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Aula 1 O Balanço de

Pagamentos e a Posição
Internacional de Investimentos
• Problemas no crescimentos dos países latino americanos em função do
cenário internacional complexo
• Redução na dinâmica do crescimento
• Problemas relações China – EUA
• Aumento na volatilidade no sistema financeiro internacional
• Balança de Transações Correntes
• menor Balança comercial e de renda apesar transferências maiores
• Importações cresce mais que exportações
• Aumento de pagamentos de juros ao exterior
• Fluxo de remessas recebidas maior
• Menor fluxo financeiro
• IED aumentou (Peru e Chile) mas investimento em carteira caiu (Argentina)
• Análise da:
• evolução das relações econômicas e financeiras
externas de um país e
• Alteração na ‘posição externa’ do ponto de vista dos
passivos e ativos externos de um país
• normalmente baseados em dados que são
resumidos no Balanço de Pagamentos de um pais
Fluxos e estoques
• BP são fluxos (transações) não estoques
• Não constam do BP por exemplo
• a quantidade de reservas que o país possui, ou
• O total da divida externa do país
• existe no BP a variação destes elementos
• Contas externas de um país – atualmente dois conjuntos de
estatísticas (fluxos e estoques)
• BP: Balanço da Pagamentos (Fluxos)
• PII: Posição Internacional de Investimentos (estoques)
• Nem todos países possuem
Posição Internacional de Investimentos:

• é o saldo de ativos e passivos financeiros apurados em uma


determinada data
• Valor, em um dado momento, dos ativos financeiros de
residentes que constituem direitos sobre ativos de não
residentes (ou são lingotes de ouro mantidos como ativos de
reserva) descontado dos passivos dos residentes frente aos não
residentes.
• A posição liquida positiva na PII representa um direito liquido
dos residentes sobre ativos frente ao resto do mundo.
Net International Investment Position millions of US Dollars
2010 2012 2014 2015
Argentina 42.027,69 54.594,69 73.894,33 ...
Austrália -754.365,58 -864.607,29 -722.902,35 -689.191,27
Belgium 318.035,66 264.608,70 279.286,81 275.731,83
Brazil -906.392,13 -809.138,23 -799.270,98 -472.334,10
Canada -301.035,78 -328.422,04 90.558,39 340.959,34
China, P.R.: Hong Kong 665.138,21 721.473,05 870.191,32 979.057,70
China, P.R.: Mainland 1.688.031,95 1.866.388,22 1.776.391,68 ...
Germany 887.804,94 1.018.932,27 1.451.946,19 1.620.217,26
Greece -292.035,72 -279.326,97 -269.922,39 -242.242,96
Italy -501.787,07 -571.547,14 -554.206,66 -474.888,30
Japan 3.141.877,65 3.458.135,57 3.040.972,07 2.888.486,24
Mexico -406.437,37 -445.993,99 -464.487,28 -411.200,20
Russian Federation 18.366,01 142.331,26 310.070,10 ...
Spain -1.249.015,90 -1.238.708,52 -1.208.036,51 -1.065.098,00
Switzerland 844.275,70 859.827,21 690.224,55 613.530,51
United States -2.511.787,80 -4.517.888,88 -7.019.698,46 -7.356.783,74
Quadro XXXI – Posição de investimento internacional Ativos US$ milhões

Discriminação 2014 2015 2016 2017 mar jun Dez 20181/


Posição de investimento internacional (A-B) -705 889 -376 206 -583 670 -640 595 -591 342 -688 051 -784 717
Ativo (A)2/ 822 721 807 539 829 901 831 392 847 792 865 100 878 429
Investimento direto no exterior 334 375 323 293 341 471 341 213 353 669 358 915 360 962
Participação no capital3/ 309 970 299 110 313 659 315 354 327 363 332 511 334 764
Operações intercompanhia 24 405 24 183 27 812 25 858 26 306 26 404 26 198
Investimentos em carteira 35 009 30 916 31 326 30 979 31 339 42 101 43 413
Ações 22 968 22 857 22 314 22 209 22 652 30 101 31 426
Títulos de dívida 12 041 8 059 9 012 8 770 8 687 12 000 11 987
Derivativos financeiros (exceto reservas) 594 680 737 663 599 599 599
Outros investimentos 89 193 96 186 91 351 88 426 85 011 89 513 97 754
Moeda e depósitos 44 003 51 783 45 352 40 512 37 295 41 274 47 996
Empréstimos 24 342 23 889 22 908 22 043 21 958 21 437 21 066
Crédito comercial e adiantamentos 7 963 7 214 8 001 12 570 11 787 12 671 14 584
Curto prazo 6 931 6 213 7 343 11 604 10 836 11 649 13 407
Longo prazo 1 033 1 000 657 966 951 1 022 1 176
Outros ativos 12 884 13 300 15 090 13 301 13 971 14 131 14 109
Ativos de reservas 363 551 356 464 365 016 370 111 377 175 373 972 375 701
Quadro XXXI-A – Posição de investimento internacional Passivos US$ milhões
Discriminação 2014 2015 2016 2017 mar jun dez 20181/

