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MODALIDADES TEXTUAIS

Diferentes modalidades para diferentes


finalidades
Modalidade textual (tipologia)
Tipo textual é a forma como um texto se apresenta.
Ele compõe os gêneros textuais, que são estruturas
que são estruturas socialmente moldadas pelas
necessidades comunicativas e que funcionam –
basicamente – como o formato dos textos, sejam eles
orais ou escritos.Os gêneros textuais cumprem uma
importante função social quando o assunto é
comunicação. Embora sejam muitos, apresentam
peculiaridades que nos permitem identificá-los através
do reconhecimento de características específicas
elaboradas para atender, como já mancionado,
determinadas situações de uso. Os gêneros textuais
Narração
Descrição
Injunção
Dissertação
Argumentativa
Narração

É o tipo de texto (real ou ficcional) no qual


é contada uma história, é explanado um
acontecimento, um fato ocorrido. É também
chamado de narrativa.
TRAMA: Nessa fase você vai relatar o fato
propriamente dito, acrescentando somente
os detalhes relevantes para a boa
compreensão da narrativa. A montagem
desses fatos deve levar a um mistério, que se
Elementos da narrativa
 TEMPO: Intervalo de tempo em que o(s) fato(s) ocorre(m). Pode ser um
tempo cronológico, ou seja, um tempo especificado durante o texto, ou um
tempo psicológico, onde você sabe que existe um intervalo em que as ações
ocorreram, mas não se consegue distingui-lo.
 ESPAÇO: Onde acontecem os fatos. O espaço, assim como o tempo, pode
ser físico ou psicológico.
 PERSONAGENS: São os indivíduos que participaram do acontecimento e
que estão sendo citados pelo narrador. Há sempre um núcleo principal da
narrativa que gira em torno de um ou dois personagens, chamados de
personagens centrais ou principais (protagonistas).
 NARRADOR: É quem conta o fato. Pode ser em primeira pessoa, o qual
por participar da história é chamado narrador-personagem, ou em terceira
pessoa, o qual não participa dos fatos, e é denominado narrador observador e
narra através de uma perspectiva baseada no ângulo que conhece da história.
Pode ser ainda narrador onisciente, que é aquele que sabe de tudo, dos
sentimentos e emoções dos personagens.
ENREDO: É o fato em si. Aquilo que ocorreu e que está sendo
narrado. Deve ter um começo, um meio e um fim.
E alguns elementos que ajudam na construção do enredo:
INTRODUÇÃO: Introdução da história e apresentação de
personagens, tempo, espaço, entre outros.
CONFLITO: Momento em que se inicia a narrativa, elemento
que motiva a narração.
DESENVOLVIMENTO.
CLÍMAX: O clímax é o momento chave da narrativa, deve ser
um trecho dinâmico e emocionante, onde os fatos se encaixam
para chegar ao desenlace.
DESENLACE: O desenlace é a conclusão da narração, onde
tudo que ficou pendente durante o desenvolvimento do texto é
explicado, e o “quebra-cabeça”, que deve ser a história, é
montado.
Exemplo
A DESCOBERTA DO MUNDO

