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tão facilmente hipnotizáveis ç outros não.
Schneck tanlbém acredita que o estado de hipnose é l.UTI
retonlO a um nível muito primitivo de furlÇão psicológica e está
presente em todos os animais, especialmente no hOnlen1.
A hipnose pode ser observada por todo o reino anmlal.
Uma cobra hipnotiza unl pássaro conl seus m.ovmlentos sinuo-
sos. Em contrapartida, a cobra pode ser hipnotizada pelo ato de
acariciar. Bastante estranhamente as cobras são surdas. Todos
nós já VÜl10Sou OLlVÜl10S filmes ou histórias sobre o flautista
que "encanta" a cobra nlU11estado parecido com o da hipnose.
No entanto, é o balanço elo i1autista ao tocar o instrlilllento que
"il1.duz"a cobra a lilll estado semelhante à hipnose. A hipnose
animal foi bem descrita e alguém que tenha vivido enl fazendas
sabe que se colocarmos unm galil1.ha no chão e desenharmos
um círculo ao alcance dos seus olhos, ela desenvolverá l.UTIa
certa imobilidade tônica nos nlernbros. Um açougueiro põe a
cabeça de uma galinha debai.'\:o das suas asas e observa o inle-
diato enrUecmlento do músculo e:\.i:ensor da asa. A galil1.hafica-
rá imóvel. Esta é uma forma ele hipnose anÜl1al.
É importante enfatizar que a hipnose não é um estado
de sono. Isso é comprovado por estudos eletroencefalográficos,
testes de reflexo, pulso e pressão sangüínea, que revelam que
eles são idênticos ao estado ele vigilia, mas são diferentes do es-
tado de sono, ml.úto embora anlbos (a hipnose e o sono) sejilln
estados alterados de consciência. Um pode fundir-se no outro.
O fechar dos olhos freqüentemente associado à hipnose é usado
para bloquear estimulos visuais e, conseqüentemente, promo-
ver uma maior concentraçào na verbalização do hipnotizador.
Trata-se de um fenômeno COnlUnl.Os amantes da nIúsica, nunl
concerto que requeira concentração, inclinam a cabeças para
trás e fecham os olhos pcccraouvirenl melhor.
Hoje em dia, a reí1exologia condicionada, que ainda é
um outro termo para hipnose, é muito popular na Rússia. Pav-
lov, o grande fisiôlogo russo, é provavelmente mais conhecido
pelos cientistas sobre hipnose do que pelo seu trabalho sobre
reí1exos condicionados. Pavlov diz que é verdade que as pala-
vras e idéias adquirem para nós mn significado condicionado.
De qualquer maneira, condicionamento é apenas Ullla parte da
hipnose, e tanto esta idéia corno o conceito de Pavlov sobre a
inibição cortical são realmente muito simples para dar conta de
explicar o fenômeno hipnótico. Pavlov tanIbém errou na sua
concepção de que a hipnose era urlla forma modificada de sono.
Urna outra teoria, proposta pelo psican.alista Ferenczi,
era de que a hipnose seria urna regressão à infància. Onde se
ensinava Ullla técnica perrllissiva, reconhecia-se ali um tipo
matenlal de hipnose. Ferenczi acreditava que ser hipnotizado
era simplesmente regressar à infància nmn tipo de relaciona-
mento de dependência entre a criança e os pais. Esta teoria não
é sustentá\-el, conlO foi assinalada por McDougall.1 Se isso fos-
se verdadeiro, "LillIanIulher poderia hipnotizar apenas aqueles
que a identificasserll corno mãe, e lUll homem só poderia hipno-
tizar aqueles que o identificassem corno pai. Mas, corno sabe-
nIOS,a hipnose não funciona dessa forma.
Robert White acha que na hipnose o paciente age corno
pensa que unIa pessoa hipnotizada deveria agir. Ele se refere a
isso conlO "um empenho significativo rLUllOa um objetivo deter-
minado". Para a indução do transe, isso poderia ser verdadeiro
em Ulll certo grau, mas nada e)qJlica corno lillIa criança, que
nada sabe sobre esse tipo de experiência, poderia ser levada a
"Lilllestado hipnótico e Illcmifestar a maioria dos fenônlenos hip-
nóticos. Nem ex})licar como um adulto pode regredir à infància
ou exatanIente para a idade de 1 ou 2 anos. A validade da re-