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Por meio de cuidados dispensados a tempo, podem reatar-se laços prestes a


se desfazerem e restituir-se à vida um ser que definitivamente morreria se não
fosse socorrido?
“Sem dúvida e todos os dias tendes a prova disso. O magnetismo, em tais casos,
constitui, muitas vezes, poderoso meio de ação, porque restitui ao corpo o fluido
vital que lhe falta para manter o funcionamento dos órgãos.”
Franz Anton
Mesmer foi o
criador da teoria do
magnetismo animal
conhecido pelo
nome de
mesmerismo
Mesmer -Áustria 1734/1814
Possuiu títulos acadêmicos em
teologia, filosofia, direito e
medicina. Prosseguiu estudando
geologia, física, química,
matemática, filosofia, música e era
pesquisador dos poderes ocultos do
homem.
Aos trinta e dois anos dedicou-se a
estudar o campo oculto do poder do
homem em relação ao Universo, ou
seja, a CURA.
(Livro o Passe de Geraldo Panetto – Pág. 32)
Mesmer admitia a existência de uma
força magnética que se manifes-
tava através da atuação de um
fluido universalmente distribuí-
do, que se insinuava na substância
dos nervos e dava, ao corpo
humano, propriedades análogas ao
do imã.
Esse fluído, sob controle, poderia
ser usado com finalidade
terapêutica.
Em 1775, abandona o imã e escreve um
tratado sobre o “magnetismo animal”,
onde atribuiria às próprias mãos o
desprendimento de uma força que
curaria os males orgânicos.

"De todos os corpos da Natureza, é o


próprio homem que com maior eficácia
atua sobre o homem”

As doenças são ou falta ou desequilíbrio


na distribuição do magnetismo pelo
corpo da Ser.
Outros pesquisadores seguiram-no:
Charcot, Janet, Myers, Ochorowicz, Binet
e outros.
Em Paris, o magnetismo atrairá a
atenção do pedagogo Professor Rivail

Rivail integrava o grupo de


pesquisadores formado pelo
Barão du Potet,
dirigente da
Sociedade Mesmeriana
Rivail 1854
interessa-se
pelas informações que
lhe são transmitidas
pelo magnetizador
Fortier, sobre as
mesas girantes.
Em janeiro de 1858, na introdução do número inaugural da Revista Espírita de estudos
psicológicos, Allan Kardec Afirmou:

O que não se fez e disse contra o magnetismo animal. E, todavia, todos os raios que se
lançaram contra ele, todas as armas com as quais o atingiram, mesmo o ridículo,
enfraqueceram-se diante da realidade, e não serviram senão para colocá-lo mais e mais
em evidencia. É que o magnetismo é uma força natural, e que, diante das forças da
natureza, o homem é um pigmeu semelhante a esses cãezinhos que ladram,
inutilmente, contra o que os assusta. (Revista espírita, 1858, p.1)

(...) magnetismo preparou o caminho do espiritismo e os rápidos


progressos desta última doutrina são incontestavelmente devido à
vulgarização das idéias sobre a primeira. Dos fenômenos magnéticos, do
sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas há apenas um
passo. Sua conexão é tal que, por assim dizer, é impossível falar de um
sem falar do outro. (Revista Espirita, 1858, p.96)
Kardec estudou o magnetismo por décadas

Quando assistiu aquela conferencia, Alan Kardec já


publicara O Livro dos espíritos, obra que estabelece com
detalhes o sonambulismo como fenômeno natural, podendo
ser provocado pelo magnetismo. Tendo estudado a ciência
do magnetismo animal por trinta e cinco anos, logo
constatou que as duas eram ciências irmãs. “ O magnetismo
e o espiritismo se dão as mãos. São duas partes de um
mesmo todo, dois ramos de uma mesma ciência, que se
completam e se explicam um pelo outro e reciprocamente.”
(Revista Espirita, 1867, p.147)
O codificador do espiritismo manteve este pensamento sobre a
ligação intima das duas ciências até o final de sua vida. No ultimo ano
da Revista , em 1869, ele assegurou:

O magnetismo e o espiritismo são, com efeito, duas ciências gêmeas,


que se completam e explicam uma pela outra, e das duas, a que não
quer imobilizar-se não pode chegar ao seu complemento sem se
apoiar na sua congênere; isoladas uma da outra, detém-se num
impasse; são reciprocamente como a física e a química, a anatomia e
a fisiologia. A maioria dos magnetistas compreendem de tal modo por
intuição a relação intima que deve existir entre as duas coisas que
geralmente se prevalecem de seus conhecimentos em magnetismo,
como meio de introdução junto aos espíritas. (...) todos os espíritas,
sem exceção, admitem o magnetismo. Em todas as circunstancias,
fizeram-se seus defensores e baluartes. (Revista espírita, 1869, p; 11)
(...) estas interpretações que produzem e
alimentam a superstição e o fanatismo e que,
acima de tudo, impeça aqueles que tenham a
infelicidade de entrar no estado de
sonambulismo, por um acidente ou por doenças
graves, sejam abandonados pela medicina e
afastados da sociedade como incuráveis, porque
tenho a certeza que os estados mais horríveis,
tais como a loucura, a epilepsia e a maior parte
das convulsões são, na maioria das vezes,
efeitos funestos da ignorância do sonambulismo,
e da ineficácia dos meios empregados pela
medicina. (MESMER, 1799)
As curas instantâneas são uma variedade da ação
magnética. Como se vê, elas repousam num principio
essencialmente fisiológico e nada tem de mais miraculoso
que os outros fenômenos espíritas. Compreende-se desde
logo porque essas espécies de curas não são aplicáveis a
todas as doenças. Sua obtenção se deve, ao mesmo
tempo, á causa primeira do mal, que não é a mesma em
todos os indivíduos, e as quantidades especiais do fluido
que se lhe opõem. Disso resulta que tal pessoa que
produz efeitos rápidos nem sempre é indicada para um
tratamento magnético regular, e que excelentes
magnetizadores são impróprios para curas instantâneas.
As curas instantâneas, que ocorrem em alguns casos era
que a predominância fluídica é, por assim dizer, exclusiva,
jamais poderão tornar-se um meio curativo universal.
A cura instantânea radical e definitiva pode ser
considerada como um caso excepcional, visto
que é raro.
Enfim, não podendo os maus fluidos provir
senão de maus espíritos, sua introdução na
economia orgânica se liga muitas vezes a
obsessão. Daí resulta que, para obter a cura, é
preciso tratar, ao mesmo tempo, o doente e o
espírito obsessor.

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