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Veja que :
I. = ;
II. Se . Logo =1;
III. Se =1 1 ;
IV. Note que ( = e = a(b+c-1)=a+(b+c-1)-1=a+b+c-2.
V. c = ) c = ) + c + ) .c= ) +c + (1+c)+c(1+a+ab) e c)=a (b+c+bc) = a +(b+c+bc) + a.(b+c+bc)= a + (b + c + bc)
+ ab + ac + abc = a (1+b) + (1+c) + c(1+a+ab) .
VI. (c) = (b+c-1) = + (b+c-1) - .(b + c -1) = + (b + c –1 –ab –ac + a) = 2a + c + b –ab –ac -1 e (a c) = (a + c -
ac) = + (a + c -ac) -1 = 2a + c + b -ab + c –ac -1.
Distributiva à esquerda é análogo.
Note que :
I- = + =( .
V- ))(. +) .( +) = .+ . = + =
+ ))= + .
CONCLUSÃO: Ambos os exemplos mostrados munidos das operações nas proposições são considerados Anéis já que
satisfazem todos os axiomas que tornam verdadeiro um conjunto
𝐴 ≠
ser um anel.
∅
Exemplo :
Tome munido da soma ,
ANEL COM UNIDADE
Exemplos:
1 - Note que em ( ;+;.), ;+.) possuem unidade onde . = == 1.
2 - Considere /é uma função}. Defina em A as operações:
Anel Comutativo
Definição: Um anel é comutativo se . = , E é dito não comutativo se , . .
2 – Tomando / } então munido da soma e produto usual de matrizes é um anel, porém não comutativo pois
tome A= B=
e= .
2- Tome ={ A/ f é uma função} onde ={} . Então podemos considerar ()= e note que a função nula é () = 0. Se e
e então . )() = . .
Logo o anel não possui divisores de zero.
3- Seja com as operações:
Se = e = )= =.
Exemplos:
1- Tome ={ / é uma função} e ).. Tome então )= e
)= e note que porém ).= 0.
Definição: Um anel é dito um domínio de integridade ou anel de integridade se é comutativo, sem unidade
e sem divisores de zero.
2 - ., pois + = .
Somando o simétrico de nos dois lados temos que + ()= +
(+ = + + = = ;
2) A adição em S é associativa, comutativa, possui elemento neutro e todo elemento de S possui inverso aditivo em
S;
3) A multiplicação em S é associativa;
EXEMPLOS
1 ¿ ¿
¿
TEOREMA – SUBANEL
Proposição: Seja S um subconjunto não vazio de um anel (A; +; .). S com as operações de A é um subanel de A se
e somente se:
DEMONSTRAÇÃO
(→) Se (S; +; .) é um subanel de (A; +; .), então:
¿𝑎,𝑏∈𝑆⇒𝑎,−𝑏∈𝑆⇒𝑎+(−𝑏)∈𝑆⇒𝑎−𝑏∈𝑆.¿𝑖𝑖¿𝑎,𝑏∈𝑆⇒𝑎⋅𝑏∈𝑆.¿
(←) Suponhamos que valem 1 e 2 e queremos provar que S é de fato um subanel.
i) “+” e “.” são fechados em S? Isto é, dados a e b pertencentes a S então: a + b e a . b estão em S?
¿
Como S é não vazio, então existe a pertencente a S. Por (1) temos que:
ALÉM DISSO, TEMOS QUE:
A associatividade da adição e da multiplicidade valem em S pois se não valessem em S, não valeriam em A, já que
S está contido em A.
A comutatividade da adição e a distributiva da multiplicação valem em S. Porque caso contrário não valeriam em
A.
CONCLUSÃO: S é um subanel de A.
EXERCÍCIO: Prove que (2Z; + ; .) , (4Z; + ; .) e em geral, (nZ; + ; .) são subanéis ideais de (Z; + ; .), para todo n
pertencente aos INTEIROS.
⇒ 0 𝐴 +0 𝑆 =0 𝐴 +0 𝐴 ⇒ 0 𝑆 = 0 𝐴
OBSERVAÇÕES
Seja ( ℤ ;+ ;⋅ ) e sabemos queℤ ℤ
é um grupo aditivo e <1> = {1.n / n pertence aos inteiros} ( é cíclico). Se
tomarmos um anel (I; +; .) contido em (Z; +; .) e sendo subanel de Z então I é um subgrupo deℤ⇒ 𝐼 é 𝑐í 𝑐𝑙𝑖𝑐𝑜
.
