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OPERAÇÕES DE MÁQUINAS

ROTATIVAS LIXADEIRAS
Segurança no uso de Máquinas Rotativas

OBJETIVO

Capacitar os profissionais das diversas áreas de manutenção a


desenvolverem atividades inerentes a máquinas e equipamentos
rotativos, com total segurança.

NORMAS REGULAMENTADORAS

NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual


NR 12 – Máquinas e Equipamentos
NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria
da Construção e Reparação Naval – ITEM 34.12 – Equipamentos Portáteis.
INTRODUÇÃO

1.1. Lixador Industrial.

É o profissional que opera esmerilhadeira angular manual que é uma máquina portátil
desenvolvida para executar os mais variados tipos de serviços tais como: corte, desbaste e
rebarbação em metais e soldas em caldeirarias, serralherias, fundições, departamentos de
manutenção industrial, funilarias, metalúrgicas, etc. Empregada, também no desbaste ou
acabamento em concreto aparente. Podem ser fabricas com propulsão elétrica ou ar
comprimido (pneumática), conforme mostra as figuras 1.1 e 1.2, respectivamente e ambas
utilizam como ferramenta disco de material abrasivo e a elétrica desenvolve maiores
rotações se comparada com a pneumática.
Figura 1.1: Esmerilhadeira angular de elétrica
Figura 1.2: Esmerilhadeira angular pneumática

Estas ferramentas geram um nível de ruído elevado, na ordem de 100 dB.


Segurança no uso de Máquinas Rotativas

1.2. Componentes da esmerilhadeira angular

Comercialmente existem vários


tipos e modelos de esmerilhadeira
e cada modelo possui as suas
particularidades, entretanto pode
haver detalhes comuns entre os vários
modelos. A figura 1.3 enumera alguns
componentes que são comuns aos
modelos de esmerilhadeira.
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Segurança no uso de Máquinas Rotativas

Da figura 1.3 podemos citar


os seguintes componentes:

1. Interruptor.
2. Cabo.
3. Proteção da guarda do disco.
4. Corpo da máquina.
5. Punho lateral (2 posições).
6. Botão de trava do eixo.

Figura 1.3: Componentes de uma esmerilhadeira angular.


Segurança no uso de Máquinas Rotativas

Conforme podemos observar nas figuras 1.3 e 1.4 o punho lateral também chamado de
empilhadeira lateral pode ser ajustado adequadamente em duas posições diferentes
dependendo de preferência pessoal e uso. A empunhadeira deve ser utilizada em todos os
momentos para manter controle adequado da ferramenta e é fixada na esmerilhadeira via
parafuso.

Figura 1.4: Punho lateral ou Empunhadura.


Segurança no uso de Máquinas Rotativas

O botão de bloqueio de eixo atua como uma trava objetivando prevenir que o eixo se
movimente durante a instalação ou remoção de discos que deve ser utilizada somente
quando a ferramenta estiver desligada e desplugada da tomada de força. Para encaixar a
trava, aperte o botão de trava (C) e gire o eixo até não poder mais.
A esmerilhadeira é equipada com um anel de montagem que permite fácil instalação e
remoção de discos.

Nota: Nunca aperte o botão de trava do eixo enquanto a esmerilhadeira estiver em


funcionamento ou ligada à tomada, muito menos a ligue-a enquanto o botão do eixo
estiver pressionado. Por que isso poderá resultar em danos à ferramenta.
Segurança no uso de Máquinas Rotativas
Segurança no uso de Máquinas Rotativas
DISCOS

2.1. Recebimento dos discos

No ato do recebimento deve ser feita uma inspeção visual nos


discos para identificar possíveis:

 Danos provocados por transporte inadequado;


 Trincas;
 Dentre outras informações técnicas pertinentes.
DISCOS

2.2. Tipos de discos

Neste trabalho serão mencionados apenas os discos de uso nos


processos de cortes metálicos associados à soldagem. Nas figuras
2.1 e 2.2 as letras A, B e C são dimensões que variam de acordo
com o modelo do disco.
DISCOS

2.2.1. Discos de corte

Na figura 2.1 vemos detalhe de disco de corte.