Passivo (B) 1 528 610 1 183 745 1 413 571 1 471 987 1 439 134 1 553 150 1 663 146

Investimento direto no país 725 872 568 226 703 328 748 206 732 615 784 156 823 336

Participação no capital2/ 518 116 362 516 480 984 514 949 502 750 550 680 587 077

Operações intercompanhia 207 756 205 711 222 344 233 258 229 866 233 476 236 259

Investimentos em carteira 526 356 366 308 480 832 501 404 488 905 551 801 624 258

Ações 259 856 143 909 255 689 277 167 268 371 332 314 391 215

Títulos de dívida 266 500 222 399 225 143 224 236 220 534 219 487 233 043

Derivativos financeiros (exceto reservas) 37 984 12 219 250 250 250 250 250

Outros investimentos 238 398 236 991 229 161 222 127 217 364 216 943 215 302

Moeda e depósitos 896 519 627 690 609 716 718

Empréstimos 231 808 231 064 223 371 216 259 211 525 210 800 209 142

Crédito comercial e adiantamentos 1 512 1 407 1 282 1 260 1 213 1 315 1 234

Outros passivos - - - - - - -

Direitos Especiais de Saque 4 183 4 001 3 881 3 917 4 017 4 111 4 207
Balanço de Pagamentos: definição

O Balanço de Pagamentos de um país é:


O resumo contábil das transações econômicas
(reais e financeiras) que os residentes do país
fazem com os não residentes, em um
determinado período de tempo
Quadro I – Balanço de pagamentos US$ milhões
Discriminação 2017 Jan 2017 ano 2018*
I. Transações correntes - 5 085 - 9 762 - 4 310
Balança comercial (bens) 2 505 64 028 2 398
Exportações1/ 14 861 217 243 16 929
Importações2/ 12 357 153 215 14 531
Serviços - 2 424 - 33 851 - 2 763
Renda primária - 5 344 - 42 572 - 4 119
Renda secundária 178 2 632 174
II. Conta capital 38 379 40
III. Conta financeira3/ - 4 595 - 4 880 - 3 673
Investimento direto no exterior 138 6 268 2 476
Investimento direto no país 11 459 70 332 6 466
Investimento em carteira – ativos 1 109 14 092 1 312
Investimento em carteira – passivos - 985 - 1 075 11 851
Derivativos – ativos e passivos - 137 705 192
Outros investimentos – ativos6/ - 413 46 524 8 891
Outros investimentos – passivos6/ - 4 672 8 305 - 1 040
Ativos de reserva 510 5 093 733
Erros e omissões 452 4 503 597
Balanço de Pagamentos: estrutura
A. Balança de transações correntes
A.1. Balança Comercial
A.2. Balança de serviços
A.3.Transferência unilaterais
B. Conta financeira e de capitais
C. Erros e Omissões
• Transações correntes - • Conta capital
Bens e serviços
• Conta financeira
• Balança comercial (bens)
• Investimento direto no
• Exportações exterior
A estrutura • Importações • Investimento direto no
atual o • Serviços
• Renda primária
país
• Investimento em
Balanço de • Remuneração de carteira – Ativos
Pagamentos trabalhadores
• Renda de investimento
• Investimento em
carteira – Passivos
• Investimento direto • Derivativos – Ativos
• Investimento em • Derivativos – Passivos
carteira • Outros investimentos –
• Outros Ativos
investimentos • Outros investimentos –
• Ativos de reserva Passivos
• Renda secundária • Ativos de reserva
• Erros e omissões
A estrutura atual o Balanço de Pagamentos
• Transações correntes - Bens e serviços • Conta capital
• Balança comercial (bens)
• Exportações
 não existe • Conta financeira
• Importações
geração de • Investimento direto no exterior
• Serviços
direitos ou • Investimento direto no país
• Renda primária
obrigações • Investimento em carteira – Ativos
(compromissos
• Remuneração de trabalhadores • Investimento em carteira – Passivos
• Renda de investimento futuros) • Derivativos – Ativos
• Investimento direto • Derivativos – Passivos
• Investimento em carteira
• Outros investimentos – Ativos
• Outros investimentos
• Ativos de reserva • Outros investimentos – Passivos
• Renda secundária • Ativos de reserva
 existe
• Erros e omissões geração de
direitos e
obrigações
A balança de transações correntes (BTC)
• Se subdivide em:
• Balança comercial
• Balança de serviços
• Balança de rendas primarias
• Transferências unilaterais (rendas secundarias)
• Compra e venda de bens e serviços
• Pagamento e recebimento de rendas
não existe geração de direitos ou obrigações (compromissos futuros)
Ex.: exportação, importação, pagamento de juros sobre a dívida externa, remessas de
lucro
Conta Financeira e Capital (BKF)
• Conta capital
• Transferência de riqueza em geral extra mercado e/ou de ativos não produzidos e não
financeiros (licenças, marcas etc) – também perdão de dividas
• Conta Financeira
• onde há compra/venda de ativos financeiros internacionais
• Subdivisão em função do tipo de capital – separação prazo, volatilidade, facilidade de
retorno
• Direto x carteira
• Empréstimos

