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Terapia Transformacional

Hipnoterapia
Introdução à história
Mitos,
Verdade
e Crenças
Uma breve passagem pela história da hipnose
O hipnotismo sempre esteve envolto em mistérios e superstições. Seus
praticantes eram considerados instrumentos da vontade divina ou
enviados pelo demônio. Suas curas eram milagres e suas famas de
feiticeiros, bruxos ou xamans.
Embora a prática tenha se distanciado dessas fundamentações pré-
históricas e buscado cada vez mais se alicerçar no campo das ciências,
muitos hipnotistas ainda alegam terem o poder da cura por questões
místicas ou sobrenaturais.
No Oriente, a prática hipnótica ainda hoje é muito empregada pela
população, principalmente por meio da yoga, meditações e outros
métodos mais ligados à vertente religiosa, porém de tradição milenar.
Referências
Johann Joseph Gassner , padre católico da segunda metade do séc. XVIII, “expulsava demônios” em
latim na Alemanha do Sul.
Franz Anton Mesmer (1734-1815) responsabilizava os astros pelos fenômenos hipnóticos.
Promovia “curas magnéticas” (com utilização de ímãs, pelo princípio da regulação dos fluídos vitais)
em pacientes desenganados. Saiu de Viena para atuar em Paris, onde surgiu o “mesmerismo”.
Marquês de Puységur (1751-1825) era discípulo de Mesmer e utilizava ainda os mesmos conceitos
que seus antepassados. Porém, destacou-se com a ideia do “sonambulismo artificial”.
John Elliotson (1791-1810), médico inglês expoente do magnetismo, foi o primeiro a utilizar a
hipnose (ainda não conhecida por este nome) no tratamento da histeria e o “sono magnético” em sua
prática hospitalar para fins cirúrgicos.
James Braid (1795-1860) deu origem a uma nova forma de se pensar a hipnose, utilizando a vertente
científica, e cunhou o termo hipnose e hipnotismo para se referir a essa prática. Porém, logo percebeu
que o prefixo “hipnos” (sono) não era o mais indicado para descrever o que de fato acontece com a
pessoa em transe, mas a expressão já havia se instituído.
James Esdaile (1808-1868) utilização da hipnose para analgesia. Realizava cirurgias e extrações de
órgãos apenas com auxílio da hipnose, catalogando todos os procedimentos. Publicou o livro
Mesmerism in Indian and its Practical Aplication In Surgeryand Medicine, porém, por ser
contemporâneo à descoberta de outros anestésicos químicos, não ganhou muita atenção com sua
prática.
Referências
Hyppolyte Bernheim (1837-1919), inicialmente cético quanto ao hipnotismo, procurou investigar
o caráter subjetivo e estritamente psicológico da prática após a cura de uma de suas pacientes
(com a qual já havia fracassado) por meio de hipnose. Seus métodos de sugestão são aplicados
até hoje e sua visão de que todos são sugestionáveis fez com que a hipnose avançasse muito na
época.
Ivan Pavlov ( 1849-1936) realizou estudos sobre os efeitos da hipnose no córtex cerebral, além
da indicação terapêutica para este tipo de intervenção.
Jean Charcot (1825-1893) responsável pela teoria de três estágios hipnóticos (letargia,
catalepsia e sonambulismo). Segundo o neurologista, a hipnose só produzia efeitos em pacientes
histéricas.
Sigmund Freud (1856-1939) recuperou a hipnose após um período de esquecimento da prática.
Em 1890, foi até Salpêtrière estudar as técnicas de hipnose com Charcot, porém acabou
dispensando a técnica na clínica psicanalítica, adotando o método da associação livre em
substituição, por acreditar que nem todos os seus pacientes poderiam ser submetidos à hipnose.
Referências
Dave Elman (1900 – 1967): Tornou-se um hipnotista de palco muito famoso ainda
adolescente, e após vários caminhos diferentes que percorreu na vida, nunca deixou de
realmente melhorar suas “habilidades hipnóticas”, colocando à prova todas as teorias que
existiam até então. Assim, conseguiu sintetizar a hipnose em processos simples e claros
e passou a dar cursos de hipnose para médicos e dentistas. Ele só considerava uma
técnica verdadeira, após muitos de seus alunos conseguirem aplicar com constância. Os
conhecimentos adquiridos em toda sua vida foram publicados no livro Hypnotherapy, que
ainda é a maior fonte sobre a hipnose clássica, explorando assuntos que ainda são
desconhecidos por muitos, principalmente no Brasil. Após Elman, praticamente não houve
nenhum avanço prático na hipnose clássica, infelizmente. Aqui junto com Dave, também
consideramos o Larry Elman e Cheryl Elman, filho e cunhada do Dave Elman, que são os
maiores divulgadores de suas técnicas.