Figura 2.1: Disco de corte


DISCOS

São utilizados em máquinas fixas do tipo "cut-off" e portáteis tipo


esmerilhadeira angular e proporcionam grande velocidade na execução de
cortes, em comparado com serras de aço o disco de corte abrasivos é tanto mais
vantajoso quanto mais duros e tenazes forem os materiais a ser cortado. São
fabricados com telas de reforço de fibra de vidro e proporcionam rapidez
na operação, devendo ser utilizados a 90° em relação à peça.

Principais aplicações: cortes de tubos, barras e chapas metálicas, refratários,


pedras, concreto, materiais ferrosos e não-ferrosos em geral. Estes discos não
devem ser utilizados para corte de madeira.
DISCOS

2.2.2. Discos de desbaste

Na figura 2.2 vemos um exemplo


de disco de desbaste.

Figura 2.2: Disco de desbaste


DISCOS

Estes produtos operam em máquinas portáteis e se caracterizam pela


remoção de grande quantidade de material por unidade de tempo.

Principais aplicações: desbaste de cordões de solda, rebarbação de


peças fundidas, remoção de defeitos e imperfeições superficiais, limpeza
de superfície antes da solda e preparação superficial para pintura ou
revestimento.
DISCOS

2.3. Abrasivos dos discos

Os discos são fabricados com diferentes tipos de abrasivos que serão utilizados
dependendo do material que será trabalhado (cortado ou desbastado). O tipo de abrasivo com
sua respectiva indicação, geralmente, vem indicada no rotulo do disco, assim como outras
informações.

Destes abrasivos podemos citar:

a) Óxido de Alumínio (A): Indicado para aplicações em materiais ferrosos com alta
resistência à tração, tais como aço e suas ligas, ferro fundido nodular e maleável.
DISCOS

b) Carbeto de Silício (37C): Indicado para aplicações em materiais de baixa


resistência à tração como ferro fundido cinzento, materiais não-ferrosos e não-
metálicos;

c) Óxido de Alumínio Zirconado: Indicado para aplicações em materiais de alta


resistência à tração. Apresenta capacidade de remoção superior aos grãos abrasivos
convencionais, proporcionando maior rendimento e durabilidade do disco.

d) Oxido de alumínio Marrom: Indicado para corte de materiais ferrosos em


geral, aços e suas ligas, ferro fundido nodular e aço inoxidável.
DISCOS

e) Óxido de Alumínio Branco: Desenvolvidos especialmente para corte de aço


inoxidável e aço de alta dureza. Isento de contaminantes de ferro.

Os discos de corte são feitos de grãos abrasivos do disco e unidos por ligas
resinóides o que proporciona vantagens como:

 Menores esforços no serviço diminuindo a fadiga do operador;


 Menor esforço mecânico;
 O abrasivo fica em ação por mais tempo;
 Remoção mais rápida de material;
 Operação de corte ou desbaste com menor geração de calor.
DISCOS

Na composição de disco de corte e desbaste, além dos grãos

abrasivos, que têm a função de executar o corte ou desbaste, e da liga, a

qual mantém os grãos unidos, também temos as telas de fibra de vidro,

para proporcionar resistência mecânica aos discos durante a operação,

evitando que se rompam, causando acidentes. Os discos podem possuir

diversos diâmetros: 4½”, 7”, 9”, 10” e 12”.


DISCOS

2.4. Armazenagem do disco e rebolos.

O armazenamento inadequado pode comprometer a qualidade do produto.

Desta forma:

 Armazene em lugar seco e longe do calor excessivo;


 Osdiscos e rebolos devem ser armazenados na posição horizontal,
em prateleiras planas, de preferência em sua embalagem original.
 Mantenha o disco e rebolos preferencialmente em sua própria embalagem.
DISCOS

Os discos e rebolos
conforme mostra a figura
2.3 devem ser guardados
corretamente nos
almoxarifados a fim de
que estes não sejam
danificados quando
estiverem armazenados.

Figura 2.3: Formas de armazenagem dos rebolos e discos nos almoxarifados.


DISCOS

Figura 2.3: Formas de armazenagem dos rebolos e discos nos almoxarifados.


