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melo_denis@uvanet.br
O cinema, muitas vezes, mostra verdades interessantes sobre a condição humana, mas é claro,
não substitui a história que é escrita com base em análises e evidências. Por que então fazer
filmes fundamentados na história? Afinal, qual o limite entre ficção e história?
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Segundo Erwin Panofsky (Hanôver, 1892 - Princeton, Nova Jérsia, 1968), crítico e historiador da arte
alemão, Iconografia é o ramo da história da arte que trata do tema ou mensagens das obras em
contraposição à sua forma.
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Do mesmo Erwin Panofsky temos que Iconologia é uma iconografia que se torna interpretativa, sendo,
portanto, um método de interpretação que resulta de certa síntese mais que da análise.
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“Ao longo da História, as religiões monoteístas, em sua maioria, se mostraram avessas às representações
por imagens. A iconoclastia foi referência, especialmente nas crenças apoiadas nas Sagradas Escrituras. O
Cristianismo, apesar de manter vínculos com o Antigo Testamento, superou esta tendência, ganhando
força e arrebatando fiéis através de uma narrativa construída não apenas em cima da fé, mas,
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principalmente através da força do visível”. Ver: CAPPELLARI, Márcia Schmitt Veronezi. A Arte da
Idade Média como construtora de um conceito visual de mal. In: ZIERER, Adriana (coord.). Mirabilia 12
Paraíso, Purgatório e Inferno: a Religiosidade na Idade Média. Jan-Jun 2011/ISSN 1676-5818.
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Relicário é um objeto para guardar relíquias de um santo, ou seja, parte do corpo, algum objeto pessoal,
pedaços de objetos sagrados, como a Cruz de Cristo, entre outros vestígios, utilizado para efeito de
veneração e que assume durante a Idade Média parte significativa da vida cristã. A princípio o relicário
tinha a forma de uma caixa, assumindo depois a forma do corpo guardado, como perna, braço, pé, etc.
Esses objetos de culto antecedem a confecção na Igreja Cristão medieval das imagens de Cristo, de santas
e santos.
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Narrativa registrada a partir da tradição oral medieval no século XIII, contendo duzentos versos
octossílabos e que conta a história da viagem de um autor anônimo a um país imaginário que tinha entre
tantas características o fato de que na Cocanha ninguém precisava trabalhar, e onde também ninguém
envelhecia. Entre nós essa narrativa foi adaptada para o baião, a partir de uma música cantada por Luiz
Gonzaga, chamada Linforme instravagante.
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Assim, de um filme que se pensa com temática histórica ou que se propõe ser
histórico, precisamos pensar em diferentes frentes. Uma delas aponta para o momento
em que o filme foi produzido, segundo o autor, porque muitas vezes um filme explica
muito mais sobre o tempo em que foi produzido do que sobre o suposto tempo que se
quer representar. Podemos citar como exemplo o importante filme O Sétimo Selo6,
produzido em 1959, de autoria de Ingmar Bergman7, diretor sueco, radialista,
dramaturgo e escritor, sendo um dos mais importantes cineastas do século XX. Sabemos
que uma das influências vitais para a construção da obra foi o contexto crítico e
complexo do período pós Segunda Guerra Mundial em que o mundo estava polarizado
entre os Estados Unidos e a União Soviética, sob os impactos da chamada “Guerra
Fria”. Claro que não podemos descartar a influência pessoal que sofreu o cineasta, que
era filho de Pastor e que teve uma infância bastante marcada pela religião.
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Filme de 1956, de gênero Drama. Conta a história de Antonius Block, um cruzado que após dez anos de
lutas sangrentas na Terra Santa volta a sua terra natal , nos países nórdicos, juntamente com seu criado.
