George Nada acorda de uma sessão de hipnose e, após o término, ele começa a enxergar horrendas criaturas alienígenas disfarçadas de seres humanos, bem como as mensagens subliminares que elas transmitem através da mídia em geral.
Nada percebe que os invasores já estão controlando o planeta e decide se engajar numa luta de resistência, que é perseguido como subversivo
George Nada acorda de uma sessão de hipnose e, após o término, ele começa a enxergar horrendas criaturas alienígenas disfarçadas de seres humanos, bem como as mensagens subliminares que elas transmitem através da mídia em geral.
Nada percebe que os invasores já estão controlando o planeta e decide se engajar numa luta de resistência, que é perseguido como subversivo
Direitos autorais:
Attribution Non-Commercial No-Derivs (BY-NC-ND)
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George Nada acorda de uma sessão de hipnose e, após o término, ele começa a enxergar horrendas criaturas alienígenas disfarçadas de seres humanos, bem como as mensagens subliminares que elas transmitem através da mídia em geral.
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No final da exibio o hipnotizador disse aos seus subordinados, Acordem. Alo inusitado aconteceu. !m dos subordinados acordou completamente. "sso nunca tinha acontecido antes. #eu nome era $eore Nada e ele piscou para o mar de ente no anfiteatro, a princ%pio sem notar &ual&uer coisa fora do comum. 'nto ele notou, pontos a&ui e ali na multido, rostos no(humanos, os rostos dos )ascinadores. 'les tinham estado l* durante todo o tempo, claro, mas somente $eore esta+a realmente acordado, portanto somente $eore os reconheceu pelo &ue eles eram. 'le compreendeu tudo em um instante, incluindo o fato de &ue se ele esti+esse a dar &ual&uer sinal aparente, os )ascinadores instantaneamente lhe ordenariam retornar ao seu estado anterior, e ele obedeceria. 'le deixou o anfiteatro, trespassando para fora na noite iluminada, e+itando cuidadosamente &ual&uer indicao de &ue ele +iu a carne +erde e reptliana ou os m,ltiplos olhos amarelos dos o+ernantes da -erra. !m deles peruntou(lhe, -em foo, amio. $eore deu o es&ueiro, ento saiu andando. Nas pausas ao lono da rua, $eore +iu os an,ncios suspensos com fotorafias dos m,ltiplos olhos dos )ascinadores e +*rios comandos impressos sobre eles, tais como -rabalhe oito horas, oze oito horas, durma oito horas e /ase e Reproduza. !m aparelho de -0 na +itrine de uma lo1a atraiu a ateno de $eore, mas ele des+iou o olhar em cima da hora. 'n&uanto ele no olha+a o )ascinador na tela, ele poderia resistir o comando, Permanea sintonizado neste canal. $eore +i+ia sozinho em um pe&ueno &uarto de dormir, e assim &ue ele cheou em casa, a primeira coisa &ue ele fez foi desconectar o aparelho de -0. 'mbora em outros &uartos ele pudesse ou+ir os aparelhos de -0 dos +izinhos dele. Na maior parte do tempo as +ozes eram humanas, mas de +ez em &uando ele ou+ia os crocitos de p*ssaros arroantes e estranhos dos alien%enas. 2bedea o o+erno, disse um crocito. N3s somos o o+erno, disse outro. N3s somos seus amios. 0oc4 faria &ual&uer coisa por um amio, no faria. 2bedea5 -rabalhe5 6e repente, o telefone tocou. $eore atendeu. 'ra um dos )ascinadores. Al7, ele rasniu. A&ui 8 a sua super+iso, /hefe de Pol%cia Robinson. 0oc4 8 um homem +elho, $eore Nada. Amanh de manh, 9s oito horas da manh, o seu corao +ai parar. Por fa+or, repita. 'u sou um homem +elho, disse $eore. Amanh de manh, 9s oito horas da manh, o meu corao +ai parar. A super+iso desliou. No, no +ai, sussurrou $eore. 'le se peruntou por &ue eles o &ueriam morto. 'les suspeitaram de &ue ele esta+a acordado. Pro+a+elmente. Alu8m poderia ter lhe detectado, notado &ue ele no respondia do modo &ue os outros respondiam. #e $eore esti+er +i+o no minuto ap3s 9s oito de amanh de manh, ento eles estariam certos. No adianta esperar a&ui pelo fim, ele pensou. 