• existe geração de direitos e obrigações


• representa uma alteração na situação patrimonial do país
A estrutura atual o Balanço de Pagamentos
• Transações correntes - Bens e serviços • Conta capital
• Balança comercial (bens) • Conta financeira
• Exportações
• Importações
• Investimento direto no exterior
• Serviços • Investimento direto no país
• Renda primária • Investimento em carteira – Ativos
• Remuneração de trabalhadores • Investimento em carteira – Passivos
• Renda de investimento • Derivativos – Ativos
• Investimento direto • Derivativos – Passivos
• Investimento em carteira
• Outros investimentos – Ativos
• Outros investimentos
• Ativos de reserva • Outros investimentos – Passivos
• Renda secundária • Ativos de reserva
• Erros e omissões
Conta Financeira e divida externa
• Variação desta conta – variação da divida externa
• Mas: o que incluir na divida externa ?
• Conta Capital – geralmente não
• Conta financeira - investimento direto também não
• Mesmo que isto sejam obrigações contingentes

• Posição liquida externa


• Problema com estoques e suas valorizações
• Se um pais tem um saldo negativo em transações correntes, significa que
ele “gerou” menos divisas (dólares) que as necessárias para adquirir bens
e serviços no exterior e pagar pelo uso de fatores de produção de não
residentes.
• Gerar divisas neste caso equivale a vender bens e serviços no exterior ou receber
de não residentes pelo uso de fatores de produção pertencentes a residentes

Como o país paga por isto ? A contrapartida esta na conta de


a) usa divisas que tem guardadas capital e especialmente na conta
(estoques de divisas em caixa) financeira que apresenta uma
b) “pede divisas emprestas”, entrada liquida de recursos ou
 O “empréstimo” aqui pode ter diferentes uma diminuição dos estoque de
ativos possuídos; ou seja um
formas: investimento direto, investimento
aumento das obrigações futuras
em carteira, empréstimos propriamente
do país
ditos, etc.
Ajustes no Balanço de Pagamentos
Desequilíbrios não podem ser permanentes

Þ déficits - esgotamento de reservas


Þ superávits - custo de oportunidade de retenção das
moedas estrangeiras
Reservas
• Pq manter ?
• Segurança – nível mínimo de importações e choques
conjunturais
• Capacidade de fazer frente minimamente a compromissos
externos em tempos de vulnerabilidade financeira e
velocidade de reversão dos fluxos
• Preservar confiança na moeda nacional
• Estabilizar cambio
• Requisitos legais do país e para obtenção de empréstimos
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
Reservas cambiais Brasileiras 1974 - 2014

