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CINEMA E LITERATURA - 7º PERÍODO

PROF: DR. WELLINGTON RICARDO FIORUCI

O CURIOSO
CASO DE
BENJAMIN
BUTTON
ANA CARLA NUNES DALL’ AGNOL
DIOGO SUTTILI
JÚLIA MENGUES PICOLOTTO
LUCAS HALAS PAIZ
Livro
Conto escrito por F. Scott Fitzgerald;
Publicado pela primeira vez em maio de 1922 na revista Collier’s
Weekly;
Mais tarde, no mesmo ano é incluído no livro de contos do autor Tales
of the Jazz Age;

Fonte: https://www.emocoesaflordapele.com/2020/08/o-curioso-caso-de-benjamin-button-f.html

Filme - 2008
Dirigido por David Fincher - Clube da Luta (1999) e House of Cards
(2013);
Roteiro de Eric Roth - Forrest Gump (1994);
Atores principais: Brad Pitt (Benjamin Button) e Cate Blanchett (Daisy
Fuller);
No Oscar 2009 foi indicado em 13 categorias, vencendo 03;
Fonte: www.imdb.com/title/tt0421715/mediaviewer/rm1871467521/?ref_=tt_ov_i
CENA
A PASSAGEM DO TEMPO
Percebida através da utilização de diversos elementos técnicos, estéticos e discursivos.

“[...] nem todos os filmes contam histórias explícitas. O cinema contemporâneo às vezes faz um esforço
enorme para esconder a história ou transformá-la em algo tão tênue que mal podemos percebê-la.”
(Gerbase, 2012 p. 23).

O tempo e a sua passagem podem ser representados de diferentes formas, a partir do efeito que o
diretor/cineasta deseja comunicar ao telespectador.

- Dentro do escopo cinematográfico, figurino, trilha sonora, cenário e a fotografia são elementos que
podem ser considerados para remeter à uma determinada época histórica.
NARRADOR: CONTO X FILME
“Contarei o que aconteceu e deixarei que julguem
por si mesmos” (Fitzgerald, 2009, p. 5).

“Depois escureceu tudo e o seu berço branco, e os


rostos obscuros que pairavam sobre ele, e o aroma
morno e doce do leite desvaneceram-se por
completo da sua mente” (Fitzgerald, 2009, p. 53).

“(...) o narrador onisciente, ou narrador onisciente “(..) a fórmula mais corrente do cinema é a
neutro, fala em 3.a pessoa. [...] a caracterização das objetiva, aquela em que o narrador se retrai ao
personagens é feita pelo NARRADOR que as máximo para deixar o campo livre às
descreve e explica para o leitor” (Leite, 2007, p. 33). personagens e suas ações. Com efeito, a
maior parte das fitas se faz para dar essa
impressão” (Gomes, 1998, p. 107)
NARRADOR: CONTO X FILME
“Mas o passado pode igualmente ser introduzido por uma conjunção simples, de corte directo, como se
se tratasse de dois planos que se encontram ao mesmo nível da realidade, sendo a ligação assegurada
pelo diálogo ou pelo comentário” (Martin, 2003, p. 282).

“A fala narrativa se desenrola paralelamente, às vezes em contraponto, à narração por imagens e ruídos.
A narração falada se processa igualmente dos mais variados pontos de vista. Ora impera o narrador
ausente da ação, outras vezes a narração se faz do ponto de vista e naturalmente com a própria voz de
uma das personagens” (Gomes, 1998, p. 108).
CONTO X FILME
O curioso caso de Benjamin Button
O suor frio duplicou na testa de Mr. Button. Fechou os olhos e
depois abriu-os e voltou a olhar. Não havia engano algum:
estava olhando para um homem de setenta anos... um bebê de
setenta anos cujos pés pendiam dos lados do berço em que
repousava. O velho olhou placidamente de um para o outro,
durante um momento, e, de súbito, perguntou numa voz
esganiçada e senil: — É o meu pai? Mr. Button e a enfermeira
estremeceram violentamente. — Porque, se é — continuou o
velho, ranzinza —, quero que me tire deste lugar... ou, pelo A música exprime diretamente a sua
menos, que lhes diga para pôr uma cadeira de balanço participação na emoção da cena,
confortável aqui. — De onde demônio você veio? Quem é? — dando o ritmo, o tom e o fraseado
explodiu Mr. Button, exasperado. — Não sei lhe dizer adaptados, isto evidentemente em
exatamente quem sou — respondeu a voz esganiçada e função dos códigos culturais da
rabugenta — porque nasci há poucas horas apenas... mas o tristeza, da alegria, da emoção e do
meu sobrenome é, sem dúvida, Button. — Está mentindo! É um movimento (Chion, 2011, p. 14).
impostor! (Fitzgerald, 2009, p. 10)
CONTO X FILME
CÂMERA
Movimento externo
Panorâmica

