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Resumo: A obra e a filosofia de Fritz Lang têm por si só uma linguagem única e
universal ao mesmo tempo. Nesse artigo exploraremos um pouco sobre esse cineasta
austríaco e toda a sua influência na história do cinema, como sua pesquisa e interesse
por expor a condição humana reflete nos dias de hoje.
Palavras chave: Primeira; segunda; terceira. (Deve indicar os tópicos principais do
artigo.)
Abstract: Fritz Lang’s work and philosophy have itself a unique and universal
language at the same time. In this article we will explore a little about this Austrian
filmmaker and all his influence in the history of cinema, how your research and interest
for exposing the human condition relfects until today.
Keywords: Primeira; segunda; terceira.
Introdução
Friedrich Christian Anton Lang conhecido como Fritz Lang nasceu em
1890 na cidade de Vienna, Áustria, filho de Anton Schlesinger Lang e Paula
Schlesinger Lang, Fritz teve uma criação um tanto quanto tradicionalmente
católica, aos 21 anos se mudou para a cidade de Munique na Alemanha para
estudar pintura e escultura, onde pode ter anos de pesquisas no meio arte o
que se diferencia no seu trabalho como artista. Viveu o período de horror na
Europa, períodos das guerras, da descrença, do terror, da insanidade e
infortúnio humano, isso é bem retrato nos seus filmes com os mais sofisticados
recursos que o cinema daquela época poderia passar. Seus trabalhos como
diretor juntamente com sua esposa Thea Von Harbou que era roteirista dos
seus filmes nessa primeira fase de sua carreira retratavam o absurdo que as
utopias poderiam chegar, a eclosão que foi o período em que o homem-
individuo se viu nessa disputa pelo mundo, separando-se cada vez mais,
mediados por guerras e conflitos. Em Metropolis (1927) uma de suas obras
mais emblemáticas é orquestrado a contradição que a tecnologia infere entre o
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Mini currículo do primeiro autor, máximo 3 linhas
avanço e a miséria, entre as diferentes classes, o topo e a base da pirâmide
que a Revolução Industrial estrutura nos seus anos de mecanização
sistemática. A Morte Cansada (1921) que exalta a dualidade viciante entre as
pulsões humanas como o amor e morte, e como esses princípios se aliam
dentro de um exotismo um tanto quanto onírico. Em M, O Vampiro de
Düsseldorf (1931), primeiro filme sonoro, que reflete as margens mais
profundas e obscuras que a natureza humana se revela. Fritz Lang usa o
recurso da música como drama lapidado pelo terror, injuria, fúria e beleza, o
seu cinema que a princípio começou mudo pelo desenvolvimento
cinematográfico de sua época, ganha um aspecto através das músicas e das
imagens uma linguagem única, de emoções crescentes e intensas, como o
apelo pela vida, o grito do desespero da morte e a delicadeza que ainda reside
na arte como a aurora que sensibiliza. Inácio Araújo um dos maiores críticos de
cinema da Folha de São Paulo escreveu em 2010 como Fritz Lang invoca a
reflexão da duplicidade da natureza do pensamento, de como somos capazes
de subverter e viver nos dois mundos, da luz e da sombra, do monumental e do
miserável. Nesse artigo iremos conhecer como a conspiração dos tempos e
seus desdobramentos compõe o drama que a musicalidade do cinema
expressionista de Fritz Lang se faz muito presente, e nos compila a acreditar
ser atemporal e universal, nos fazendo questionar que o horizonte sempre se
mostra como um fim, porém o fim nunca chega, só resta o sofrimento a ser
transformado.
Início da carreira
Sua primeira obra como diretor em 1919 foi com um filme
chamado Halbblut, que se perdeu e não se sabe sobre. Obteve seu primeiro
sucesso, no mesmo ano, com o filme Os Espiões. Como o período do cinema
da época era o cinema mudo, Fritz se fez um expoente importante desse
movimento expressionista. Em uma entrevista com os franceses Jean
Domarchi e Jacques Rivette em 1959, Fritz Lang afirma que sua linguagem
artística tenha sido influenciada pelo movimento expressionista sim, e que
inclusive era impossível passar por uma época sem dela receber alguma coisa.
Em 1921 casou-se com roteirista Thea Von Harbou e juntos realizaram
vários trabalhos, como: Der müde Tod(1921), Dr Mabuse, Der Spieler(1922),
Die Nibelungen(1924), Metropolis(1927), Spione(1928), M(1931), Das
Testament des Dr Mabuse(1931), ultimo filme antes de deixar a Alemanha.
Umas das características comuns de seus filmes é o aspecto dual, a
realidade em que os contrastes se unem no mesmo território, ou melhor, no
mesmo universo humano. O expressionismo alemão amplia nossa reflexão
sobre a pulsões que movem a vida humana e como essas pulsões é abarcada
de sentimentalismo e irracionalidade, o que põe em questão a realidade; sendo
a consciência algo remoto e instável, não há se não, a constante dúvida da
natureza da evolução e percepção da vida. Se dentro de um individuo é capaz
de haver sombras, distorções, ódio, fúria, destruição, então seria o mesmo
capaz de abrigar o oposto desse cenário, com luz, amor, liberdade e criação.
Tudo isso, numa realidade trivial que é a vida socialmente humana.
Em seus filmes Fritz Lang explora desde o lirismo, como o brilho do
sentimento de salvação, como a falta de esperança que o ego carrega com a
destruição quase que utópica e fetichizada. E sua técnica cinematográfica foi
um divisor de aguas para o cinema na época, com o jogo de iluminação,
sombras, angulação dos planos de recursos cenográficos e a musicalidade.
Tempos Sombrios
Panorama estético-cinematográfico
Em um dos seus filmes icônico, Metropolis, filme que estreou em 1927,
é possível observar uma desenvoltura cinematográfica que até então na
história do cinema não havia acontecido. O filme Metropolis foi o primeiro
longa-metragem de ficção científica, e um dos filmes com mais recursos e
investimentos. Conta com o roteiro de Thea Von Harbou, a dramaturgia vem a
tratar de um assunto temático da época e um tanto quanto aterrorizante, que
era a Revolução Industrial adentrando a era do século XX na Europa, que a
partir desse período, o homem se tornaria refém de um sistema de produção
que segregaria as classes e colocaria em xeque o que é evolução. Fritz Lang
documenta, retrata e dramatiza esse assunto e período com muita maestria.
Metropolis por ser um filme futurista, foi ornamentado em muitos detalhes, e
com uma linguagem inovadora. O filme precisou de 37 mil figurantes, sendo 25
mil homens; 11 mil mulheres; 1.100 carecas; 750 crianças; 100 negros e 25
asiáticos. Foram necessários 310 dias de filmagem.
Além disso, o filme conta com possibilidades inovadoras de filmagens e
cenografia, dentro dos cenários extensos e espaçosos, foram utilizadas
técnicas de efeitos desenvolvidas para o filme, que foi o “Efeito Schufftan”,
criado por Eugen Schufftan que foi supervisor de efeitos especiais e diretor de
fotografia no filme. O efeito consistia no uso de 50% da imagem filmada ser
refletida por um espelho mirando maquetes, que dão a impressão de grandeza,
junto com os atores em escalas menores, posicionados a distância; essa
técnica fez muito sucesso na época, sendo usada em vários outros filmes.
Notas de Rodapé
Citações
Exemplo de Figura:
Referências
Referências
SILVA, C.; LEITE, L. F. L.; REGO, J. M. Palavras ao vento. 2ª ed. São Paulo:
Ed. 34, 1997.