2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
1989
1988
1987
1986
1985
1984
1983
1982
1981
1980
1979
1978
1977
1976
1975
1974

0.0000
50,000.0000
400,000.0000

350,000.0000

300,000.0000

250,000.0000

200,000.0000

150,000.0000

100,000.0000
Fluxos internacionais de capitais

• Antes de 1930 grandes fluxos internacionais de


capitais
• 1ª Globalização
• “IED” - infraestrutura (p. ex ferrovias), mas tb setores
mineiros, agrícolas e industriais
• Dividas soberanas
• praticamente não existem (restrições) controles de
capital, surgem no pós crise de 30
Acordo de Bretton Woods:
• são mantidas restrições à conta de capital, apesar
da retirada das restrições à conta de transações
correntes
• Artigo 6 do Estatuto do FMI (Articles of Agreement),
permite a adoção de controles ou a não
conversibilidade da conta de capitais
• Motivo: possibilidade de alguma liberdade na
condução da política econômica
Fluxos financeiros anos 50-80
• Crescimento lento
• Se acelera com base nas multinacionais e internacionalização
bancaria
• Crescimento dos empréstimos – anos 70
• Divida sul-americana – soberana (quasi-soberana)
• Bancária (sem mercado secundário)
• América Latina – década de 80
• “fora” do sistema financeiro internacional
As transformações do Sistema Financeiro anos 80/90
 Desregulamentação / Liberalização
abertura de mercados cambiais
 bancos diversificam ações
 Expansão mercado de capitais
 Inovações financeiras
 Securitização e derivativos
 Fim do artigo 6º do FMI
Globalização financeira
• Controles e regulações diminuem de maneira mais forte só
nos anos 80-90
• FMI: passa a fazer pressões sobre países em
desenvolvimento para diminuir controles também
• O apogeu dessa pressão foi a aprovação, na assembleia anual do
Fundo Monetário Internacional de 1997 (Hong Kong), da iniciativa de
mudança de seus estatutos para remover o artigo 6º
• Após a eclosão da crise asiática essa iniciativa foi
congelada.
• FMI: muda de preocupações, inicialmente em que
condições se deve fazer abertura e, depois até que
ponto, controles deveriam ser mantidos
Globalização Financeira

• Países desenvolvidos liberalização dos fluxos de capitais –


4º quarto do XX
• Elementos básicos da globalização financeira
• Desregulação do sistema financeiro e monetário internacional
• crescimento dos fluxos financeiros internacionais
• aumento da interdependência entre sistemas financeiros
• crescimento da importância da Balança de Capitais no Balanço de
Pagamentos
Países em desenvolvimento
• Fim da década 80 e década de 90
• Renegociação das dividas externas
• Plano Brady - securitização
• Abertura financeira: amplia conversibilidade e
liberalização da conta de capitais e financeira
• liberalização cambial
• ampliação da conversibilidade da moeda nacional, fim dos
mercados negros
• Flexibilização do ingresso/saída de recursos externos
A Reinserção Latino americana
• Com estas transformações, em fins dos anos 80, vários países
voltam a receber recursos externos;
• Brasil este processo iniciou-se em 1992
• Novas formas de captação de recursos são:
• o lançamento de títulos no exterior – commercial papers, floating
rates notes, asset backed securities, eurobonds etc.
• o lançamento de ações de empresas nacionais no exterior – ADR
(American Depository Receipt)
• investimento direto e dos fundos de investimento no mercado
nacional (Bolsa).
Conta Capital e Dívida externa Brasil (1978 - 1999)

40 250

35
200
30

25
150

Divida externa
Conta Capital

20

15 100

10
50
5

0
0
1978 1983 1988 1993 1998
-5

-10 -50

Conta Capital Divida externa


Ingresso liquido de capitais: América Latina
(1980-2010) - en miles de milliones de US$
1600 000 000.00

1400 000 000.00

1200 000 000.00

1000 000 000.00

800 000 000.00

600 000 000.00

400 000 000.00

200 000 000.00

0.00
1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010
Ingresso liquido de capitais: Países selecionados (1980-2010) - miles
de milliones de US$
1200 000 000.00

