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História e Evolução da

Terapia Manual
Nos últimos anos, houve um aumento do
interesse na mobilização e manipulação
como forma de tratamento.
A manipulação, por muitos anos, foi
evitada pela profissão médica e qualquer
um que tenha tentado utilizar esse recurso
terapêutico, foi chamado de curandeiro.
Para entendermos a atualidade da
Terapia Manual, devemos
primeiramente conhecer o
passado...
• Primeiros documentos remontam ao Egito
faraônico (5000, 4700 AC), através de
papiros descobertos por Edwin Smith e o
papiro número 5 do Ramesseum (4150,
3650 AC). Foram encontradas, na tumba
de Ramsés II, pinturas representando uma
manipulação da cabeça do rádio.
• Na Grécia, Hipócrates (460-380 aC) em seu
livro Corpus Hippocrates, relacionou métodos de
tratamento que são comparados às técnicas de
manipulação utilizadas atualmente.
• Hipócrates defendia que o paciente, após um
banho de vapor, fosse colocado sobre uma
maca, e assistentes aplicassem uma tração,
puxando a cabeça e os pés do paciente. Após o
término da tração, o médico apertaria
nitidamente a área afetada, ou sentaria e
saltaria sobre as costas do paciente.
• AiInfluência de Hipócrates ainda era evidente
em 200 DC quando Galen (131-202 dC)
descreveu um método de manipulação para
discos deslocados enquanto o paciente estava
em tração.

• Galen, que era médico do imperador, curou o


historiador Pausanias de uma nevralgia
cervicobraquial manipulando as vértebras
cervicais. Suas teorias permaneceram absolutas
até o séc. XVI.
• No Oriente Médio, Abu'All ibn Sina
(Avicena) (980-1037 dC), descreve as
ciáticas no quarto livro do seu Cânon, cujas
bases nascem da medicina Hipocrática.

• Este tratamento ainda seria usado por


séculos. A tração espinhal foi descrita por
um mouro no século XIV, e por um médico
turco depois no mesmo século.
• Idade Média - práticas científicas se
tornaram restritas devido à perseguição
religiosa, ficando a arte da medicina e
terapia manual confinada aos religiosos
que se dedicaram a estes estudos.

• Frei Moulton - primeira publicação em


relação à terapia manual foi escrito em
latim
• Renascimento - ciência das
mobilizações e manipulações para
correção das desordens perdeu o
misticismo religioso.
• Ambróise Paré, o maior cirurgião da
época, o responsável por esta
divulgação, incluindo um capítulo sobre
deslocamento vertebral em seus
trabalhos. Ele também descreveu tração
e pressiona como defendido por
Hipócrates. (Paris, 1990; Barak, 1990).
• O IV Concílio de Latran, em 1215,
que infelizmente separou a medicina
da cirurgia.

• A cirurgia ficou a cargo dos barbeiros,


e as manipulações aos cuidados dos
curandeiros, tendo surgido inúmeros
em toda Europa.
Por séculos, muitas pessoas passaram a
praticar as técnicas de manipulação. Alguns
desenvolveram habilidades especiais.

Em lugares longínquos, como a Europa Central


(ciganos) e Japão (Jiu-jitsu), usavam formas de
manipulação para aliviar danos nas costas.

• Em outras culturas antigas, como Chineses e


Maias, existem relatos de práticas terapêuticas
manuais. Já na cultura tailandesa e da
América Central, as evidências são mais fortes
com a presença de esculturas descrevendo
procedimentos aplicados. (Cyriax, 1984;
Greeman, 1996).
• Na Espanha, Luís de Mercado, da Faculdade de
Medicina de Valladolid, em 1527, foi o primeiro
universitário a utilizar e ensinar as manipulações. Sentia
muito que as terapias manuais não fossem utilizadas
pelos médicos. Ele utilizava as manobras Hipocráticas
de redução por pressão direta sob tração.

• Ainda no século XVI, o italiano Vidius Vidio, seguidor


das idéias de Hipócrates, organizou a faculdade médica,
utilizando técnicas de manipulação. Os métodos dele
eram mais refinados, mas eram essencialmente que o
grande mestre.

