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melo_denis@uvanet.br
O cinema, muitas vezes, mostra verdades interessantes sobre a condição humana, mas é
claro, não substitui a história que é escrita com base em análises e evidências. Por que
então fazer filmes fundamentados na história? Afinal, qual o limite entre ficção e
história?
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Segundo Erwin Panofsky (Hanôver, 1892 - Princeton, Nova Jérsia, 1968), crítico e historiador da
arte alemão, Iconografia é o ramo da história da arte que trata do tema ou mensagens das obras em
contraposição à sua forma.
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Do mesmo Erwin Panofsky temos que Iconologia é uma iconografia que se torna interpretativa, sendo,
portanto, um método de interpretação que resulta de certa síntese mais que da análise.
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Assim, de um filme que se pensa com temática histórica ou que se propõe ser
histórico, precisamos pensar em diferentes frentes. Uma delas aponta para o momento
em que o filme foi produzido, segundo o autor, porque muitas vezes um filme explica
muito mais sobre o tempo em que foi produzido do que sobre o suposto tempo que se
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Relicário é um objeto para guardar relíquias de um santo, ou seja, parte do corpo, algum objeto pessoal,
pedaços de objetos sagrados, como a Cruz de Cristo, entre outros vestígios, utilizado para efeito de
veneração e que assume durante a Idade Média parte significativa da vida cristã. A princípio o relicário
tinha a forma de uma caixa, assumindo depois a forma do corpo guardado, como perna, braço, pé, etc.
Esses objetos de culto antecedem a confecção na Igreja Cristão medieval das imagens de Cristo, de santas
e santos.
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Narrativa registrada a partir da tradição oral medieval no século XIII, contendo duzentos versos
octossílabos e que conta a história da viagem de um autor anônimo a um país imaginário que tinha entre
tantas características o fato de que na Cocanha ninguém precisava trabalhar, e onde também ninguém
envelhecia.
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quer representar. Podemos citar como exemplo o importante filme O Sétimo Selo5,
produzido em 1959, de autoria de Ingmar Bergman6, diretor sueco, radialista,
dramaturgo e escritor, sendo um dos mais importantes cineastas do século XX. Sabemos
que uma das influências vitais para a construção da obra foi o contexto crítico e
complexo do período pós Segunda Guerra Mundial em que o mundo estava polarizado
entre os Estados Unidos e a União Soviética. Claro que não podemos descartar a
influência pessoal que sofreu o cineasta, que era filho de Pastor e que teve uma infância
bastante marcada pela religião. Outra influência importante foi o encontro de Bergman
com a obra do compositor alemão Carl Orff, chamada Carmina Burana (1937), uma
cantata, quer dizer, um tipo de composição vocal para uma ou mais vozes, composta a
partir de uma coleção de textos atribuídos a estudantes medievais do século XIII,
chamados genericamente de Goliardos. De qualquer modo, o tempo presente do
cineasta, as “alucinações de seu tempo”. Como nos disse o historiador Antônio Paulo
Rezende, suas impressões e angústias, seus medos e receios, e mesmo o mercado
consumidor, alimentaram e influenciaram muitas vezes de maneira imperceptível na
feitura da obra. Nesse sentido, muitas vezes “A Idade Média retratada no cinema ajuda
mais a compreender a história contemporânea do que a história medieval propriamente
dita” (MACEDO, 2006:23).
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Filme de 1956, de gênero Drama. Conta a história de Antonius Block, um cruzado que após dez anos de
lutas sangrentas na Terra Santa volta a sua terra natal , nos países nórdicos, juntamente com seu criado.
Estamos na Idade Média e uma epidemia de peste Negra assola a Europa e seu país. Ele volta para
encontrar a morte e a destruição de tudo aquilo que um dia chamou de lar ou sua terra. Por fim a própria
morte o interroga dizendo que chegou sua vez de ir também. Ele se recusa a ir e propõe um desafio para a
Morte; uma partida de xadrez. Se ele ganhasse ficaria mais um tempo na terra, se perdesse a morte
poderia enfim levar sua alma. Talvez esse seja um dos filmes icônicos da história do cinema. Ponto alto
na carreira de Igmar Bergman e uma obra de arte que é, e será lembrada, através dos tempos , como um
dos momentos em que o cinema alcançou seu auge como expressão artística e metafórica da condição
humana.
