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• Texto dissertativo-interlocutor
genérico, universal – Diálogo é
pressuposto.
• Carta argumentativa– interlocutor
específico, determinado, para quem a
argumentação é dirigida – Diálogo
explícito.(MARCAS DE INTERLOCUÇÃO)
Argumentação e intenção
• 1- CABEÇALHO
• Data ( ponto final)
• Local
• 2- VOCATIVO OU INVOCAÇÃO
( de que forma vou me dirigir ao outro: pronome de
tratamento correto e vírgula ou ponto e vírgula ou
dois pontos)
Estrutura formal da carta
• 3- CORPO DO TEXTO
• 4- SAUDAÇÕES ou DESPEDIDAS : USE FECHOS DE
CORTESIA: Autoridades
superiores:RESPEITOSAMENTE, ( use vírgula).
• Mesma hierarquia ou inferior: ATENCIOSAMENTE,
• 5- ASSINATURA
• Ver se a proposta pede se ela deve vir sob a forma
de iniciais, nome fictício...
AS CINCO PARTES
QUE COMPÕEM A CARTA DEVEM
SER SEPARADAS POR UMA LINHA
EM BRANCO.
ATENÇÃO!!!
• Nome da cidade e data escritos ao alto, à
direita.
• Vocativo abaixo, à esquerda.
• Texto.
• Saudações à direita.
• Iniciais do nome à direita.
EXEMPLO
• Introdução:
1- Apresentação: identificação do enunciador – de
quem escreve.
2- Objetivo: por que o remetente resolveu escrever.
3- Tese: resposta que ele dá ao tema depois de
problematizá-lo.
Desenvolvimento do corpo do texto
• Então foi isso, Richard. Eu não comi p***a nenhuma. Minha única
pergunta é: como você pode viver assim? Eu não consigo imaginar como
pode ser o jantar na sua casa. Deve ser algo digno de um documentário
científico.
• Atenciosamente,
• XXXX
Exemplo de carta argumentativa
Atenciosamente,
H.C.O.
Fotografia de Sebastião Salgado: escadas nas minas de ouro de Serra Pelada. Brasil, 1986.
• José Sabóia
José Sabóia
Tema: fim das horas extras.
Lurian Cordeiro
Até o Neto, ídolo do Corinthians, dá uma cusparada no juiz,
quando expulso de campo. Ele, pelo menos, pediu desculpas. E o
resto? E nós?
Como recuperar a dignidade e a compostura da nação e de
seus enfermos cidadãos? Não há mais o que esperar.
(Tendências/Debates, "Folha de S. Paulo", 19/10/91)
PROPOSTA:
O texto anterior discute episódios recentes da
história do Brasil em que se misturam assuntos
públicos e privados.
a) Caso sua posição seja semelhante à da
autora, escreva uma carta ao Sr. Fernando
Collor de Mello tentando convencê-lo de que o
exercício de funções públicas exige a
capacidade de separar os fatos que são
relevantes dos que não são relevantes para a
vida nacional
b) Caso você discorde da posição da autora,
escreva-lhe uma carta procurando convencê-la
de que sua análise é equivocada.
Qualquer que seja sua opção, você deve levar
em conta os fatos mencionados e analisados no
texto.
Santana do Agreste, 1 de dezembro 2003.
Brigado, excelênça
O Salário Mínimo
O salário mínimo é tão pequenininho que cabe até no
meu bolso. é por isso que ele é chamado de mínimo que
quer dizer que menor não tem.
Meu pai diz que o salário mínimo é um dinheiro que não
serve pra nada, mas na televisão o moço disse que só
pode ser isso mesmo, e está acabado. Meu pai quase
quebrou a televisão depois que o moço falou.
Meu pai anda chamando o salário mínimo de
um outro nome, mas eu não vou dizer aqui,
porque outro dia eu disse esse nome no recreio e
a professora me deixou de castigo.
O salário mínimo deve ser muito engraçado
porque quando falaram que ele tinha
aumentado, lá em casa todo mundo deu risada.
Meu pai disse que uma vez um homem que era
presidente falou que se ganhasse salário mínimo dava um
tiro na cabeça, mas eu acho que ele estava brincando,
porque quem ganha salário mínimo não tem dinheiro pra
comprar revólver.
O meu pai não ganha salário mínimo mas com o que ele
ganha também não dá pra comprar muitos revólveres a
não ser de brinquedo e só de vez em quando.
• O meu avô é aposentado. Ele não faz nada mas
parece que já fez. Ouvi dizer que o salário mínimo
não aumentou mais por causa dele. Eu não sabia
que o meu avô era tão importante. Minha avó não
é aposentada. Também, ela é muito velhinha, não
dá pra ser mais nada.
