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A MELODIA DO FIM DO MUNDO DE FRITZ LANG

– Cenografia e Design Cênico – 2º bimestre 2023/2

Guarnel, Emily; Centro Universitário Belas Artes, emilyguarnel@gmail.com1

Resumo: A obra e a filosofia de Fritz Lang têm por si só uma linguagem única e
universal ao mesmo tempo. Nesse artigo exploraremos um pouco sobre esse cineasta
austríaco e toda a sua influência na história do cinema, como sua pesquisa e interesse
por expor a condição humana reflete nos dias de hoje.
Palavras chave: Primeira; segunda; terceira. (Deve indicar os tópicos principais do
artigo.)

Abstract: Fritz Lang’s work and philosophy have itself a unique and universal
language at the same time. In this article we will explore a little about this Austrian
filmmaker and all his influence in the history of cinema, how your research and interest
for exposing the human condition relfects until today.
Keywords: Primeira; segunda; terceira.

Introdução
Friedrich Christian Anton Lang conhecido como Fritz Lang nasceu em
1890 na cidade de Vienna, Áustria, filho de Anton Schlesinger Lang e Paula
Schlesinger Lang, Fritz teve uma criação um tanto quanto tradicionalmente
católica, aos 21 anos se mudou para a cidade de Munique na Alemanha para
estudar pintura e escultura, onde pode ter anos de pesquisas no meio arte o
que se diferencia no seu trabalho como artista. Viveu o período de horror na
Europa, períodos das guerras, da descrença, do terror, da insanidade e
infortúnio humano, isso é bem retrato nos seus filmes com os mais sofisticados
recursos que o cinema daquela época poderia passar. Seus trabalhos como
diretor juntamente com sua esposa Thea Von Harbou que era roteirista dos
seus filmes nessa primeira fase de sua carreira retratavam o absurdo que as
utopias poderiam chegar, a eclosão que foi o período em que o homem-
individuo se viu nessa disputa pelo mundo, separando-se cada vez mais,
mediados por guerras e conflitos. Em Metropolis (1927) uma de suas obras
mais emblemáticas é orquestrado a contradição que a tecnologia infere entre o