Referências
Dave Elman (1900 – 1967): Tornou-se um hipnotista de palco muito famoso ainda
adolescente, e após vários caminhos diferentes que percorreu na vida, nunca deixou de
realmente melhorar suas “habilidades hipnóticas”, colocando à prova todas as teorias que
existiam até então. Assim, conseguiu sintetizar a hipnose em processos simples e claros e
passou a dar cursos de hipnose para médicos e dentistas. Ele só considerava uma técnica
verdadeira, após muitos de seus alunos conseguirem aplicar com constância. Os
conhecimentos adquiridos em toda sua vida foram publicados no livro Hypnotherapy, que
ainda é a maior fonte sobre a hipnose clássica, explorando assuntos que ainda são
desconhecidos por muitos, principalmente no Brasil. Após Elman, praticamente não houve
nenhum avanço prático na hipnose clássica, infelizmente. Aqui junto com Dave, também
consideramos o Larry Elman e Cheryl Elman, filho e cunhada do Dave Elman, que são os
maiores divulgadores de suas técnicas.
Referências
Milton Erickson (1901 – 1980): Foi um psiquiatra americano que ficou mundialmente conhecido
por suas técnicas indiretas de hipnose, sendo muito efetivo em seus tratamentos. Hoje, tem seus
métodos ensinados em todo o mundo. Acreditava-se que Erickson não usava a hipnose clássica,
entretanto trouxe algumas boas contribuições nesta área. Fundou a Sociedade Americana de
Hipnose Clínica e criou um estilo próprio, maternal, hoje chamado de “hipnose ericksoniana”.
Gerald Kein (1939 - 2017): Criador do instituto de treinamento de hipnose, OMNI Hypnosis Trainer
Center. Foi aluno de Dave Elman e um dos responsáveis por manter os métodos praticados por
Elman.
Jorgen Rasmussen (1945 - ): Autor do livro Provocative Hypnosis, o qual explora e coloca à prova
alguns conceitos ensinados por Elman. Um dos poucos hipnotistas que tentaram testar e evoluir o
conhecimento da hipnose a partir do que Elman nos deixou.
Jonathan Chase (1950 - ): Um dos maiores hipnotista de palco de Las Vegas, e tutor de
renomados hipnotistas e terapeutas, como Jeffrey Stephens.
Referências
Milton Erickson (1901 – 1980): Foi um psiquiatra americano que ficou mundialmente conhecido
por suas técnicas indiretas de hipnose, sendo muito efetivo em seus tratamentos. Hoje, tem seus
métodos ensinados em todo o mundo. Acreditava-se que Erickson não usava a hipnose clássica,
entretanto trouxe algumas boas contribuições nesta área. Fundou a Sociedade Americana de
Hipnose Clínica e criou um estilo próprio, maternal, hoje chamado de “hipnose ericksoniana”.
Gerald Kein (1939 - 2017): Criador do instituto de treinamento de hipnose, OMNI Hypnosis Trainer
Center. Foi aluno de Dave Elman e um dos responsáveis por manter os métodos praticados por
Elman.
Jorgen Rasmussen (1945 - ): Autor do livro Provocative Hypnosis, o qual explora e coloca à prova
alguns conceitos ensinados por Elman. Um dos poucos hipnotistas que tentaram testar e evoluir o
conhecimento da hipnose a partir do que Elman nos deixou.
Jonathan Chase (1950 - ): Um dos maiores hipnotista de palco de Las Vegas, e tutor de
renomados hipnotistas e terapeutas, como Jeffrey Stephens.
Referências
Jeffrey Stephens (1959 – 2015): Considerado por Igor Ledochowski um dos
hipnoterapeutas mais rápidos do mundo. Causava mudanças permanentes em seus clientes
em uma única sessão de 20 minutos ou menos. Também foi muito reconhecido pelos seus
ótimos métodos de ensino da hipnose, fazendo seus alunos hipnoterapeutas incríveis em
muito pouco tempo.
Igor Ledochowski (1974 - ): Provavelmente o instrutor com mais diferentes cursos de
hipnose no mundo, com mais de 10 cursos diferentes em DVDs sobre todos os tipos de
hipnose. Desenvolveu seus próprios meios metódicos e detalhistas de ensinar os conceitos
dessa arte, de forma fácil e rápida para que qualquer um possa aprender, mesmo sozinho.
Anthony Jacquin (1974 - ): O mais famoso hipnotista de rua, autor do primeiro livro
sobre o assunto, que ainda é o melhor livro sobre hipnose de rua, Reality is Plastic.
Definições e conceitos
Aprofundando o conhecimento e as ferramentas
da hipnose
Definições
O que é Hipnose e para que serve?
De acordo com o dicionário, a palavra hipnose (do grego hipnos = sono e do latim
mosis = ação ou processo) se refere ao “estado semelhante ao sono, gerado por um
processo de indução, no qual o indivíduo fica muito suscetível à sugestão do
hipnotizador” ou, ainda, “todo estado de passividade semelhante ao do sono,
artificialmente provocado numa pessoa pela absorção de produtos químicos ou por
meio da sugestão”.
Hipnose, segundo a Associação Americana de Psicologia, é um estado de
consciência que envolve atenção focada e consciência periférica reduzida,
caracterizado por uma maior capacidade de resposta à sugestão. É um estado
mental ou um tipo de comportamento usualmente induzidos por um procedimento
conhecido como indução hipnótica, o qual é geralmente composto de uma série de
instruções preliminares e sugestões.