• Também no século XVI, o doutor Miguel León Portilla


fez o relato das manipulações realizadas pelos astecas.
• Foi no século XVII, na Inglaterra, que
John Turner revisou as publicações de
Frei Moulton e difundiu as técnicas de
manipulação baseadas em experiências
empíricas praticadas pelos “Bonesetters”,
ou “endireitadores de ossos”. (Barak,
1990; Cyriax, 1984; Boudillon, 1992).

• Em meados do século XVII, Johan


Schultes recomendou tratamento
semelhante ao proposto por Hipócrates.
Na Noruega, em 1662, durante um
processo sobre feitiçaria, uma mulher
apresentou evidências ao método, pois
ela tinha usado para curar dor nas costas.
Pessoas de diversos países diferentes
possuíam suas tiveram as próprias
convicções sobre as técnicas
manipulativas.
Na Noruega, o terapeuta devia ser o
primogênito, e na Irlanda era o sétimo
filho.
Na Escócia, o primogênito era que
possuía poderes curativos.
• Uma das primeiras praticantes
documentados era Sarah Mapp, uma
moça muito pequena, feia e bastante
gorda, de temperamento forte, mas uma
excelente manipualdora, que atendia a
realeza britânica. O auge da fama foi no
ano 1730, mas Sarah morreu anos após,
pobre e sem amigos, graças às
perseguições por parte dos médicos.
• A partir do século XVIII iniciou uma
dissidência da medicina tradicional. Os
cirurgiões ortopedistas ingleses John
Hunter e John Hilton era defensores da
mobilização e do repouso para tratamento
ortopédico, sendo alguns conceitos
defendidos até hoje. (Lamb, Kaltenborn e
Paris, 1992).

• Na Polinésia, o famoso navegador Cook


foi tratado em 1768 de dores torácicas
pelos indígenas.
• No século XIX, na Inglaterra, Dr. Harrison
aprendeu as manipulações dos “bonesetters”.

• Ainda neste século, a primeira descrição


publicada da arte dos “bonesetters” foi feita por
Dr. Wharton Hood.

• Estas pessoas foram nomeadas "bonesetters"


porque eles acreditaram que estavam repondo
ossos pequenos ao seu lugar. Fazendeiros e
ferreiros eram os principais praticantes dessa
arte. E não ensinavam seu conhecimento a
ninguém, a não ser aos seus filhos.
• Na Suécia, na mesma época, criou-se uma
importante corrente graças a Per Enrik Ling e a
seus alunos Stapfer e Brandt. Eles fizeram
uma síntese das manipulações orgânicas e
tentaram introduzir o método na pratica médica.
• Como no exemplo de Sarah Mapp, ocorreram
várias tentativas de excluir a terapia manual
como abordagem terapêutica, por parte da
medicina tradicional, mas felizmente todas sem
êxito.
• Na verdade, da literatura médica dos tempos
antigos para a do séc. XIX, houve a indicação
consistente da massagem e manipulação, mas
não o estabelecimento de diferenças entre as
duas.

• Graham (1884-1919), afirmou que massagem


significa qualquer procedimento feito pelas
mãos mencionando a fricção e a manipulação
como exemplos.

