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“ TA N TO D E M E U E S TA D O

ME ACHO INCERTO”

Trabalho realizado por:


Guilherme Machado nº5
Fernando Oliveira nº3
TA N T O D E M E U E S TA D O M E A C H A I N C E R T O

• Soneto, ou seja, é formado por dois quartetos e dois tercetos


• Insere-se na corrente renascentista e é um exemplo da medida nova.
• Faz parte da coletânea Rimas, lançada em 1895
O AUTOR

• Luiz Vaz de Camões


• Nascido por volta de 1524, em Lisboa, morreu a 10 de junho de 1580
O POEMA Tan/to/de/meu/es/ta/do/me a/cho in/cer/to

Tanto de meu estado me acho incerto,


A
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
B Interpolada
sem causa, juntamente choro e rio, B
o mundo todo abarco e nada aperto. A

É tudo quanto sinto, um desconcerto; A


da alma um fogo me sai, da vista um rio; B
agora espero, agora desconfio, B Emparelhada
agora desvario, agora acerto. A

Estando em terra, chego ao Céu voando, C


D
num'hora acho mil anos, e é de jeito
E
que em mil anos não posso achar um' hora.
C
Se me pergunta alguém porque assim ando, D
respondo que não sei; porém suspeito E
que só porque vos vi, minha Senhora.
A M O R E D E S C O N C E RT O : A N Á L I S E P O É T I C A D E
SENTIMENTOS CONTRADITÓRIOS
Tanto de meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio,
o mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto;


da alma um fogo me sai, da vista um rio;
agora espero, agora desconfio,
agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando,


num'hora acho mil anos, e é de jeito
que em mil anos não posso achar um' hora.

Se me pergunta alguém porque assim ando,


respondo que não sei; porém suspeito
que só porque vos vi, minha Senhora.
CONTRASTES E ANSIEDADES: ANÁLISE
DAS ANTÍTESES E ANÁFORAS NO SONETO

• Para realçar a inquietação atual e contínua do sujeito poético:


• antíteses (“ardor” / “frio” – v. 2; “choro” / “rio” – v. 3; “todo abarco” / “nada aperto” – v. 4; “fogo” / “rio” – v.
6).

• Demonstrar a sucessão e a intensidade deles:


• anáforas (“agora espero, agora desconfio/ agora desvario, agora acerto” – vv. 7-8)
SOFRIMENTO AMPLIFICADO:
HIPÉRBOLES E O DELÍRIO AMOROSO NO SONETO

• Hipérboles nos versos 6 e 9:


• “da alma um fogo me sai, da vista rio”/“Estando em terra, chego ao Céu voando”

• Apóstrofe
• (“minha senhora” – v. 14)
I N T E RT E X T U A L I D A D E

 Incertezas na vida

 Amor e relacionamentos
"A DANÇA DE EMOÇÕES: ANÁLISE DA
C O M P L E X I D A D E D O S S E N T I M E N T O S E M ' TA N T O
D E M E U E S TA D O M E A C H O I N C E RT O ' "

• Podemos então concluir que o amor, nomeadamente a visão da mulher que ama, perturba o
sujeito poético ao ponto de ficar num estado permanente de ansiedade e de sofrimento devido à
contradição dos seus sentimentos.

• Camões relata este acontecimento, embelezando-o e enriquecendo-o de uma maneira única. Os


usos dos recursos expressivos apresentados anteriormente tornam o soneto uma obra muito mais
profunda e sincera, como se pudéssemos sentir, o que o sujeito sentiu.

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