Conceitos
Segundo Milton H. Erickson
“Suscetibilidade ampliada para a região das capacidades sensoriais e motoras para iniciar
um comportamento apropriado. ”
Segundo o psicólogo e especialista em Hipnose, Odair J. Comin
“A hipnose é um conjunto de fenômenos específicos e naturais da mente, que produzem
diferentes impactos, tanto físicos quanto psíquicos. Esses fenômenos poderão ser
induzidos ou autoinduzidos através de estímulos provenientes dos cinco sentidos, sejam
eles conscientes ou não”
Segundo Bernard C. Gindes
O autor do livro Novos Conceitos de Hipnose (New Concepts of Hypnosis – 1951)
apresenta a seguinte fórmula:
“Atenção desviada + Crença + Expectativa = Estado Hipnótico” Segundo James Tripp
“Hipnose é o uso da linguagem para criação de novas realidades”
A utilidade da Hipnose
A hipnose também pode ser usada como forma de entretenimento. Esta modalidade é
chamada de Hipnose de Rua (Street Hypnosis) ou Hipnose de Palco. Uma outra
modalidade da hipnose, utilizada em clínicas para tratamentos como uma ferramenta
terapêutica é chamada de Hipnose Clínica ou Hipnoterapia.
A hipnose de entretenimento leva as pessoas que participam do processo a uma
experiência única e muito divertida, além de propiciar muitas risadas para os que
assistem. Além disso, esta hipnose é uma forma do hipnotista praticar suas habilidades
e sua confiança, uma vez que ele terá a auditoria de um público que o assiste, o que não
existe na clínica. Toda esta prática deve ser realizada com respeito e ética.
A hipnose clínica tem como objetivo tratar um problema do paciente. Geralmente, os
atendimentos são feitos em consultório, por hipnoterapeutas, psicólogos ou
psiquiatras. A hipnose também pode ser utilizada por dentistas, fisioterapeutas,
biomédicos e médicos cirurgiões, para o controle da dor e práticas anestésicas em
procedimentos cirúrgicos.
Sintomatologia do transe
Os principais sinais característicos de um transe hipnótico são:
 Movimento trêmulo das pálpebras;
 Aumento da lacrimação;
 Vermelhidão dos olhos;
 Aumento ou diminuição da temperatura corporal;
 Alteração da respiração, se tornando rítmica e mais profunda;
 Diminuição de temperatura e sudorese nas mãos e pés;
 Tendência dos olhos girarem para cima;
 Aumento dos batimentos cardíacos logo após a indução, depois se tornam regulares;
 Ausência de motricidade, economia de movimentos;
 Engrossamento da veia jugular;
 Palidez da face;
 Anestesia e analgesia;
 Relaxamento de grandes grupos musculares e pescoço;
 Dilatação de pupilas
Níveis de transe
Há diversas escalas de hipnose, porém estas resumem praticamente todas elas, além de ser o padrão
ensinado pelos mestres da hipnose já citados.
1. Leve a médio – Também chamado de hipnoidal, aqui é possível obter relaxamento físico e analgesia
através de sugestões. Capacita o sujeito a aceitar melhor as sugestões do que em estado de vigília,
mas em relação ao estado de transe profundo ainda é menos susceptível a sugestões. Lembrando
que isso não é uma regra, mas uma conveniência geral entre a maioria dos hipnotistas.
2. Profundo (sonambúlico) – É o estado mais usado na hipnose, pois há uma comunicação direta e
eficiente com a mente subconsciente. Em estado de sonambulismo o sujeito consegue alcançar
através de sugestões, fenômenos como: relaxamento mental, amnésia, anestesia, regressão e
qualquer tipo de alucinação.
3. Estado Esdaile (coma hipnótico) – Descoberto por James Esdaile, posteriormente estruturado e
ensinado por Dave Elman. Nesse estado ocorre uma anestesia geral no corpo sem precisar de
nenhuma sugestão. Há documentos comprovando que alunos de Elman, com sua supervisão, fizeram
uma cirurgia cardíaca apenas utilizando esse estado, pois o paciente não podia receber nenhum tipo
de anestesia química. Por outro lado, esse nível é tão prazeroso para o sujeito que ele não se importa
com as sugestões do hipnotista, por isso não responde bem a elas.
Modelo da mente por
Gerald Kein
Segundo Gerald Kein a Hipnose
é o processo de atravessar o
fator crítico da mente
consciente e estabelecer no
subconsciente um pensamento
ou sentimento exclusivo
aceitável.
Conhecendo a
Linguagem e
ferramentas da
hipnose e Aplicação
Prática
Rapport
Rapport é um termo bastante conhecido na hipnose e se refere ao vínculo de confiança que é
estabelecido entre duas pessoas enquanto se comunicam, seja no trabalho, em uma conversa informal ou
em uma sessão de terapia. De acordo com o contexto em que ele surge, ele vai ter formas e conceitos
variados. Por exemplo, os psicanalistas costumam chamar o rapport de “transferência”. O psicoterapeuta
Carl Rogers costumava dar a esse vínculo um outro nome: empatia. Independente do contexto ou do nome
que se dê a esse fenômeno, o rapport é o grande responsável pela maior parte do processo de hipnose e
persuasão.