Passagem do foco
PASSAGEM DO
TEMPO: RELÓGIO
Monsier Gateau (relojoeiro)
Ponteiros andam para trás
É substituído por um relógio digital
A vida de Benjamin é oposta a de
todos - passado, presente e futuro
são visto de maneiras diferentes
(Viegas, 2014)

Isto nos leva ao erro, frequentemente repetido


em crítica, de pensar que o essencial do
romance é a personagem, - como se esta
pudesse existir separada das outras realidades
que encarna, que ela vive, que lhe dão vida
(Candido, 2004, p. 54). Fonte: https://www.evanerichards.com/2010/557
PASSAGEM DO TEMPO: CARTAZ DE DIVULGAÇÃO
Os significados da imagem não estão
somente nos elementos da imagem, mas
são adquiridos quando esses elementos
são consumidos, vistos e interpretados.
(Novellino, 2017)

Sugere uma simetria entre os


rostos
O observador pode ser
considerado um “espelho”
A iluminação:
Contraste entre o fundo
escuro (tempo infinito)
Faces iluminadas (representa
a vida finita)
Fonte: www.imdb.com/title/tt0421715/mediaviewer/rm1871467521/?ref_=tt_ov_i Fonte: https://www.evanerichards.com/2010/557
PASSAGEM DO TEMPO
BEIJA-FLOR
(...) Ele definitivamente não é um passaro qualquer! E isso é um
verdadeiro milagre! Uma vez observaram através de uma câmera
lenta o bater das asas de um beija-flor, sabe o que eles viram? As
extremidades das asas se movem fazendo o número 8 no ar; Sabe do
que o numero 8 é simbolo matemático? Infinito! (...)

Beija-flor é um pássaro fraco e solitário, assim como


Benjamin
Mas também resistente aos problemas (oceano e ao
furacão)
Beija-flor voa para trás, assim como a vida de
Benjamin
Bater das asas forma o símbolo do infinito:
O tempo é infinito
O diário que Benjamin deixa para a filha é sua
história deixada nesse infinito
Fonte: https://www.evanerichards.com/2010/557
FIGURINO E A PASSAGEM DO TEMPO
“Realistas: os que são conformes com a realidade histórica, pelo menos nos filmes em que o
figurinista se refere a documentos de época e põe à frente das exigências de vestuário das
vedetas a preocupação da exatidão” (Martin, 2003, p. 76).

Fonte: https://www.evanerichards.com/2010/557
FIGURINO E A PASSAGEM DO TEMPO

Fonte: https://www.evanerichards.com/2010/557
Fonte: https://www.evanerichards.com/2010/557
Fonte: https://www.evanerichards.com/2010/557
REFERÊNCIAS
CANDIDO, Antonio et al. A Personagem de Ficção. São Paulo: Perspectiva, 2004.
CHION, Michel. A Audiovisão: som e imagem no cinema. Lisboa: Edições Texto & Grafia, 2011.
CURIOUS Case of Benjamin Button. IMDB. Disponível em: www.imdb.com/title/tt0421715/mediaviewer/rm1871467521/?
ref_=tt_ov_i. Acesso em 2 de dezembro de 2023
CURIOUS Case of Benjamin Button. EVANERICHARDS. Disponível em: www.evanerichards.com. Acesso em 2 de dezembro de 2023
FITZGERALD. F. Scott. O Curioso Caso de Benjamin Button. Lisboa: Presença, 2009.
GERBASE, Carlos. Cinema: primeiro filme: descobrindo, fazendo, pensando. Porto alegre: Artes e Ofícios, 2012.
GOMES. Paulo Emílio Salles. A personagem Cinematográfica. In: A personagem de ficção. CANDIDO, Antonio et.al. São
Paulo: Perspectiva, 1998.
LEITE, Ligia Chiappini Moraes Leite. O foco narrativo. São Paulo: Ática, 2007.
MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. São Paulo: Brasiliense, 2003..
NOVELLINO, Márcia Ollive. Fotografias em Livro Didático de Inglês como Língua Estrangeira: Análise de suas Funções e
Significados. Dissertação de Mestrado - PUC-RIO, Rio de Janeiro, 2017. Acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?
strSecao=resultado&nrSeq=10597@1 - Acesso em 25 de novembro de 2023.
VIEGAS, Fernando. A passagem do tempo no cinema : a curiosa montagem em Benjamin Button. 2014. Faculdade de
Biblioteconomia e Comunicação – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2014.

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