DISCOS

Legenda da figura 2.3:

1. Rebolos retos.
2. Rebolos copo cônico.
3. Rebolos prato.
4. Anéis de parede fina ou mole.
5. Cartão ondulado, para colocação de um rebolo sobre o outro.
6. Rebolos retos – grandes.
7. Rebolos grandes.
8. Rebolos pequenos tipo vaso e anéis.
9. Rebolos especiais com perfil.
10. Discos de corte.
11. Placa de aço para apoio.
12. Anéis de parede grossa ou dura.
13. Rebolos retos médios e de pequena altura.
14. Prateleira inclinada para rebolos pequenos.
15. Prateleira reta para discos e rebolos de forma.
16. O rebolo não deve ficar saliente.
17. Duas guias de apoio.
18. Parte traseira curvada para proteção.
19. Placa de aço para apoio.
DISCOS

Devemos ainda considerar o fato de que estes materiais quando estiverem em suas
prateleiras estas não devem estar curvas conforme mostra a figura 2.4. Uma outra opção
para armazenagem é mantê-los suspensos pelo furo verticalmente.

Figura 2.4: Colocação dos discos nas prateleiras.


DISCOS

2.5. Velocidades dos discos.

As velocidades de trabalhos dos discos de corte geralmente são indicadas nos rótulos dos
mesmos. E variam em função do diâmetro deste conforme mostra a tabela 1.

Diâmetro do disco Velocidade - recomendada

(mm) Pol. (m/s) (rpm)


100 ≈ 3.93 80 15.300

110 ≈ 4.33 80 13.900

115 ≈ 4½ 80 12.250
150 ≈ 5.91 80 10.200

Tabela 1: Conversão de velocidades


DISCOS

2.6. Validade

Desde que conservado de maneira adequada, o disco de corte pode ser utilizado até o
término de sua camada diamantada, quando, então deverá ser descartado conforme
instrução do fabricante.

2.7. Instruções sobre o descarte do disco

Não descarte o disco de corte diamantado em vias publicas ou em outros locais não
autorizados. Preservar o meio ambiente é um dever de todos. Descarte-o de acordo com a
legislação ambiental em vigor.
ACESSÓRIOS

3.1. Seleção dos acessórios.

É importante escolher adequadamente os acessórios tais como protetores, discos de


borracha, flanges, dentre outros. Estes acessórios devem ter sido especificados para uma
velocidade de no mínimo, a velocidade recomendada pela etiqueta de especificação da
ferramenta. Quando se usam discos e outros acessórios com uma velocidade acima da
velocidade especificada estes podem se desprender da ferramenta, causando sérios
acidentes. Devendo considerar a utilização de discos e escovas específicas para o tipo de
material que estará usinado a fim de se obter a maior eficiência possível.
ACESSÓRIOS

2. Escovas rotativas.

Estes acessórios utilizados para uma limpeza superficial mais específica.

1. Escova rotativa circular do tipo trançada.

A figura 3.1 mostra duas escovas rotativas circulares do tipo trançadas.

Figura 3.1: Escovas rotativas circular do tipo trançadas.


ACESSÓRIOS

Destina-se ao tratamento de varões, perfis, cordões de solda, pontas


serradas, dentes de engrenagens, chavetas, estrias, rasgos e superfícies
estreitas.

Para altas rotações, a escova circular do tipo trançada é indicada para


aplicações difíceis, como desbaste, polimento, rebarbação, remoção de
carepas e ferrugem, arredondamento de arestas, remoção de excesso de
solda e acabamento rústico de madeira.
ACESSÓRIOS
ACESSÓRIOS

3.2.2. Escova rotativa do tipo copo

A figura 3.2 mostra uma escova rotativa do tipo copo.

Figura 3.2: Escova rotativa do tipo copo.

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ACESSÓRIOS

Este tipo de escova oferece alto rendimento, quando empregada em grandes


áreas de superfícies planas, permitindo escovamento suave, mas, ao mesmo
tempo, agressivo e sem vibrações.

É empregada em esmerilhadeiras angulares, para aplicações pesadas, tais como


rebarbação, limpeza de soldas, remoção de respingos, ferrugem, corrosão, remoção de
carepas, tratamentos superficiais e pinturas.
ACESSÓRIOS
ACESSÓRIOS

3.3. Acessórios auxiliares

Os discos são presos por flanges de apoio sendo um superior e outro inferior, entretanto,
para fazer esta fixação são utilizados os instrumentos mostrados nas figuras 3.3 até a figura
3.5.
Na figura 3.3 temos uma chave com dois pinos utilizada para apertar e desapertar
as porcas redondas

Figura 3.3: Chave com dois pinos.