• Willian Merrel (1853-1912) definiu a massagem


como um modelo científico de tratar certas
formas de doenças pela manipulação científica.
• A difusão da manipulação como terapêutica se
tornou mais facilitada após a criação da primeira
escola de terapia manual dos EUA em 1892 por
Andrew Taylor Still, que abandonou totalmente
a medicina tradicional aplicando as técnicas de
terapia manual de origem dos “bonesetters”
ingleses. (Bourdillon, 1992).
• A criação da escola de terapia manual, os
trabalhos e a atuação terapêutica de Still foi
decisiva na edificação da terapia manual nos
Estados Unidos transformando o empirismo em
comprovações científicas diferenciado dos
terapeutas manuais Europeus que não gozavam
deste reconhecimento.
• Ainda em 1892, Still se uniu ao médico
escocês William Smith para formar a
escola de Osteopatia em Edinburgo, e
1900, os primeiros Osteopatas receberam
licença para clinicar em alguns estados
dos EUA.
• Hoje, osteopatas e médicos possuem o
mesmo status nos EUA.
• Durante o mesmo período, foi
desenvolvida a Quiropraxia. No princípio
eles eram "magnetisers“.
• Um canadense chamado Daniel Palmer,
em Iowa (EUA), foi convencido que ele
possuía poderes magnéticos, a com um
pouco de conhecimento de manipulação,
passou a tratar vértebras subluxadas.
• Em 1895, é criada a primeira escola de
Quiropraxia.
O primeiro paciente de Palmer era um
homem negro que, durante 17 anos,
apresentava dores e limitações na coluna
cevical, sempre sem tratamento. Palmer
achou uma subluxação, que foi ajustada e o
paciente recuperado.
Em 1987, junto com Calver, abre mais uma
escola. Palmer passou a manipular também
as articulações periféricas.
Calver assumiu a escola depois e ensinado
o método Calver de Quiropraxia.
Estes quiropraxistas eram conhecidos como
“mixers”.
O filho de Palmer começou sua a própria
escola, mas só manipulava a coluna. Este
era o Método Palmer de Quiropraxia e seus
explicadores foi chamado “straights“.
Os termos “mixers" e “straights” são usados
até hoje.
Os Quiropraxistas ganharam muito
reconhecimento nos EUA, mas como as leis
diferem de estado para estado, a situação
dos quiropaxistas nos EUA é incerta.
Uma variação da Quiropraxia é criada em
Chicago, no ano de 1903.
A Naprapathy, método criado por
médicos, que acreditaram que os
ligamentos tensionam e puxam as
vértebras, causando doenças, pois
restringem nervos e vasos sanguíneos.
Técnicas oscilatórias foram recomendados
primeiro por Recamier (1838) para
tratamento de torcicolos.
A vibração manual foi empregada
intensivamente por um Kellgreen,
fisioterapeuta sueco que trabalhou em
Londres no início do século XX.
Estas técnicas foram adotadas e foram
melhoradas em por terapeutas modernos
como Maitland e Grieves.
Muitos terapeutas, ao empregar a arte da
manipulação os seus tratamentos, tornaram a
Terapia Manual respeitada.
John Mennell atuava em Londres, assim como
os Drs. Edgar e James Cyriax, e Dr. Main em
França, só para nomear alguns.
Na década de 50, Freddy Kaltenborn se
interessou por manipulação e depois de se
formar fisioterapeuta, foi para a Inglaterra para
estudar com Mennell, Cyriax e Stoddart, e
também foi aluno da escola de Osteopatia de
Londres. Depois disso, ele voltou à Noruega
para ensinar esta nova arte aos colegas.
Cyriax seguiu para administrar o primeiro
exame em manipulação na Noruega.

Em 1970, Dr. Cyriax, Freddy Kaltenborn e


dezesseis fisioterapeutas de sete países
se encontrados no dia 20 abril com a
intenção de formar um grupo de interesse
especial. Este encontro foi a semente da
Federação Internacional de Terapeutas
Manipulativos Manipulative (IFOMT).
Em 1973, o primeiro seminário e congresso da
IFOMT aconteceu nas Ilhas Canárias. Foram
estabelecidos o exame e avaliação de padrões
para obtenção de título.

1ª sub-divisão da
World Confederation for Physical Therapy
(WCPT)

The Journal the of Hong Kong Physiotherapy Association,


vol 2, 1978-1979
Terapia Manual
Conceito
Terapia Manual é a aplicação de técnicas
com as mãos, sobre o corpo do
paciente, com o objetivo de promover o
retorno à função normal de seus
sistemas.
Terapia Manual é
massagem?
• SIM!
Toda a técnica terapêutica aplicada com as mãos,
sobre o corpo humano, pode ser chamado, de
forma geral, de massagem.

