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MÚSICA NO CINEMA

Prof. Guilherme Bryan


Aula 5 – A Música na Animação –
Mickeymousing e Norman McLaren
Março/2023
“OS IMPERDOÁVEIS”
“)
PRIMÓRDIOS
“Caberá a um artista plástico inglês, o ilustrador James Stuart Blackton
(que migrou para os Estados Unidos aos 10 anos), a glória de ter
realizado o primeiro desenho animado, Humour Phases of Funny Faces,
em 1906. Antes, porém, esse mesmo artista (da mesma forma que
outros como Walter Booth, Segundo de Chomón, Edwin Porter, Anatole
Thiberville, Emile Cohl) teve de aperfeiçoar a técnica da substituição por
parada da ação”.

(LUCENA JÚNIOR, Alberto. Arte da animação. São Paulo: Senac. 2002,


pág. 41)
WALT DISNEY
“É a percepção do potencial e do sentido de uma mídia que fará de Walt
Disney um fenômeno no universo da animação. Sua extraordinária
sensibilidade artística e a noção precisa do cinema enquanto arte,
associada à exploração como entretenimento contribuíram para que ele
e seus artistas estabelecessem nada menos que os conceitos
fundamentais da arte da animação. Acrescente-se sua enorme
capacidade empresarial, decisiva para viabilizar produtos que se
destinam ao consumo de massa, e temos essa poderosa personalidade
tão admirada quanto odiada”.

(LUCENA JÚNIOR, Alberto. Arte da animação. São Paulo: Senac. 2002,


pág. 97)
WALT DISNEY
“Em uma expressão que ficou famosa, Disney almejava atingir, com a
animação, a ‘ilusão da vida’. Para ele, o personagem de animação tinha
de atuar, de representar convincentemente; parecer que pensa, respira;
convencer-nos de que é portador de um espírito. E para envolver
completamente a audiência, esse personagem tinha, por fim, de estar
inserido em uma história”.

(LUCENA JÚNIOR, Alberto. Arte da animação. São Paulo: Senac. 2002,


pág. 99)
WALT DISNEY
“Walt Disney foi um pioneiro na introdução do som no cinema. De
imediato percebeu o impacto que esse recurso proporcionaria.
Acompanhou o desenvolvimento técnico de alguns sistemas e teve a
perspicácia de escolher o mais adequado (embora menos conhecido)
para seu propósito. Não chegou a ser o primeiro a lançar um desenho
animado sonorizado, mas, quando o fez, apresentou a melhor
sincronização entre som e imagem, de tal maneira que ele acabou
ficando conhecido como o verdadeiro precursor”.

(LUCENA JÚNIOR, Alberto. Arte da animação. São Paulo: Senac. 2002,


pág. 104)
WALT DISNEY
“Para conseguir essa façanha, ele recorreu à marcação do tempo para a
orquestra com uma bolinha pulando (desenhada à mão) ao lado de cada
frame da película, numa relação de 4 x 4, no filme que deu início a uma
nova era para a animação, Steamboat Willie. Nesse filme estreava o
personagem Mickey Mouse, que iria pôr fim ao reinado do gato Felix.
No entanto, o sucesso inicial de Mickey não estava em sua
personalidade, desfavoravelmente comparada à de Felix, mas no uso do
som sincronizado, na sofisticação gráfica e na superioridade da
animação”.

(LUCENA JÚNIOR, Alberto. Arte da animação. São Paulo: Senac. 2002,


pág. 105)
“BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES”
Título original: Snow White and the Seve Dwarfs
Ano: 1937
Direção: David Hand, William Cottrell, Wilfried Jackson, Larry Morey,
Perce Pearce e Bem Sharpsteen
Sinopse: Uma rainha muito bela, porém má e invejosa, resolve matar a
enteada Branca de Neve, pois seu espelho diz que esta é a mais linda de
todas. Mas o carrasco que a devia matar, deixa-a fugir pela floresta,
onde encontra a cabana dos sete anões.
“BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES”
“É impossível subestimar o impacto de Branca de Neve. O filme não só
estabeleceu de forma permanente a Disney como um dos maiores
estúdios do mundo como também fez a animação evoluir a tal ponto
que somente com o advento da computação gráfica pode-se afirmar
que ela alcançou outros patamares. Um triunfo criativo, este filme
inspirou centenas de imitações, criou um império e continua sendo até
hoje o modelo-padrão para quase todos os longas de animação
produzidos”.