Se A for domínio de integridade e (I; +; .) estando contido em (A; +; .) é um subanel de A então seus elementos
neutros do produto são iguais, ou seja, .
DEMOSTRAÇÃO:
𝐼 . 1𝐼
⇒ 1 𝐼 . 1 𝐼 =1 𝐼 . 1 𝐴 ⇒ 1𝐼 (1 𝐼 − 1 𝐴 )=0 𝐴
. 1𝐴
1 𝐼 ≠ 0 𝐼 ≠ 0 𝐴 ⇒ 1 𝐼 − 1 𝐴= 0 𝐴 ⇒ 1 𝐼 =1 𝐴
CORPOS (DEFINIÇÕES)
Um anel (A; +; .) é um corpo se:
EXEMPLO:
Note que (a² - pb²) ≠ 0. Suponha que a² - pb² = 0 ⇒ p = e tomemos uma fração irredutível: ⇒
RELAÇÃO DOMÍNIO E CORPO
PROPOSIÇÃO: Todo corpo é um domínio de integridade.
Demonstração:
Seja (A; +; .) um
𝑎 corpo
. 𝑏= e:0 𝐴 , 𝑎 ≠ 0 𝐴 . 𝐿𝑜𝑔𝑜 , ∃ 𝑎−1 ∈ 𝐴 , 𝑎 . 𝑎 −1=1 𝐴
⇒ 𝑎 −1 (𝑎 . 𝑏)=𝑎 − 1 .0 𝐴 =0 𝐴 ⇒ ( 𝑎−1 . 𝑎) . 𝑏= 0 𝐴
⇒ 1 𝐴 ⋅ 𝑏=0 𝐴 ⇒ 𝑏=0 𝐴
NEM TODO DOMÍNIO DE INTEGRIDADE É UM CORPO. EX: (Z; +; .)
¿
Sendo F injetora e A finito então F é sobrejetora. Logo, como existe elemento neutro da multiplicação em A, segue que
existe então temos que . então possui inverso multiplicativo.
SUBCORPOS
PROPOSIÇÃO: Dado um corpo 𝑀
K, subconjunto não-vazio⊆ 𝐾
, se diz subcorpo de K se satisfaz as 3 condições
abaixo:
−1
¿1𝑘 ∈𝑀;¿𝑖 ¿𝑎,𝑏∈𝑀⇒𝑎−𝑏∈𝑀;¿𝑖 𝑖¿𝑎,𝑏∈𝑀,𝑏≠0𝐾 ⇒𝑎.𝑏 ∈𝑀.¿
Exemplos:
{¿
Se B e C são subcorpos de 𝑖um
𝐵∩corpo
𝐶é 𝑢𝑚𝑠𝑢𝑏𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
A, então: 𝑑𝑒 𝐴? ¿ 𝑖𝑖 ¿ 𝐵∪ 𝐶é 𝑢𝑚 𝑠𝑢𝑏𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝐴? ¿
IDEAIS
𝐼
DEFINIÇÃO: Seja (A; +; .) um anel comutativo ⊂
subconjunto não vazio 𝐴
é dito ideal de A se satisfaz as seguintes
propriedades:
2) Sabemos que (2Z; +; .) é um subanel de (Z; +; .). Além disso, (2Z; +; .) é um ideal próprio de Z, pois:
Dados a e b pertencentes a 2Z, existem k e k’ inteiros tais que a = 2k e b = 2k’ e com isso:
a-b = 2k - 2k’ = 2(k - k’) = 2k’’ pertence a 2Z.
DA
Dado a = 2k pertencente a 2Z e b pertencente aos inteiros, o produto a.b = 2kb = 2(kb) = 2c pertence a 2Z.
Em geral, o conjunto nZ = {nk; k pertencente aos inteiros} é um ideal de Z; chamado ideal gerado por n, para
todo n Natural.
PROPOSIÇÃO: Dado um natural n, n > 1. Mostre que nZ = {nk / k pertence a Z} é um ideal próprio de Z.
