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FACULDADE DE LETRAS
PORTO
2007
I
SUMÁRIO
Pág.
Abreviaturas................................................................................................................................................ III
Lista de Quadros.........................................................................................................................................IV
Lista de Figuras ...........................................................................................................................................V
Introdução .................................................................................................................................................... 1
Capítulo I: A colecção: contextos de produção, aquisição e utilização ........................................................ 7
1.1. As políticas do ensino industrial em Portugal no século XIX e o seu reflexo no Porto ...................... 7
1.1.1. O primeiro sistema público de ensino industrial .......................................................................... 7
1.1.2. As primeiras reformas do ensino público industrial ..................................................................... 8
1.1.3. A componente comercial do ensino industrial ............................................................................. 9
1.1.4. O instituto Industrial do Porto: oito décadas de espaços físicos emprestados ........................10
1.2. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto: conteúdos
programáticos e gabinetes ..................................................................................................................... 11
1.3. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto: fornecedores de
material didáctico ................................................................................................................................... 14
Capítulo II: Enquadramento cientifico da colecção: a arte das minas e metalurgia ................................... 17
2.1. Breve história da metalurgia e da sua aplicabilidade ...................................................................... 17
2.2. A situação da indústria mineira e metalúrgica portuguesa no século XIX ....................................... 20
2.3. O percurso do minério no século XIX: da exploração à preparação mecânica ............................... 22
2.4. A extracção do metal no século XIX................................................................................................ 24
2.4.1. A produção de ferro coado ........................................................................................................ 25
2.4.2. A produção de ferro macio ........................................................................................................ 27
2.4.3. A produção de aço..................................................................................................................... 28
2.4.4. A produção de zinco .................................................................................................................. 30
2.4.5. A produção de mercúrio ............................................................................................................ 31
2.4.6. A produção de prata .................................................................................................................. 33
2.4.7. Outros fornos............................................................................................................................. 34
Conclusão .................................................................................................................................................. 36
Glossário.................................................................................................................................................... 40
Anexos.......................................................................................................................................................
Anexos 44
Anexo 1 - Requisição de material para o Gabinete de Arte de Minas e Metalurgia (1886) ................... 45
Anexo 2 - Documento de aquisição: Requisição de material para o Instituto (1886) ............................ 48
Anexo 3 - Material adquirido para o Gabinete de Arte de Minas e Metalurgia (1887-88)...................... 52
Anexo 4 - Programa da 12ª cadeira (Ano lectivo 1920-21) ................................................................... 54
Anexo 5 - Programa para a 12ª cadeira (1927)..................................................................................... 61
Anexo 6 - Carta do director do Instituto para a Repartição do Comércio e Industria a requisitar
fundos para proceder ao pagamento da encomenda feita a Theodor Gersdorf .....................................67
Anexo 7 - Carta de Theodor Gersdorf ....................................................................................................69
Anexo 8 - Despacho Alfandegário da encomenda .................................................................................71
Anexo 9 - Inventário Geral do Instituto (1938)........................................................................................73
Anexo 10 - Normas para o preenchimento das fichas de inventário do núcleo de metalurgia ...............76
Anexo 11 - Fichas de inventário do núcleo de metalurgia......................................................................87
Bibliografia .............................................................................................................................................. 151
III
ABREVIATURAS
LISTA DE QUADROS
Pág.
Quadro 1 – Aplicabilidade do modelo adoptado ao estudo da colecção de metalurgia ............. 5
Quadro 2 – Aplicabilidade Quantidade de aparelhos e máquinas de extracção de metais
existentes em Portugal em 1890 ............................................................................. 22
Quadro 3 – Quadro síntese de outras tipologias de fornos ........................................................ 35
V
LISTA DE FIGURAS
Pág.
