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CLIMA

Introdução

Podemos analisar o impacto de variáveis climáticas como o tempo e a temperatura sobre


a saúde dos humanos e uma vez obtida a estimativa deste impacto é possível simular
modificações climáticas sobre o seu padrão de saúde.
Também é possível analisar como políticas de
melhorias nas infra-estruturas e estruturas urbanas
podem melhorar ou mitigar impactos negativos de
variações climáticas.
O sistema Terra é formado por quatro
subsistemas abertos e dinâmicos, que interagem
entre si: a geosfera (ou litosfera), a hidrosfera, a
atmosfera e a biosfera. Estes subsistemas,
intimamente relacionados uns com os outros, encontram-se em equilíbrio dinâmico.

A alteração do estado de equilíbrio de um dos subsistemas da Terra pode ter


repercussões nos restantes subsistemas. Uma vez que a Terra é um sistema fechado, o
desequilíbrio de qualquer um dos subsistemas é potencialmente perigoso. A actividade
humana, um componente da biosfera, constitui um grande factor de desequilíbrio que
interfere com todos os subsistemas terrestres. A exploração de recursos naturais pelo
homem como os combustíveis fósseis, por exemplo, afecta o equilíbrio da atmosfera (ex.:
poluição atmosférica pela libertação de quantidades elevadas de carbono), da hidrosfera
(ex.: poluição provocada pelos processo de tratamento, transporte e utilização dos
combustíveis fósseis), da geosfera (ex.: esgotamento das reservas de combustíveis
fósseis) e da própria biosfera (ex.: desaparecimento de espécies sensíveis à poluição).

Relação Natureza Homem segundo Carl Marx

A relação homem-natureza é uma das mais antigas problemáticas dentro da


filosofia.

Desde a Antiguidade o conceito de natureza apresentou uma variedade de


significações e irradiações, em várias direcções, ao redor da sua ideia primitiva.

Assim, a relação entre Natureza e Homem foi sendo formulada, representada e


problematizada no decorrer dos tempos. Porém, o que antes era uma relação teórica,
numa compreensão kantiana, passou a ser prática construída no e pelo trabalho (visão
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marxista). Assim, temos uma nova concepção entre as relações do Homem com a
Natureza. Decorrente disso, o que obtemos é uma dialéctica entre sujeito e objecto,
numa relação intensa a qual corresponde a uma objectivação e modificação das forças
naturais, tanto as que o homem encontra em si mesmo quanto as que ele vê ao seu redor.
Portanto, o trabalho adquire uma grande importância dentro do materialismo, pois possui
um valor de síntese e diferença. Assim, a relação sujeito-objecto, no pensamento
marxista, é composta por uma transformação.

Na visão marxista, os conceitos de natureza e homem aparecem interligados, a


natureza é um conceito-limite, algo como uma "interioridade absoluta", uma totalidade,
tudo o que existe é a natureza sob uma forma determinada.

A tese que Marx sustenta é a da predominância da Natureza sobre o espírito, ou


seja, a da anterioridade do mundo natural sobre o Homem. Desse modo, podemos
constactar que o homem é um produto tardio e contingente na história da natureza. O
que equivale a dizer que o próprio homem é um momento da natureza, a qual,
distinguindo-se de si mesma, torna-se activa e pensante no homem - momento
especulativo da relação sujeito-objecto.

Entretanto, a diferenciação do homem perante os animais faz-se a partir do


momento em que ele começa a produzir para viver. Porém, o ser humano não age apenas
em função das necessidades imediatas e nem se guia pelos instintos, como fazem os
animais. Os homens são capazes de antecipar os resultados das suas acções, sendo desse
modo, capazes de escolher os caminhos que irão seguir. As necessidades humanas são
diversas e tanto na produção da vida (no próprio trabalho), quanto na procriação
manifestam-se como uma dupla relação, de um lado natural e de outro social. É social
porque temos a cooperação de diversos indivíduos e, natural pois aí residem as condições
de se poder viver. Manifesta-se assim uma relação materialista dos homens entre eles,
condicionada pelas necessidades e pelo modo de produção, e que é tão velha como os
homens mesmo. Desse modo, atribui-se a diversidade das necessidades humanas não ao
desenvolvimento do processo de produção mas, à própria variedade das necessidades
humanas. A ligação dos conceitos Homem e Natureza terão como mediação o trabalho.
Esta tese é melhor explicada no texto "O Capital", de Marx, onde ele diz que "...antes de
tudo, o trabalho é um processo entre o Homem e a Natureza..."