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Ernest Ingmar Bergman nasceu em Uppsala, na Suécia, em 1918. Filho de um pastor luterano, teve uma
infância rígida, marcada por castigos psicológicos e corporais, temas freqüentes em seus trabalhos.
Começou a fazer e dirigir teatro ainda adolescente. Tornou-se famoso como roteirista na Suécia, escrevia
para os maiores cineastas da época, e, com Sorrisos de Uma Noite de Amor fez seu nome como diretor de
cinema, mas foi com O Sétimo Selo que ganhou fama internacional.
Fez um total de 54 filmes, 39 peças para o radio e 126 produções teatrais, onde seus temas principais
eram Deus, a Morte, a vida, o amor, a solidão, o universo feminino e a incomunicabilidade entre casais,
tema onde foi pioneiro no cinema. Tornou-se autor completo de seus filmes e renovou a linguagem
cinematográfica. Seus primeiros filmes trazem com freqüência influências do naturalismo e do
romantismo do cinema francês dos anos 30. Alguns chegaram a ser repelidos por causa do erotismo e
expressionismo. É muito conhecido por seu domínio do metier, por seu conhecimento técnico de câmera,
luzes, processos de montagem, criação de personagens e qualidade de celulóide e som. Sempre trabalhava
com a mesma equipe técnica e de atores.
Ganhou Oscar com os filmes A Fonte da Donzela e Fanny e Alexander. Depois do ultimo deixou a
direção de cinema, mas nunca abandonou o Teatro, o rádio e sua carreira como roteirista. Faleceu em 30
de julho de 2007.
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Fonte: Internet
Essas reflexões acima, no entanto, não eliminam a importância dos filmes com
pretensão histórica e sua perspectiva de interlocução com o conhecimento
historiográfico trabalhado em sala de aula. “O problema está”, ainda segundo José
Rivair Macedo, “em quem não conhece suficientemente história aceitar o que o filme
diz como verdade histórica” (MACEDO, 2006:23). O grande poder de atração do
cinema, sua magia, o pacto que se estabelece entre o filme e o espectador, o “efeito de
verdade” da produção cinematográfica ajudam sobremaneira a converter esse tipo de
obra num certo tipo de verdade.
O filme é na verdade uma alegoria que tem a Idade Média como pano
de fundo, ou, se quiser, como principal paisagem. Uma Idade Média
dominada pelo espírito religioso cristão, mas também disposta a
divertir-se, servindo muito bem a personagens distintas como Block e
Jöns, ou como Lisa e Mia. Bergman delimita precisamente a unidade
temática do enredo e esclarece algumas de suas dualidades.
(MONGELLI, 2009:86)
O filme em questão, portanto, é importante para que possamos pensar certa fase
da História Medieval e sua relação com a produção do conhecimento sobre o período,
bem como sobre as representações que se constituem como modos de pensar e de
entender o Medievo. É importante também para que possamos transitar de um ensino de
história baseado apenas em documentos escritos, para outro que tenha as imagens como
substância e como possibilidade de construção de modos de representação e de
entendimento do passado, uma vez que sabemos que as imagens “participam
plenamente do funcionamento e da reprodução das sociedades presentes e passadas. Em
todos os aspectos, elas pertencem ao território de “caça” dos historiadores.”(
SCHMITT, 2007:11). Em nosso caso, as imagens que serão pensadas pertencem ao
mundo mágico da sétima arte...