A nível teórico, o rapport inclui três componentes comportamentais: atenção mútua, positividade mútua e
coordenação.
Para muitas pessoas, o rapport é algo natural, sendo que elas conseguem criar uma ligação de respeito e
confiança com outras pessoas sem terem que fazer um esforço consciente.
Em muitas ocasiões, o rapport está relacionado com a sedução, sendo uma ferramenta usada no contexto
de relacionamentos, para melhorar a relação entre duas pessoas ou para conquistar uma pessoa
interessante.
O rapport é frequentemente descrito como um dos fundamentos da PNL (Programação Neurolinguística),
uma ciência que tem a mente humana como objeto de estudo e que pode ser usada para reprogramar
condutas indesejadas.
Técnica de Rapport
A técnica de rapport mais famosa é conhecida como espelhamento. Nesta técnica, uma pessoa
imita alguns elementos da linguagem corporal da outra (como a postura, gestos, expressões
faciais, respiração, etc). No entanto, é preciso ter cuidado, porque o espelhamento deve ser
gradual, ou seja, a imitação deve ser feita de um elemento de cada vez, para que a outra pessoa
não pense que está sendo alvo de deboche.
Sorriso – é a chave universal do Rapport.
Otimismo – transmite confiança e sensação de poder.
Tratar a pessoa pelo nome – o som mais lindo que alguém pode ouvir é o do seu nome
pronunciado.
Paciência – saiba ouvir, pois quando alguém fala é porque quer ser escutado.
Esta técnica atinge um nível inconsciente, portanto tem que ser feita com DISCRIÇÃO, ELEGÂNCIA
e SUTILEZA. Caso contrário, acabará irritando seu interlocutor, pois parecerá uma criança querendo
implicar com seu colega, imitando todos os seus gestos.
Comportamentos que podem ser espelhados
Movimentos Corporais: escolha qualquer movimento do corpo que seja constante e espelhe.
Ex: Se a pessoa estiver gesticulando muito com os braços, no momento que você voltar a falar repita os
mesmos movimentos que o seu interlocutor fez ao se expressar.
Qualidades vocais: iguale a tonalidade, volume, ritmo, velocidade e etc.
Palavras: use as palavras que ela usa ou/e que coloca ênfase, use também seus termos preferidos, mesmo que
estejam errados, mas é o que interessa para seu interlocutor.
Respiração: iguale sua respiração no mesmo ritmo da respiração da outra pessoa. (Este é o mais forte,
conseguindo fazer este com eficácia terá andado metade do caminho. Para ficar mais fácil descubra qual o canal
preferencial –Auditivo, visual ou sinestésico- para saber qual tipo de respiração –Torácica, abdominal ou
intermediária).
Expressões faciais: Levantar sobrancelhas, sorrir, enrugar o nariz e concordar mexendo a cabeça enquanto a
pessoa fala.
Estes são alguns dos espelhamentos possíveis. O espelhamento deve ser realizado de forma SUTIL, para que
assim a técnica se torne eficaz. A base fundamental do Rapport é o acompanhamento, ou seja, primeiro
acompanhe para depois conduzir, é como uma dança, primeiro você acompanha o seu par no ritmo da música e
logo depois ele que te acompanhará. Em um nível alto de Rapport é possível que a pessoa comece a te espelhar,
neste momento a pessoa aceita melhor a sugestão.
Etapas para um Atendimento
terapeutico usando hipnose
Etapas da hipnose.
Pre-talk - Conversa prévia, em que você explica pro sujeito o que é hipnose, irá tirar os medos
ou conceitos errados e os ensinará como aceitar melhor as sugestões. É a parte mais
importante do processo, tanto no entretenimento, quanto na clínica, o intuito do pré-talk é
hipnotizar.
Anamnese – Esta parte é específica para a clínica, e tem o objetivo de saber as questões que
levaram o paciente à terapia. Desenvolver uma terapia personalizada com base nas
informações passadas.
Indução hipnótica – pode ser direta ou indireta, neste momento você irá colocar o sujeito em
transe.
Sugestões hipnóticas e pós hipnóticas – são as sugestões dadas antes e durante o estado de
transe do sujeito, para ter efeito quando o sujeito estiver de olhos abertos.
De-hipnotização / emergir do transe – esta é a hora de tirar as sugestões de entretenimento
e retirar a pessoa do transe
Linguagem hipnótica .
Voz hipnótica: Isso pode variar de acordo com o estilo do hipnotista. Temos as
seguintes vozes na hipnose:
Paternal; é uma voz mais autoritária e firme, muito útil para a hipnose clássica
Maternal; é uma voz mais doce, permissiva, muito usada na hipnose
ericksoniana. Cuidado para não fazer “voz de fada”, pessoas muito racionais ou
carrancudas, pode soar mal.
Mais importante que a modulação de voz, é o ritmo. A voz deve seguir um
padrão, você não pode oscilar em falar lentamente e depois falar rapidamente.
Deve escolher um modo apropriado e mantê-lo.
Expressões e Aplicações.
Tentar: usamos frequentemente na hipnose a palavra tentar. Esta palavra possui um comando
embutido que induz à falha, tentar algo já diz que não irá conseguir, pois não passará de uma
tentativa.