• NÃO!
As técnicas da Terapia Manual têm muito pouco
em comum com as técnicas tradicionalmente de
massagem, ou massoterapia, assim é mais
adequado usar o termo Terapia Manual, para evitar
as confusões sobre o trabalho que se está
discutindo.
Como se chama o Fisioterapeuta
com formação em Terapia
Manual?
“Fisioterapeutas especializados em
terapia manual não devem se
autodenominar terapeutas manuais,
mas sim fisioterapeutas manuais,
mantendo assim a identificação com a
profissão” (Paris & Loubert, 1999 -
Foundations of Clinical Orthopaedics,
University of Saint Augustine – Florida,
USA)
Ou seja, nunca deixaremos de ser
fisioterapeutas, mesmo que
tendências de mercado ou
modismos levem muitos de nós a
pensar que mudando nossa
denominação, estamos captando
uma maior número de clientes.
A resolução Nº 158, do COFFITO, de 13 de
dezembro de 1994, em seu 1º artigo,
determina que: “É proibido ao Fisioterapeuta
e ao Terapeuta Ocupacional, sob quaisquer
circunstâncias, utilizar para fins de
identificação profissional, titulações outras,
que não sejam aquelas expressadas nos
instrumentos reguladores do seu respectivo
ramo de atividade profissional ou, omitir a
sua titulação profissional sempre que se
anunciar em eventos científicos-culturais,
anúncio profissional ou outros”.
O artigo 2º da mesma resolução
complementa: “A substituição das
titulações de Fisioterapeuta e/ou Terapeuta
Ocupacional, por expressões genéricas,
tais como: Terapeuta corporal,Terapeuta da
Mão, Terapeuta Funcional, Repegistas,
Terapeuta Morfonalista e assemelhados,
por profissional registrado/inscrito no
Sistema COFFITO/CREFITOs configura
descumprimento legal, passível de
enquadramento em procedimento ético-
disciplinar”.
Métodos
Medicina Ortopédica de Cyriax
• 1929

• James Henry Cyriax

• Método baseado na avaliação e tratamento

• classificou os tecidos em dois tipos, os tecidos


inertes e os tecidos contráteis
Testes de Cyriax para tornozelo
(articulação tíbio-társica)
Flexão plantar passiva - Lig. talofibular anterior
- Bursite do tendão de aquiles
- Periostite póstero-inferior da tíbia
Dorsiflexão passiva - Periostite ântero-inferior da tíbia
- Perisiostite lateral (fíbula-clacâneo)
- Ruptura da paturrilha (joelho em
extensão)
Movimento do calcâneo e tálus em - Lig. interósseo
varo

Flexão plantar – pronação – ABD - Lig. deltóide


passivas - Lig. talofibular posterior

Flexão plantar – supinação – ADD - Lig. laterais (anterior ou médio)


passivas
Medicina Ortopédica de Cyriax
• a lesão de tecidos moles não se localizava
necessariamente onde a dor era sentida. O método traz
uma profunda análise sobre dermátomos, origem
segmentar e dor referida.

• movimentos – passivo, ativos e resistidos

• Cyriax acreditava que quase todas as dores de coluna na


coluna se originavam de um dilaceramento de discos, e
que poderia ser reduzido pela tração e manipulação. Ele
defendia que a manipulação deveria ser realizada por um
fisioterapeuta qualificado, pois o fisioterapeuta era o
profissional com melhor treinamento e perícia na
compreensão do sistema neuromusculoesquelético.
Medicina Ortopédica de Cyriax
• Massagem Transversa Profunda (MTP)

• Objetivo: fazer uma hemorragia local (na lesão),


parta ocorrer uma melhor cicatrização
• Lesões agudas: 3’ a 5’
• Lesões crônicas: 5’ a 8’
Kaltenborn - Evjenth
Kaltenborn - Evjenth
• Educador físico na Alemanha (1945) e, mais
tarde como fisioterapeuta em Noruega (1949).
• Fundador do sistema nórdico de Terapia Manual.
• Dirigiu sua atenção para o trabalho dos doutores
Mennell e Cyriax, e posteriormente ao trabalho
de Alan Stoddard.
• A idéia de Kaltenborn era desenvolver um
método original que unificaria todos os
conhecimentos que havia adquirido nos últimos
anos junto com suas próprias teorias e técnicas.
Kaltenborn - Evjenth