Obs: Tome ideias em , então . Como explicitado anteriormente que a soma de ideais é um ideal então é um ideal em
onde possui um gerador . Então = , d=mdc(m.n).
Dem: Note que + = . Logo Analogamente + = .Logo n. Agora se m e n. Conclusão: d=mdc(m.n).
Exemplos:; ; ;etc...
IDEIAIS PRIMOS
DEFINIÇÃO: Sejam (A; +; .) um anel comutativo e P um ideal de A. Dizemos que P é um ideal primo de A se:
{
𝑎∈ 𝑃
𝑎 , 𝑏∈ 𝐴 , 𝑎 ⋅ 𝑏 ∈ 𝑃 ⇒ 𝑜𝑢
𝑏∈𝑃
DEMONSTRAÇÃO: Para provarmos que dois conjuntos são iguais devemos provar que um está contido noutro.
Como I é ideal de A I está contido em A.
Dado pertencente a A e como pertence a I e I é ideal em A então . 1
que pertence
𝐴 a I e com isso todo elemento de A
está em I. Logo, A está contido em I.
CONCLUSÃO: Como ambos os anéis está um contido no outro então são iguais, isto é: A = I.
PROPOSIÇÃO EM AULA: Se M é um ideal maximal de um anel comutativo e com unidade (A; +; .) então M é ideal
primo. Além disso verifique que a recíproca não é verdadeira, ou seja, nem todo ideal primo é ideal maximal de um anel
comutativo e com unidade.
OPERAÇÕES:
Vamos definir em A/I as operações de soma e produto da seguinte forma:
SOMA: ( + I) + (b + I) = ( + b) + I.
PRODUTO: ( + I).(b + I) = ( .b) + I.
Obs 1: se
}.Como são esses elementos? O conjunto é finito ou infinito? .Da mesma forma que
se = +(- + ). Como (- + ) . Logo
1) Se (A; +; .) é um A.C.U com unidade igual a então A/I tem unidade + I, pois A/I,segue que :
2) = = e = =
PROPOSIÇÃO SOBRE ANÉIS QUOCIENTES: Sejam (A; +; .) um Anel Comutativo e com Unidade e I
um ideal de A. Então temos que:
DEMONSTRAÇÃO:
() Suponhamos que I é ideal primo e queremos mostrar que dados (a + I) e (b + I) pertencentes a A/I,
caso o seu produto seja igual a I, isto é, (a + I).(b + I) = I então a + I = I ou b + I = I.
De fato, ( + I) . (b + I) = I = I b + I = I b a I COMO I É IDEAL PRIMO TEMOS QUE
pertence a I ou b pertence a I.
LOGO:
+ I =I = ou b + I = I= e com isso temos que A/I é domínio.
() Suponhamos que A/I é um domínio, vamos mostrar que I é ideal primo.
Tomemos a.b pertencente a I então: I ( + I).(b + I) = I mas como A/I é domínio então temos que:
+I=I
Ou
b+I= I
E com isso segue que pertence a I ou b pertence a I .Logo, I é ideal primo.
ANÉIS QUOCIENTES
PROPOSIÇÃO SOBRE ANÉIS QUOCIENTES: Sejam (A; +; .) um Anel Comutativo e com
Unidade e I um ideal de A. Então temos que:
i) I é um ideal maximal se e somente se A/I é um corpo.
DEMONSTRAÇÃO: Tome ,devemos encontrar ()=(1+ Como
então tome o ideal M= A, pois M=, porém
𝑎= + 𝑎= +𝑎1 e 𝑎 . Sendo I maximal segue que =A. Como =. Conclusão: ()= ().
Exemplo: Tome A== , como = é maximal segue que / é um corpo. Veja que :
(=), =); =);
HOMOMORFISMO DE ANÉIS
DEFINIÇÃO: Sejam (A; +; .) e (B; ; dois anéis, uma aplicação f: A B é um homomorfismo de Anéis se para
todo x e y A valem:
1) F(x + y) = f(x) f(y)
2) F(x.y) = f(x) f(y)
EXEMPLOS:
3) (A; +; .) (A; +; .) definida por Id(a) = a, para todo a A é um homomorfismo chamado de identidade.
Dados a,b A.