(KLEIN, Joshua. In. SCHNEIDER, Steven Jay (e.g.). 1001 Filmes para Ver
Antes de Morrer. Rio de Janeiro: Sextante. 2008, pág. 137)
“FANTASIA”
Título original: Fantasia
Ano: 1940
Direção: Samuel Armstrong, James Algar, Bill Roberts, Bem Sharpsteen,
David D. Hand, Hamilton Luske, Jim Handley, Ford Beebe, T. Hee, Norm
Ferguson e Wilfried Jackson
Elenco principal: Leopold Stokowski e Orquestra de Filadélfia
Sinopse: Mickey Mouse é um aprendiz de feiticeiro que desenvolve suas
novas magias em oito segmentos animados acompanhados de grandes
obras da música clássica com visuais extremamente criativos e originais.
“FANTASIA”
• Logo na abertura, o narrador esclarece: “Existem três tipos de música
em Fantasia. Primeiro, a que conta uma história definida. Depois,
aquela que sem uma história específica, pinta uma série de quadros
mais ou menos definidos. E, por último, aquela que existe
simplesmente porque é música”.
• A sequência que abre o filme, “Toccata in Fugue”, de Johann
Sebastian Bach, é do terceiro tipo, contando com animação do artista
plástico e animador alemão Oskar Fischinger.
• “Fantasia” também ficou famoso por lançar o primeiro sistema
estereofônico de sonorização cinematográfica, o Fantasound.
SCREEN SONGS
• Pequenas animações para serem exibidas antes e depois
dos filmes de longa-metragem, criadas pelo animador Max
Fleischer.
• Um exemplo é a história do amor de dois passarinhos em
“Hawaiian Birds” (1936).
NORMAN MCLAREN
• O cineasta canadense Norman McLaren desenhava
diretamente a onda sonora na película ou editar os sons
através do seu equivalente visual, não apenas em
animações.
• Entre os seus trabalhos mais importantes, estão
“Neighbours”, de 1952, e a animação “Synchromy”, de
1971, que brinca com faixas de cores na tela.
“O MENINO E O MUNDO”
Título original: O menino e o mundo
Ano: 2013
Direção: Alê Abreu
Sinopse: Um menino, um dia, deixa aldeia onde vive, em
busca de pai dele. Na sua jornada de autodescobrimento,
encontra seres estranhos como máquinas-bichos e descobre o
problema da desigualdade social, tanto nas fazendas quanto
nas indústrias, com o desemprego trazido pela automação.
“O MENINO E O MUNDO”
“É da página em branco, aqui convertida em tela, que Alê Abreu parte
neste O Menino e o Mundo, e a impressão fabricada de que começamos
o filme junto de seu artista, no ponto zero da criação, é um aperto de
mãos que garante, de pronto, nossa fidelidade pelo resto da projeção.
Diante da identificação na angústia, é fácil compreender o impulso do
filme ao começar a preenchê-la: partir do traço aparentemente mais
básico, do esboço figurativo mais simples, para, aos poucos, ir
lentamente incorporando outras formas, cores e técnicas, até que a
folha esteja repleta de vida”.
(ANDRADE, Fábio. O traço e a moldura. 11/02/2014. In.
http://revistacinetica.com.br/home/o-menino-e-o-mundo-de-ale-abreu-
brasil-2013/)
BIBLIOGRAFIA
1. BERCHMANS, Tony. A Música do Filme. Tudo o que você
gostaria de saber sobre a música de cinema. São Paulo/SP.
Escrituras Editora. 2006
2. LUCENA JÚNIOR, Alberto. Arte da animação. São Paulo:
Senac. 2002
3. MACHADO, Arlindo. A Arte do Vídeo. São Paulo, SP.
Brasiliense, 1988

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