As contribuições as mais importantes de Kaltenborn


à terapia de manual são o uso dos princípios
biomecânicos na avaliação e no tratamento, a régua
convexo-côncava, os graus de movimento
(hipomobilidade e hipermobilidade), e os métodos
de pré-posicionamento por meio de tração e
deslizamento, movimentos translatórios. Também
introduziu os conceitos de auto-tratamento, os
princípios ergonômicos aplicados a proteger ao
terapeuta e o tratamento de teste.
Kaltenborn - Evjenth
• 1973 - "conceito Kaltenhorn-Evjenth“ – inovações
• maior ênfase no estiramento e no fortalecimento
muscular e no treinamento da coordenação
• exercícios específicos para o uso dos pacientes na
casa com auto-mobilização, auto-estabilização e
auto-estiramento.
• testes para aliviar o sintoma, como um método para
localizar as lesões, e melhorou os testes para
provocar o sintoma e as técnicas para proteger as
articulações adjacentes não tratadas durante os
procedimentos de mobilização manual.
Kaltenborn - Evjenth
• Kaltenborn e Evjenth, junto com o grupo
norueguês de terapia manual, começaram a
desenvolver e usar técnicas adicionais do auto-
tratamento e equipamento ergonômico (cunhas
do mobilização, cintas do fixação, etc.) para
fazer os tratamentos mais eficazes e menos
estressantes fisicamente para o fisioterapeuta.
• Também combinaram diversas técnicas para
obter resultados mais eficazes dando lugar a o
que se chamariam de técnicas múltiplas de
tratamento, se tornando o eixo básico do
sistema nórdico.
Método MacKenzie
• Desenvolvido pelo fisioterapeuta neozelandês
Robin McKenzie
• utiliza os movimentos do próprio paciente no alívio
da dor e na recuperação da função.
• Ela é uma técnica de avaliação e um método
terapêutico baseado na avaliação da resposta
sintomática na avaliação da dor ou redução da
deformidade tecidual.
• O Método McKenzie classifica as algias da coluna
em 3 diferentes categorias:
Método MacKenzie
Síndrome Postural:
• É a deformação mecânica de origem postural
que promove dor de natureza intermitente.
• Os tecidos ao redor dos segmentos da coluna
são submetidos a estresses por longos
períodos, decorrentes da má postura estática e
prolongada.
• São geralmente pacientes com menos de 30
anos de idade, sedentários e podem relatar dor
irradiada para outros níveis da coluna vertebral.
• O tratamento tem como objetivo a correção e
orientação postural .
Método MacKenzie
Síndrome da Disfunção:
• os tecidos ao redor dos segmentos vertebrais
envolvidos apresentam-se encurtados ou
fibrosados.
• No movimento normal estas estruturas são
submetidas a alongamentos além do seu limite,
gerando um aumento da sua tensão , impedindo
que a sua amplitude normal máxima possa ser
alcançada.
• A tentativa de ultrapassar este limite causará um
alongamento excessivo destas estruturas
provocando dor.
Método MacKenzie

• Em decorrência se verifica uma perda do movimento


e da função , por exemplo, perda de função da
coluna cervical observada ao se manobrar um carro.

• Geralmente são pacientes com idade acima de 30


anos, que referem rigidez maior no período da
manhã.