Como sabemos, O Sétimo Selo tem como pano de fundo a pandemia da Peste
Negra, também conhecida como peste bubônica, que partindo de Florença, Itália, em
1348, mas tendo origem na Ásia Central, assolou parte do que veria a ser a Europa
durante certo período do século XIV, em sua forma pneumônica, ou seja, respiratória,
causada pela bactéria Yersinia Pestis. A peste atingiu primeiro grandes cidades, como
Florença, depois se espalhou rapidamente pelo campo, povoados e vilas. No período da
Peste, os médicos descobriram que o contato com os doentes e com os mortos deveria
ser evitado, de modo que os doentes começaram a ser isolados. Vemos abaixo um
médico com sua roupa de trabalho no período:
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Fonte: Internet
Assim, para a questão que abre este texto, quando nos perguntamos se era
possível pensar por imagens, a resposta é: sim. No período da Peste Negra na Idade
Média, vários “artistas” representaram em imagens os terrores e resultados da peste,
como vemos também no filme O Sétimo Selo ou mesma na figura do “médico” com sua
roupa de proteção, visto mais acima. Hoje, em pleno século XXI, diante de uma nova
peste, o corona vírus, vários artistas pintam, escrevem, cantam, representam o nosso
momento de tensão e medo, seja homenageando ou denunciando, como vemos acima.
Mas o que quis representar Banksy com sua imagem aparentemente inocente? O que
pensar dessa imagem? Como pensar com ela? Com relação ao filme, uma das cenas
mais fortes é representada pela dança da morte, ou dança macabra, mimetizando uma
imagem bastante utilizada na Idade Média durante a Peste Negra, na forma de uma
dança entre vivos e mortos, mas que tinha, esse tipo de imagem, uma origem anterior a
Peste. Temos na sequência da cena do filme, uma representação de uma imagem do
século XV, que retrata os terrores e medos da Peste Negra a partir de uma pintura da
Dança Macabra, na Igreja de São Nicolau.
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Fonte: Internet
Figura 5 - Bernt Notke: Surmatants (Totentanz) da Igreja de São Nicolau, Tallinn, final do século XV
(hoje no Museu de Arte da Estônia)
José Rivair Macedo pergunta na epígrafe que abre este texto, o seguinte: “Por
que então fazer filmes fundamentados na história? Afinal, qual o limite entre ficção e
história?” O autor está refletindo sobre o fato de que a o cinema não substitui a história,
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ocular de seu tempo muito mais do que do tempo que pretende representar. Para sermos
mais específicos, podemos afiançar que as imagens, e os filmes notadamente,
“constituem-se numa forma importante de evidência histórica”, (BURKE, 2004:17),
“escrita” a partir de uma narrativa visual. Dessa forma podemos refletir também sobre o
filme Alexandria (2009), Agora no original, que em sua narrativa visual nos apresenta
evidências sobre como era a complexa relação entre cristãos, judeus e os chamados
pagãos em Alexandria, uma das mais importantes cidade da Antiguidade e da Idade
Média. Mas para a análise de um filme, é fundamental, a princípio, que conheçamos a
sua ficha técnica, conforme vemos abaixo:
Ficha técnica
Original: Ágora
Direção: Alejandro Amenábar
Duração: 2h 06min
Gênero: Drama. História-Religião
País: Espanha
SINOPSE: Sob o domínio Romano, a importante cidade de Alexandria é palco de uma
das mais violentas rebeliões religiosas de toda História Antiga. Os chamados Pagãos, os
Judeus e cristãos disputam a soberania política, econômica e religiosa da cidade. Em
meio ao conflito a astrônoma Hypatia (Rachel Weisz) lidera um grupo de discípulos
que luta para preservar a biblioteca de Alexandria. Dois deles disputam o seu amor: o
prefeito Orestes (Oscar Isaac) e o jovem escravo Davus (Max Minghella). Entretanto,
Hypatia terá que arriscar a sua vida em uma batalha histórica que mudará o destino do
conhecimento.
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Alejandro Amenábar (Santiago, 31 de março de 1972) é um cineasta chileno-espanhol.
