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Subespaços
Para dar uma descrição mais concreta do subespaço gerado por um subcon-
junto, precisamos de mais uma
Definição 1. Se V é um espaço vetorial sobre K e S é um subconjunto não
vazio de
P V , uma combinação linear de elementos de S é um vetor da
forma ni=1 αi ui , para certos n ∈ N, α1 , . . . , αn ∈ K e u1 , . . . , un ∈ S.
Proposição 2. Se V é um espaço vetorial sobre K e S é um subconjunto
não vazio de V , então hSi coincide com o conjunto das combinações lineares
de elementos de S.
Prova. Seja W o conjunto das combinações lineares de elementosPde S, de
sorte que um elemento tı́pico de W é um vetor u ∈ V da forma u = ni=1 αi ui ,
para certos n ∈ N, α1 , . . . , αn ∈ K e u1 , . . . , un ∈ S. Como hSi é um
subespaço de V e u1 , . . . , un ∈ S, é imediato que u ∈ hSi. Mas, como isso
vale para todo u ∈ W , concluı́mos que W ⊂ hSi.
Reciprocamente, recorde que hSi é definido com a interseção de todos os
subespaços de V que contêm S. Portanto, para concluir que hSi ⊂ W , é
suficiente mostrar que S ⊂ W e W é um subespaço de V . A primeira parte
decorre do fato de que todo elemento u ∈ S é, trivialmente, uma combinação
linear de elementos de S, qual seja, u = 1u; portanto, u ∈ W . Para o
que falta, dados Pnu, v ∈ W e α ∈ PK,m
temos de mostrar que u + v, αu ∈ W .
Mas, se u = i=1 αi ui e v = j=1 βj vj , com u1 , . . . , un , v1 , . . . , vm ∈ S e
α1 , . . . , αn , β1 , . . . , βm ∈ K, então
n
X m
X n
X n
X
u+v = αi ui + βj vj e αu = α αi ui = (ααi )ui ,
i=1 j=1 i=1 i=1
2 Aula 5 – 18 de Agosto de 2023
Exercı́cios
1. Sejam V um espaço vetorial sobre K e S, T ⊂ V . Prove que:
Prove que:
Antonio Caminha M. Neto 3
(a) W1 + W2 + . . . + Wn é um subespaço de V .
(b) W1 + W2 + . . . + Wn = Span ( ni=1 Wi ).
S
(a) V = V1 + . . . + Vk .
(b) Vi ∩ V1 + . . . + Vbi + . . . + Vk = {0}, para1 1 ≤ i ≤ k.
Bases e dimensão
A definição a seguir é central para tudo o que segue.
Como ||uj ||2 > 0 (pois uj 6= 0), devemos ter αj = 0. Por fim, como o
argumento acima é válido para todo 1 ≤ j ≤ k, segue que α1 = . . . = αk = 0,
e os vetores u1 , . . . , uk são LI.
Exemplo 7. Como caso particular do exemplo anterior, se e1 , . . . , en de-
notam os vetores canônicos de Rn , então os vetores e1 , . . . , en são LI sobre
R.
O próximo exemplo mostra que um conjunto LI pode ser infinito.
Exemplo 8. Seja K um corpo infinito. No espaço vetorial K[x] das funções
polinomiais f : K → K, o conjunto S = {1, x, x2 , x3 , . . .} é LI sobre K. Para
verificar a validade dessa afirmação, tome n ∈ N e a0 , a1 , . . . , an ∈ K tais
que
an xn + an−1 xn−1 + . . . + a1 x + a0 = 0,
onde 0, no segundo membro, denota a função identicamente nula de K em
si mesmo. Se um dos ai for não nulo e m = max{0 ≤ i ≤ n; ai 6= 0}, é
bem sabido que existem no máximo m valores x ∈ K que anulam a função
polinomial do primeiro membro. Como isso contradiz o fato de que K é
infinito, concluı́mos que todos os ai são iguais a 0.
Lema 9. Se V é um espaço vetorial sobre K e S ⊂ V , então S é LI se,
e só se, a seguinte condição for satisfeita: todo u ∈ hSi pode ser escrito
como uma combinação linear de elementos de S de uma única maneira.
6 Aula 5 – 18 de Agosto de 2023
k
X k
X k
X
(αi − βi )ui = αi ui − βi ui = u − u = 0.
i=1 i=1 i=1