De fato:
4) Id(a + b) = a + b = Id(a) + Id(b)
5) Id(a.b) = a.b = Id(a).Id(b)
Logo, Id é um homomorfismo.
2) F: (A; +; .) (B; ; dado por f(a) = e, com e sendo elemento neutro da soma de B, para todo a A é um
homomorfismo chamado de nulo.
Dados x e y pertencentes a A, temos que:
6) f(x + y) = e = e e = f(x) f(y)
7) F(x.y) = e = e e = f(x) f(y)
HOMOMORFISMO DE ANÉIS
3) Se I é um ideal do anel (A; +; .) e (A/I; +; .) é um anel quociente então f: A A/I definida por:
F(a) = a + I, para todo a A, é um homomorfismo chamado de homomorfismo canônico.
Dados x e y pertencentes a A temos que:
1) f(x + y) = (x + y) + I
F(x) + F(y) = (x + I) + (y + I) = (x + y) + I
Logo, F(x + y) = F(x) + F(y).
2) F(x.y) = (x.y) + I
F(x) . F(y) = (x + I) . (y + I) = (x.y + I)
Logo, F(xy) = F(x) . F(y).
Note que usamos as operações soma e produto bem definidas em anéis quocientes.
1) f() =
2) f(-) = -f(), para todo a A.
DEMONSTRAÇÕES
3) f() = f( + ) = f() f() (f() -f()) = ((f() + f()) (-f()) = f() =f();
4) = f() = f(+ (- )) = f() f(- ) = f() f(- ) -f() 0b = (-f() f()) f(- () ) - -f() = f(- ).
Exemplo 1: Prove que se , então F= ou F=0:
x
Note que como então =F(1)
.Logo =0 ou =1. No primeiro caso segue que temos que . No segundo caso, se =1, então:
A- Se +1)= =
B- Se <0 , então ) ))=pois se .Conclusão:
Se ,então =nF(1) e se =1, segue que =n F= .
Exemplo Prático:
1) Seja um homomorfismo de Z em dado por f(n) = . Encontre o núcleo do homomorfismo.
Pela definição de núcleo, temos que são todos os elementos de A tal que quando aplicados a função neles
chegamos no elemento nulo de B. Isto é:
F() = = se e somente se a for um múltiplo de 4, ou seja, = 4k. Já que = {,} e todos os múltiplos de 4 podem
ser resumidos em , então concluímos que: N(F) = 4.
Sejam (A; +; .) e (B; ; dois anéis. Se f: A B é um homomorfismo de anéis, prove que N(F) é um
subanel de A.
Sejam x e y N(F), temos que mostrar que:
1) x – y N(F);
2) x.y N(F).
DEMONSTRAÇÃO
b.f( ) = f( ).b = b, b B. F( ) = .
HOMOMORFISMO DE ANÉIS
Proposição:
Proposição:
DEMONSTRAÇÃO: Defina a função B, onde ( Veja que está bem definida, pois se
- - )= )=
TEOREMA:
Sejam (A; +; .) e (B; ; dois anéis e f: A B é um homomorfismo sobrejetor. Se N = N(F) então o anel quociente A/N é
isomorfo à B.
APLICAÇÃO:
Seja f: Z dada por f(a) = . Ache todos os isomorfismos de Z em .
Usando o Teorema dos Isomorfismos, devemos provar primeiro que f(a) é um homomorfismo.
Tome a e b Z e façamos:
i) f( + b) = = + = f( ) + f(b);
ii) f( .b) = . = f( ) . f(b).
Conclusão: f é homomorfismo.
Após isso devemos provar que F é sobrejetor, note que:
F(0) = F(3) =
F(1) = F(4) =
F(2) = F(5) = =
Conclusão: F é sobrejetor e IM(F) =
Teorema: Existe um isomorfismo f’’: Z/N(F)
N(F) = { Z tal que f( ) = ; = 5k} = 5Z, são todos os múltiplos de 5 porque na divisão por 5 deixam resto zero. Logo:
f’’: Z/5Z é isomorfo a .
TODOS OS ISOMORFISMOS: {5Z, 1 + 5Z, 2 + 5Z, 3 + 5Z e 4 + 5Z}
ANÉIS DE POLINÔMIOS
Seja (A; +; .) um Anel Comutativo e com Unidade, definimos um polinômio de uma variável x sobre o anel A é uma
expressão do tipo:
P(x) = + + + + ... + , onde
O conjunto de Polinômios sobre A será denotado por A[x].
