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RELATOS QUE MOSTRAM

A IMPORTÂNCIA DE
CRIMINALIZAR
A HOMOFOBIA
LUIZ EDUARDO DAIBERT FÉO
MAGDALENA, HOMEM TRANS
DE 19 ANOS, ESTUDANTE:

“Estava beijando minha ex-namorada na rua, uma mulher apareceu na janela


gritando e falando que chamaria a polícia. Mudamos de local, um senhor se
aproximou e ameaçou nos agredir. Disse que era uma rua de família. Depois
que eu me assumi trans, sofri preconceito no colégio e fui forçado a usar um
banheiro separado, para deficientes”
FELIPE FERNANDES, HOMOSSEXUAL DE 23 ANOS AGREDIDO
EM UM BAR DE NOVA FRIBURGO, NO ESTADO DO RIO:

“Após esbarrar em um homem, sem querer,


ele quebrou um copo de vidro no meu rosto. Fraturei o nariz e levei três
pontos. Nunca vi tanto sangue na minha vida. O estado de choque é tão
grande que às vezes você só entra em desespero. Foi o que aconteceu
comigo. Pensei que fosse meu fim. Meu agressor quase me deixou cego”
DUARDO MICHELS, HOMOSSEXUAL DE 62 ANOS E PESQUISADOR
DO GRUPO GAY DA BAHIA. O MARIDO, FLAVIO MICELI, FOI
DERRUBADO NO CHÃO E ATINGIDO COM CHUTES NA CABEÇA:

“Ouvi dos meus vizinhos da vila onde eu morava com meu marido que o local não era
lugar de gay. Fomos espancados por cerca de 20 pessoas durante uma festa. Não fomos
mortos porque algumas senhoras que estavam no local impediram o pior, pedindo para
eles pararem”
ANYKY LIMA,
MULHER TRANS DE
63 ANOS

Fui presa dezenas de vezes na época da prostituição e da ditadura.


Só não apanhei mais porque eu era branca. Policiais me tiravam da cela de
madrugada para ter relação sexual, enquanto batiam em uma travesti negra só pelo
prazer”
REINALDO JÚNIOR,
HOMOSSEXUAL DE 34 ANOS

“Alguns meses atrás, estava parado em um sinal para atravessar uma avenida.
Um carro passou e, de dentro, jogaram uma latinha vazia de cerveja na minha
cabeça, por eu estar com cabelo preso em rabo de cavalo. Gritaram ‘morre
viado’. Por medo eu cortei o cabelo. Sinto falta dele”
MIRANDA LEBRÃO, HOMOSSEXUAL E DRAG QUEEN DE 30 ANOS,
SOBRE TER PARTICIPADO POR CINCO DIAS, AOS 15 ANOS, DE UMA
TERAPIA DE CONVERSÃO SEXUAL:

‘’Atividades como listar todos os seus erros (relacionados à sexualidade) e


fazer declarações afirmativas contra a homossexualidade faziam parte
daquele evento. Na terapia, o fato de ser gay reduz toda sua existência. Seu
corpo é um campo de pecados, sua mente é uma fonte de enganos, seu
futuro é turvo pois para você resta apenas a morte. O peso das palavras que
utilizam é assustador. E elas pesam”

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