O que eu quero contar é tão delicado é tão delicado quanto a própria vida. E
eu queria poder usar delicadeza que também tenho em mim, ao lado da grossura
de camponesa que é o que me salva.
Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas.
Em sentir um ambiente, por exemplo, em aprender a atmosfera íntima de uma
pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a
outras coisas importantes. Continuo aliás atrasada em muitos terrenos. Nada
posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que
os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação
profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. Ou
será que eu adivinhava mas turvava minha possibilidade de lucidez para poder,
sem me escandalizar comigo mesmo, continuar em inocência a me enfeitar para
os meninos? Enfeitar-me aos onze anos de idade consistia em lavar o rosto
tantas vezes até que a pele esticada brilhasse. Eu me sentia pronta, então. Seria
minha ignorância um modo sonso e inconsciente de me manter ingênua para
poder continuar, sem culpa, a pensar nos meninos? Acredito que sim. Porque eu
As minhas colegas de ginásio sabiam de tudo e inclusive
contavam anedotas a respeito. Eu não entendia mas fingia compreender
para que elas não me desprezassem e à minha ignorância.
Enquanto isso, sem saber da realidade, continuava por puro
instinto a flertar com os meninos que me agradavam, a pensar neles. Meu
instinto precedera a minha inteligência.
Até que um dia, já passados os treze anos, como se só então eu
me sentisse madura para receber alguma realidade que me chocasse,
contei a uma amiga íntima o meu segredo: que eu era ignorante e
fingira de sabida. Ela mal acreditou, tão bem eu havia fingido. Mas
terminou sentindo minha sinceridade e ela própria encarregou-se ali
mesmo na esquina de me esclarecer o mistério da vida. Só que
também ela era um amenina e não soube falar de um modo que não
ferisse a minha sensibilidade de então. Fiquei paralisada olhando
para ela, misturando perplexidade, terror, indignação, inocência
mortalmente ferida. Mentalmente eu gaguejava: mas por quê? Mas
por quê? O choque foi tão grande – e por uns meses traumatizante –
que ali mesmo na esquina jurei alto que nunca iria me casar.
Embora meses depois esquecesse o juramento e continuasse com meus
pequenos namoros. Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me
sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem,
passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande
delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa,
rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri
muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse
encarregado de me contar como era o amor. Esse adulto saberia como lidar
com uma alma infantil sem martirizá-la com a surpresa, sem obrigá-la a ter
toda sozinha que se refazer para de novo aceitar a vida e os seus mistérios.
Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de
tudo, o mistério continua intacto. Embora eu saiba que de uma planta
brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da
natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache
vergonhoso, é pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.

Descrição

Expõe apreciações e observações de modo que indica


aspectos, características, detalhes singulares e
pormenores, seja de um fato específico, pessoa, objeto,
lugar, situações, entre outros. Os pormenores são
essenciais para se distinguir um determinado momento
de qualquer outro, desse modo, a presença de adjetivos e
locuções adjetivas é traço distinto de um texto
descritivo. Dessa forma, a sensação do receptor da
mensagem deve ser a de ter sido transportado para a
locação da descrição ou de ter visto o objeto/ser descrito.
FELICIDADE CLANDESTINA

“Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos


excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto
enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como
se não bastasse enchia os dois bolsos da blusa, por cima do
busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança
devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de
livraria.(...)”

(LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. In: Felicidade Clandestina:


contos - Rio de Janeiro, Rocco, 1998, 1ª edição.)
Tipos de descrição
Descrição objetiva: acontece quando o que é descrito apresenta-se de
forma direta, simples, concreta, como realmente é:

a) O objeto tem 3 metros de diâmetro, é cinza claro, pesa 1 tonelada e será


utilizado na fabricação de fraldas descartáveis.

b) Ana tem 1,80, pele morena, olhos castanhos claros, cabelos castanhos
escuros e lisos e pesa 65 kg. É modelo desde os 15 anos.

Descrição subjetiva: ocorre quando há emoção por parte de quem


descreve:

a) Era doce, calma e respeitava muito aos pais. Porém, comigo, não tinha
pudores: era arisca e maliciosa, mas isso não me incomodava.

(Portanto, na descrição subjetiva há interferência emocional por parte do


interlocutor a respeito do que observa, analisa).
Injunção
A injunção está presente em nosso cotidiano por meio de
textos muito comuns como os manuais de instrução, as
receitas de bolo, as campanhas eleitorais e publicitárias,
as regras de jogos. Suas principais características são:
1. O autor da mensagem dirige-se ao leitor ou ouvinte por
meio de comandos, geralmente utilizando verbos no
imperativo;
2. Em muitos casos, a mensagem é composta de duas partes:
a enumeração dos elementos e a explicação sobre o modo
de realizar a tarefa;
3. Linguagem clara, didática, de modo a promover a
execução perfeita da tarefa.
MODO DE PREPARO

Massa:
1. Bata todos os ingredientes por 5 minutos (menos o
fermento);
2. Adicione o fermento e misture com uma espátula delicadamente;
3. Coloque em uma forma untada e asse por 40 minutos.