'le saiu de no+o. 2s an,ncios, a -0, os comandos ocasionais dos alien%enas transit3rios no pareciam ter poder absoluto sobre ele, embora ele ainda se sentia fortemente tentado a obedecer, para +er as coisas do modo &ue o seu dominador &uisesse &ue ele os +isse. 'le passou por um beco e parou. !m dos alien%enas esta+a sozinho ali, inclinado contra a parede. $eore se aproximou dele. 0ai andando, runhiu a coisa focando seus olhos mortais em $eore. $eore sentiu +acilar o seu dom%nio sobre a consci4ncia. Por um momento, a cabea do reptiliano se desfez na face de um simp*tico b4bado +elho. /laro, o b4bado seria simp*tico. $eore peou um bloco e o botou em pedaos na cabea do b4bado +elho com toda a sua fora. Por um momento, a imaem se ofuscou, ento o sanue +erde azulado escoou do rosto e o laarto caiu, se contraindo e contorcendo. 6epois de um momento ele esta+a morto. $eore arrastou o corpo para as sombras e o examinou. :a+ia um r*dio muito pe&ueno em seu bolso e uma faca e um arfo curiosamente moldados no outro. 2 r*dio min,sculo disse alo em uma l%nua incompreens%+el. $eore o p7s ao lado do corpo, mas uardou os utens%lios de comer. -al+ez, eu no consio fuir, pensou $eore. Por &ue lutar contra eles. /ontudo, tal+ez ele conseuisse. ' se ele conseuisse acordar os outros. "sso poderia +aler a pena tentar. 'le caminhou +inte &uarteir;es at8 o apartamento de sua namorada, <il, e bateu na porta dela. 'la +eio at8 a porta em seu roupo de banho. 'u &uero &ue +oc4 acorde, disse ele. 'u estou acordada, ela disse. 0amos, entre. 'le entrou. A -0 esta+a liada. 'le desliou(a. No, ele disse. =uero dizer, acorde de +erdade. 'la olhou para ele sem compreenso, ento ele estalou seus dedos e ritou, Acorde5 2s dominadores ordenam &ue +oc4 acorde5 0oc4 est* com um parafuso a menos, $eore. ela peruntou suspeitosamente. /om certeza +oc4 est* aindo de forma enraada. 'le deu um tapa no rosto dela. 6eixa disso5, ela exclamou, =ue diabos +oc4 est* &uerendo fazer. Nada, disse $eore, frustrado. 'u s3 esta+a brincando. 6ar tapa em meu rosto no foi apenas brincar5, ela bradou. :ou+e uma batida na porta. $eore a abriu. 'ra um dos alien%enas. 0oc4 no pode diminuir o barulho e discutir em sil4ncio., ele disse. 2s olhos e a carne reptiliana des+aneceu um pouco e $eore +iu a imaem oscilante de um homem ordo de meia idade de camisa. 'ra ainda um homem &uando $eore cortou( lhe a aranta com a faca de comer, mas era um alien%ena antes dele atinir o cho. 'le o arrastou at8 o apartamento e chutou a porta fechada. 2 &ue +oc4 l*., ele peruntou para <il, apontando para a coisa de cobra de muitos olhos no cho. #enhor... senhor /oney, ela murmurou, seus olhos arrealados de terror. 0oc4... acabou de mat*(lo, como se no fosse nada. No rite, a+isou $eore, aproximando(se dela. 'u no +ou, $eore. 'u 1uro &ue no +ou. #3 &ue por fa+or, pelo amor de 6eus, abaixe essa faca. 'la recuou at8 &ue ela ti+esse suas omoplatas pressionadas 9 parede. $eore percebeu &ue isso era in,til. 'u +ou te amarrar, disse $eore. Primeiramente, conte(me em &ual &uarto o senhor /oney +i+ia. A primeira porta 9 sua es&uerda como indo em direo 9s escadas, ela disse. $eorie... $eorie. No me torture. #e +oc4 +ai me matar, faa de modo honesto. Por fa+or $eorie, por fa+or. 'le amarrou(a com len3is e a amordaou, ento examinou o corpo do )ascinador. :a+ia um outro dos pe&uenos r*dios &ue fala+a uma l%nua estraneira, outro con1unto de utens%lios de comer e nada mais. $eore foi para a pr3xima porta. =uando ele bateu na porta, uma da&uelas coisas(cobra respondeu, =uem est* a%.. Amio do senhor /oney. 'u &uero +4(lo, disse $eore. 'le saiu por um instante, mas ele estar* de +olta. A porta abriu uma fresta e &uatro olhos amarelos espiaram. 0oc4 &uer entrar e esperar. /erto, disse $eore, sem olhar nos olhos. 0oc4 est* sozinho a%., ele respondeu conforme fecha+a a porta, de costas para $eore. #im, por &u4. 'le cortou(lhe a aranta por detr*s, ento examinou o apartamento. 'ncontrou ossos e cr>nios humanos, uma metade de uma mo comida. 'ncontrou tan&ues com enormes lesmas ordas flutuando neles. 