Radicado em Madrid desde 1973. Faz estudos de Imagem, estreando-se na realização com La Cabeza
(1991), filme premiado na Asociación Independiente de Cineastas Amateurs. Abre los ojos (1997) reúne
junto da crítica e do público um consenso muito positivo. Depois de Los Otros (2001) protagonizado por
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muito relevante, uma vez que o gênero “tem a função de organizar estruturalmente o
leque de ações dos personagens e o desenvolvimento do roteiro (muitas vezes
constituindo “lugares-comuns da narrativa)” (NAPOLITANO, 2003:61) Por outro lado
conhecer o gênero é relevante porque sabemos que o mesmo geralmente “influencia na
receptividade da obra, pois sugere ao espectador como o filme deve ser visto, qual a
dinâmica principal da fábula, o que deve e o que não deve acontecer com os
personagens (...)” (NAPOLITANO, 2003: 61)
Sabendo que um filme é sobre a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, de certa
forma construímos uma expectativa de ver e ouvir tiros, trincheiras, tanques, aviões. Se
o filme é de amor, ou melhor, é do gênero Drama Romântico, como O Paciente Inglês,
dirigido por Antohny Minghella, em 1996, ou Comédia Romântica, como Uma Linda
Mulher, dirigido por Lawrence Kasdan, em 1995, ou mesmo Cartas para Julieta,
direção de Gary Winick, em 2010, um drama romântico, é quase certo esperar cenas de
amor, de desencontros, procuras e tensões que serão desfeitas geralmente com um final
feliz.
Nicole Kidman, filma com Javier Bardem Mar Adentro (2004) filme que alcançou o Oscar de Melhor
Filme Estrangeiro.
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Fonte: Internet
Certamente o que vemos e ouvimos no filme são questões sérias que envolvem
fatos, a princípio, de difícil compreensão, porque envolvem o cometimento de “crimes”
em nome da fé. Ser cristão, na perspectiva do filme é ser portador da verdade e ser
belicoso, no sentido do enfrentamento daqueles e daquilo que é considerado erro ou
heresia. Por outro lado, um “pagão” considerado ultrajado em sua crença, poderá agir
também de maneira belicosa e lavar com sangue a sua honra religiosa. Os judeus não
ficam distantes desse mesmo tipo de representação, desde que também se sintam
aviltados. Dessa forma, podemos falar em tolerância no período medieval? Certamente
esse conceito não cabe no período, e se torna motivo de debate apenas durante os
séculos XVI e XVII com as chamadas guerras religiosas entre católicos e protestantes,
portanto, no contexto da Reforma Protestante. Portanto, como trabalhar o filme na sala
de aula e pensar no Cristianismo como uma religião de salvação e de piedade, num
contexto de lutas pela afirmação de uma verdade grupal, mesmo em nome do
assassinato do outro?
Não temos dúvida de que com o cinema também aprendemos história medieval,
mas precisamos analisar esse tipo de produção com cuidado. A primeira e talvez a mais
importante questão diz respeito ao fato de que
O que está em discussão é a necessária distinção entre uma
Idade Média propriamente histórica, objeto de estudo dos
medievalistas, e uma Idade Média vista em retrospectiva, isto é,
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Uma outra importante obra cinematográfica que nos deixa entrever em suas
representações vestígios de práticas culturais comuns em grande parte do Nordeste e
que têm relações com práticas culturais medievais ibéricas, é o Auto da Compadecida,
originalmente uma peça de teatro escrita pelo poeta e romancista Ariano Suassuna em
1955, levada ao palco em 1957 pelo grupo Teatro Adolescente de Recife, grupo amador
que se apresentou no Primeiro Festival de Amadores Nacionais, no Rio de Janeiro. A
peça foi transformada em série televisiva em 1999, depois filme no ano 2000, com
direção de Guel Arraes.
É o próprio Ariano Suassuna que aponta de maneira muito clara para a
influência e força de certa cultura ibérica medieval entendida em suas reverberações e
representações em obras populares nordestinas, como influência fundamental em sua
obra teatral:
Fonte: Internet
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A xilogravura se caracteriza por um dos métodos de impressão mais antigos. Essa técnica se baseia no
corte de uma figura em superfície de madeira que, em seguida, é coberta de tinta e, assim, impressa em
outro local, como um tecido ou papel. Ver: https://laart.art.br/blog/o-que-e-xilogravura/. Acesso no dia 5
de abril de 2021, às 18:35h.