Não: a palavra “não” dispara um gatilho automático fazendo que a ação proposta seja feita e
não evitada. Exemplo: Não pense num elefante rosa. ( pensou não é?). Use sempre frases
afirmativas.
Utilização: O conceito de utilização é pegar o feedback do sujeito e usar para estabelecer ainda
mais conexão.
Exemplo:
Após a rotina de mãos coladas perguntar ao sujeito:
Hipnotista: Como é a sensação de estar com as mãos coladas?
Sujeito: - Nossa, isso é muito engraçado!
Hipnotista: Engraçado mesmo não é ?! Quer ver algo ainda mais engraçado?
Expressões e Aplicações.
Double bind: o conceito de Double bind tem origem na hipnose ericksoniana, tendo
linguagem permissiva, vaga e com falsa impressão de escolha.
Exemplo:
“você gostaria de ser hipnotizada rápidamente ou lentamente?” Independente da escolha,
a pessoa será hipnotizada.
Salpicamento ou Lacunas: também muito utilizado por Erickson. A linguagem hipnótica
requer lacunas. Se você quer fazer seu participante imaginar alguma coisa, nunca dê
detalhes sobre isso, salpique pequenas informações para que ele as preencha de forma
autêntica sua imagem.
Exemplo: Pense em uma pessoa especial, talvez alguém que você precise muito, ou
então alguém que precise muito de você.
Exemplo 2 : Pense num local seguro, talvez seja fechado ou então aberto e você pode
perceber a brisa batendo no seu rosto ou ainda ouvir um som agradável.
Dicas que todo hipnotista deve saber.
Chame a pessoa pelo nome: isso aumenta a empatia e demonstra sua atenção e respeito pelo
sujeito.
Esteja presente: mostre-se interessado em promover uma experiência legal com a pessoa. A
qualidade de concentração na pessoa é tão importante quanto a confiança que você precisará
ter.
Repetição: a repetição de sugestões atinge níveis inconscientes por insistência. Não
recomendo fazer isso com o sujeito de forma exaustiva, pois o mesmo pode se irritar. Repita as
sugestões de 2 a 3 vezes no máximo.
Seja confiante: ser confiante é diferente de estar confiante. Confiança não é alter ego.
Mantendo a calma e reagir naturalmente quando algo não sai como esperado. Lembrando que
não existem falhas, é como você reage quando acontece algo inesperado, e sempre mostrar
que sabe o que está fazendo.
Hipnose de rua.
Na hipnose de rua, não temos muito tempo para estabelecer o rapport. No entanto, o rapport é
certamente importante no processo hipnótico. A maneira mais fácil de se criar rapport e por meio
de um pre-talk bem conduzido.
Abordagem
Ao abordar desconhecidos, faça de maneira menos assertiva e mais divertida. Comece dizendo um
“oi tudo bem com vocês ” e aguarde a resposta, que geralmente é bem positiva. A partir daí você já
terá uma oportunidade de iniciar o pré talk. Comece dizendo que está fazendo uma demonstração
ou algum projeto de divulgação da hipnose e convide-o a uma experiência rápida de 2 minutos com
os olhos abertos.
Ao abordar grupos, pode se fazer como acima, logo após o “oi tudo bem com vocês” observe que
eles se direcionam à alguém do grupo, como uma espécie de líder, detectando esse “líder”
direcione o foco do pre-talk a ele, e os demais serão influenciados pela decisão dele.
Abordagem de casais requer uma atenção especial. Você irá se direcionar à pessoa do mesmo
sexo que você. Do contrário a outra pessoa pode interpretar erroneamente você estabelecendo
rapport e quebrar totalmente o processo.
Pre Talk
O “Pre-Talk” ou “conversa prévia” é a parte mais importante da sessão de
hipnose. Esta é a oportunidade de educar o sujeito sobre hipnose e dissipar
qualquer medo que ele possa ter.
O medo da hipnose, a falta de crença de que a hipnose é real, ou uma crença
de que uma pessoa em particular não pode ser hipnotizada, podem interferir
na hora da prática. Equívocos sobre a hipnose pode levar uma pessoa a
acreditar que não foram hipnotizados, mesmo tendo sido.
É importante abordar estas questões antes de iniciar uma sessão de hipnose.
Isso é chamado Pre Talk.
Pre Talk
Aqui estão alguns pontos que podem ser abordados durante o Pre Talk.
 Existência da mente consciente, subconsciente e inconsciente;
 A hipnose é um estado que ocorre naturalmente; as pessoas estão em
transe várias vezes ao dia;
 O hipnotizador não controla a mente do sujeito;
 Ninguém faz o que não queira fazer;
 A hipnose é um estado de maior consciência;
 O sujeito vai sentir como se estivesse acordado, sendo capaz de ouvir tudo
o que é dito;
 A hipnose acessa o estado da mente subconsciente;
 O sujeito pode entrar em transe sentado, em pé, deitado, com os olhos
abertos com os olhos fechados, do jeito que ele achar melhor.
Mitos da hipnose
A seguir teremos alguns mitos, e que são perguntados com frequência quando o
assunto é hipnose, e é seu dever ressignificar isso para o participante.