A[X] = {p(x) = }
EXEMPLO:
Sejam os polinômios p(x) e q(x) pertencentes a
P(x) =
Q(x) =
Veremos as operações entre polinômios como as igualdades, soma e subtração, produto e divisão dentro de um Anel
Comutativo e com Unidade arbitrário.
DEMONSTRAÇÃO: PROPRIEDADES 1 E 3:
iv) Tome p(x) = + + + + ... + e q(x) = + + + + ... + , com m. Como a soma está definida da forma:
p(x) + q(x) = ( + ) + (+ )x + ... + () + ... + , logo grau(p(x) + q(x))=m = Máx {grau(p(x)), grau(q(x))}=m. Da mesma
forma que se n . p(x) + q(x) = ( + ) + (+ )x + ... + () + ... + . grau(p(x) + q(x))=n = Máx {grau(p(x)), grau(q(x))}=n.
Se , então p(x) + q(x) = ( + ) + (+ )x + ... + () . Podemos ter ou .
grau(p(x) + q(x)) Máx {grau(p(x)), grau(q(x))}=n. Logo em todos os casos temos que grau(p(x) + q(x)) Máx
{grau(p(x)), grau(q(x))}
DEMONSTRAÇÃO
i) Se A é um domínio de integridade então grau(p(x).q(x)) = grau(p(x)) + grau(q(x));
NOTAÇÕES:
1) A EXPRESSÃO FORMAL:
P(x) = + + + + ... +
3)Dado K um corpo e seja P(x)= + + + + ... + um polinômio em K. Podemos então definir uma função polinomial , α
p(α) = + α+ + + ... +
Uma função polinomial p(x) K[x] é dita identicamente nula se p(α) = , α em K. Nem sempre uma função polinomial
nula em K representa uma polinômio nulo sobre K.
Ex: Tome P(x)= - x em é um polinômio não nulo, porém a função polinomial é identicamente nula pois α ,segue que
pelo Pequeno Teorema de Fermat temos que =
()= = em .
Algoritmo da divisão para polinômios:
Seja K um corpo e sejam e . Então existem únicos , onde ().
RAÍZES EM P(x)
ENCONTRE AS RAÍZES DE P(X):
1) p(x) = x² - 2 com p(x) sendo um polinômio em R[x].
PROPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS:
3) Sejam (K; +; .) um corpo, f(x) K[x] e a K. Então existe q(x) K[x] tal que f(x) = (x-a).q(x) + f(a).
4) Sejam (K; +; .) um corpo, f(x) K[x] e a K. Então f(a) = (x-a)/f(x).
5) Se (K; +; .) é um corpo e f(x) K[x] então o subconjunto: <f(x)> = {f(x).q(x), q(x) K[x]} = f(x). K[x] é um IDEAL
DE K[x] chamado de ideal gerado por f(x).
Veremos nos próximos slides as demonstrações das proposições acima que desencadearão novas afirmações
fundamentais, como por exemplo o princípio de ideais maximais em polinômios e corpos algebricamente fechados.
DEMONSTRAÇÕES 1 E 2
1) Sejam (K; +; .) um corpo, f(x) K[x] e a K. Então existe q(x) K[x] tal que f(x) = (x-a).q(x) + f(a).
Como K é um corpo, dividindo f(x) por x-a, o algoritmo da divisão garante que existem q(x) e r(x) K[x] tal
que f(x) = (x-a).q(x) + r(x). Com r(x) = ou (r(x)) < (g(x)) = (x-a) = 1. r(x) = b K.
() Se (x-a)/f(x), então existe q(x) K[x] tal que f(x) = (x-a).q(x) f(a) = (a-a).q(x) = f(a) = .
() Pela proposição 1, existe q(x) K[x] tal que f(x) = (x-a).q(x) + f(a) e como f(a) =
f(x) = (x-a).q(x) (x-a)/f(x).
Teorema:Seja K um corpo e seja + +............ um polinômio não nulo em de grau n .