A actividade do trabalho é o despertar das forças da Natureza com a intenção de


dominá-las. Na medida em que o homem se apropria das forças naturais pelo trabalho faz
com que a própria Natureza trabalhe com os interesses e necessidades humanas. O
trabalho humano é a actividade de dominar a Natureza e, nesse sentido, o mundo natural
é o momento da praxis humana. A relação que temos com a Natureza é social, pois
reflete as acções humanas. À medida que vai sendo dominada vai-se "desencantando",

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deixando para trás os seus "deuses". Desse modo, torna-se uma categoria histórico-
social.

Assim, o processo de trabalho é uma correlação de forças internas a própria


Natureza; na medida que o próprio Homem é um momento da Natureza. Portanto, a
realização da essência humana dá-se devido à mediação do trabalho universal concreto.

Para Marx, o homem tinha um corpo, uma dimensão concretamente "natural" e, por
isso, a Natureza humana modificava-se materialmente, na sua actividade física sobre o
mundo. Consequentemente, o ser humano ao actuar sobre o mundo natural exterior,
modificava, ao mesmo tempo, a sua própria Natureza. Com isso, Marx viu o lado negativo
do trabalho na alienação humana.

Com a emergência do Homem na Natureza, a relação da natureza consigo mesma


torna-se reflexiva, isto é, o mundo natural vê-se através dos "olhos" do homem. Esse
momento especulativo é constituído pela relação do Homem com a Natureza e pelo
trabalho (é o intercâmbio entre o Homem e a Natureza), onde obtemos uma dialéctica
sujeito e objecto.

A partir da dialéctica Homem-Natureza e da mediação feita pelo trabalho


teremos uma naturalização do Homem e uma humanização da Natureza. Na naturalização
do Homem teremos a plena objectivação de todas as potências humanas, isto é, haverá
uma elevação do homem em relação às melhores potências da Natureza. Já na
humanização da Natureza, o que irá ocorrer é a dominação da mesma pelo trabalho
humano. O trabalho é deste modo, agente da síntese e da diferença: o Homem apropria-
se da Natureza pelo trabalho e pelo trabalho se distancia dela.

Coloquialmente, quando se fala dos últimos milhões de anos, a era do gelo refere-
se ao mais recente período de extremo frio com extensos mantos de gelo sobre a
América do Norte e Eurásia: neste sentido, a era do gelo mais recente atingiu o seu
ponto alto durante o Último Máximo Glacial há cerca de 20 000 anos. No final da Era
Glacial surgiram as florestas tropicais, as equatoriais e as savanas. Logo, surgiu a raça
humana. De início, os povos eram caçadores-colectores ou pastores mudando-se para
encontrarem novas pastagens para o gado, quando se esgotavam aquelas em que estavam.
Os nómadas não se dedicam à agricultura e, frequentemente, ignoram fronteiras
nacionais na sua busca por melhores pastagens ou frutos.

A Pequena Idade do Gelo foi um período de arrefecimento que ocorreu na Era


Moderna. Os climatologistas não estão de acordo sobre as datas de início e fim deste
período. Alguns defendem que se teria iniciado no século XVI e terminado na primeira
metade do século XIX, enquanto que outros sugerem um período do século XIII ao
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século XVII. Teria sido nos anos 1650, 1770 e 1850 que ocorreram os mínimos de
temperatura, cada um separado por intervalos ligeiramente mais quentes.

Foi no século XVII, devido à Pequena Idade do Gelo, que os Vikings abandonaram a
Groenlândia, cuja vegetação passou de verdejante a tundra. A Finlândia perdeu então um
terço da sua população e a Islândia metade. Na Inglaterra, o Tamisa gelou (pela primeira
vez em 1607, pela última em 1814). No Inverno de 1780, a zona fluvial de Nova Iorque
gelou e podia-se ir a pé da ilha de Manhattan à de Staten Island, tendo sido bloqueadas
as ligações comerciais por via marítima.