• O tratamento consiste na orientação postural ,


alongamento de partes moles e do tecido fibrótico ,
tendo cuidado de não provocar microtraumas.
Método MacKenzie
Síndrome do Desarranjo:
• É potencialmente a mais limitante ( 95% dos casos ).
• O posicionamento normal das superfícies articulares de
2 vértebras adjacentes é desestruturado, devido a
alteração da posição do núcleo pulposo do disco
intervertebral .
• Pequena protusão do disco intervertebral pode provocar
uma limitação do movimento e causar deformidades
como escoliose e cifose.
• Este desarranjo envolvendo o material do núcleo do
disco pode ser revertido por certos movimentos
aplicados a coluna , podendo reduzir o volume da
protusão e promover uma centralização dos sintomas.
• Ao contrário, movimentos que favorecem um aumento
da protusão acarretam uma periferalização dos
sintomas.
Método MacKenzie
• Pode ser devido a uma progressão das síndromes
anteriormente mencionadas, caso não tratadas
adequadamente.
• Os sintomas podem se manifestar de modo central ou
simétrico na coluna, unilateral ou assimétrico, com ou
sem irradiação para membro superior ou inferior, com ou
sem deformidade postural.
• O tratamento consiste na redução do deslocamento do
núcleo pulposo do disco intervertebral, provocando uma
centralização dos sintomas, ou seja, trazendo a dor
irradiada de uma região distal para uma região proximal
no membro acometido (centralização da dor).
• Ainda a manutenção desta redução, recuperação da
função, do membro ,prevenção de reincidência e
orientação postural.
Conceito Maitland
• Geoff Maitland (Austrália) - década de 60
• método de mobilização e manipulação articular, que
é usado para alongar ou liberar com segurança
determinadas estruturas a fim de restaurar os
movimentos e o arco de movimento normal
• Movimentos passivos oscilatórios em um período de
30" a 1' e 30"
Conceito Maitland
Graus I e II - dor
Graus II e IV - mobilizar e ganhar arco de movimento
Grau V – thrust (grande velocidade e energia) -
manipulação
Mulligan Concept

• Brian Mulligan (Nova Zelândia)


• Combina movimentos acessórios passivos
exclusivos e passivos combinados com movimentos
fisiológicos ativos.
Mulligan Concept
NAGS (deslizamentos naturais das apófises)
Mulligan Concept
SNAGS (deslizamentos naturais sustentadas
das apófises)
Mulligan Concept
Mulligan Concept
Mulligan Concept
MWM  (Mobilizações com movimento)
Mulligan Concept

MWAM  (Mobilizações da coluna com


movimentos dos braços)
Mulligan Concept
MWLM  (Mobilizações da coluna com
movimentos das pernas)
Mulligan Concept
Técnicas especiais para cefaléias e
vertigens
Mulligan Concept
Técnicas para entorse de tornozelo
Mulligan Concept
Auto - tratamento
Mulligan Concept
Tape
Mobilização Neural
• Alf Breig (1960) - mecânica do sistema nervoso

• Maitland e Elvey - testes de tensão neural

• 1991- David Butler - "Mobilization of the Nervous


System“

• Não tem um "criador", mas é fruto da aquisição de


novos conhecimentos como neurobiologia,
biomecânica e fisiologia do tecido neural e da
aplicação dos princípios das Terapias Manuais a
esse tecido
Mobilização Neural
Conceitos:

• O sistema nervoso é uma unidade

• O sistema nervoso se move

• O sistema nervoso se tensiona

• A função e a mecânica do sistema nervoso são


interligadas
Mobilização Neural
Mobilização Neural
INDICAÇÕES

• Neuropatias compressivas dos membros superior ou inferior,


como túnel do carpo, radiculopatias, síndrome do
desfiladeiro torácico, compressões do nervo isquiático

• Distrofia Simpático Reflexa, neuropraxias pós-cirúrgica

• LER/DORT, síndrome do chicote, epicondilite, De Quervain,


fasciíte plantar, capsulite adesiva do ombro, distensão em
isquiotibiais

• Dores crônicas

• Disfunções motoras
Mobilização Neural
Testes:
ULNT 1
Mobilização Neural
ULNT 2 – nervo mediano
Mobilização Neural
ULNT 2 – nervo radial
Mobilização Neural
ULNT 3
Mobilização Neural
• Mobilização direta: colocados em tensão e
movimentos oscilatórios e/ou brevemente mantidos
são aplicados através das articulações que
compõem o trajeto do trato neural.
• Mobilização indireta: colocados em tensão e
movimentos oscilatórios são aplicados às estruturas
adjacentes ao tecido neural comprometido.
• Mobilização tensionante: mobiliza-se
aumentando e diminuindo a tensão no trato
neural.
• Mobilização deslizante: mobiliza-se deslizando
o trato neural sem aumento de tensão.
Osteopatia
Conceito:
• “Osteopatia é uma concepção diagnóstica e
terapêutica manual das disfunções da mobilidade
articular e teciduais em geral, no quadro de sua
participação no aparecimento das doenças.” (Korr)

