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1945
1952/1956
1956
1957/1960
1959
1960
1961
1962
Grava, para a CBS, O LP "0 Bem do Amor", produzido por Evandro Ribeiro.
Abandona o curso normal ao terminar o segundo ano.
1964
1965
8 de abril: Estréia no Teatro Paramount, SP, o show Elis, Jair e Jongo Trio,
produzido por Walter Silva. O show apresenta~se ainda nos dias 9 e 12 e é gravado ao
vivo. O disco, "Dois na Bossa", faz um grande sucesso e Elis e Jair são contratados
pela TV Record para fazer um programa semanal de música brasileira. Frase de Elis na
época: "Você sabe lá, o que é, com vinte anos, sair pra rua e ser reconhecida? Você
fica louca, se achando Deus".
10 de abril: Recebe o prêmio Roquete Pinto como a melhor cantora de 1964,
na TV Record. 19 de maio: Estréia na TV Record o programa semanal O Fino da
Bossa, comandado por Elis, com a presença constante de Jair Rodrigues. Pelo
programa passam os maiores nomes da música brasileira, dos mais antigos aos mais
novos. O Fino da Bossa passa a ser gravado às segundas-feiras no Teatro Record, SP,
transmitido às quartas-feiras para São Paulo e nos outros dias da semana para o resto
do país. Direção: Manoel Carlos, Raul Duarte, Tuta Machado de Carvalho e Nilton
Travesso. É lançado o disco "Samba eu canto assim", primeiro LP individual de Elis
para a Companhia Brasileira de Discos, CBD, selo Philips.
1966
Janeiro: Elis vai para a Europa e fica até o início de março. Faz shows em
Lisboa e Luanda com Jair Rodrigues e o Zimbo Trio.
1967
Junho: No dia 19, a TV Record resolve tirar o Fino do ar. Depois de perder
pontos no Ibope, o programa passa a ser dirigido por Mieli e Bôscoli: é o Fino 67.
Mesmo assim, o programa não se recupera, e a direçio da Record resolve engloba-lo
em uma série chamada Frente Única - Noite da MPB, gravada às segundas-feiras no
Teatro Paramount, SP, produzida por Solano Ribeiro. A cada segunda, apresentadores
diferentes: Geraldo Vandré, Chico e Nara, Gilberto Gil, Elis e Jair.
3 de julho: Estréia a série Frente Única - Noite da MPB. Primeiro programa:
Elis, sob a direção de Mieli e Bôscoli. A série dura nove programas, três deles
apresentados por Elis. Nessa ocasiío Elis participa, ao lado de Gilberto Gil e Edu Lobo,
de uma passeata em defesa das raízes da MPB, contra a invasão da música
estrangeira. A manifestação passa para a história, como a "passeata contra as
guitarras".
Dezembro: dia 5: Elis Regina casa-se, no civil, com Ronaldo Bôscoli. Ela tem
vinte e dois anos, e ele, trinta e oito. dia 7: Cerimônia religiosa do casamento na
Capelinha Mairvnll:, Floresta da Tijuca, RJ, onde mal cabe o véu de dez metros da
noiva. Frase de Ronaldo na época: "Não sou rico, mas estou bem. Ela ganha quinze
milhões (velhos) por mês e eu, dois e meio. O trivial da casa será mantido por mim. O
luxo, por ela". O casal passa a morar na Avenida Niemeyer, São Conrado, RJ.
1968
1969
Maio: Elis sai da TV Record. 4 de maio: Vai para Londres, onde, nos dias 6 e
8, grava um LP com o maestro inglês Peter Knight. Volta ao Brasil no dia 13.
1 de julho: Estréia no Rio de Janeiro o show Elis com Mieli & Bôscoli, no
Teatro da Praia, que ela arrenda. Banda: Roberto Menescal (guitarra), Wilson das
Neves (bateria), José Roberto (contrabaixo), Hermes (percussão) e Jurandir (piano).
Agosto: Em entrevista a Clarice Lispector, Elis afirma: "O palco está tão ligado à minha
maneira de ser, à minha evolução, aos meus traumas, que eu acho que me separar do
palco é a mesma coisa que castrar um garanhão" Elis lança, com Pelé, um compacto
com duas composições dele: Vexamão e Perdão não tem.