1
Mini currículo do primeiro autor, máximo 3 linhas
avanço e a miséria, entre as diferentes classes, o topo e a base da pirâmide
que a Revolução Industrial estrutura nos seus anos de mecanização
sistemática. A Morte Cansada (1921) que exalta a dualidade viciante entre as
pulsões humanas como o amor e morte, e como esses princípios se aliam
dentro de um exotismo um tanto quanto onírico. Em M, O Vampiro de
Düsseldorf (1931), primeiro filme sonoro, que reflete as margens mais
profundas e obscuras que a natureza humana se revela. Fritz Lang usa o
recurso da música como drama lapidado pelo terror, injuria, fúria e beleza, o
seu cinema que a princípio começou mudo pelo desenvolvimento
cinematográfico de sua época, ganha um aspecto através das músicas e das
imagens uma linguagem única, de emoções crescentes e intensas, como o
apelo pela vida, o grito do desespero da morte e a delicadeza que ainda reside
na arte como a aurora que sensibiliza. Inácio Araújo um dos maiores críticos de
cinema da Folha de São Paulo escreveu em 2010 como Fritz Lang invoca a
reflexão da duplicidade da natureza do pensamento, de como somos capazes
de subverter e viver nos dois mundos, da luz e da sombra, do monumental e do
miserável. Nesse artigo iremos conhecer como a conspiração dos tempos e
seus desdobramentos compõe o drama que a musicalidade do cinema
expressionista de Fritz Lang se faz muito presente, e nos compila a acreditar
ser atemporal e universal, nos fazendo questionar que o horizonte sempre se
mostra como um fim, porém o fim nunca chega, só resta o sofrimento a ser
transformado.
Início da carreira
Sua primeira obra como diretor em 1919 foi com um filme
chamado Halbblut, que se perdeu e não se sabe sobre. Obteve seu primeiro
sucesso, no mesmo ano, com o filme Os Espiões. Como o período do cinema
da época era o cinema mudo, Fritz se fez um expoente importante desse
movimento expressionista. Em uma entrevista com os franceses Jean
Domarchi e Jacques Rivette em 1959, Fritz Lang afirma que sua linguagem
artística tenha sido influenciada pelo movimento expressionista sim, e que
inclusive era impossível passar por uma época sem dela receber alguma coisa.
Em 1921 casou-se com roteirista Thea Von Harbou e juntos realizaram
vários trabalhos, como: Der müde Tod(1921), Dr Mabuse, Der Spieler(1922),
Die Nibelungen(1924), Metropolis(1927), Spione(1928), M(1931), Das
Testament des Dr Mabuse(1931), ultimo filme antes de deixar a Alemanha.
Umas das características comuns de seus filmes é o aspecto dual, a
realidade em que os contrastes se unem no mesmo território, ou melhor, no
mesmo universo humano. O expressionismo alemão amplia nossa reflexão
sobre a pulsões que movem a vida humana e como essas pulsões é abarcada
de sentimentalismo e irracionalidade, o que põe em questão a realidade; sendo
a consciência algo remoto e instável, não há se não, a constante dúvida da
natureza da evolução e percepção da vida. Se dentro de um individuo é capaz
de haver sombras, distorções, ódio, fúria, destruição, então seria o mesmo
capaz de abrigar o oposto desse cenário, com luz, amor, liberdade e criação.
Tudo isso, numa realidade trivial que é a vida socialmente humana.
Em seus filmes Fritz Lang explora desde o lirismo, como o brilho do
sentimento de salvação, como a falta de esperança que o ego carrega com a
destruição quase que utópica e fetichizada. E sua técnica cinematográfica foi
um divisor de aguas para o cinema na época, com o jogo de iluminação,
sombras, angulação dos planos de recursos cenográficos e a musicalidade.

Tempos Sombrios

Fritz Lang viveu o momento de maior terror da história europeia,


momentos em que a morte era uma questão acentuada, onde a sobrevivência
era gritante. Chegou a participar da Primeira Guerra Mundial, onde perdeu um
olho, assistiu todo esse período de desespero humano por perto. O que fica
claro em todo o seu processo de expressão artística. Em 1933, Lang foi
convocado pelo ministro da Propaganda do III Reich Joseph Goebbels,
incumbido por Hitler, para criar o cinema nacional-socialista em prol do governo
nazista; no mesmo dia Fritz Lang deixou a Alemanha e seguiu para a França,
onde ficou por um período e logo em seguida se muda para os Estados Unidos,
- tendo divorciado de Thea Von Harbou que resolveu aceitar compactuar com o
governo - onde chega a trabalhar em várias produtoras com as linguagens Noir
e clássica.

Panorama estético-cinematográfico
Em um dos seus filmes icônico, Metropolis, filme que estreou em 1927,
é possível observar uma desenvoltura cinematográfica que até então na
história do cinema não havia acontecido. O filme Metropolis foi o primeiro
longa-metragem de ficção científica, e um dos filmes com mais recursos e
investimentos. Conta com o roteiro de Thea Von Harbou, a dramaturgia vem a
tratar de um assunto temático da época e um tanto quanto aterrorizante, que
era a Revolução Industrial adentrando a era do século XX na Europa, que a
partir desse período, o homem se tornaria refém de um sistema de produção
que segregaria as classes e colocaria em xeque o que é evolução. Fritz Lang
documenta, retrata e dramatiza esse assunto e período com muita maestria.
Metropolis por ser um filme futurista, foi ornamentado em muitos detalhes, e
com uma linguagem inovadora. O filme precisou de 37 mil figurantes, sendo 25
mil homens; 11 mil mulheres; 1.100 carecas; 750 crianças; 100 negros e 25
asiáticos. Foram necessários 310 dias de filmagem.
Além disso, o filme conta com possibilidades inovadoras de filmagens e
cenografia, dentro dos cenários extensos e espaçosos, foram utilizadas
técnicas de efeitos desenvolvidas para o filme, que foi o “Efeito Schufftan”,
criado por Eugen Schufftan que foi supervisor de efeitos especiais e diretor de
fotografia no filme. O efeito consistia no uso de 50% da imagem filmada ser
refletida por um espelho mirando maquetes, que dão a impressão de grandeza,
junto com os atores em escalas menores, posicionados a distância; essa
técnica fez muito sucesso na época, sendo usada em vários outros filmes.