Então o número de raízes de em K é no máximo igual a
Dem:Se não possui raízes em K então está provado. Suponhamos então que seja uma raiz
de . Então pelo resultado anterior segue que = Se é uma raíz de , então =0 ou =0. Então
Raízes de em K são {. Vamos provar por indução sobre segundo princípio de indução):
Se n=0 então = e não possui nenhuma raiz em K e está provado . Se f possui pelo menos
uma raíz em k então já sabemos que =,
Utilizando o segundo princípio da indução e supondo verdadeira para q então pode-se
afirmar que q possui no máximo (n-1) raízes em k . Logo o número de raízes de f é 1+( de
raízes de q) e está provado.
Exemplo: Tome e note que em f não possui nenhuma raíz e sobre possui 2 raízes .
Contra-exemplo: quando k não é um corpo podemos ter o número de raízes maior que o grau do
polinômio:
Tome e e veja que , e são 4 raízes em maior que o grau porque não é corpo.
Dem: Seja .Por hipótese 0 . Como K é infinito então se h fosse não nulo o mesmo teria infinitas
raízes, o que contradiz o teorema anterior. Logo 0 e
A ida é trivial pois se .
3) Se (K; +; .) é um corpo e f(x) K[x] então o subconjunto: <f(x)> = {f(x).q(x), q(x) K[x]} = f(x). K[x] é
um IDEAL DE K[x] chamado de ideal gerado por f(x).
g(x) = f(x).q(x) g(x)h(x) = f(x).q(x).h(x) g(x).h(x) = f(x).s(x) com s(x) = q(x).h(x) e s(x) K[x].
Conclusão: <f(x)> é ideal em K[x]. Além disso todo ideal de K[x] é descrito dessa forma, ou seja, todo ideal
de K[x] é um ideal principal.
Teorema: Seja J um ideal em K , então existe (x) em K, J= .
Dem: Se J =, então J =. Suponha agora que J, então existe (x) Tome (x) um polinômio em J de
menor grau possível. Se p(x)=0 então e .=1 kJ(x) J(x)= K e J(x)=. Note que Vamos provar que J=.
Tome e pelo
PROPRIEDADES RAÍZES DOS POLINÔMIOS
1) (Raízes Racionais) Sejam f(x) = + + + + ... + um polinômio de grau n ≥ 1 e a = p/q Q uma raiz
de f(x), com p e q inteiros e q > 0, além disso, mdc(p,q) = 1. Então podemos afirmar que p/ e q/.
2) (Raízes Complexas) Se f(x) e z C é uma das raízes de f(x) então também é raiz de f(x). (Uma raiz
complexa e seu conjugado são raízes de um polinômio real).
3) As relações de Girard que envolvem soma e produto das raízes são válidas para todo f(x) K[x] onde K
é um corpo. (Nas equações polinomiais do segundo grau essas relações são conhecidas como “soma” e
“produto” e expressadas por: x’ + x’’ = -b/a e x’.x’’ = c/a.
EXERCÍCIOS DE PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS
2) Determine todas as raízes racionais do polinômio f(x) = - 5x³ - 2x² - 4x + 3. (Qual o método usado?)
Se (K; +; .) é um corpo e f(x), g(x) , podemos afirmar que o ideal gerado por f(x), ou seja:
<f(x), g(x)> = {f(x).p(x) + g(x).q(x); p(x) e q(x) } é de fato um ideal de K[x]. (A demonstração é similar a
anterior do ideal gerado por f(x).
DEFINIÇÃO
Um Corpo K é algebricamente fechado se dado qualquer polinômio p(x) K[x] com existe um a em K que é
raiz desse p(x).
Não é algebricamente fechado porque se tomarmos q(x) = x² + 1 R[x] mas suas raízes são +i e –i que
não estão em R.
MÁXIMO DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
Definição: Sejam K um corpo e f(x), g(x) Dizemos que h(x) K[x] é máximo divisor comum de f(x) e g(x)
se:
i) h(x)/f(x) e h(x)/g(x);
ii) Se p(x)/f(x) e p(x)/g(x) p(x)/h(x).
Definição: Sejam (K; +; .) um corpo e f(x), g(x) K[x]. Um polinômio m(x) K[x] é mínimo múltiplo comum
de f(x) e g(x) se:
iii) f(x)/m(x) e g(x)/m(x);
iv) Se f(x)/p(x) e g(x)/p(x) m(x)/p(x).