2 de novembro: O show Elis com Mieli & Bôscoli estréia em São Paulo, no
Teatro Maria Della Costa. Elis está grávida. No 5o. e último Festival de Música Popular
Brasileira, TV Record, é proibido o uso da guitarra elétrica. Elis não participa. Vence
Paulinho da Viola com Sinal fechado. Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque e
Edu Lobo saem do Brasil. Caetano e Gil para Londres, Chico para Roma, e Edu Lobo
para Los Angeles.
1970
1971
1972
1o. de março: Estréia no Teatro da Praia, RJ, o show É Elis, direção de Mieli
e Bôscoli. Banda: César Camargo Mariano (piano), Luisão (contrabaixo), Luís Cláudio
(guitarra), Ronaldo (tumbadora) e Paulinho Braga (bateria). Nesse show Elis lança
algumas músicas de compositores novos: Sueli Costa, Vitor Martins, Fagner e João
Bosco e Aldir Blanc. 11 de maio: Depois de várias separações e reconciliações, Elis e
Ronaldo Bôscoli se desquitam. O juiz determina que Elis nada tem a receber de
Ronaldo. Este teria que dar uma pensão de três salários mínimos para João Marcelo,
que fica sob a guarda da mãe. Junho: Sai do ar o programa Elis Especial, depois de
quase um ano em cartaz. Elis rescinde seu contrato com a TV Globo, alegando falta de
condições para trabalhar com o ex-marido. Setembro: Elis canta nas Olimpíadas do
Exército, no ano do Sesquicentenário da Independência. Outubro: Elis estréia no
Mônaco Music Haíl, SP, com César Mariano e uma banda de onze músicos. LP "Elis",
pela CBD-Phonogram/Philips. Músicas marcantes: Águas de março> de Tom Jobim,
Atrás da porta> 1de Francis Hime e Chico Buarque, Nada será como antes e Cais,
ambas de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos. Arranjos e teclados: César Camargo
Mariano. A música Diálogo, de Baden Powell e Paulo César Pinheiro, vence o Festival
Internacional da Canção, promovido pela TV Globo, já completamente esvaziado pela
ausência de outros grandes nomes da música brasileira. Em segundo lugar, Fio
Maravilha, de Jorge Ben. É o sétimo e último FIC.
1973
1974
Fevereiro.. Para comemorar seus dez anos de carreira, Elis vai para Los
Angeles gravar um disco com Tom Jobim. Com Elis vão César Mariano (teclados),
Hélio Delmiro (guitarra e violão), Luisão (baixo), Paulinho Braga (bateria). Lá, junta-se
ao conjunto o compositor, arranjador e violonista Oscar Castro Neves, além de uma
orquestra de cordas regida pelo maestro Bili Hitcbcock. Tom Jobim participa do disco
fazendo arranjos, tocando piano e violão e cantando em algumas faixas. César Mariano
também participa com arranjos e piano. O disco é gravado nos estúdios da MGM em
Los Angeles, entre os dias 22 de fevereiro e 9 de março. Antes de encontrar~se com
Tom, Elis declara: "Tom me assusta um pouco. Mas é importante demais conviver com
esse monstro sagrado da nossa música, e a responsabilidade de gravar a seu lado
balança um pouco qualquer pessoa". Depois de encontrar-se com ele: "Foi
maravilhoso, e Tom é divino. Nunca vi pessoa mais simples e encantadora" (Folha de
5. Paulo, 17/4/74). Elis e César Mariano mudam-se para São Paulo e passam a morar
na Rua Califórnia, no bairro do Brooklin. 2 de maio: Estréia no Teatro Maria DeIla
Costa, SP, o recital Elis, com direção musical de César Mariano. Banda: Luisão (baixo),
Hélio Delmiro (guitarra e violão), Paulinho Braga (bateria), Chico Batera (percussão),
além do próprio César (piano), mais a participação de cinco músicos do naipe de
cordas da Orquestra Sinfônica Jovem de São Paulo. No programa do show, Elis
escreve: "Já não é tão simples reunir a intenção pura ao ato de cantar. Já não é tão
fácil mostrar novas músicas, quando existem dificuldades para encontrá4as. A voz e o
modo mudam tudo". Julho: Elis participa do show de inauguração do Teatro
Bandeirantes, SP, ao lado de Chico Buarque, Maria Bethania, Tim Maia e Rita Lee.