Argentina

1000 000 000.00


Brasil

Chile
800 000 000.00

Colombia

600 000 000.00 México

400 000 000.00

200 000 000.00

0.00

-200 000 000.00


1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010
Ingresso liquido de capitais: Países selecionados
(1980-2010) - en miles de milliones de US$
300 000 000.00

250 000 000.00 Argentina

200 000 000.00 Chile

150 000 000.00 Colombia

100 000 000.00 México

50 000 000.00

0.00

-50 000 000.00

-100 000 000.00

-150 000 000.00

-200 000 000.00


1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010
Carlos Diaz Alejandro (1985):
crítica (premonitoria) às liberalizações prematuras da
conta capital, freqüentemente executadas em
condições de câmbio fixo ou administrado:

“Good-bye financial repression, hello financial crash”


(JDE, 1985)
Balanço
Negativos
Positivos
 instabilidade cresce
 integração dos mercados:
 aumento risco
melhora alocação de
recursos  vulnerabilidade dos
 diminui spread - custo da países
intermediação  dificuldade de ação das
 Acesso via IED a know how Autoridades nacionais
tecnológico externo  crise sistêmica e efeito
 Facilidade no financiamento dominó
do BP
Defesa da abertura
• a liberdade de movimentação permite aumentar a eficiência com que
opera a economia, mesmo que se trate de capitais de curto prazo,
que circulam pelo mundo em busca de oportunidades de arbitragem
de taxas de juros.
• o que seria particularmente benéfico a países em desenvolvimento, já que os
capitais deveriam fluir dos países mais ricos, onde sua produtividade seria
menor, para os mais pobres, onde sua escassez permitiria obter altos
retornos.
• a remoção de barreiras à circulação de capital deveria levar a um aumento da
poupança disponível para investimento nesses países, acelerando seu
crescimento
FMI
 FMI: acusado de defender liberalização
acelerada da conta de capitais –
reconhece críticas

Rogofff (2002):
“En conjunto, tengo la sensación de que si bien
algunos de los que se oponen a la globalización
exageran en gran medida la acusación,ésta
tampoco es de todo infundada.”
Ainda Rogoff
“(...) en algunas de las misiones rutinarias de
supervisión realizadas en la primera mitad de la
década de los noventa y, en parte, en el contexto del
asesoramiento en materia de asistencia técnica, el
FMI no advirtió de forma suficientemente categórica
a los países con sistemas financieros endebles y
marcos macroeconómicos inadecuados que estaban
abriendo demasiado rápidamente sus economías al
crédito externo a corto plazo.”
Rogoff finalizando ...
¿cómo pueden los países en desarrollo beber de
las aguas de los mercados internacionales de
capital sin ahogarse en ellas?

todos coinciden en que se requiere un enfoque


más ecléctico frente a la liberalización de la
cuenta de capital

Lembra que: controles podem gerar corrupção e deve haver


perda de eficácia com tempo (burla)
A racionalidade atual para os controles
de capital: os grandes medos
• Medo do “hot money”
• Entrada de recursos pode ser fugaz , vantagens (ou
esterilização dos problemas) da entrada inicial não
compensam problemas de saída
• Medo de um afluxo excessivo
• Nem tudo é hot money, mas às vezes o volume dos fluxos é
considerado excessivo.
• Um grande volume de entrada de capitais, sobretudo
quando é indiscriminado na busca de rendimentos mais
elevados traz problemas para o sistema financeiro.
• podem ser combustível para bolhas de preços de ativos
• Podem incentivar a uma exposição excessiva a risco (ou à sua
subestimação)
Os grandes medos

• Medo de valorização cambial


• Problemas de competitividade dos produtos industrializados
• Medo da perda da soberania na condução da política
econômica (perda de autonomia na política Monetária)
• Trindade impossível: estabilidade cambio, liberdade de
fluxos e autonomia na política monetária
O Triangulo impossível

Mobilidade de capitais

Autonomia da
Cambio Política
fixo monetária

A Gremaud 71
Por que restringir ?
• preservar autonomia política
• Diminuir incerteza
• reduzir pressões sobre cambio
• proteger estabilidade monetária e financeira
• problemas com mercado financeiro - assimetria de
informações
Tipos de Controles de fluxos

Qual a forma do controle ?