Figura 1 – Na sessão de homenagem ao Prof. João Augusto Ribeiro./ 15 Fev.º 1929 (título de autor) . 14
Figura 2 – Pormenor de um modelo de aparelhagem de poço de mina.................................... 23
Figura 3 – Modelo de revestimento de poço de mina ................................................................ 23
Figura 4 – Modelo de bocardo metálico californiano ................................................................. 24
Figura 5 – Modelo de ventilador ................................................................................................. 24
Figura 6 – Modelo de cilindro de lavagem de minérios.............................................................. 24
Figura 7 – Modelo de crivo vibratório ......................................................................................... 24
Figura 8 – Reconstituição gráfica de um alto-forno simples ...................................................... 25
Figura 9 – Reconstituição gráfica de um alto-forno Pilz de Freiberg ......................................... 25
Figura 10 – Modelo de alto-forno simples existente no MPL (MPL586OBJ) ............................. 26
Figura 11 – Modelo de alto-forno Pilz existente no MPL (MPL465OBJ).................................... 26
Figura 12 – Modelo de alto-forno com captação de gases existente no MPL (MPL571OBJ) ... 27
Figura 13 – Reconstituição gráfica de um forno de pudlar ........................................................ 28
Figura 14 – Modelo de forno de pudlar existente no MPL (MPL573OBJ) ................................. 28
Figura 15 – Reconstituição gráfica de um forno de pudlar com laboratório móvel.................... 28
Figura 16 – Modelo de forno de pudlar com laboratório móvel existente no MPL
(MPL577OBJ) ......................................................................................................... 28
Figura 17 – Reconstituição gráfica de um forno Martin-Siemens .............................................. 29
Figura 18 – Modelo de forno Martin-Siemens existente no MPL (MPL569OBJ) ....................... 29
Figura 19 – Reconstituição gráfica de um conversor Bessemer................................................ 30
Figura 20 – Modelo de Conversor Bessemer existente no MPL (MPL457OBJ)........................ 30
Figura 21 – Modelo de Conversor Bessemer existente no MPL (MPL457OBJ)........................ 30
Figura 22 – Reconstituição gráfica de um forno belga para zinco ............................................ 31
Figura 23 – Reconstituição gráfica dos tubos refractários de um forno belga para zinco ......... 31
Figura 24 – Modelo de forno belga para zinco existente no MPL (MPL579OBJ)...................... 31
Figura 25 – Modelo de forno belga para zinco existente no MPL (MPL579OBJ): pormenor dos
tubos refractários ....................................................................................................... 31
Figura 26 – Reconstituição gráfica de um forno de cuba para mercúrio ................................... 32
Figura 27 – Modelo de forno de cuba para mercúrio existente no MPL (MPL567OBJ) ............ 32
Figura 28 – Modelo de forno de mercúrio com aparelhos de refrigeração existente no MPL
(MPL570OBJ) ............................................................................................................ 33
Figura 29 – Reconstituição gráfica de um forno de copelação alemão ..................................... 34
Figura 30 – Modelo de forno de copelação alemão existente no MPL (MPL568OBJ) .............. 34
Figura 31 – Reconstituição gráfica de um forno de copelação inglês ....................................... 34
Figura 32 – Modelo de forno de copelação inglês existente no MPL (MPL575OBJ) ................ 34
1
INTRODUÇÃO
1 in SILVA, Armando Coelho Ferreira da e SEMEDO, Alice (coordenação) - Colecções de ciências físicas e tecnológicas em museus universitários:
Homenagem a Fernando Bragança Gil. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto – Secção de Museologia do Departamento de
Ciências e Técnicas do Património, 2005. pág.249
2
O modelo de Elliot (1986) propõe também que, pondo de lado todos os conhecimentos
pré-adquiridos, se faça um estudo partindo do objecto em si mesmo. Em primeiro lugar deve-se
registar todos os dados observáveis no objecto, no que diz respeito ao material, construção,
função, proveniência e valor. De seguida, através da comparação com objectos similares,
toma-se nota dos dados comparáveis e, finalmente, através da análise de outras fontes de
documentação, retiram-se dados suplementares para o estudo. Deste modo, podem-se tirar
conclusões acertadas ou, caso não sejam, formular hipóteses que justifiquem o facto de serem
contraditórias. O modelo de Eliott não se revela, no seu todo, às colecções de carácter
científico, até porque estas necessitam de uma investigação prévia acerca dos princípios
encerrados nos objectos. Com este modelo, Eliott limita o trabalho do investigador ao que vê,
sem conhecimentos obtidos anteriormente.