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JOÃO GRILO: É Chicó, o padre tem razão. Quem vai ficar engraçado
é ele e uma coisa é benzer o motor do Major Antônio Moraes e outra é
benzer o cachorro do Major Antônio Moraes. PADRE (mão em
concha no ouvido): Como? [...] E o dono do cachorro de quem vocês
estão falando é Antônio Moraes? [...] Não vejo mal nenhum em se
abençoar as criaturas de Deus (Auto da Compadecida, p. 23-24).
Analisar um filme, portanto, não é tarefa fácil, mas também não é de todo
impossível. Certamente a nossa formação precisa dinamizar outras formas de utilização
e natureza de novos documentos, e nesse sentido o cinema e as redes sociais são
caminhos importantes para se abrir novos diálogos com os jovens conectados de nosso
tempo.
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Ângulo: Ponto de vista escolhido pelo diretor para captar a cena. Todos os ângulos e
movimentos da câmera são minuciosamente pensados em um filme.
Fade in: A imagem começa a partir de uma tela escura ou branca, que gradativamente
atinge sua intensidade de luz normal.
Flash Back: Cenas que revelam o passado.
Flash-forward: Cenas que revelam algo que não aconteceu ainda.
Freeze: Congelar a imagem
Fusão: Fusão de duas imagens, a primeira sobrepondo-se à segunda. Serve para mudar
de cena ou enfatizar a relação entre elas
Insert: Imagem que aparece na tela de repente e que mostra alguma cena do passado ou
do futuro.
Layout: Como deve ficar a cena, incluindo o fundo, personagens com dimensões
relativas corretas, cores e movimentos de câmera.
Long Shot, Full shot ou plano geral: Plano que mostra todo o cenário. É usado para
mostrar um ambiente grande.
Macroestrutura: Estrutura geral do roteiro
Mixagem de som: Trilha sonora completa e linkada com os registros de áudio
Multiplot: Diversas linhas de ação, igualmente importantes, dentro de uma mesma
história
Noite americana: Técnica de iluminação utilizada para simular um efeito noturno numa
imagem filmada durante o dia, usando um filtro especial nas lentes da câmera. François
Truffaut, diretor francês, fez um filme chamado Noite Americana em uma alusão à
técnica criada nos Estados Unidos.
Off: Texto que acompanha a ação do filme, pronunciado por um locutor que não
aparece em cena.
Personagem: Atores envolvidos na trama do filme
Plano Americano: Foco nas pessoas da altura dos joelhos para cima
Plano de Conjunto: Plano um pouco mais fechado do que o plano geral
Plano de detalhe: Foco em apenas um detalhe, como, as mãos do ator, dominando
praticamente todo o quadro
Plano Geral: Plano que mostra uma área de ação ampla.
Plano médio: Enquadramento da pessoa da cintura para cima
Plano Sequência: Sequência da filmagem sem cortes. Aleksandr Sokúrov (Arca Russa),
diretor russo conseguiu fazer um filme inteiro de 96 minutos usando o artifício, sem
nenhum corte
Pontes: Cenas selecionadas para ligar duas tomadas que não conseguiriam ser montadas
seguidamente.
Ponto de vista: Câmera na mesma altura do olho do ator, vendo o ambiente como se
fosse o próprio ator. Aumenta a dramaticidade do roteiro por parecer mais real
Quick Motion: Câmara rápida
Roteiro ou screenplay: Descrição objetiva das cenas, sequências, diálogos e indicações
técnicas do filme.
Script: Roteiro quando entregue à equipe de filmagem. Contém as falas, indicações,
marcas, posicionamentos e movimentação cênica, de forma genérica e detalhada
Set:Local de filmagem
Slow Motion: Câmara lenta. Movimento retardado
Som Direto: Som correspondente à ação que está sendo filmada, sem efeitos
Story-line: Síntese de uma história
Superclose: Plano muito próximo, por exemplo, somente a cabeça de um ator,
dominando praticamente toda a tela
Tilt: Movimentação da câmara no sentido vertical, sobre o seu eixo horizontal
Timing: O tempo certo para uma ação
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