• “Escola médica que se baseia na teoria de que o


corpo é um organismo vital no qual a estrutura e a
função estão coordenadas. A enfermidade é ma
perturbação de uma ou outra, e a terapia é uma
restauração manipuladora dessas anomalias.”
(Comitê Americano de Terminologia Osteopática)
Osteopatia
Andrew Taylor Still (1828-1917)
Osteopatia
Princípios da Osteopatia
• 1º - Estrutura determina a função

• 2º - Unidade do corpo

• 3º - Auto-cura

• 4º - Lei da Artéria
Osteopatia
Leis de Fryette

• 1ª Lei – Quando uma vértebra ou grupo de


vértebras está em posição neutra das facetas,
para realizar a rotação de um lado, a vértebra
ou grupo de vértebras é obrigada a realizar
primeiro uma látero flexão do lado oposto.
(Ricard, 2001)
Osteopatia

• 2ª Lei – Quando uma vértebra ou grupo de


vértebras encontra-se em estado de flexão ou
extensão para formar uma látero flexão de um
lado, esta vértebra ou grupo de vértebras é
obrigada a realizar primeiro uma rotação para o
mesmo lado. (Ricard, 2001)
Osteopatia
• Osteopatia Estrutural
Osteopatia
• Osteopatia craniana
Osteopatia
• Osteopatia Visceral
• O modelo atual da disfunção músculo-
esquelética está associado à anatomia
macroscópica, às deformações posturais
e às alterações degenerativas.

• Estas são consideradas causas diretas


dos sintomas. O advento de exames, com
radiografia e suas derivações modernas
acabaram por dar suporte a esta teoria.
• Nesse modelo, utiliza-se: recursos da
eletroterapia, alongamento de tecidos
encurtados, exercícios vigorosos para
músculos hipotróficos, porém, os êxitos
têm se mostrado limitados, e o resultado
disso é a frustração do profissional e
dos pacientes.
Certamente já ouvimos:
• “O tratamento não adiantou.” (Se refere ao
fisioterapeuta e/ou médico).
• “Ih, fisioterapia? Isso não resolve nada, já fiz
mais de 40 sessões e não melhorei”.
• “A dor continua, mesmo depois da cirurgia.
• ”Fui ao médico, mas ele disse que eu não tenho
nada, pois não apareceu nada no RX. Então ele
me deu uma receita de antiinflamatório.”
• “A dor continua.”
Questionamento:

• Não há melhora para a maioria das


condições clínicas, ou é preciso que eu
mude a forma de vê-las e mude também
minha intervenção terapêutica?
Pós-graduação em Terapia Manual
– UNESC –

Objetivo:
• Capacitar os profissionais fisioterapeutas a
identificar as alterações osteomusculares,
definindo procedimentos terapêuticos manuais
adequados de forma individualizada, aplicando-
os na prática fisioterapêutica.
Pós-graduação em Terapia Manual
– UNESC –
Disciplinas
• Histologia e Neurofisiologia do Sistema
Osteomuscular
• Anatomofisiopatologia do Sistema
Osteomuscular
• Biomecânica da Cabeça, MMSS e MMII e
Coluna Vertebral
• Anatomia Palpatória
• Histórico e Evolução da Terapia Manual e
Diagnóstico Cinesiológico Funcional
Pós-graduação em Terapia Manual
– UNESC –
Disciplinas
• Introdução ao Conceito Kaltenborn
• Terapia Manual, Cadeias Musculares e
Pompagens
• Terapia Manual Suíça, Integrada e Técnicas
Manipulativas - Mobilização Neural
• Método Maitland - Coluna e Membros /
Introdução à Osteopatia - Coluna e Membros
Pós-graduação em Terapia Manual
– UNESC –
Disciplinas
• Técnicas Manuais Orientais - Shiatsu e Tuiná
• Drenagem Linfática
• Bases Fundamentais e Habilidades em
Mobilização Aquática
• Introdução ao Método Mulligan e Bases
Fundamentais e Habilidades em Cyriax

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