ACESSÓRIOS

Na figura 3.4 temos uma porca redonda que


é utilizada para fixar os discos de desbaste e
de corte na esmerilhadeira.

Figura 3.4: Porca redonda.


ACESSÓRIOS

Na figura 3.5 temos flanges de apoio utilizado para apoiar os discos de desbaste e corte.

Figura 3.5: Flanges de apoio.


ACESSÓRIOS

A guarda de proteção, figura 3.6, deve ser usada com todos os tipos de discos
(desbaste, de corte, flap, escovas dentre outros).

Figura 3.6: Guarda de proteção.

Para manuseio da guarda de proteção desligue e desplugue (aperte e solte o gatilho para se
certificar) a ferramenta antes de fazer quaisquer ajustes, ou antes de remover ou instalar
acessórios
ACESSÓRIOS
A figura 3.7 mostra a guarda de proteção que é obrigatória na sequência de
montagem independente do tipo de disco e de escova.

Figura 3.7: Montagem na esmerilhadeira com a guarda de proteção presente.


COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS

4.1. Colocação de discos de desbaste e corte

Desligue o plugue da tomada e


certifique-se de que o resguardo se encontra
colocado. Coloque a flange interior no eixo
conforme mostra a figura
4.1 no ponto ‘a’ e certifique-se de que
ela entra em contato com as duas superfícies
planas.
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COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS

Coloque o disco abrasivo no eixo e no flange


interior conforme a figura 4.2 no ponto ‘b’ e certifique-
se de que se encontra corretamente colocado. Em
seguida coloque a flange exterior roscada, conforme a
figura 4.2 no ponto ‘c’, certificando-se de que se
encontra na direção correta para o tipo de disco
colocado. Para discos de retificação, a flange da figura
4.2 no ponto ‘c’ é colocada com a zona saliente virada
para o disco. Para discos de corte, a flange da
figura 4.2 no
ponto ‘c’ é colocada com a zona interior virada
Figura 4.2: Colocação dos discos.
para fora do disco.
COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS

Mantenha a chave de porcas nas superfícies planas do eixo para evitar a rotação do disco
e aperte o flange exterior com a chave de porcas fornecida. Pressione o botão de bloqueio do
eixo e rode-o até que se encontre bloqueado conforme mostra a figura 4.3 e mantenha o
botão de bloqueio pressionado e aperte o flange exterior com a chave de porcas da máquina.

Figura 4.3: Colocação do disco

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COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS

Figura 4.3: Colocação do disco


Para remoção do disco reverta o procedimento acima descrito.

CUIDADO: Falha no encaixe adequado do disco contra o anel de montagem antes de ligar a
ferramenta pode resultar em danos à ferramenta e/ou ao disco, caso não ocorra acidentes.
COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS

No manuseio da esmerilhadeira às vezes se


faz necessário à movimentação da guarda
de proteção que poderá ser feita conforme
mostra a figura 4.4, por meio de uma chave
de fenda afrouxando o parafuso em (1), no
sentido anti-horário, se movimentando a
guarda de proteção e em seguida girando
no sentido horário apertando
(2) fixando a guarda de proteção.
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COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS

É muito importante para

segurança do esmerilhador que a

guarda de proteção, durante os

trabalhos, esteja sempre com seu

lado convexo voltado para o lixador

a fim de se conter qualquer

estilhaço de disco em caso de

acidentes.

Figura 4.4: Movimentação da guarda de proteção.


COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS

Na figura 4.5 vemos que tanto a instalação como a remoção dos discos (corte e

desbaste) são feitos com o uso da devida chave da esmerilhadeira e

pressionando-se o botão de bloqueio do fuso, pois sem a devida pressão neste botão não há

bloqueio do fuso impossibilitando a troca dos discos. Existe uma sequência para montagem

para instalação de discos na esmerilhadeira, para disco de desbaste o lado convexo da porca

de pressão (flange) deve estar voltado para baixo o contrario se aplica disco a disco de

corte.
Figura 4.5: Sequência de montagem com disco de desbaste.
COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS
COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS

Como os discos (corte e desbaste) são


frágeis o aperto na porca de pressão for
demasiadamente severo poderá rachar ou
romper o disco caso contrário pode haver o
afrouxamento prejudicando o trabalho. É
importante se observar que a guarda de
proteção sempre deve ser voltada para o
esmerilhador a fim de se evitar acidentes
com estilhaços dos discos.
A figura 4.6 mostra a sequência de montagem com o disco de corte.