Hipnose é sono?
Não. Apesar de a maioria dos hipnotistas usar a palavra “durma” e “sono” durante o processo, isto são apenas
metáforas para que o sujeito entenda que deve relaxar profundamente, COMO SE FOSSE dormir. A atividade
cerebral de uma pessoa hipnotizada é tão alta quanto alguém que se encontra em vigília.
Na hipnose, eu perco a consciência?
Não. Durante a hipnose as pessoas estão conscientes do que está acontecendo no meio ambiente em torno,
e com a atenção concentrada no hipnotista e na sua voz. Os hipnotizados continuam ouvindo tudo ao redor.
Hipnose é considerada uma técnica esotérica?
Não. Hipnose é um fenômeno neurofisiológico legítimo, onde o funcionamento do cérebro possui
características muito especiais. Tais características, únicas, podem ser verificadas por alterações em
eletroencefalograma no decorrer de todo estado hipnótico e visivelmente por manifestações não presentes
em outros estados de consciência, como rigidez muscular completa (catalepsia), anestesia, hipermnésia
(reforço da memória) e determinados tipos de alterações de percepção. A hipnoterapia usa as vantagens de
trabalhar com o cérebro neste estado para ajudar as pessoas.

Mitos da hipnose
Todos são hipnotizáveis?
Sim, todos. Considerando que a hipnose ocorre na vida diária, todas as pessoas são
hipnotizáveis em algum momento, em alguma situação e em certas circunstâncias.
Porém, existem pessoas que são naturalmente mais sensíveis do que outras.
Uma pessoa pode “não voltar” do transe?
Voltar de onde? O sujeito não vai para lugar nenhum! Não existe nenhum relato de
alguém que ficou preso no transe e nunca mais saiu.
Segredos podem ser revelados?
Durante o transe, a mente possui um mecanismo de vigilância que preserva a
integridade do sujeito e não permite que seja revelado algo que ele não esteja disposto
a falar durante a sessão. Em outras palavras, a pessoa não fala em transe algo que não
pudesse falar fora dele.
LOOP HIPNÓTICO
Loop hipnótico ( por James Tripp)
A pseudo-hipnose provoca uma experiência baseada em uma reação fisiológica
automática. No entanto, o hipnotista dá ao sujeito a impressão de que essa reação não foi
automática, mas fruto da sugestão. Após estabelecer no sujeito essa crença, ele fica
mais suscetível às novas sugestões, que provocam novas reações fisiológicas e mantêm
o ciclo. Ao garanti-lo, é possível provocar até mesmo alucinações, sem a necessidade de
se induzir o sujeito ao transe hipnótico profundo.
Para que esse ciclo ocorra, é essencial que a comunicação entre o hipnotista e o sujeito
seja eficaz. No entanto, ao comunicar- se verbalmente, há muito mais envolvido do que
apenas as palavras. O tom de voz, a modulação do timbre e até mesmo a linguagem
corporal são partes essenciais do processo. A seguir, teremos alguns roteiros de pseudo-
hipnose e de sugestões não hipnóticas. Ainda que seja inviável transmitir plenamente
todos esses elementos em um texto escrito, vamos utilizar alguns recursos para facilitar
o entendimento de todas as
variáveis.
Yes Set / Truí s mo
Esta técnica, desenvolvida por Milton Erickson, consiste em afirmar um ou mais fatos irrefutáveis à pessoa e, em seguida,
uma outra afirmação na qual você cita o que quer obter, mesmo que seja algo sem qualquer conexão lógica com a primeira
afirmativa. Ao interpretar as primeiras afirmativas como sendo verdadeiras, existe uma tendência natural do cérebro de
aceitar a afirmação seguinte.
A seguir, será apresentada uma lista com exemplos de afirmativas simples que serão indiscutíveis, no caso de uma hipnose
de rua:
Você está em pé/sentado agora, não está? Estou.
Neste momento, nós estamos conversando sobre hipnose, certo? Certo.
Certamente, você está na rua. Não é verdade? É verdade...
Você pode perceber que o sol está brilhando/está nublado/está chovendo neste momento, não é mesmo? É mesmo...
Além dessas afirmativas de observação, pode-se inferir outras mais complexas, como as que são apresentadas a seguir:
Você já se imaginou num emprego melhor, certo? Sim, claro!
Você já percebeu como nosso dia fica melhor se a gente abre um sorriso? Nossa, é mesmo!
Você quer uma qualidade de vida melhor, não quer? (Sim) E quem não quer, não é verdade? É verdade! – Neste caso, é
possível conseguir duas respostas sim de uma vez. Durante a hipnose, pequenos comandos podem ser executados, afim de
observar se o Yes Set foi alcançado.
Como por exemplo:
Junte seus pés;
De um passo para frente;
Estique os braços. Agora, abaixe o esquerdo;
Quando o sujeito responde a estes pequenos comandos, a probabilidade de ele responder aos próximos aumenta
consideravelmente.
Ancoragem
Em programação neurolinguística, é um processo que associa inconsciente e automaticamente uma reação
interna a um estímulo exterior.