Canta Conversando no bar, de Milton Nascimento e Fernando Brant, Travessia, de
Milton, O mestre-sala dos mares) de João Bosco e Aldir Blanc, Só tinha de ser com
você, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, Triste, de Tom Jobim, e Pois é de Jobim e
Chico Buarque, esta com a participação de Chico. Logo após o show Elis parte para
mais um Circuito Universitário. Desta vez o organizador é Roberto de Oliveira, e as
apresentações são em Porto Alegre, Caxias do Sul, Curitiba, interior do Paraná e
interior de São Paulo. É lançado o disco gravado com Tom Jobim em Los Angeles. 3 e
4 de outubro: Elis e Tom se apresentam no Teatro Bandeirantes, SP, em show dividido
em três partes: a primeira por conta de Elis, a segunda com Tom, e, na terceira,
cantam juntos. Acompanhamento do Quinteto de César Mariano e de orquestra dirigida
pelo maestro Leo Peracchi. Arranjos de César Mariano, Tom Jobim e do maestro
Perachi. Há nove anos Tom não se apresentava em São Paulo, desde o show O
remédio é bossa, produzido por Walter Silva no Teatro Paramount em 1965.
Novembro: Sai o disco anual pela CBD-Phonogram/Philips, "Elis". Destaques: Dois pra
lá, dois pra cá, de João Bosco e Aldir Blanc, e Conversando no bar, de Milton
Nascimento e Fernando Brant. 20 a 23 de novembro: Elis faz recitais no Teatro da
Universidade Católica, Tuca, SP. Banda: César Mariano (teclados), Natan Marques
(guitarra e violao), Luisão (baixo), Francisco José de Souza (percussão) e Antônio
Pinheiro Filho (bateria).
1975
No início do ano é criada a Trama, empresa de Elis e mais três sócios - entre
eles o mano Rogério e o marido César - que passaria a produzir espetáculos musicais.
O primeiro espetáculo produzido é Te pego pela palavra, com Marlene. 18 de abril:
Nasce Pedro, na maternidade do Hospital São Luís, SP Segundo filho de Elis, primeiro
com César Mariano. Elis: "Agora tenho dois primogênitos em casa". Setembro: Elis,
César, Natan (guitarra), Crispim (guitarra e teclados), Wilson (baixo) e Nenê (bateria)
começam a ensaiar o show Falso brilhante. Elis e os músicos querem fazer algo mais
do que cantar e tocar. Para isso, fazem aulas de expressão corporal com José Carlos
Viola, laboratórios com o psiquiatra Roberto Freire e exercícios de sensibilização teatral
com Minam Muniz, a diretora do espetáculo. Contam ainda com a participação de dois
atores: Lígia de Paula e Janjão. Cenários: Naum Alves de Souza. Figurinos: Lu Martin.
Direção musical: César Mariano. Produção: Trama. A um mês da estréia, o grupo
Passa a ensaiar num porão da prefeitura, ao lado de um banheiro público, debaixo do
Viaduto do Chá, em pleno centro de São Paulo. 17 de dezembro: Falso brilhante
estréia no Teatro Bandeirantes, SP. Um sucesso estrondoso do início ao fim da
temporada de catorze meses. Uma média de mil e quinhenta5 pessoas por dia. O
espetáculo nunca viajou.
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
Janeiro: Elis começa a ouvir fitas para escolher o repertório de seu próximo
disco, o primeiro para a gravadora Som Livre. 5 de janeiro: Dá sua última entrevista. É
para o programa Jogo da Verdade, da Televisão Cultura de São Paulo -RTC.
Participam do programa, como entrevistadores, Salomão Esper, Zuza Homem de Melio
e Maurício Kubrusly. 19 de janeiro, terça-/eira: 11h45 - Morte, em São Paulo, por
intoxicação exógena aguda. O corpo de Elis é levado para o Teatro Bandeirantes, onde
é velado até o dia seguinte. Elis veste a camiseta que não pôde ser usada no show
Saudade do Brasil, dois anos antes: a bandeira brasileira, com seu nome no lugar de
"Ordem e Progresso". O Teatro Bandeirantes fica cheio durante a noite e a madrugada.