Figura 4.6: Sequência de montagem com discos de corte.


COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS

4.2. Colocação de escovas.


Desligue e desplugue a ferramenta e antes de re-conectar a ferramenta, aperte e solte
o gatilho para se certificar de que a ferramenta está desligada. As escovas de aço devem
ser trabalhadas acima da velocidade mínima para acessórios que é designada na
ferramenta.
Para montagem aperte o botão de trava do eixo e use uma chave para apertar o anel
retentor da escova para firmá-lo. E para remover a escova, pressione a trava do eixo e use
uma chave no anel da escova para afrouxá-la.
A figura 4.7 mostra o esquema de montagem com escova rotativa circular trançada e
de forma análoga a figura 4.8 mostra o esquema de montagem com uma escova de aço
do tipo copo.
COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS

Figura 4.7: Esquema de montagem com escova rotativa circular do tipo trançada.
COLOCAÇÃO DE DISCOS E ESCOVAS

Figura 4.8: Esquema de montagem com escova de aço do tipo copo.


OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Tanto nas operações de desbaste quanto nas operações de corte o profissional


deve está atento para:

a) O resguardo deve ser montado de forma a que a parte exposta do disco se encontre
oposta ao utilizador.
b) Cuidado com as faíscas quando o disco tocar no metal.
c) Esteja sempre utilizando os EPI’s adequados.
d) Verifique se o disco está adequado quanto à velocidade e o tipo de material.
e) Verifique se a peça está devidamente presa.
OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Durante os trabalhos com esmerilhadeira devemos manter a peça que será

trabalhada fixada imóvel para que o trabalho seja executado adequadamente. A figura

5.1 mostra algumas formas de fixação da peça.

Figura 5.1: Formas de fixação da peça para esmerilhar


OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Tanto nos trabalhos de desbaste

como nos trabalhos de corte,

conforme mostra a figura 5.2,

segure bem a esmerilhadeira com

uma mão em volta da

empunhadura lateral e com a outra

mão segure em volta do corpo da


Figura 5.2: Operação com esmerilhadeira.
esmerilhadeira.
OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Antes de se começar qualquer trabalho é interessante fazer uma inspeção visual antes
de se iniciar o trabalho. Independente to trabalho (corte ou desbaste) nunca se deve
pressionar o disco contra a peça de trabalho por que este poderá fraturar e ocasionar
acidentes. Deve-se ainda se considerar que a remoção de material varia de acordo com o
tipo de abrasivo e a granulometria deste.
Jamais permita que haja impactos entre o disco e a peça de trabalho por que fazendo
assim você poderá causar a desfragmentação do disco resultando em acidentes.
Sempre verifique se o cabo da esmerilhadeira está próximo do disco.
OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

5.1. Operação com disco de desbaste.


Nas operações de desbaste deve-se manter um
ângulo entre o disco e a superfície de trabalho de
aproximadamente 15 a 30° conforme mostra a
figura 5.3, para se obter um bom rendimento do
disco. Este procedimento aumentará a capacidade
de remoção do disco e evitará sobrecargas
desnecessárias.

Figura 5.3: Ângulo entre a peça e esmerilhadeira.


Nunca utilize disco de corte em trabalhos de
desbaste por que estes não têm resistência em
suas laterais para este tipo de trabalho.
OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Para se obter uma superfície


homogênea, proceda ao trabalho
com passos sucessivos deslizando na
superfície segundo um ângulo frontal.
Mantenha sempre uma
angulação constante durante seu
trabalho a fim de se evitar
irregularidades na superfície das
peças.
Figura 5.3: Ângulo entre a peça e esmerilhadeira.
OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

A figura 5.4 mostra que a esmerilhadeira deve se mover constantemente em linha reta para
prevenir queimadura ou desbaste excessivo da superfície de trabalho. Se movimentando de
A para B e vice-versa, sem pressionar o disco contra a peça. Nunca descanse a
esmerilhadeira sobre a superfície de trabalho em posição estagnada ou movendo-se em
círculos por que pode ocorrer à queima e produção de marcas sobre a superfície de trabalho.