Controle sobre qual fluxo?
• Diretos – controles
• Entrada ou saída administrativos
• Fluxos da Conta de  Controle de volume
capital e financeira  Limites quantitativos (proibição)
• Portfolio  Procedimentos de aprovação
• IED
• Indiretos – controles baseados
• Curto x longo prazo
no mercado
• Fluxos das Conta de  Aumento do custo
Transações correntes  Taxas múltiplas de câmbio
• Remessas de lucros e
 Taxação (saídas e entradas)
pagamento de juros
 Depositos compulsórios,
• importações “quarentenas”
 Prudenciais
Regimes Cambiais

Conjunto de regras, acordos e instituições pelo quais


são executados os pagamentos internacionais e,
portanto, pelos quais se regula o mercado cambial

Conversibilidade e acessibilidade
funcionamento do mecanismo de preço

A Gremaud 78
As opções cambiais Formação dos
preços -
taxa de
cambio

Existência ou não de controle sobre fluxos de recursos


externos – possibilidade de trocar livremente, em
qualquer situação, recursos externos por internos
Taxa de câmbio
Taxa de Câmbio: Valor de uma moeda nacional
em termos de outra moeda nacional
Surge da coexistência de:
· nacionalismo dos intermediários de troca (moedas)
· internacionalismo das operações de compra e venda
de bens, serviços e ativos.

A Gremaud 80
Mercado cambial
Mercado Cambial: Mercado em que as moedas dos
diferentes países são transacionadas
Mercado de moedas externas (US$) no Brasil:
• Oferta: Crédito do BP
• Demanda: Débito do BP
dupla face: inverso para R$ no resto do mundo

A Gremaud 81
Mercado cambial
Valorização x Desvalorização
cuidado com definição da taxa
 valorização (moeda nacional) aumento do seu poder de compra - excesso de
oferta da moeda externa
 desvalorização(moeda nacional) diminuição do poder de compra - excesso de
oferta da moeda nacional
• Arbitragem - perequação das taxas de câmbio
• homogeneidade do produto
• transparência do mercado
• concorrência

A Gremaud 82
O funcionamento do mercado de câmbio

• Oferta (credito BP) • Demanda (debito BP)


Exportações Importações
Recebimento de empréstimos Pagamento de juros sobre a
Recebimento de reembolsos divida externa nacional
de capital nacional no Remessas de lucros
estrangeiro compra de ativos no
Venda de ativos para estrangeiro
estrangeiros

A Gremaud 83
Regimes Cambiais

Conjunto de regras, acordos e instituições pelo quais são


executados os pagamentos internacionais e, portanto, pelos
quais se regula o mercado cambial
 Conversibilidade e acessibilidade
 funcionamento do mecanismo de preço

A Gremaud 84
As opções cambiais Formação dos
preços -
taxa de cambio

Existência ou não de controle sobre fluxos de recursos


externos – possibilidade de trocar livremenete em
qualquer situação recursos externos por internos
Regimes cambiais – formação da taxa

Câmbio Flutuante: Câmbio Fixo:


• O preço da moeda nacional em
• O Preço da moeda nacional em
termos das moedas estrangeiras é
termos das moedas estrangeiras fixo (dado)
é livremente estabelecido no
mercado cambial- o equilíbrio é • O Equilíbrio no mercado é obtido
obtido pelas forças do mercado pelo ajuste de quantidade feito
• O Balanço de Pagamentos tende pelo Governo (Banco Central) -
venda e aquisição de reservas
a se equilibrar automaticamente
• desequilíbrios do BP

A Gremaud 86
Regimes Cambiais: um leque de possibilidades
• Não Cambio (não moeda)
• Dolarização
• Flutuação Suja, Administrada
(Coordenada)
• Política cambial (monetária) compartilhada
• União Monetária
• Existe (qual) sentido da
intervenção?
• Não Política cambial • Medo da desvalorização
• Currency Board • Mercantilismo moderno
• Cambio Fixo Existe (qual) ancora nominal ?
• 1 moeda (qual), cesta de moedas • Metas Inflacionárias
• Crawling Peg • Metas de agregados monetários

• Bandas • Flutuação Livre


• Bandas curta ou Larga
• Crawling Band,
• Zonas Alvo
• Bandas assimétricas A Gremaud 87

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