Este efeito está relacionado ao pensamento humano como um todo, molda e lapida as opiniões das pessoas
através de suas vivências. Muitas vezes, o efeito ancoragem se dá pelo inconsciente para se realizar tomadas
de decisões.
Para realizar a ancoragem, é preciso identificar o estado emocional que desejamos ter. O desejo mais comum
é voltar para o estado de tranquilidade, bem-estar, paz ou um estado de alegria e euforia. Queremos mudar do
negativo para o positivo. O importante é se concentrar no que realmente queremos e não no que não
queremos. Se pensarmos “não quero ver um gato amarelo”, certamente nosso cérebro cria a imagem de um
gato amarelo. Por exemplo, seria um erro dizer “não quero ficar nervoso”, porque o cérebro não identifica a
negação e aceita a palavra “nervoso”. Mude a negação para “quero ficar tranquilo”.
Na hipnose, o efeito de ancoragem significa a resposta a um estímulo externo, muitas vezes sugerido pelo
hipnólogo. Um exemplo disso poderia ser: “Toda vez que eu disse a palavra ‘durma’ e estalar os dedos, você
volta para este estado de relaxamento profundo”. Isto pode ser dito durante o processo de indução, para que
o sujeito acesse o transe de forma rápida.
Todo e qualquer estímulo externo pode ser usado como efeito de ancoragem para o hipnotizado, a fim de ele
realizar quaisquer sugestões previamente aceitas. Esta técnica também é utilizada para o “presente
hipnótico” que, como exemplo, pode-se citar: “Toda vez que você tocar com a mão esquerda no centro do
peito, você sentirá um forte sentimento de confiança tomando todo o seu ser”.
Teste de Spiegel (Spiegel Eyeroll Test)
A habilidade de o sujeito entrar em transe, em cerca de 75% dos casos, está ligada a capacidade de mostra da
esclera ocular. Isto quer dizer que, quanto mais o indivíduo consegue mostrar a parte branca dos olhos, maior a
probabilidade de ele entrar em transe.
Dr. Herbert Spiegel (1914 – 2009) desenvolveu este teste com base em observações clínicas nos anos
2000. Nos testes, três em cada quatro pessoas responderam positivamente ao transe, com base na escala
determinada por Spiegel.
Teste de Spiegel (Spiegel Eyeroll Test)
Este teste consiste em fazer o indivíduo olhar
fixamente para cima, enquanto fecha lentamente
suas pálpebras, mantendo a posição final por 5
segundos. De acordo com a tabela abaixo, avaliada
em uma escala de 0 a 4, é possível determinar a
capacidade de um sujeito para entrar em transe.
Roteiro:
“Imagine que há uma janela bem acima da sua
cabeça. Agora olhe atentamente
para essa janela, enquanto vai fechando os olhos
lentamente”.
A coluna da esquerda mostra os níveis quando os olhos estão totalmente abertos. Na coluna da
direita, esses níveis são mostrados para as pálpebras semifechadas.
Existem sujeitos que são tão suscetíveis que durante o próprio teste já entram em transe.
Pseudo-Hipnose
De acordo com o mentalista e hipnólogo Marcio Valentim, Pseudo Hipnose é um
conjunto de técnicas simples usado para simular uma hipnose legítima. Estas
técnicas incluem movimentos de respostas fisiológicas que dão a impressão de
estarem funcionando devido a hipnose. A partir destas respostas, o sujeito passar
a acreditar mais no poder de sua mente, aumentando a probabilidade de sucesso
da hipnose legítima.
A seguir, serão apresentadas algumas rotinas de pseudo-hipnose:
Pseudo-Hipnose (Tipos)
Dedos Magnéticos
Por causa da anatomia das mãos, boa parte das pessoas vão
sentir um leve desconforto em deixar somente os dedos
indicadores separados, enquanto todos os outros dedos estão
entrelaçados. Por isso, essa pseudo-hipnose é extremamente
eficiente e podem dar uma certa confiança ao hipnotista. A
seguir, um exemplo de rotina para Dedos Magnéticos:
Junte seus pés. Estique seus braços. Junte as mãos e
entrelace os dedos. Isso mesmo, agora, levante os indicadores
e separe-os, de forma ficar um espaço entre eles.
Concentre-se apenas nesse espaço vazio. E imagine uma
atração magnética bem forte entre esses dedos. São imãs
muito poderosos, que atraem os dedos à medida que você
relaxa.
Perceba que esses dedos vão se aproximando à medida que
você relaxa. E quanto mais os dedos se atraem, essa força se
torna ainda maior.
E esses dedos vão se aproximando... se aproximando... e, em
algum momento, eles podem querer se tocar.
Pseudo-Hipnose (Tipos)
Mãos Coladas
Essa pseudo-hipnose também utiliza a anatomia das mãos para chegar ao resultado esperado. Algumas
pessoas podem ter dor nas mãos, então, é necessário que se pergunte se o sujeito sente algum tipo de dor
nas mãos ou nos dedos antes de fazer esta pseudo-hipnose.