Figura 1: montagem do cenário


Fonte: https://cinemaclassico.com/filmes/metropolis-1927/, 2016.

Os subtítulos devem ser em fonte Arial 12, negrito, com


espaçamento de um parágrafo para com o parágrafo anterior.

Notas de Rodapé

Fonte Arial, corpo 8, alinhamento à esquerda. Só use as notas de


rodapé para os mini currículos ou quando for extremamente necessário. Devem
ser numeradas sequencialmente. Não use textos longos.

Citações

a. Nas citações de síntese ou indiretas usar a seguinte


referenciação: (NOME DO AUTOR, ano, página) ou (BARTHES, 1962, p.89)

b. nas citações literais presentes no corpo do texto use ‘aspas simples’


. As citações com mais de três linhas devem estar em parágrafo separado,
com recuo de 4cm da margem esquerda, fonte Arial, corpo 10, espaçamento
simples, sem aspas. (NBR10520)
Exemplo de Citação Literal ou Direta:
As empresas que encontram na ecologia o potencial para novas
estratégias de mercado sabem que o novo reposicionamento perante
as causas ambientais pode deve ser visto como um
investimento, tanto em curto prazo - pois as vantagens
concorrenciais são evidentes, como em longo prazo - já que o
investimento em criatividade agrega novas tecnologias que podem
ser exclusivas ou únicas de determinadas marcas. (RECH e SOUZA,
2009, p.02)

Tabelas e Figuras (Desenhos, Fotografias, Diagramas, ou (Imagens)

Utilizar no máximo 5 tabelas ou Figuras com legendas ou título, autoria ou a


permissão de direitos autorais.
Devem ser inseridas no corpo do texto, próximo ao parágrafo a que se referem,
centralizadas, espaço de uma linha para separar texto e figuras ou tabelas; legendas
ou títulos das figuras acima das mesmas (ver exemplo), em fonte Arial, corpo 10,
centralizado. As figuras e Tabelas devem ser numeradas sequencialmente. (ex.:
Figura1, figura2, Tabela 1, Tabela 2...) Figuras em formato JPEG, com 150 dpi, p/b ou
colorida.

Exemplo de Figura:

Figura 1: Vestido criado por Worth, 1898.

Fonte: http://fashioninhistory.tumblr.com, 2017


Considerações Finais
Fonte Arial, 12; espaçamento 1,5 cm; recuo de 1,25 na primeira linha.
Texto com a apresentação dos resultados finais, a síntese das
reflexões e análises obtidas. Recomenda-se não utilizar citações diretas ou indiretas.

Referências

Indicar todas as referências utilizadas no texto do artigo e as principais fontes


consultadas. Indicação conforme as normas da ABNT NBR10520 e NBR6023.
Fonte Arial, corpo 12, sem recuo e somente um espaço entre os títulos.

Exemplo de Lista de Referências:

Referências

BELTRANO, S. Título do livro. Curitiba: Editora, 2007.

BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: lições de Filosofia do Direito.


São Paulo: Ícone, 1995.

SILVA, C.; LEITE, L. F. L.; REGO, J. M. Palavras ao vento. 2ª ed. São Paulo:
Ed. 34, 1997.

ENCICLOPÉDIA da música brasileira. São Paulo, 1998. Disponível em:


<http://www.uol.com.br/encmusical/>. Acesso em: 16 ago. 2001

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