Alguns investigadores acreditam que o aquecimento actual do planeta corresponde


a um período de recuperação após a Pequena Idade do Gelo e que a actividade humana
não é um factor decisivo para a actual tendência de aumento da temperatura global. No
entanto, esta tese é combatida pela maioria da comunidade científica e pelos
ambientalistas em razão da grande proporção da elevação da temperatura nas recentes
décadas após a Revolução Industrial.

Durante o Paleolítico e parte do Neolítico, o nomadismo foi uma prática comum


entre os primeiros grupos humanos. Com as mudanças climáticas e o desenvolvimento das
primeiras técnicas agrícolas, o nomadismo cedeu espaço para o aparecimento de
comunidades sedentárias originárias das primeiras civilizações da Antiguidade. É nesse
momento de mudança que se julga que as comunidades sedentárias são “mais evoluídas” e,
portanto, melhores que as nómadas.

É nesta fase da história que se dá a 1ª divisão social do trabalho. Há um grupo de


homens que não resiste aos seus instintos naturais e decide perseguir a caça para Norte
enquanto os que permanecem a Sul desenvolvem a agricultura e as artes. Nos primeiros
agrupamentos sociais e humanos pode dizer-se que já havia uma divisão natural do
trabalho, o homem caçava que era uma arte que exigia maior esforço físico, a mulher
colectava.

Com o desenvolvimento da agricultura e pastorícia implementa-se uma nova divisão


social do trabalho, são precisas ferramentas, tem inicio a extracção mineira, fundem-se
os metais, aumenta a produtividade do trabalho, em consequência aumenta a produção,
aparecem os primeiros excedentes, tem início a 2ª divisão social do trabalho, as trocas
comerciais que dão origem aos comerciantes, é necessário cuidar de pessoas e animais,
aparecem os artesãos, tem origem as grandes cidades e civilizações orientais que
perduram até á revolução industrial.

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O sedentarismo tornou-se possível com novas técnicas agrícolas e pecuárias. O
desenvolvimento do sedentarismo aumenta a agregação populacional e levou à formação
de vilas, cidades e outras formas de comunidades. Hoje em dia, a divisão do trabalho é
extremamente complexa. Por exemplo, podemos ver nas empresas a existência de
engenheiros, arquitectos, funcionários administrativos, etc. No âmbito das relações
internacionais, a divisão trabalho ocorre da seguinte forma: as nações ditas
desenvolvidas produzem bens de capital, tecnologia sofisticada e de ponta e fornece-as
para as outras nações ditas subdesenvolvidas. Estas, por sua vez, especializam-se na
produção de matérias-primas.

A evolução da divisão do trabalho: exemplos.

Primeiros agrupamentos sociais O homem caçava e a mulher colectava


humanos
Agricultura e Pastoreio

Cidades do Oriente Artesanato e comércio

Revolução industrial Grande parcelamento das funções.

Até à Revolução Industrial a maior parte da população activa encontrava-se a trabalhar “


no sector primário agricultura, apicultura, pescas, silvicultura, pecuária, sendo que a sua
maioria laborava na agricultura. Depois da Revolução Industrial deu-se o exsudo dos
meios rurais e parte da população activa passou para o sector secundário. Nos nossos
dias grande parte da população activa encontra-se no sector secundário existe ainda
outro sector, chamado terciário, também conhecido como sector de serviços que ó o que
mais pessoas contrata no nosso pais ao qual eu também pertenço.

Embora possa parecer que o exsudo da agricultura provocou um deficit da


produção tal não aconteceu, o Homem recorreu à mecanização e aos fertilizantes, à
agricultura extensiva desenvolveu estufas e transformou geneticamente plantas,
desenvolveu os transportes marítimos com a construção de grandes canais (Panamá,
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Sues) desenvolveu grandes armazéns frigoríficos que permitem o armazenamento e
conservação de produtos.

Com a industrialização da agricultura começaram os problemas com a saúde


alimentar, foram introduzidos químicos até então desconhecidos o que provocou o
aparecimento de novas doenças, esqueceu-se a agricultura biológica e os ensinamentos
ancestrais, na minha infância recordo-me de se fazerem as sementeiras baseadas em
estrumes produzidos por animais ou compostagem eu lavrava a terra com juntas de bois
ou vacas e até com cavalos, colhia-se consoante as estações, tinha um apiário que não
precisava de produtos químicos e hoje não se consegue produzir sem eles.