Figura 5.4: Direção de trabalho quando for o acabamento


OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Figura 5.4: Direção de trabalho quando for o acabamento


OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Quando forem executados trabalhos de acabamento na superfície da peça de


trabalho o ideal é diminuir progressivamente o ângulo de trabalho, para
aproximadamente 15º. Em trabalhos nos contorno das peças deve-se aumentar ligeiramente
o ângulo de trabalho.

Em peças que tenham a superfície muito


irregular é bom começar pela área mais
irregular. Por exemplo, numa peça
cortada por maçarico comece pelas
asperezas mais grossas antes de se polir o
corte das arestas.
OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Cuidado: Uma sobrecarga danificará o


motor da esmerilhadeira, resultando na
diminuição da vida útil desse
equipamento. Não tente, em qualquer
circunstância, exercer demasiada pressão
sobre a esmerilhadeira com o intuito de
acelerar o trabalho. Além do mais os
discos abrasivos são mais eficazes quando
é exercida apenas uma leve pressão sobre a
máquina de forma a evitar quebras de
velocidade.
OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

5.2. Operação com disco de corte.


De forma análoga a operação de desbaste segure a esmerilhadeira conforme mostra a
figura 5.2. Nesta operação a esmerilhadeira deve está com a guarda de proteção disposta de
forma adequada e a peça devidamente presa, figura 5.5.
Nas operações de corte com esmerilhadeira devemos:
1) Permitir que a ferramenta alcance velocidade máxima antes de entrar em
contato com a superfície de trabalho.
2) Usar o mínimo de pressão para trabalhar sobre a superfície, permitindo que a ferramenta
opere em velocidade máxima.
3) Uma vez iniciado o corte, mantenha o ângulo do disco de corte em relação à superfície
de trabalho para evitar que o disco dobre o que poderia resultar na ruptura do disco e
sérios danos, conforme a figura 5.6.
4) Remova a ferramenta da superfície de trabalho antes de desligá-la e permita que ela
pare de funcionar completamente antes de deixá-la.
OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Figura 5.5: Operação de corte com a peça devidamente presa.


OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Figura 5.6: Disco de corte com ângulo de trabalho reduzido.


OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

5.3. Operações com escovas rotativas.

As escovas de aço podem


ser usadas para remover
ferrugem, incrustações e tinta,
além de homogeneizar
superfícies irregulares,
dentre outras aplicações. A
figura 5.7 mostra um exemplo
de uma montagem com uma
escova rotativa circular do tipo
copo. Figura 5.7: Esquema de esmerilhadeira
com escova rotativa do tipo copo.
OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Figura 5.7: Esquema de esmerilhadeira com escova rotativa do tipo copo.


OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Para o uso correto destas escovas devemos:

1. Permitir que a ferramenta alcance velocidade máxima antes de tocar


na superfície de trabalho.
2. Usar o mínimo de pressão para trabalhar sobre a superfície, permitindo que a
ferramenta funcione em velocidade máxima.
3. Manter um ângulo de 5° a 15° entre a ferramenta e a superfície de trabalho quando
usar escova de aço giratória, conforme mostra a figura 5.8.
OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

Figura 5.8: Uso da escova rotativa do tipo copo.


OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

4. Quando utilize disco de aço mantenha contato entre a extremidade do disco e a peça de
trabalho. A figura 5.8 mostra que não se deve exercer uma pressão excessiva com a
escova rotativa do tipo copo, pois isso causará danos à escova e a peça conforme.
5. Mova a ferramenta de forma contínua de frente para trás para evitar a formação de
irregularidades na superfície de trabalho. Não permita que a ferramenta descanse sobre
a superfície estagnada ou girando-a em movimentos circulares por que resultará na
queima e formação de marcas de sobre a superfície de trabalho.
6. Não coloque a ferramenta na bancada antes de desligá-la. Permita que a
ferramenta pare por completo antes de deixá-la.
OPERAÇÕES DE DESBASTE E CORTE COM ESMERILHADEIRA

