de espaço e não haja problema de
interpretação.
Quando os elementos estivem próximos,
quebramos as linhas de referencia para permitir
a inscrição da cota no lugar apropriado.
Cotagem por COORDENADAS pode ser pratico
reduzir-se a tabela para os pontos de intersecção
de malhas nos desenhos de localização onde são
indicados.
As cotagens de cordas, arcos e ângulos são
considerados como cotagem ESPECIAIS e
devem ser feitas seguindo os exemplos abaixo.

CORDA ARCO ÂNGULO


Nas cotagens de chanfros e escareados para se
definir um elemento angular são necessárias
pelo menos duas cotas, informando os
comprimentos de seus dois lados ou o
comprimento de um dos seus lados associados
ao valor de um dos seus ângulos.
Para evitar nos objetos que serão manuseados o
contato com cantos vivos, é usual quebrar os
cantos com pequenas inclinações chamadas de
chanfros. A cotagem de chanfros segue os
princípios utilizados na cotagem de elementos
angulares.
Da mesma forma, os cantos vivos dos furos
também são quebrados com pequenas superfícies
inclinadas, que no caso dos furos são chamadas
de escareados. A cotagem dos escareados segue
os princípios da cotagem de elementos
angulares.
As linhas de chamada ou referência também pode
ser utilizada em cotagem mas deve seguir as
regras empregadas para esta linha, que determina
sem símbolos, se ela conduzir a uma linha de
cota; com um ponto, se terminada dentro do
objeto representado ou com uma seta, se ela
conduzir ou contornar a aresta do objeto
representado.
COTAGEM EQUIDISTANTE e/ou REPETIDO
A cotagem de elementos eqüidistantes pode ser
simplificada porque não há necessidade de se
colocar todas as cotas. Os espaçamentos lineares
podem ser cotados indicando o comprimento total
e o número de espaços. Para evitar problemas de
interpretação, é conveniente cotar um dos
espaços e informar a dimensão e a quantidade de
elementos.
Quando os espaçamentos não forem
eqüidistantes, será feita a cotagem dos espaços,
indicando a quantidade de elementos.
Os espaçamentos eqüidistantes angulares
podem ser cotados indicando somente o valor do
ângulo de um dos espaços e da quantidade de
elementos, mas caso haja algum ângulo que não
seja eqüidistante cota-se individualmente.
Para evitar a repetição da mesma cota ou evitar
chamadas longas, podem ser utilizadas letras de
referências, em conjunto com uma legenda ou
nota.
As vistas em meio corte só
podem ser utilizadas para
representar objetos simétricos, e
que a metade que aparece
cortada também existe no lado
não cortado. Desta forma, as
vistas em meio corte podem ser
utilizadas para cotagem do objeto
utilizando linhas de cota somente
com uma seta indicando o limite
da cota na parte que aparece em
corte (igualmente como é
utilizado para indicar raios), e a
ponta da linha de cota que não
tem seta deve se estender
ligeiramente além do eixo de
simetria.
COTAGEM DE DESENHOS EM PERSPECTIVA 

Em perspectiva cônica de acordo com o seu


objetivo principal que é evidenciar a relação de
dimensões segundo as direções principais
deformando-as em função do ponto de vista de
fuga, não faria sentido proceder a qualquer
cotagem.
Os critérios de cotagem são em termos gerais os
já referidos para a perspectiva isométrica; ao
contrário do que acontece nas projeções
ortogonais que dispõe de várias vistas, o que é
possível selecionar qual a cotagem que melhor
corresponde à sua representação.
Assim, nas perspectivas isométricas as linhas de
cota deverão orientar-se segundo as direções do
eixo isométrico. As linhas de extensão ou auxiliar
orientam-se segundo as direções que na realidade
são perpendiculares à direção da aresta a cotar.

a) Desejável

b) Aceitável

c) Evitar

d) Incorreta
NA EXECUÇÃO DE UM DESENHO
TÉCNICO A COTAGEM DEVE SER
FEITA AO FINAL DO MESMO.

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