Calda:
1. Aqueça a manteiga e misture o chocolate em pó até que esteja
homogêneo;
2. Acrescente o creme de leite e misture bem;
3. Desligue o fogo e acrescente o açúcar.

(Disponível em:
http://www.tudogostoso.com.br/receita/62547-a-melhor-receita-de-bolo-de-chocolate.html. Acesso
O texto dissertativo
O que é dissertar?
Dissertar é, por meio da organização de palavras, frases
e textos, apresentar ideias, desenvolver raciocínio, analisar
contextos, dados e fatos. Neste momento temos a oportunidade
de discutir, argumentar e defender o que pensamos utilizando-
se da fundamentação, justificação, explicação, persuasão e de
provas.
A elaboração de textos dissertativos requer domínio da
modalidade escrita da língua, desde a questão ortográfica ao
uso de um vocabulário preciso e de construções sintáticas
organizadas, além de conhecimento do assunto que se vai
abordar e posição crítica (pessoal) diante desse assunto.
A atividade de escrever uma dissertação desenvolve o
gosto de pensar e escrever o que pensa, de questionar o
mundo, de procurar entender e transformar a realidade.
1. Texto dissertativo expositivo

É a exposição de ideias, teorias, conceitos sem


necessariamente tentar convencer o leitor.
Apresenta um tema a partir de recursos como
conceituação e definição. O objetivo do texto
expositivo é explicar um fato, um assunto, um
tema.
Exemplo
A Televisão - A origem

A televisão se tornou o meio de comunicação que melhor transmite a


informação. A história da televisão é fruto da curiosidade e muito trabalho de
cientistas, físicos e matemáticos, que sentiam a necessidade de transmitir imagens à
distância.
Em 1842, Alexander Bain descobriu as transmissões telegráficas das
imagens, hoje conhecida como fax. Em 1892, Julius Elster e Hans Getiel
inventaram a célula fotoelétrica e em 1906, Arbwehnelt desenvolveu um sistema de
televisão através de raios catódicos (empregava a exploração mecânica de espelhos
somada ao tubo de raios catódicos).
No entanto foi em 1920 que o inglês John Logie Baird realizou as
verdadeiras transmissões. Preparou-se durante seis anos, exibindo seus estudos para
a comunidade científica em Londres no Royal Institution e sendo logo contratado
pela BBC para transmissões experimentais. A primeira emissão oficial de televisão
aconteceu na Alemanha, em 1935, e em novembro do mesmo ano, na França. Em
1936, inaugurou o funcionamento regular da BBC, em Londres. Em 1939, nos
Estados Unidos, a NBC inicia suas transmissões. Neste mesmo ano acontece no
2. Texto dissertativo argumentativo

É a exposição, apresentação e defesa de uma ideia,


de um ponto de vista a ser analisado, discutido e
fundamentado através de argumentos, que buscam
reforçar, justificar a tese do texto. Nessa
modalidade, a intenção é persuadir o leitor,
convencê-lo de sua tese (ideia central) a partir de
coerente argumentação, exemplos, fatos.
O texto dissertativo argumentativo é
também expositivo
O texto dissertativo-argumentativo é baseado na defesa
de uma ideia por meio de argumentos e explicações, a
partir de um determinado tema ou assunto. Portanto, trata-
se de um texto opinativo cujo objetivo central reside na
formação de opinião do leitor, ou seja, caracteriza-se por
tentar convencer ou persuadir o interlocutor.
O texto é dissertativo expositivo pois propõe expor ideias
sobre determinado tema e também argumentativo, porque
utiliza de estratégias argumentativas para produzi-lo.
Estratégias que devem predominar no texto para que ele
seja caracterizado como dissertativo argumentativo.

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