5.4. Cuidados com a esmerilhadeira angular


Mantenha os resguardados, orifícios de ventilação, e caixa do motor, limpos de poeira e
sujeiras.
Limpe-os com um pano limpo e aplique uma leve pressão de ar. Uma acumulação
excessiva de limalha de ferro poderá provocar uma transmissão de corrente elétrica, das
peças internas para as peças de metal expostas.
Não sobrecarregue a esmerilhadeira, por que a sobrecarga provocará uma
redução na velocidade e eficiência, fazendo com que esta aqueça demasiadamente e
pare de funcionar. Se tal acontecer, desligue a máquina e espere a ligue até que esta atinja a
temperatura normal de funcionamento sem qualquer carga durante um ou dois minutos.
Se desligar a esmerilhadeira enquanto ela se encontrar sob carga, reduzirá a vida útil
do interruptor.
SEGURANÇA NAS
OPERAÇÕES
7.1. Regras gerais de segurança
Na figura 7.1 temos dicas de segurança quanto ao uso da
algumas esmerilhadeira angular.

Figura 7.1: Dicas de segurança


SEGURANÇA NAS
OPERAÇÕES

Figura 7.1: Dicas de segurança


SEGURANÇA NAS
OPERAÇÕES
Siga sempre as recomendações do fabricante da maneira especificada, por
que o emprego indevido poderá causar sérios acidentes.

Advertências:
1. NUNCA permita o uso de discos de corte diamantado por pessoas não treinadas.
2. NUNCA use máquinas sem a capa de proteção.
3. NUNCA use máquinas que não estejam em boas condições de operações.
4. NUNCA force o disco no dispositivo de montagem ou modifique o tamanho do furo central.
5. NUNCA ultrapasse a velocidade máxima de operação indicada no disco.
6. NUNCA utilize máquinas com flanges que não estejam limpas.
7. NUNCA ligue a máquina com o disco em contato com a peça de trabalho.
8. NUNCA utilize discos com segmentos faltantes ou com alguma parte quebrada.
9. NUNCA utilize produtos para corte a seco quando o produto está indicando corte úmido.
10. NUNCA realize operações de corte próximo a materiais inflamáveis.
SEGURANÇA NAS
OPERAÇÕES
11. SEMPRE verificar o estado de conservação do anel de borracha, a cada rebolo que for montado.
12. SEMPRE faça o teste de som no rebolo, assim como observar o prazo de validade do mesmo
antes de montá-lo na máquina.
13. SEMPRE deixe que o rebolo montado pela primeira vez, gire livremente por um minuto,
antes de usá-lo.
14. SEMPRE verificar os flanges de fixação dos abrasivos
15. SEMPRE use a capa protetora cobrindo pelo menos metade do rebolo. Se não estiver em condições,
deverá ser substituída imediatamente. Caso haja necessidade de diminuição ou alteração da
configuração original, a chefia deverá analisar / aprovar, tal alteração, retornando imediatamente
após o uso à configuração original.
16. SEMPRE que for plugar o cabo no conversor, CERTIFIQUE-SE antes se a chave da máquina está
desligada.
17. SEMPRE use a chave adequada para apertar ou desapertar o rebolo ou disco.
18. SEMPRE que possível solicite o manual do aparelho, equipamento ou da ferramenta, pois este lhe
passará as informações necessárias para melhor manuseio, aumentando seus
conhecimentos técnico e teórico.
19. SEMPRE use discos de acordo com a norma ABNT NB-33 e ANSI B-7.1.
SEGURANÇA NAS
OPERAÇÕES
20. SEMPRE mantenha a guarda de proteção sempre voltada para o lado do esmerilhador por que se
houver uma desfragmentação do disco este não o atingirá. A figura 7.2 mostra uma repentina
desfragmentação do disco e a proteção do trabalhador pela guarda de proteção contra os estilhaços
do disco.

Figura 7.2: Esmerilhador protegido pela guarda de proteção contra os estilhaços do disco.
SEGURANÇA NAS
OPERAÇÕES
SEGURANÇA NAS
OPERAÇÕES

O EPI é de uso pessoal e intransferível, a menos que sejam submetidos a rigorosos


critérios de limpeza, manutenção e desinfecção. Quanto ao uso de EPI nas operações de
corte devemos fazer as seguintes observações:

a) Área protegida pelas máscaras: a


face, testa, pescoço e olhos
contra as radiações e
provenientes faíscas do
figura 7.4. processo. Ver Figura 7.4: Mascara de proteção

As máscaras são fabricadas com materiais resistentes, leves, isolantes térmicos e


elétricos, não combustíveis ou alto extinguíveis e opacos. Tanto os capacetes e máscaras,
com também os óculos devem ter a possibilidade de ser desinfetados.
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b) Vestuário de proteção: varia de acordo com a natureza, tamanho e localização do trabalho
a ser desenvolvido. Estes vestuários são utilizados para proteger as áreas expostas do
trabalhador, conforme figura 7.5.