2s filhos, ele pensou, e matou todas eles. :a+ia armas tamb8m, de um tipo &ue ele nunca tinha +isto antes. 'le descarreou uma por acidente, mas felizmente era silencioso. Parecia atirar pe&uenos dardos en+enenados. 'le embolsou a arma assim como muitas das caixas de dardos ele &ue p7de e retornou para a casa de <il. =uando ela o +iu, se contorceu em pa+or desamparado. Relaxa, docinho, ele disse, abrindo a bolsa dela. 'u s3 &uero pear emprestado as cha+es do seu carro. 'le peou as cha+es e saiu escada abaixo para a rua. 2 carro dela ainda esta+a estacionado na mesma *rea usual em &ue ela sempre estaciona+a. 'le reconheceu pelo chanfro no para(lama direito. 'le entrou, liou e comeou a diriir sem rumo. 'le diriiu por horas, pensando ? desesperadamente buscando por aluma sa%da. 'le liou o r*dio do carro para +er se poderia ou+ir aluma m,sica, mas no ha+ia nada seno not%cias e era tudo sobre ele, $eore Nada, o man%aco homicida. 2 locutor era um dos dominadores, mas ele parecia um pouco assustado. Por &ue ele de+eria estar. 2 &ue um homem poderia fazer. $eore no esta+a surpreso &uando +iu o blo&ueio na estrada, e desliou o r*dio em uma rua lateral antes dele chear no blo&ueio. Nenhum passeio pelo pa%s para ti, 1o+em $eorie, ele pensou 9 si. 'les 1* tinham descobertos o &ue ele tinha feito l* atr*s na casa de <il, ento eles pro+a+elmente estariam procurando pelo carro dela. 'le o estacionou em um beco e peou o metr7. No ha+ia alien%enas no metr7, por aluma razo. -al+ez eles fossem bons demais para tal coisa, ou tal+ez fosse apenas por&ue era muito tarde da noite. =uando um finalmente entrou, $eore saiu. 'le subiu para a rua e entrou em um bar. !m dos )ascinadores esta+a na -0 falando e falando no+amente, N3s somos seu amios. N3s somos seus amios. N3s somos seus amios. 2 laarto est,pido parecia assustado. Por &u4. 2 &ue um homem poderia fazer contra todos eles. $eore pediu uma cer+e1a, ento, de repente, ele deu por si de &ue o )ascinador na -0 no parecia mais ter &ual&uer poder sobre ele. 'le olhou no+amente para ele e pensou, 'le tem &ue acreditar &ue pode me controlar a fazer isso. A menor insinuao de medo nesta parte e o poder de hipnotizar est* perdido. 'les mostraram rapidamente a foto de $eore na tela da -0 e $eore se refuio para a cabine telef7nica. 'le liou para a sua super+iso, o /hefe de Pol%cia. Al7, Robinson., ele peruntou. @ ele. A&ui 8 $eore Nada. 'u descobri como acordar as pessoas. 2 &ue. $eore, espere. 2nde +oc4 est*. Robinson soa+a &uase hist8rico. 'le desliou, paou e deixou o bar. 'les pro+a+elmente iriam rastrear sua liao. Peou outro metr7 e foi para o centro da cidade. 'ra de madruada &uando ele entrou no edif%cio &ue abria+a os maiores est,dios de -0 da cidade. 'le consultou o diretor do edif%cio e ento subiu no ele+ador. A pol%cia em frente do est,dio o reconheceu. 2ra, +oc4 8 Nada5, ele arfou. $eore no dese1a+a atirar nele com a arma de dardo +enenoso, mas ele tinha &ue atirar. 'le te+e &ue matar +*rios outros antes &ue ele entrasse no pr3prio est,dio, incluindo todos os enenheiros de planto. :a+ia muitas sirenes de pol%cia do lado de fora, ritos aitados, e marcha de passos nas escadas. 2 alien%ena esta+a sentado diante da c>mera de -0 e dizendo, N3s somos seus amios. N3s somos seus amios, e no +iu $eore entrar. =uando $eore atirou nele com a arma de aulha, ele simplesmente parou no meio da frase e sentou(se ali, morto. $eore cheou perto dele e disse, imitando o crocito alien%ena, Acordem. Acordem. 0e1am(nos como n3s somos e matem(nos5 'ra a +oz de $eore &ue a cidade ou+ia na&uela manh, mas era a imaem do )ascinador, e a cidade acordou pela primeir%ssima +ez e a uerra se iniciou. $eore no +i+eu para +er a +it3ria &ue finalmente cheou. 'le morreu de um ata&ue de corao exatamente 9s oito horas. )"A Traduzido por Rodrigo Viana. Ray Nelson escritor americano de fico cientfica e cartunista. Ele se tornou muito conhecido pelo seu conto "Oito horas da manh" (Eight O'loc! in the "orning# $ue inspirou o filme "Eles %i%em" (&hey 'i%e#( dirigido por )ohn arpenter.