Mãos Coladas
A seguir, um exemplo de rotina para Mãos Coladas:
“Junte seus pés. Levante os braços até ficarem na altura dos olhos. Junte as mãos e entrelace os dedos. Isso mesmo, agora,
posicione as mãos de forma que as palmas ficarão voltadas para fora. Agora, estique os braços. Estique bem os braços.
Isso, muito bem. Agora, concentre-se apenas em um ponto.[atrair a atenção e fixar o olhar]
E imagine uma cola muito poderosa caindo entre seus dedos, ou então que suas mãos são duas vigas de ferro soldadas, ou
talvez uma árvore muito bem enrraizada ou uma maneira que veio na sua mente agora... [ usamos essa hora para o sujeito
escolher um modo que represente a ele uma forma de colar as mãos (Double bind)] Perceba que quanto mais o braço estica, mais
colado fica. E agora, eu vou fazer uma contagem de 1 até 5 e, somente no 5, você tenta soltar, mas não consegue.
1... Mais colados, mais presos. [comandos rápidos e curtos]
2... Ainda mais colados
3... Completamente colados.
4... Estica o braço! Quanto mais estica, mais colado fica. [ junte levemente os braços para aumentar a fisiologia]
5... Tenta soltar, mas não consegue! Quanto mais força, mais colado! Quanto mais tenta mais colado!.
Perceba se o sujeito está se soltando, ele deve soltar apenas no seu comando, se ele começar a soltar, se antecipe e dê o
comando de soltar a cola estalando os dedos ou batendo uma palma. Se o participante estabilizar você pode explorar essa hora e
transferir a cola para outros membro, por exemplo, os olhos.
Lembre sempre desta formula na hipnose: “Quanto mais X mais Y” isso faz com que um processo que está iniciado ajude outro a
iniciar. Exemplo: quanto mais eu conto mais relaxado você fica.
A partir daqui, pode-se partir para uma hipnose de olhos colados, dependendo da resposta ao exercício.
Agora, feche os olhos e, quando eu estalar os dedos, perceba que essa cola vai sair dos seus dedos e vai para esses olhos. E
quanto mais você tenta abrir os olhos, mais colados eles ficam... Mais colados... Mais colados... Totalmente colados!
Agora, tenta abrir, mas não consegue! Tenta abrir, mas não consegue! Isso, pode parar de tentar.
Para descolar os olhos do sujeito, pode-se dizer “E quando eu bater palmas, os olhos vão abrir”, ou “estalar os dedos”, ou
simplesmente dizer que ele vai abrir os olhos.
Mãos Magnéticas
Esta pseudo-hipnose pode ser usada como forma de indução ao
transe hipnótico. A forma como a indução acontece será
explicada no final da rotina. A seguir, um exemplo de rotina de
Mãos Magnéticas:
Junte bem os pés, estique os braços na altura do ombro e as
palmas das mãos de frente uma para outra.
Ótimo! Agora, inspire profundamente, segure o ar e feche seus
olhos.
Imagine dois imãs: um em cada mão. E, enquanto você expira,
você vai sentir uma leve atração entre as mãos. Quanto mais
você expira, mais forte vai ficando essa atração.
Em algum momento, percebendo que as mãos começam a se
aproximar, pode-se conduzir uma indução ao transe. A seguir, um
exemplo do que pode ser dito e feito para realizar a indução:
Quando essas mãos se tocarem, você vai entrar em um estado de
relaxamento profundo. As mãos se aproximam e você se sente
cada vez mais relaxado. As mãos vão se aproximando e, quando
elas se tocarem, você vai entrar naquele estado de relaxamento
profundo.
Neste momento, ao perceber a vibração dos olhos do sujeito,
pode-se juntar, repentinamente, as mãos do sujeito, puxando
ligeiramente para baixo, enquanto diz a palavra “Durma!”. A partir
daí, deve-se fazer o aprofundamento.
Instruções de segurança
 Você é totalmente responsável pela saúde, segurança, moral, ética.
 É responsável se a pessoa cair, ou se o namorado não gostar e querer brigar
com você.
 É responsável se o dono do estabelecimento ou outro local se irritar
 É responsável se o sujeito tiver uma Ab-reação
Primeiro você deve aceitar esta responsabilidade, se vai hipnotizar alguém você deve zelar pelo
bem estar do sujeito.
Antes de fazer alguma indução com o sujeito, uma indução de choque por exemplo, você deve
dizer que ele continuará sentindo as pernas e pés ficaram firmes ao solo e você continua
equilibrado. Se após a indução a pessoa pender para algum lado, você usa o principio da utilização.
“agora vou colocar seu corpo em equilíbrio e isso te fará relaxar ainda mais”
Este tipo de sugestão serve para prevenir que o sujeito caia no chão por motivo do relaxamento
muscular ser muito intenso e pela falta de orientação espacial no momento inicial do transe.
Cuidado com rotinas onde o sujeito pode sentir medo e querer sair correndo, depende onde
estiver ela pode atravessar uma rua sem olhar e sofrer um acidente. Neste caso você pode sugerir
para a pessoa que ela não irá sair dali, ou até mesmo “colar ela no chão” para não correr.
Seguindo estas pequenas sugestões você ira evitar uma serie de desconfortos durante uma
apresentação de hipnose, seja na rua ou outro lugar qualquer.
fim

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