Figura 7.5: Vestuário do trabalhador de soldagem e corte.


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Onde:
1. Avental de couro;
2. Manga de couro;
3. Luva de couro;
4. Perneiras de couro;
5. Sapatos de segurança;
6. Capacete de proteção;
7. Óculos de segurança;
8. Ombreira de couro.
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c) Luvas: todos os trabalhadores devem usar luvas em bom estado nas duas mãos, na
figura 7.6 mostra alguns pares de luvas. As luvas protegem as mãos contra queimaduras
e choques elétricos. Para trabalhos leves, podem ser usadas luvas de raspa de couro, de
vaqueta ou de couro de porco.

Figura 7.6: Luvas usadas como EPI.


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d) Macacões, casacos, aventais, mangas e perneiras: devem ser usados em função do tipo de
trabalho realizado. Podem ser feitos de couro ou outro material resistente ao fogo, e que
proporcionam proteção adicional às áreas expostas do corpo do trabalhador contra faíscas.
A superfície das roupas devem estar totalmente isentas de óleo ou graxa ou qualquer
outro material inflamável. A figura 7.7 mostra alguns tipos de aventais.

Figura 7.7: Aventais


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e) Vestuário tratado quimicamente: são também utilizadas vestimentas de materiais tratados
com retardadores de fogo, após cada lavagem ou limpeza, as vestimentas devem sofrer
um novo tratamento.

f) Capuz ou gorro para cabeça: fabricado com material resistente ao fogo e deve ser
utilizado durante as operações de corte e desbaste para evitar lesões e queimaduras na
cabeça e pescoço do trabalhador. A figura 7.8 mostra um modelo de gorro.

Figura 7.8: Gorro ou capuz.


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g) Botina: protege os pés, através do uso de biqueira de aço, solado injetado e sem
cadarços (fixação por elásticos laterais) é um EPI de uso obrigatório. A figura 7.9 mostra
dois exemplos destes EPI’s.

Figura 7.9: Alguns tipos de botinas


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h) Protetores auriculares: os protetores auriculares devem ser utilizados nos lugares
determinados pelo setor de segurança da(a) fábrica. A figura 7.10 (a) mostra protetor do
tipo "Plug de inserção" que deve estar limpos para evitar infecções e a figura 7.10 (b)
mostra o protetor tipo "Fone de ouvido" (Concha). Os protetores auriculares em forma
de concha têm a vantagem de proteger o pavilhão auricular contra a projeção de faísca(bs)
ou partículas metálicas, proporcionando o bem estar ao funcionário, e evitando
problemas de saúde como, a irritabilidade, dores de cabeça, dentre outros.

Figura 7.10: Protetores auriculares (a) tipo plug e (b) tipo concha
SEGURANÇA NAS
OPERAÇÕES

Figura 7.10: Protetores auriculares (a) tipo plug e (b) tipo concha
SEGURANÇA NAS
OPERAÇÕES
i) Equipamentos de proteção respiratória: a utilização destes equipamentos se faz
necessária quando ocorrem operações de soldagem e corte em áreas confinadas, quando
são usados processos e/ou materiais com alto teor tóxico, nas ocasiões em que o
oxigênio for deficiente ou houver acumulação de gases tóxicos. A figura
7.11 mostra um pequeno filtro descartável que poderá ser utilizados em conjunto com
alguns outros tipos de mascaras.

Figura 7.11: Filtro descartável


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OPERAÇÕES
De acordo com as normas ABNT NB 33 e ANSI B 7.1 utilize sempre os
equipamentos de proteção individual (EPI).
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OPERAÇÕES
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OPERAÇÕES
Falta ou má utilização dos EPI’s

Alguns ferimentos graves causados


pela não utilização ou mau uso de
Equipamentos de Proteção
Individual:
QUEIMADURA
CORPO ESTRANHO
CATARATA
Nunca se esqueça que tem sempre
alguém esperando o seu retorno
em casa.

OBRIGADO !!!

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