Estamos na Idade Média e uma epidemia de peste Negra assola a Europa e seu país. Ele volta para
encontrar a morte e a destruição de tudo aquilo que um dia chamou de lar ou sua terra. Por fim a própria
morte o interroga dizendo que chegou sua vez de ir também. Ele se recusa a ir e propõe um desafio para a
Morte; uma partida de xadrez. Se ele ganhasse ficaria mais um tempo na terra, se perdesse a morte
poderia enfim levar sua alma. Talvez esse seja um dos filmes icônicos da história do cinema. Ponto alto
na carreira de Igmar Bergman e uma obra de arte que é, e será lembrada, através dos tempos , como um
dos momentos em que o cinema alcançou seu auge como expressão artística e metafórica da condição
humana.
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Ernest Ingmar Bergman nasceu em Uppsala, na Suécia, em 1918. Filho de um pastor luterano, teve uma
infância rígida, marcada por castigos psicológicos e corporais, temas freqüentes em seus trabalhos.
Começou a fazer e dirigir teatro ainda adolescente. Tornou-se famoso como roteirista na Suécia, escrevia
para os maiores cineastas da época, e, com Sorrisos de Uma Noite de Amor fez seu nome como diretor de
cinema, mas foi com O Sétimo Selo que ganhou fama internacional.
Fez um total de 54 filmes, 39 peças para o radio e 126 produções teatrais, onde seus temas principais
eram Deus, a Morte, a vida, o amor, a solidão, o universo feminino e a incomunicabilidade entre casais,
tema onde foi pioneiro no cinema. Tornou-se autor completo de seus filmes e renovou a linguagem
cinematográfica. Seus primeiros filmes trazem com freqüência influências do naturalismo e do
romantismo do cinema francês dos anos 30. Alguns chegaram a ser repelidos por causa do erotismo e
expressionismo. É muito conhecido por seu domínio do metier, por seu conhecimento técnico de câmera,
luzes, processos de montagem, criação de personagens e qualidade de celulóide e som. Sempre trabalhava
com a mesma equipe técnica e de atores.
Ganhou Oscar com os filmes A Fonte da Donzela e Fanny e Alexander. Depois do ultimo deixou a
direção de cinema, mas nunca abandonou o Teatro, o rádio e sua carreira como roteirista. Faleceu em 30
de julho de 2007.
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Fonte: Internet
Essas reflexões acima, no entanto, não eliminam a importância dos filmes com
pretensão histórica e sua perspectiva de interlocução com o conhecimento
historiográfico trabalhado em sala de aula. “O problema está”, ainda segundo José
Rivair Macedo, “em quem não conhece suficientemente história aceitar o que o filme
diz como verdade histórica” (MACEDO, 2006:23). O grande poder de atração do
cinema, sua magia, o pacto que se estabelece entre o filme e o espectador, o “efeito de
verdade” da produção cinematográfica ajudam sobremaneira a converter esse tipo de
obra num certo tipo de verdade.
O filme é na verdade uma alegoria que tem a Idade Média como pano
de fundo, ou, se quiser, como principal paisagem. Uma Idade Média
dominada pelo espírito religioso cristão, mas também disposta a
divertir-se, servindo muito bem a personagens distintas como Block e
Jöns, ou como Lisa e Mia. Bergman delimita precisamente a unidade
temática do enredo e esclarece algumas de suas dualidades.
(MONGELLI, 2009:86)
O filme em questão, portanto, é importante para que possamos pensar certa fase
da História Medieval e sua relação com a produção do conhecimento sobre o período,
bem como sobre as representações que se constituem como modos de pensar e de
entender o Medievo. É importante também para que possamos transitar de um ensino de
história baseado apenas em documentos escritos, para outro que tenha as imagens como
substância e como possibilidade de construção de modos de representação e de
entendimento do passado, uma vez que sabemos que as imagens “participam
plenamente do funcionamento e da reprodução das sociedades presentes e passadas. Em
todos os aspectos, elas pertencem ao território de “caça” dos historiadores.”(
SCHMITT, 2007:11). Em nosso caso, as imagens que serão pensadas pertencem ao
mundo mágico da sétima arte...