Pearce (1986) assume que as colecções são constituídas por artefactos, ou seja, objectos
realizados pelo homem através da aplicação de processos tecnológicos. Enquanto artefactos
possuem intrinsecamente informação de carácter único acerca da sua natureza, diversidade e
propriedades, características que, no seu conjunto, nos permitem criar e percepcionar o seu
papel e importância sociais. Pearce propõe que se pergunte ao artefacto «O que é?», «Como
foi feito?», «Quando, onde, por quem e porquê foi construído?». A resposta a estas questões
permitir-nos-á organizar a informação acerca do artefacto em quatro grandes áreas
relacionadas com o material, a história, o seu contexto de criação e, partindo da análise destes
três aspectos, interpretar o que representa, como demonstra ser um artefacto do seu tempo,
como pode ser visto enquanto prática social de uma época... É esta informação que, depois de
retirada, tratada e organizada, serve como base de trabalho da colecção e permite dá-la a
conhecer em todas as suas dimensões. Este modelo apresenta-se tal como o de Eliott mais
adequado a colecções de cultura material.
Bat
Batchelor (1986) apresenta o estudo de colecções em seis fases: a primeira é a invenção, ou
seja, a evolução de ideias e descobertas que deram origem ao objecto; a segunda é a
caracterização do material de fabrico; a terceira, a definição da manufactura, a sua técnica de
fabrico e quem a fabricou; a quarta trata do estudo do marketing, o custo do objecto e o
mercado onde se encontrava e era distribuído; a quinta caracteriza a arte, o design, estilo e
história do objecto; por último, a sexta fase, trata a função utilitária e a sua aplicação. Este
modelo considera que as características são dependentes umas das outras, isto é, se uma
muda, altera as outras e por isso têm de ser estudadas como um todo. O objecto é como é e
teve determinada evolução para ter e por ter uma determinada função, numa determinada
época, para a qual contribuíram ideias, invenções, materiais, construtores, regras e
concorrências comerciais, estilos artísticos, etc. No final, o estudo do objecto deve conseguir
colocá-lo no seu espaço adequado na exposição e não dar-lhe relevo em relação aos outros,
porque ele não existe por si só, mas porque está inserido num contexto, tem uma determinada
função no mesmo e contribui para a sua existência com aquelas características. No entanto,
Batchelor peca por provocar um desligamento de uma etapa para a seguinte, não havendo
consequências cumulativas para chegar a uma conclusão geral.
4
ORGANIZAÇÃO INTERPRETAÇÃO
2 Este ponto não foi muito desenvolvido por não se ter conseguido informação suficiente. Tinha como objectivo especificar a utilização de fornos
representados na colecção em território português ou a participação de alunos na condução dos mesmos. Os dados são inexistentes ou escassos.
Esta investigação continua em desenvolvimento.
6
CAPÍTULO I
A colecção: contextos de produção, aquisição e utilização
1.1. As políticas do ensino industrial em Portugal no século XIX e o seu reflexo no Porto
1.1.1.
1.1.1. O primeiro sistema público de ensino industrial
A segunda metade do século XIX viria a ser o período de ascensão do liberalismo português,
pela força da ideia de progresso. Portugal era nesta época um país com uma estrutura
predominantemente rural e de serviços e, cada vez mais, se sentia a necessidade de evoluir a
nível industrial para que fosse de encontro ao progresso que outros países vinham registando.
8
Foi Fontes Pereira de Melo, ministro das Obras Públicas, do Comércio e da Indústria, quem
lançou o primeiro sistema público de ensino industrial (3), assente na ideia de educação para o
desenvolvimento, onde a Escola Industrial do Porto foi uma das duas primeiras a tentar
responder às necessidades emergentes que vinham sendo colocadas pelos intelectuais mais
esclarecidos: (…) a instrução artística, industrial, mecânica. Ora esta creio eu que ignoram
todos, ou quase todos, os que ali [na Associação Industrial Portuense] se erigiram em mestres.
