O livro "Histórias que os jornais não contam" é composto por 54 crônicas escritas por Moacyr Scliar ao longo do século 20 sobre temas contemporâneos à época como a Era Vargas e a Ditadura Militar. As crônicas misturam elementos da cultura judaica e cristã e frequentemente usam alegorias para criticar a sociedade brasileira devido à forte censura. Além disso, as crônicas exploram temas médicos e sociais de forma leve e provoc
O livro "Histórias que os jornais não contam" é composto por 54 crônicas escritas por Moacyr Scliar ao longo do século 20 sobre temas contemporâneos à época como a Era Vargas e a Ditadura Militar. As crônicas misturam elementos da cultura judaica e cristã e frequentemente usam alegorias para criticar a sociedade brasileira devido à forte censura. Além disso, as crônicas exploram temas médicos e sociais de forma leve e provoc
O livro "Histórias que os jornais não contam" é composto por 54 crônicas escritas por Moacyr Scliar ao longo do século 20 sobre temas contemporâneos à época como a Era Vargas e a Ditadura Militar. As crônicas misturam elementos da cultura judaica e cristã e frequentemente usam alegorias para criticar a sociedade brasileira devido à forte censura. Além disso, as crônicas exploram temas médicos e sociais de forma leve e provoc
Histórias que os jornais não contam, de Moacyr Scliar
Gênero literário: Crônica
Estilo da época: Contemporâneo Tempo: Ao longo do século 20 Espaço: Brasil (Especialmente São Paulo) Narrador: Vários (1ª ou 3ª pessoa) Características: Hibridismo (Cultura Judaica + Cristã), medicina, socialismo, crítica política (Através de alegorias mágicas para fugir da censura) e crítica a sociedade paulista. –––––––––––––––––––––––––––– Moacyr Scliar viveu entre os anos de 1937 e 2011, viveu pela medicina e teve como seu principal passa-tempo a literatura. Por conta da sua formação acadêmica, Moacyr Scliar colocou diversas características médicas nas suas obras literárias. Além do caráter médico de suas obras, vale também destacar o caráter social e principalmente o Judaico (Moacyr Scliar fez pós-graduação de medicina em Israel) misturada a idéias cristãs, também conhecido como hibridismo. O livro “Histórias que os jornais não contam” é composto por 54 crônicas, gênero literário caracterizado pelo cotidiano, poucos personagens, espaço e tempo curtos, tema cotidiano e linguagem coloquial. Essas crônicas tendem a ser paródias das noticias jornalísticas do século 20 e 21. Os temas abordados são contemporâneos à época, como por exemplo críticas a Era Vargas, Ditadura Militar e etc. Porém, essas críticas aparecem frequentemente em formas de alegorias, ou seja, personagens reais são substituídos por ficcionais afim de não causar prejuízos ao autor, é necessário lembrar que existia forte censura na época de escrita das crônicas desse livro. O tom inusitado e os acontecimentos que parecem fora do comum são frequentes durante toda a obra. As próprias notícias escolhidas pelo autor trazem acontecimentos que, se não estivessem expressos pelos jornais, seriam difíceis de serem críveis como sendo fatos reais. Em Histórias que os jornais não contam, o real já parece ser pouco possível e dificilmente presumível. Mas inteligentemente Scliar vale-se desse fator para levar o leitor a um passeio pelos caminhos do real e do imaginário. O desenvolvimento das narrativas e a proximidade dos temas diante dos leitores induz ao questionamento e à reflexão ao fim de cada crônica. Moacyr Scliar trata dos mais variados temas, mostrando que a crônica pode ser um gênero leve e igualmente provocador.
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