1) Se K é corpo e f(x), g(x) K[x], logo existe h(x) K[x] tal que h(x) = mdc(f(x), g(x)) e além disso existem
p(x) e q(x) K[x] tais que:
h(x) = p(x).q(x) + q(x).g(x)
2) Se K é um corpo e f(x), g(x) K[x], então h(x) K[x] tal que h(x) = mmc(f(x), g(x)).
(As proposições acima justificam a existência de mmc e mdc entre dois polinômios num corpo qualquer).
EXERCÍCIO PRÁTICO:
Encontre o mdc e mmc de f(x) e g(x) quando: f(x) = x³ + 2x² - x + 1 e g(x) = x – 1, onde f(x) e g(x) são
polinômios de R[x].
Critérios de Irredutibilidade de Polinômios
Corolário: Se f(x) K[x] e (f(x)) = n então f(x) tem no máximo n raízes em qualquer extensão L de K.
Observação: Quando falamos que um polinômio é irredutível, escrevemos sempre polinômio irredutível
sobre K, pois o mesmo polinômio pode ser redutível em uma extensão L de K.
Nos racionais e nos reais temos que p(x) = x² + 1 é irredutível pois não existem polinômios q(x) e g(x) tais
que: q(x).g(x) = x² + 1, com q(x) e g(x) pertencentes a Q[x] ou R[x]. Vale apontar que isso acontece porque
as raízes deste polinômio são complexas e iguais a +i e –i, com isso podemos falar que sobre C[x] o
polinômio p(x) = x² + 1 é redutível. E, além disso: x² + 1 = (x – i)(x + i) x – i e x + i são seus polinômios
irredutíveis sobre C[x].
POLINÔMIOS IRREDUTÍVEIS
DEFINIÇÃO:
Um polinômio irreducível (ou irredutível) é um polinômio (de grau maior que zero) que não pode ser
fatorado em polinômios de graus menores.
Mais precisamente:
Seja p(x) um polinômio não-constante sobre um corpo F. Então p(x) é irreducível quando não
existem p1(x), p2(x), ..., pn(x) em que cada pi(x) tem grau menor que p(x), e p(x) = p1(x). p2(x) ... pn(x).
Se um polinômio p(x) for escrito como produto de outros polinômios pi(x) com graus menores que p(x)
então dizemos que p(x) é REDUTÍVEL sobre o corpo F.
Verifique se:
Exemplos:
TEOREMA: Sejam K um corpo. Dado f(x) K[x] e com grau de f(x) maior ou igual a 1, podemos escrever
f(x) = C.p1(x).p2(x)...pn(x) onde pi(x) K[x] são irredutíveis em K[x] e C K*. Além disso, essa
decomposição é única a menos da ordem dos pi(x) e da constante C.
PROPOSIÇÃO (GAUSS): Seja f(x) Z[x]. Se f(x) é irredutível em Z[x] então f(x) é irredutível sobre Q[x].
i) p não divide ;
ii) p divide ai para todo ;
iii) p² não divide .
OBSERVAÇÃO: Podemos usar esse critério para f(x) em Q[x], pois se f(x) = + + + + ... + Q[x]. Então
existe d tal d.f(x) = g(x) Z[x]. Assim podemos aplicar o critério para g(x), se g(x) é irredutível em Q, então
f(x) também será irredutível em Q[x].
DEMONSTRAÇÃO CRITÉRIO DE EISEINSTEIN
Polinômios Irredutíveis e Ideal Maximal
Seja K um corpo e K[x] o anel de polinômios com coeficientes em K. Sabemos que todo ideal de K[x] é da
forma <p(x)> = p(x).K[x].
PROPOSIÇÃO: Sejam (K; +; .) um corpo e p(x) K[x]. Então p(x) é irredutível em K[x] se e só se I =
<p(x)> é ideal maximal em K[x].
(Demonstração a seguir)
() Suponha p(x) irredutível em K[x] e considere o ideal I = <p(x)>. Seja K um ideal de K[x] tal que:
I J K[x]. Então existe h(x) em K[x] tal que J = <h(x)>. Assim, p(x) <p(x)> = I J = <h(x)>
P(x) pertence a <h(x)>.
h(x)/p(x) p(x) =h(x).d(x). Pela irredutibilidade de p(x) segue que h(x)= c K* ou h(x) = d.p(x), d K*
J = <h(x)> = K[x] ou J = <p(x)> = I.