Vários artistas no velório: Rita Lee, Roberto de Carvalho, Raul Seixas, Jair Rodrigues,
Ronald Golias, Martinha, Lélia Abramo, Ronaldo Bôscoli, Luiz Carlos Mieli, César
Mariano, Henfil, Tônia Carrero, Hebe Camargo, Ángela Maria, Fafá de Belém. Gilberto
Gil, nos Estados Unidos, manda uma coroa de flores: "Sua voz será de todas as
canções, sua alma de todos os corações". A morte é manchete em jornais: "Perdemos
nossa melhor cantora" - Jornal da Tarde- SP - 20/1 "Suspeita de suicídio na morte de
Elis Regina" -O Estado - SC - 20/1 "Causa da morte de Elis só vai ser confirmada
amanhã" - Jornal do Brasil - RJ - 20/1 "Brasil chora morte de Elis" - A Notícia - Joinville
- SC - 20/1 "Coração mata Elis" - O Estado do Paraná - 20/1 "Elis" - Folha da Tarde -
RS - 20/1 "O Brasil sem Elis Regina" - Folha de S. Paulo - 20/1 Algumas agências de
propaganda fazem circular mensagens a respeito de Elis em todos os jornais: "Choram
Marias e Clarices. . . Chora a nossa pátria mãe gentil. Em busca de um sol maior, Elis
Regina embarcou num brilhante trem azul, deixando conosco a eternidade de seu
canto pelas coisas e pela gente de nossa terra. E uma imensa saudade." (Lage
Propaganda - SP) "A verdade não rima, a verdade não rima, a verdade não rima. . ."
(Visão Publicidade - PR - tirada da letra da música Onze fitas, de Fátima Guedes.)
"Nada será como antes. Elis Regina Carvalho Costa" (Signo Comunicação - RJ) 20 de
janeiro: O Departamento de Trânsito de São Paulo cria um esquema especial para o
cortejo, do Teatro Bandeirantes ao cemitério do Morumbi. A pé, de carro ou moto,
milhares de pessoas acompanham o carro do Corpo de Bombeiros que leva o caixão.
Elis é sepultada por volta de uma hora da tarde no túmulo 2199, quadra 7, setor 5 do
cemitério do Morumbi. 21 de janeiro: O delegado do 4.o Distrito Policial de São Paulo,
Geraldo Branco de Camargo, divulga os resultados da autópsia e dos exames
toxicológicos realizados em Elís. O laudo número 415/82 do Laboratório de Toxicologia
do Instituto Médico-Legal revela "resultado positivo para cocaína e álcool etílico, este
na quantidade de um grama e seiscentos miligramas de álcool etílico por litro de
sangue; a quantidade de álcool etílico encontrada em nível sanguíneo revelou estar a
vítima sob estado de embriaguez, e a presença de cocaína caracterizou o estado
tóxico, que em somatória pode responder pelo evento letal". 22 de janeiro: A TV Cultura
e a TV Globo apresentam especiais com Elis Regina. O da TV Cultura é a
reapresentação de um programa feito em 1972, onde Elis fala de sua carreira e canta
por duas horas. Direção de Fernando Faro. O da Globo é uma colagem das várias
fases da carreira de Elis. A Sudwestsunk, emissora de televisão alemã, com sede em
Baden Baden, apresenta um especial de quarenta e cinco minutos com teipes de Elis
gravados quando ela esteve na Alemanha. 26 de janeiro: Missas de sétimo dia são
rezadas em São Paulo, Rio de Janeiro e em várias cidades do Brasil. Em São Paulo, a
missa é às dezoito horas na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Na igreja,
mais de mil pessoas. entre elas Rita Lee, César Mariano, Samuel MacDowell, Walter
Silva, Teotônio Vilela, Audálio Dantas, Lula, Cauby Peixoto, Hebe Camargo, Henfil,
Renato Consorte, Lélia Abramo. Os textos litúrgicos são lidos por Rita Lee e Rogério,
irmão de Elis. No Rio a missa é celebrada na Igreja Nossa Senhora da Paz, em
Ipanema, com as presenças de Gal Costa, Nana Caymmi, Fafá de Belém, Zezé Motta,
Betty Faria, Herminio Belio de Carvalho, entre outros. 29 de janeiro: Divulgado o
resultado dos exames realizados pelo Laboratório de Toxicologia do Instituto Médico-
Legal, que determinam a quantidade de cocaína que teria sido ingerida por Elis antes
de morrer: "Exame complementar n.0 00415 - Exame toxicológico - Resultado: A
análise quantitativa de cocaína efetuada em fígado e urina forneceram os seguintes
resultados: Urina: 23 mg/100 ml (23 miligramas de cocaína por 100 mililitros de urina).