Como sabemos, O Sétimo Selo tem como pano de fundo a pandemia da Peste
Negra, também conhecida como peste bubônica, que partindo de Florença, Itália, em
1348, mas tendo origem na Ásia Central, assolou parte do que veria a ser a Europa
durante certo período do século XIV, em sua forma pneumônica, ou seja, respiratória,
causada pela bactéria Yersinia Pestis. A peste atingiu primeiro grandes cidades, como
Florença, depois se espalhou rapidamente pelo campo, povoados e vilas. No período da
Peste, os médicos descobriram que o contato com os doentes e com os mortos deveria
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ser evitado, de modo que os doentes começaram a ser isolados. Vemos abaixo um
médico com sua roupa de trabalho no período:
Figura 2-Médico
édico com sua roupa de proteção
Fonte: Internet
Hoje,
e, no século XXI, período de outra grande pandemia, a Covid19, na
n cidade
inglesa de Southampton no hospital local de mesmo nome, Banksy, um artista de rua
muito conhecido na Inglaterra
Inglaterra, pintou em 2020, ou seja, no contexto do
d auge da
primeira onda da pandemia dde Covid19, a obra Game Changer (“jogador
“jogador desafiante”),
desafiante”
vista abaixo, na parede do hospital
hospital, obra que foi doada ao mesmo hospital, e que foi
vendida no começo do ano de 2021 por 16, 7 milhões de libras, o equivalente a 126
milhões de reais, na famosa casa de leilões Christie’s, localizadaa em Londres. O valor
arrecadado foi doado pelo artista ao hospital universitário.
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Assim, para a questão que abre este texto, quando nos perguntamos se era
possível pensar por imagens, a resposta é: sim. No período da Peste Negra na Idade
Média, vários “artistas” representaram em imagens os terrores e resultados da peste,
como vemos também no filme O Sétimo Selo ou mesma na figura do “médico” com sua
roupa de proteção, visto mais acima. Hoje, em pleno século XXI, diante de uma nova
peste, o corona vírus, vários artistas pintam, escrevem, cantam, representam o nosso
momento de tensão e medo, seja homenageando ou denunciando, como vemos acima.
Mas o que quis representar Banksy com sua imagem aparentemente inocente? O que
pensar dessa imagem? Como pensar com ela? Com relação ao Sétimo Selo, uma das
cenas mais fortes é representada pela dança da morte, ou dança macabra, mimetizando
uma imagem bastante conhecida e que faz referencia ao período medieval, na forma de
uma dança entre vivos e mortos, imagem que tinha, no entanto, uma origem anterior a
Peste. Temos na sequência da imagem da cena do filme, uma representação de uma
imagem do século XV, que retrata os terrores e medos da Peste Negra a partir de uma
pintura da Dança Macabra, na Igreja de São Nicolau.
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Fonte: Internet
Figura 5 - Bernt Notke: Surmatants (Totentanz) da Igreja de São Nicolau, Tallinn, final do
século XV (hoje no Museu de Arte da Estônia)
Fonte: www.dodedans.com/Epict.htm
José Rivair Macedo pergunta na epígrafe que abre este texto, o seguinte: “Por
que então fazer filmes fundamentados na história? Afinal, qual o limite entre ficção e
história?” O autor está refletindo sobre o fato de que a o cinema não substitui a história,
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ocular de seu tempo muito mais do que do tempo que pretende representar. Para sermos
mais específicos, podemos afiançar que as imagens, e os filmes notadamente,
“constituem-se numa forma importante de evidência histórica”, (BURKE, 2004:17),
“escrita” a partir de uma narrativa visual. Dessa forma podemos refletir também sobre o
filme Alexandria (2009), Agora no original, que em sua narrativa visual nos apresenta
evidências sobre como era a complexa relação entre cristãos, judeus e os chamados
pagãos em Alexandria, uma das mais importantes cidade da Antiguidade e da Idade
Média. Mas para a análise de um filme, é fundamental, a princípio, que conheçamos a
sua ficha técnica, conforme vemos abaixo:
Ficha técnica
Original: Ágora
Duração: 2h 06min
País: Espanha
SINOPSE: Sob o domínio Romano, a importante cidade de Alexandria é palco de uma das
mais violentas rebeliões religiosas de toda História Antiga. Os chamados Pagãos, os Judeus e
cristãos disputam a soberania política, econômica e religiosa da cidade. Em meio ao conflito a
astrônoma Hypatia (Rachel Weisz) lidera um grupo de discípulos que luta para preservar a
biblioteca de Alexandria. Dois deles disputam o seu amor: o prefeito Orestes (Oscar Isaac) e o
jovem escravo Davus (Max Minghella). Entretanto, Hypatia terá que arriscar a sua vida em uma
batalha histórica que mudará o destino do conhecimento.