As novas tecnologias são úteis retiraram ao Homem aqueles esforços enormes que
fazia para cultivar as terras aumentaram a produção criando excedentes permitindo
deste modo alimentar as pessoas do sector secundário e terciário e até exportar, as
modificações genéticas tanto em plantas como animais já são uma realidade e fazem com
que se produza cada vez mais com menos esforço. Mas estes avanços tecnológicos vieram
trazer novas estirpes tornando a humanidade cada vez mais vulnerável e para os quais e
necessário arranjar solução.

Para alem do exsudo da agricultura, deu-se também o exsudo da emigração ao qual


me parece que nenhuma terra em Portugal ficou indiferente e nos quais eu me incluo, as
pessoas procuraram novas e melhores vidas noutras paragens, desenvolveram-se mais e
melhores tecnologias, que acompanhadas de massivas campanhas publicitárias nos
aprendemos a manejar como se estivéssemos a fazer um grande favor a nos próprios
esquecendo-nos que hoje estamos a ser nos as próprias vítimas dessas tecnologias por
nos criadas catapultando para o flagelo do desemprego cada vez mais gente, seja ela
especializada ou; não hoje, ninguém está impune a esse fenómeno social.

O ser humano dispersa uma infinidade de espécies pela superfície do planeta;


plantas, animais domésticos, etc. Em zoológicos, parques, jardins domésticos, criações e
plantações, espécies que nunca teriam saído por conta própria das suas origens só o
fizeram pela acção da "mão" do Homem.

A maioria dos antigos povos nómadas tornara-se sedentária com a descoberta da


agricultura. No entanto, ainda hoje subsistem sociedades nómadas, como algumas tribos
de tuaregues do Sahara.

O nomadismo é um modo de vida das populações que praticam a actividade


recolectora e, por isso, têm necessidade de se descolarem permanentemente para
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procurarem e recolherem os alimentos, não se fixando por muito tempo num determinado
local. Esta era a forma de vida seguida pelo Paleolítico cujos recursos alimentares eram
obtidos através da caça, da pesca e da recolha de vegetais directamente da natureza o
que, juntamente com as modificações sazonais do clima o impedia de se fixar
permanentemente num mesmo local.

Na história da espécie humana, as divisões sociais tornaram-se mais sofisticadas


com o advento da agricultura e o surgimento da civilização. Alguns outros animais sociais
também exibem uma divisão do trabalho. A divisão do trabalho é uma característica
fundamental das sociedades humanas, devido ao facto de que os seres humanos diferem
uns dos outros quanto às suas habilidades inatas ou adquiridas. No desenvolvimento das
suas comunidades, os indivíduos percebem que podem satisfazer melhor as suas
necessidades ao especializarem-se, associando-se e realizando trocas, em vez de
produzir, cada um de maneira local, aquilo que precisa de consumir. A partir do domínio
do fogo e da utilização das primeiras ferramentas, as sociedades paleolíticas tornaram-se
mais preparadas para vencer o frio e a fome. Sem o desenvolvimento de ferramentas e o
uso do fogo o homem não poderia competir com os outros animais, o desenvolvimento da
inteligência que começa neste período é o grande trunfo, até hoje, do homem sobre os
outros seres vivos.

Uma formação social ou sociedade é solicitada, em cada momento, a produzir os


bens necessários à sua sobrevivência imediata. Porém, a sua continuidade exige também que
sejam garantidas as possibilidades futuras da produção. Cada formação social deve
assegurar-se de que as gerações vindouras poderão continuar a produzir, garantindo,
assim, a sua reprodução.

Conclusão:

Como tivemos oportunidade de ver, a sedentarização deu-se numa divisão de grupos


sociais enquanto a mais “evoluída” abandonou o nomadismo, sedentarizando-se,
dedicando-se à agricultura, começou a divisão das terras, criaram-se os feudos, os
reguengos, aparecem duas classes sociais, os dominados e os dominadores, aquilo a
que mais tarde se vira a chamar nobreza e povo, a nobreza é detentora das terras
enquanto o povo vende a sua força de trabalho para sobreviver. Prospera na
pastorícia, extracção e fundição de metais, pescas, comércio e mesteirais, criando
centros urbanos, portos, alquimia, estudos e outras artes que se perpetuaram com
o desenvolvimento adequado até aos nossos dias. Resumindo: com o
desenvolvimento da agricultura aparecem os primeiros excedentes, desenvolvem-
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se as artes, novas classes sociais, os primeiros capitalistas ou burgueses e a
sociedade começa a dividir-se, começa o desenvolvimento comercial aquém e além-
mar, inicia-se o capitalismo comercial tendo nós portugueses sido pioneiros do seu
desenvolvimento, são necessárias novas matérias-primas, fáceis, rápidas
exploram-se outros povos, a natureza não é poupada, o homem não olha a meios
para “engordar” a sua conta bancária, começa por pequenas extracções mineiras,
hoje está a milhares de metros de profundidade, abandona a sementeira em baixio
e começa a utilizar produtos químicos, destrói a natureza e o meio ambiente e em
consequência a si próprio a este facto não está alheia a comunicação social e ONG
´S que têm vindo desde há muito a alertar para o não cumprimento da pegada
ecológica, pondo em causa as gerações futuras. O capitalismo comercial e
industrial conduziu-nos a um beco sem saída ao não ter em linha de conta os
agentes de socialização.

De salientar que outras tribos permaneceram fiéis às suas origens, perseguindo a


caça, fazendo-se deslocar sazonalmente consoante as manadas, vivendo um pouco ao
sabor da natureza, mas cedo compreenderam que este não era um modo de vida com
futuro devido à evolução dos seus descendentes. Colocados no dilema continuação ou
perpetuação da sua espécie optaram pela sedentarização que não ocorreu pacificamente.

Para o efeito recorreram da sua astúcia e ferocidade desalojando e matando


pessoas como se de animais se tratassem, utilizaram as técnicas de fundição de metais
para adorno transformando-as em verdadeiros arsenais de guerra, onde outrora havia
casas de lazer e cultura este homem transformou-as em verdadeiros baluartes
intransponíveis onde aprisionava quem se lhes opunha, arquitectou a sua própria cultura
desprezando a de outros, é disto exemplo a biblioteca da Alexandria “ se os livros são
prejudiciais ao homem a biblioteca deve ser queimada, se não são prejudiciais deve ser
queimada porque podem vir a ser”. Ou seja: preso por ter cão e preso por não ter.

Este homem que nunca soube impor a sua cultura, nunca se quis aculturar, sempre
fez da espada a sua lei, este homem egocêntrico e bárbaro moderno, subjugou tudo e
todos, utilizou todos os meios ao seu dispor aos quais os cultos nunca se opõem pela
violência, mas esta bárbaro destruiu todas as culturas e civilizações, Gregas, Egípcias,
Andinas. África ou Asiáticas.

Enfim: todas até a si. Este homem errante que ontem se dissociou de outras tribos
que devido à sua cultura se distanciaram dele e se sedentarizaram criando melhores
condições de trabalho, higiene, saúde, educação, transporte e lazer, hoje é o grande
vencedor, quer ontem quer hoje ou amanhã sempre soube utilizar as tecnologias de
outros para seu proveito próprio, edificando em vez de escolas ou hospitais, arsenais
bélicos com vista à dominação de outros impondo-lhes pela força das armas as suas
ideias quer eles aceitem ou não, são disto exemplo a conquista e destruição de Creta
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entre 2800 e 1000 a.C. esta civilização minóica desenvolveu-se, na época entre as mais
avançadas culturas europeias. As ruínas do Palácio de Knossos, da época minóica, formam
um dos mais importantes sítios arqueológicos da Grécia. Em 1210, Creta foi ocupada
pelos venezianos e, em 1668, pelos turcos.

E como a humanidade começa a estar saturada de armas devido à sua compreensão


legada pelos primeiros povos do paleolítico, este homem descendente dos antigos
caçadores utiliza a mesma arma como que fazia para domesticar animais: a fome, aquela
que dobra tudo e todos.

Nós povos parece-nos que nas nossas veias ainda corre um pouco desse sangue,
pois não faltam povos que pela força daquilo com que outrora se caçavam os animais, hoje
nos queiram dominar impondo o seu querer. Não faltam exemplos e cada dia mais, o
homem moderno, caçador é assim. Resta à humanidade impor-lhe o contrário, talvez um
dia.

Coimbra, 6 de Março de 2009.

José António da Costa Silva

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