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Jurassic Park
Bem-vindos ao Jurassic Park. É assim que John Hammond recepciona os
atônitos doutores Alan Grant e Ellie Sattler após observarem os dinossauros
recriados pela equipe do citado parque. E é assim que, em 1993, Steven
Spielberg recebe os espectadores estupefatos com os efeitos especiais
criados pelos magos da Industrial Light and Magic em Jurassic Park: O Parque
dos Dinossauros. Afinal de contas, Hammond é o alter ego do cineasta. Um
sujeito que, como afirma em certo momento, cansa dos truques de salão, do
seu circo de pulgas mequetrefe, e cria um parque de verdade, que atrairia a
atenção de todos. Spielberg não faz diferente. Consegue mostrar a plateias do
mundo inteiro dinossauros tão reais que parecem ganhar vida. Foram 65
milhões de anos de demora. Mas o mundo, naquele ano de 1993, finalmente
observava o retorno dos “lagartos terríveis”.
Personagens
Lembram da minha afirmação mais acima de que essa trilha sonora traz uma das melhores
unidades musicais já compostas por John Williams? Querem uma prova disso já no início do filme?
Ouçam como a gente passa do deslumbramento grandioso do tema principal para Incident at Isla
Nublar e logo em seguida para Journey to the Island. A orquestra diminui o volume e o contrabaixo
rapidamente entra, acompanhado pelas outras cordas, agora trabalhando o medo no público. Se
você se lembrar de como o compositor conseguiu intensificar o medo em Tubarão, através de um
suspense em continuidade, como se fosse uma corda sendo esticada até não poder mais, verá que
ele volta a essa mesma base aqui em Jurassic Park, só que com uma deferência maior ao animal
em questão, prova disso é a aparição da percussão e do coro, ainda no início de Incident at Isla
Nublar. O clima é de medo pela incerteza. Ele começa muitíssimo sombrio e depois ganha cores e
abraça o caráter épico em relação aos monstros – veja como a intenção musical muda – com os
trompetes gritando, a orquestra frenética e o flautim aparecendo ao fim de cada pequeno ciclo.
Para quem tem bom ouvido e memória, notará aí uma certa variação para temas de Star Wars e
também a influência de um dos temas mais famosos de Bernard Herrmann na maneira como a
orquestra ataca de modo quase psicótico (hehehe) um pouco antes das linhas finais
FIM