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Alejandro Amenábar (Santiago, 31 de março de 1972) é um cineasta chileno-espanhol.
Radicado em Madrid desde 1973. Faz estudos de Imagem, estreando-se na realização com La Cabeza
(1991), filme premiado na Asociación Independiente de Cineastas Amateurs. Abre los ojos (1997) reúne
junto da crítica e do público um consenso muito positivo. Depois de Los Otros (2001) protagonizado por
Nicole Kidman, filma com Javier Bardem Mar Adentro (2004) filme que alcançou o Oscar de Melhor
Filme Estrangeiro.
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Sabendo que um filme é sobre a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, de certa
forma construímos uma expectativa de ver e ouvir tiros, trincheiras, tanques, aviões. Se
o filme é de amor, ou melhor, é do gênero Drama Romântico, como O Paciente Inglês,
dirigido por Antohny Minghella, em 1996, ou Comédia Romântica, como Uma Linda
Mulher, dirigido por Lawrence Kasdan, em 1995, ou mesmo Cartas para Julieta,
direção de Gary Winick, em 2010, de um drama romântico, é quase certo esperar cenas
de amor, de desencontros, procuras e tensões que serão desfeitas geralmente com um
final feliz.
Fonte: Internet
Certamente o que vemos e ouvimos no filme são questões sérias que envolvem
fatos, a princípio, de difícil compreensão, porque envolvem o cometimento de “crimes”
em nome da fé. Ser cristão, na perspectiva do filme é ser portador da verdade e ser
belicoso, no sentido do enfrentamento daqueles e daquilo que é considerado erro ou
heresia. Por outro lado, um “pagão” considerado ultrajado em sua crença, poderá agir
também de maneira belicosa e lavar com sangue a sua honra. Os judeus não ficam
distantes desse mesmo tipo de representação, desde que também se sintam aviltados.
Dessa forma, podemos falar em tolerância no período medieval? Certamente esse
conceito não cabe no período, e se torna motivo de debate apenas durante os séculos
XVI e XVII com as chamadas guerras religiosas entre católicos e protestantes,
portanto, no contexto da Reforma Protestante. Assim, como trabalhar o filme na sala de
aula e pensar no Cristianismo como uma religião de salvação e de piedade, num
contexto de lutas pela afirmação de uma verdade coletiva, mesmo em nome do
assassinato do outro?
Não temos dúvida de que com o cinema também aprendemos história medieval,
mas precisamos analisar esse tipo de produção com cuidado. A primeira e talvez a mais
importante questão diz respeito ao fato de que
O que está em discussão é a necessária distinção entre uma
Idade Média propriamente histórica, objeto de estudo dos
medievalistas, e uma Idade Média vista em retrospectiva, isto é,
uma certa ideia do passado medieval visto pela posteridade.
(MACEDO. MONGELLI, 2009:14)
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Fonte: Internet
JOÃO GRILO: É Chicó, o padre tem razão. Quem vai ficar engraçado
é ele e uma coisa é benzer o motor do Major Antônio Moraes e outra é
benzer o cachorro do Major Antônio Moraes. PADRE (mão em
concha no ouvido): Como? [...] E o dono do cachorro de quem vocês
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A xilogravura se caracteriza por um dos métodos de impressão mais antigos. Essa técnica se baseia no
corte de uma figura em superfície de madeira que, em seguida, é coberta de tinta e, assim, impressa em
outro local, como um tecido ou papel. Ver: https://laart.art.br/blog/o-que-e-xilogravura/. Acesso no dia 5
de abril de 2021, às 18:35h.
