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Videografismo e composição
GENÉRICO
Parte inicial de um filme que
inclui informações sobre o
mesmo: título, atores principais,
produtor, argumentista,
realizador, entre outros. Muitos
filmes, no início do cinema, para
além da música de fundo,
mostravam quadros estáticos
com os respetivos nomes.
• Nas primeiras décadas do
cinema, o genérico não era
muito imaginativo, mas não só
permitia ao espectador saber o
que estava a ver, quem o tinha
feito e quem entrava (muitas
vezes até com direito a retrato)
– verdadeiros programas do
espetáculo como aqueles que
são distribuídos no teatro ou
na ópera – como a própria
música (tratada com um
respeito que hoje não tem)
enquadrava o espectador no
tom e no ambiente da história.
A grande valência do
genérico, é a capacidade de
criar um momento de
habituação, de transição
entre a vida real e a arte
ilusória do cinema.

GENÉRICOS
DOS ANOS 1950 EM DIANTE,
MESTRES COMO MAURICE BINDER
(GENÉRICOS DO JAMES BOND)
AJUDARAM A ELEVAR A ARTE DO
GENÉRICO ATÉ OUTRO PATAMAR. É ISSO QUE UM BOM
ELES PRÓPRIOS MOMENTOS DE
ARTE DENTRO DA ARTE DO FILME.
GENÉRICO PODE OFERECER.
ELES PRÓPRIOS, SE FOREM BONS, NÃO UMA MERA LISTAGEM DE
UMA PARTE INTEGRANTE DO FILME, ATORES E TÉCNICOS, MAS JÁ
INDISSOCIÁVEL DA VIAGEM
EMOCIONAL, OU DE ACÇÃO, OU DE
UM ELEMENTO CRUCIAL DO
COMÉDIA, OU DE FILME.
ENTRETENIMENTO, QUE ELE NOS
VAI CONTAR.
GENÉRICO

PARA ALÉM DO MAIS, A VERDADEIRA


BELEZA É QUE NÃO É PRECISO, PARA
UM BOM GENÉRICO FUNCIONAR,
CRIAR ANIMAÇÕES OU PÔR AS
LETRAS A SALTAR (EMBORA ÀS VEZES
ATÉ RESULTE BASTANTE BEM!).
WOODY ALLEN CONSEGUE SER
EXTREMAMENTE EFICAZ COM AS
SUAS LETRAS BRANCAS EM FUNDO
PRETO, DESDE QUE A SELEÇÃO DE
MUSICA SEJA A APROPRIADA.
ANY WHICH WAY YOU
CAN (1980, DIR. BUDDY
VAN HORN)

https://youtu.be/yXQLJ16GDB8
https://youtu.be/K0YI9c3jc90)

U m c l á s s i c o . Tã o p o d e r o s a m e n t e e n g r a ç a d o , c o m u m a g r a n d e a j u d a d a b a n d a s o n o r a d e H e n r y M a n c i n i , q u e a
pantera se tornou um ícone e teve direito a uma série de desenhos animados depois disto. A única personagem a
estrear-se num genérico que conseguiu ter a sua própria série!
The Pink Panther (1963, dir. Blake Edwards)
Les parapluies de Cherbourg (1964, dir. Jacques Demy)

SIMPLES, GEOMÉTRICO, EFICAZ, PROFUNDO. AS


COORDENADAS DO PRÓPRIO FILME, SOB O TEMA DE MICHEL
LEGRAND.
A SOLIDÃO DAS PESSOAS À CHUVA .
AS PESSOAS QUE SE CRUZAM E NÃO SE CONHECEM.
OS ENCONTROS E OS DESENCONTROS.
A BELEZA TRÁGICA DO AMOR.

https://youtu.be/3JS4JMY0JWM
Gunfight at the O.K. Corral (1957, dir. John
Sturges)

Um dos
fundamentais westerns da
Hollywood clássica inicia
um genérico de visual
costumeiro mas que se
transcende (e de que
maneira) com uma
poderosíssima balada sobre
o dever, interpretada pela
inconfundível e
incontornável voz
de Frankie Laine.

https://youtu.be/ZqyiRwlLa80
AUSTIN POWERS: INTERNATIONAL MAN OF
MYSTERY (1997, DIR. JAY ROACH)
Magia cinematográfica vintage Mike
Myers, com enorme cor, alegria e boa
disposição, elementos fundamentais para
entrar no universo deste filme.

https://youtu.be/zd11cRuljMk
LIFE OF BRIAN
(1979, DIR. TERRY
JONES)

https://youtu.be/YkWjf9DhlnA
T H E L I Q U I D AT O R ( 1 9 6 5 , D I R . J A C K C A R D I F F )

A animação é
também
extremamente
inventiva, uma das
melhores do spy-fi
dos anos 1960.

https://youtu.be/kR7OlpVJWjE
THE CIRCUS (1928, DIR.
CHARLES CHAPLIN)
O genérico da versão restaurada por
Chaplin em 1968 conta com a voz do
próprio (com quase 80 anos de idade!) a
cantar o tema principal. Magnífico. Um
genérico incrivelmente simples mas
extremamente eficaz, que nos mergulha no
universo nostálgico do cinema de Chaplin.

https://youtu.be/sU0J--hFOvk
MILLER'S
CROSSING
(1990, DIR.
JOEL E ETHAN
COEN)

Assenta apenas em dois elementos; a


floresta e um chapéu, ambos com enorme
significado no filme. A simplicidade dos
irmãos Coen num dos minutos mais
perfeitos do cinema dos anos 1990.
https://youtu.be/UM3f-WHxZVo
P S YC H O ( 1 9 6 0 , D I R . A L F R E D H I TC H CO C K )

A prova talvez mais conseguida de sempre de como a


animação de letras e um pouco de música (Bernard
Herrmann, o rei) podem gerar um genérico brilhante.
Quando acaba o espectador fica realmente com uma
sensação desconfortável a percorrer-lhe o corpo
(chamem-lhe medo, chamem-lhe suspense, chamem-lhe o
que quiserem) e quando a música de súbito cessa e
assistimos ao zoom-in ao prédio, sabemos perfeitamente
que isto não vai ser um filme qualquer...

http s: //y o ut u. b e /T e k 8 Q m KRO D w


NORTH BY
NORTHWEST (1959,
DIR. ALFRED
HITCHCOCK)
Épico e frenético, a vida na grande cidade é
reduzida ao ridículo pelo grande mestre do
suspense e pela banda sonora de Bernard
Herrmann, ao mesmo tempo que antecipam
que todo o filme vai ter este mesmo ritmo
imparável.
https://youtu.be/xBxjwurp_04
Uma extrema delicadeza na
fotografia e no descobrir dos
objectos pelo olhar de uma
criança. Tanta, que até a música
de Elmer Bernstein tem
vergonha de começar. O
genérico de 'To Kill a
Mockingbird' é muito mais que
uma peça de arte. É uma lição
de inocência e de simplicidade,
mas ao mesmo tempo uma
memória nostálgica, quiçá
pesada, da forma como se pode
https://youtu.be/Wwf96OEaYBg perder ambas as coisas com o
passar do tempo.

TO KILL A MOCKINGBIRD (1962, DIR. ROBERT


MULLIGAN)

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