() Suponha que I = <p(x)> é ideal maximal. Se p(x) é fosse redutível, existem g(x) e h(x) tais que p(x) =
g(x).h(x), com 1 ≤ grau(g(x)) < grau(p(x)) e 1 ≤ grau(h(x)) < grau(p(x)).
Daí segue que p(x) = g(x).h(x) p(x) pertence <g(x)> I = <p(x)> <g(x)>, pois g(x) não pertence a I,
pois se g(x) estivesse em I segue que g(x)=p(x).d(x) h(x). Como p(x) é irredutível então (h(x))=0, o que
gera uma contradição.
Como c pertence a K[x] então temos que c não pertence a <g(x)> I <g(x)> K[x] I não é maximal, o
que é um absurdo , logo p(x) é irredutível sobre K[x].
DEMONSTRAÇÃO 1
DEMONSTRAÇÃO 2
UNIDADE III – EXTENSÕES ALGÉBRICAS DOS RACIONAIS
Definição: Sejam K e L dois corpos tais que K L, ou seja, L é uma extensão de K. (L/K é uma extensão dos
corpos). Dizemos que α L é algébrico sobre K se existe f(x) K[x] – {0k} tal que f(α) = 0k. Caso não exista
tal f(x), dizemos que α é transcendente.
EXEMPLOS:
1) α= IR é ALGÉBRICO, pois: Existe f(x) = x² - 2 em Q[x] tal que f() = 0.
2) α = i C é ALGÉBRICO, pois: Existe f(x) = x² + 1 em Q[x] tal que f(i) = 0.
3) e, п em IR são transcendentes (Lindeman e Hilbert provaram), ou seja, não existe f(x) em Q[x] –{0} tal
que f(e) = f(п) = 0.
4) Seja K um corpo. Como K K, então K é uma extensão de K tal que para todo a em K, temos que ele é
algébrico sobre K, pois:
a K f(x) = x – a K[x] e f(a) = 0k
RESULTADOS PRELIMINARES
Definição: Um extensão L/K é dita algébrica se todo a pertencente a L é algébrico sobre K. Caso contrário,
ou seja, se existe “a” em L transcendente sobre K, dizemos que L/K é uma extensão transcendente.
Sabemos que K/K é uma extensão algébrica, para todo corpo K.
Porém veja que IR/ é uma extensão transcendente.
Definição: Sejam L/K uma extensão de corpos e a L algébrico sobre K. O polinômio minimal de a sobre K
é o polinômio mônico de mesmo grau P(x) K[x] – {0k} tal que p(a) = 0k. O polinômio minimal de “a”
sobre K será denotado por min(a, K).
Obs: a L algébrico sobre K,o polinômio minimal de a sobre K sempre existirá ,pois tomando =0 e f(x) é
mônico}veja que e pois a L algébrico sobre K. Pelo princípio da boa ordenação A possui um elemento
mínimo, digamos n=mínimo de A n= =0, ou seja se =0 então
n.
Veja que é irredutível ,pois se fosse redutível então p(x)=f(x).d(x), < < Como =0=f().d() f()=0 ou d()=0 n e
n , o que gera uma contradição com as desigualdades anteriores. Logo é irredutível.
Veja que se existe é tal que =0 então ,pois pelo algoritmo da divisão segue que
existem r(x) < p(x) . Note que p(x). Logo e .
Note que (polinômio mônico minimal) é único , pois se existisse outro polinômio
(mônico minimal), =0/(x) e /(x) =p(x).d(x) e
(x)= .g(x). Logo = .g(x).d(x) )=0 =0 e
)=0 Como é mônico então b=1e =p(x).
DEMONSTRE QUE:
Seja α = nos Reais. Lembrando que IR é extensão de Q. Mostre que:
K[α] = Q[] = {a + b ; com a e b RACIONAIS}
CONSTRUÇÃO DE CONJUNTOS
CONSTRUÇÃO DE CONJUNTOS – (CASO 2)
PROPOSIÇÕES
PROPOSIÇÕES
PROPOSIÇÕES