Lá em casa falaram que com esse salário mínimo não vai
dar mais pra comprar a cesta básica. Eu não sei muito bem
o que é a cesta básica, mas parece que tem comida dentro.
Se for, é só diminuir bastante o tamanho da cesta que aí
cabe tudo.
Ouvi meu tio desempregado dizendo que tem um livro
chamado Constituição, onde está escrito que com o salário
mínimo a pessoa tem que comer, morar numa casa, andar
de condução, se vestir e uma porção de coisas. Coitado do
meu tio. A falta de emprego está deixando ele doidinho.
Quando eu crescer não vou querer salário mínimo,
mesmo que seja o dobro. Parece que ele é tão
pequeno que mesmo que seja o dobro do dobro ele
continua mínimo.
A minha mesada é muito pequena, mas inda bem
que ninguém inventou a mesada mínima, porque
com o que minha mãe me dá quase não dá pra
comprar figurinha.
• Pronto. Isso é o que penso do tal salário
mínimo. Espero que a professora dê uma
boa nota porque ela é muito boazinha e
merece ganhar muito mais do que todos os
salários mínimos juntos.
• Só mais uma coisa: se eu fosse presidente da
República mudava o salário mínimo para um salário
bem grande e chamava ele de salário máximo.
Tiau
Luizinho
Senhora escrevendo uma carta com a criada, Vermeer, 1670, Dublin, National Gallery of Ireland
Soldado soviético escrevendo uma carta em 1942
Fiodor Moller - Tatyana escrevendo a carta para Oniêguin (1846). Palácio de Marly, em
Peterhof (Rússia).
Como escrever uma carta ao seu amigo aidético,
convencendo-o a não ter filhos.
F. E. H.
Como você deve ter constatado, ele valeu-se de uma
máscara para cumprir a tarefa que lhe foi proposta
(escrever uma carta ao bancário Guilherme Soares
para convencê-lo a desistir da idéia de ter um filho).
UEL - A partir da leitura dos textos de apoio, escreva uma carta para um
jornal da cidade, sugerindo medidas para conter a violência em Londrina.
Londrina,
10 de setembro de 2002. Prezado editor,
O senhor e eu
podemos afirmar com segurança que a violência em
Londrina atingiu proporções caóticas. Para chegar a tal
conclusão, não é necessário recorrer a estatísticas.
Basta sairmos às ruas (a pé ou de carro) num dia de
"sorte" para constatarmos pessoalmente a gravidade
da situação. Mas não acredito que esse quadro seja
irremediável. Se as nossas autoridades seguirem
alguns exemplos nacionais e internacionais, tenho a
certeza de que poderemos ter mais tranqüilidade na
terceira cidade mais importante do Sul do país.
Um bom modelo de ação a ser considerado é o adotado em
Vigário Geral, no Rio de Janeiro, onde foi criado, no início de 1993, o
Grupo cultural Afro Reggae. A iniciativa, cujos principais alvos são o
tráfico de drogas e o subemprego, tem beneficiado cerca de 750
jovens. Além de Vigário Geral, são atendidas pelo grupo as
comunidades de Cidade de Deus, Cantagalo e Parada de Lucas.
Mas combater somente o narcotráfico e o problema do
desemprego não basta, como nos demonstra um paradigma do
exterior. Foi muito divulgado pela mídia - inclusive pelo seu jornal, a
Folha de Londrina - o projeto de Tolerância Zero, adotado pela
prefeitura nova-iorquina há cerca de dez anos. Por meio desse plano,
foi descoberto que, além de reprimir os homicídios relacionados ao
narcotráfico (intenção inicial), seria mister combater outros crimes, não
tão graves, mas que também tinham relação direta com a incidência de
assassinatos. A diminuição do número de casos de furtos de veículos,
por exemplo, teve repercussão positiva na redução de homicídios.
Convenhamos, senhor editor: faltam
vontade e ação políticas. Já não é tempo de as
nossas autoridades se espelharem em bons
modelos? As iniciativas mencionadas foram
somente duas de várias outras, em nosso e em
outros países, que poderiam sanar ou, pelo menos,
mitigar o problema da violência em Londrina, que
tem assustado a todos. Espero que o senhor
publique esta carta como forma de exteriorizar o
protesto e as propostas deste leitor, que, como
todos os londrinenses, deseja viver tranqüilamente
em nossa cidade.
Atenciosamente,
M.
Sebastião Salgado
Boa noite...e boa sorte!