Fígado: 2,4 mg/l00 g de tecido (2,4 miligramas de cocaína por cem gramas de fígado).
Observações: As dosagens acima foram efetuadas em cromatografia liquidogás,
utilizando-se padrão de cocaína extrapura cristalizada de procedência alemã (Merck)".
O laudo é assinado por Maria E. M. da Costa Amaral, Vera Elisa Reihardt, Maria Isahel
Garcia e Evilin Mansur. 30 de janeiro: No show Festa do interior no Maracanázinho, RJ,
Gal Costa dedica a música Força estranha, de Caetano Veloso, a Elis, "uma estrela
que luz eternamente". Essa homenagem seria repetida durante toda a temporada do
show pelo país. 7 de fevereiro: Mais uma homenagem, e monumental. No estádio do
Morumbi, SP, cem mil pessoas assistem ao show Canta Brasil, As atrações: Simone,
Fagner, Toquinho, Chico Buarque, Milton Nascimento, Baby Consuelo, Pepeu Gomes,
Gonzaguinha, Elba Ramalho, Paulinho da Viola, Djavan, Nara Leão, Clara Nunes e
João Bosco. Sobe um enorme painel com o rosto de Elis, e todos - artistas, público,
cem mil vozes - cantam O bêbado e a equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc. 16 de
fevereiro: O promotor Pedro Franco de Campos, da 1.a Vara Auxiliar do Júri, requer o
arquivamento do inquérito sobre a morte de Elis ao juiz Antônio Filiardi Luiz, alegando
"não haver crime a punir. Não houve o delito de induzimento, instigação ou auxílio ao
suicídio, mesmo porque não se pode falar com segurança em suicídio". 23 de
fevereiro: O juiz Antônio Filiardi Luiz manda arquivar o inquérito instaurado para apurar
a morte de Elis. 4 de março: Tem início o "Mês Músical Elis Regina", promovido pela
Prefeitura do Município de São Paulo em seus teatros de bairro. Participam do evento:
Adoniran Barbosa, Zimbo Trio, Tetê Espindola, Grupo D'Alma, Tom Zé, Premeditando o
Breque, Marlui Miranda, Belchior, Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho, Marina,
Grupo Rumo, Renato Teixeira. A promoção vai até o dia 28. No fim de março a WEA
põe no mercado o disco "Elis Regina - 13th Montreux Jazz Festival", com a gravação
da apresentação de Elis em julho de 1979.0 disco não foi lançado na época porque
tanto Elis como a gravadora não aprovaram a quahdade técnica da gravaçao.
Destaque no LP: O encontro de Elis com Hermeto Paschoal. 1.o de maio: É registrada
oficialmente a Associação Brasileira Elis em Movimento (ABEM), com sede em Sao
Paulo, criada com o objetivo de preservar a arte e a memória de Elis. 8 de maio: O
prefeito Tito Costa, de São Bernardo do Campo, SP, inaugura o Teatro Elis Regina na
Avenida João Firmino, 900, no bairro de Assunção. A gravadora Continental relança os
dois primeiros discos de Elis, gravados em 1961 e 1962. "Viva a Brotolãndia" e
"Poema" são relançados em álbum duplo sob o nome de "Nasce uma Estrela". Nesta
mesma época a Polygram/ Philips, gravadora de Elis por quinze anos, lança uma caixa
com quatro LP5 que abrangem o período de 1965/1978 de sua carreira. Agosto: A
ABEM lança o número zero do jornal Elis em Movimento, no qual são divulgados os
objetivos da associação. Lançamento do álbum duplo "Trem Azul", pela Som Livre,
com a gravação da última apresentação do espetáculo em São Paulo, no Palácio de
Convenções do Anhembi A gravação original fora feita em uma fita cassete normal,
mono, pelo irmão e técnico de som de Elis, Rogério Costa. A fita passou por uma série
de processos de purificação. O som do disco não é perfeito, mas a gravação guarda o
calor do show e nos dá a oportunidade de ouvir Elis cantando Flora, de Gilberto Gil, e
Eurídice, de Vinícius de Morais, músicas nunca antes gravadas por ela.
1983
1984
1985
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