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Analisar um filme, portanto, não é tarefa fácil, mas também não é de todo
impossível. Certamente a nossa formação precisa dinamizar outras formas de utilização
e natureza de novos documentos, e nesse sentido o cinema e as redes sociais são
caminhos importantes para se abrir novos diálogos com os jovens conectados de nosso
tempo.
Na sequência temos um dicionário de termos utilizados pelo cinema. Tais termos
são importantes porque comportam conceitos que são utilizados nesse tipo de produção,
e que são importantes o historiador conhecer, não para dominar tais termos, mas para
empregar quando necessários em suas análises, como resultados de uma dada forma de
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Ângulo: Ponto de vista escolhido pelo diretor para captar a cena. Todos os ângulos e
movimentos da câmera são minuciosamente pensados em um filme.
Insert: Imagem que aparece na tela de repente e que mostra alguma cena do passado ou
do futuro.
Layout: Como deve ficar a cena, incluindo o fundo, personagens com dimensões
relativas corretas, cores e movimentos de câmera.
Long Shot, Full shot ou plano geral: Plano que mostra todo o cenário. É usado para
mostrar um ambiente grande.
Macroestrutura: Estrutura geral do roteiro
Mixagem de som: Trilha sonora completa e linkada com os registros de áudio
Multiplot: Diversas linhas de ação, igualmente importantes, dentro de uma mesma
história
Noite americana: Técnica de iluminação utilizada para simular um efeito noturno numa
imagem filmada durante o dia, usando um filtro especial nas lentes da câmera. François
Truffaut, diretor francês, fez um filme chamado Noite Americana em uma alusão à
técnica criada nos Estados Unidos.
Off: Texto que acompanha a ação do filme, pronunciado por um locutor que não
aparece em cena.
Personagem: Atores envolvidos na trama do filme
Plano Americano: Foco nas pessoas da altura dos joelhos para cima
Plano de Conjunto: Plano um pouco mais fechado do que o plano geral
Plano de detalhe: Foco em apenas um detalhe, como, as mãos do ator, dominando
praticamente todo o quadro
Plano Geral: Plano que mostra uma área de ação ampla.
Plano médio: Enquadramento da pessoa da cintura para cima
Plano Sequência: Sequência da filmagem sem cortes. Aleksandr Sokúrov (Arca Russa),
diretor russo conseguiu fazer um filme inteiro de 96 minutos usando o artifício, sem
nenhum corte
Pontes: Cenas selecionadas para ligar duas tomadas que não conseguiriam ser montadas
seguidamente.
Ponto de vista: Câmera na mesma altura do olho do ator, vendo o ambiente como se
fosse o próprio ator. Aumenta a dramaticidade do roteiro por parecer mais real
Quick Motion: Câmara rápida
Roteiro ou screenplay: Descrição objetiva das cenas, sequências, diálogos e indicações
técnicas do filme.
Script: Roteiro quando entregue à equipe de filmagem. Contém as falas, indicações,
marcas, posicionamentos e movimentação cênica, de forma genérica e detalhada
Set:Local de filmagem
Slow Motion: Câmara lenta. Movimento retardado
Som Direto: Som correspondente à ação que está sendo filmada, sem efeitos
Story-line: Síntese de uma história
Superclose: Plano muito próximo, por exemplo, somente a cabeça de um ator,
dominando praticamente toda a tela
Tilt: Movimentação da câmara no sentido vertical, sobre o seu eixo horizontal
Timing: O tempo certo para uma ação
Tomada: Fotografia de uma cena
Travelling: Câmara em movimento acompanhando, por exemplo, o andar dos atores, na
mesma velocidade
Zoom: Afastar ou aproximar a câmera de um objeto. Serve para dramatizar ou
esclarecer lances do roteiro