Estes mestres na sua maior parte são lentes da Politécnica aonde funcionam há anos. Não me
consta porém que desta academia tenha saído nem um só discípulo, capaz de dirigir qualquer
estabelecimento industrial (…) (4)
As políticas do ensino industrial em Portugal durante o século XIX foram moldadas nas que
se iam adoptando no resto da Europa, numa tentativa de seguir as mesmas vias de
desenvolvimento. No entanto, os recursos revelaram-se sempre demasiado escassos. De
todos os países da Europa vinham exemplos de ensino industrial bem sucedidos, mas Fontes
Pereira de Melo optou pela criação de um ensino suportado financeiramente e orientado pelo
Estado, à semelhança do que se fazia na Alemanha, França e Espanha. Além disso, deu
preferência à execução menos dispendiosa e mais rápida: o ensino não era realizado em
escolas especiais para cada ofício, mas sim numa só, onde através de um conjunto de
disciplinas e mediante a combinação destas se encontrassem planos de estudo adequados a
cada arte e ofício.
Aquando da criação da Escola Industrial do Porto, os níveis de ensino eram três: elementar,
secundário e complementar. No entanto, o ensino cedo se revelou como algo que não passava
da formação base aos operários já existentes, apostando-se essencialmente nas áreas do
desenho, geometria, química, física e mecânica, disciplinas consideradas essenciais a todas as
artes e officios (5), no que diz respeito ao ensino teórico e nas oficinas de forja, fundição,
serralharia, modelação e manipulações químicas no ensino prático.
1.1.
1.1.2.
1.2. As primeiras reformas do ensino público industrial
Em 1864, sob a égide do Ministro Conselheiro João Crisóstomo de Abreu e Sousa, efectuou-
se uma ampla reforma e expansão do ensino industrial (6). Pretendia-se que o ensino passasse
a ter dois níveis: o geral (comum a todas as artes e ofícios e profissões industriais) e o especial
(apropriado a cada arte ou ofício). Verificava-se que era necessário difundir a formação por
várias áreas no país e procurou-se tornar o ensino profissional acessível a um maior número
dos que se dedicavam aos trabalhos industriais. Reorganizou-se, por isso, o ensino industrial
na Escola Industrial do Porto e no Instituto Industrial de Lisboa e difundiu-se o ensino
elementar industrial por diversas escolas industriais criadas em diversos pontos do país.
No entanto, mais uma vez, os meios económicos revelavam-se insuficientes para criar cursos
técnicos e profissionais de nível superior, como os do Conservatório de Artes e Ofícios de
Paris, e a organização teve de ser adequada às necessidades e circunstâncias do país.
Como consequência, e apesar dos esforços, estas escolas elementares não puderam ser
concretizadas, mantendo-se o ensino industrial circunscrito às cidades do Porto e Lisboa. Este
passa a estar dividido em duas partes: a primeira, incluía formação geral comum a todas as
artes, ofícios e profissões industriais, integrando duas componentes – o ensino teórico,
ministrado na Escola, e o ensino prático, ministrado nas oficinas do Estado ou, sob acordo, em
fábricas particulares –; a segunda incluía o ensino especializado de certas artes e ofícios, e
também de diversos serviços públicos tais como obras públicas, minas e telégrafos. No âmbito
desta reforma a Escola Industrial passa a Instituto Industrial do Porto, formando mestres,
condutores e directores de fábrica.
Em 1869, uma nova reforma (7) mantém os dois graus de ensino, mas vem diminuir as
despesas com o ensino: reduz-se o número de professores auxiliares, aceita-se a exploração
da oficina de instrumentos de precisão de Lisboa e reduz-se as verbas para os museus
tecnológicos e laboratórios. Esta compressão de despesas mantém-se durante cerca de um
década, mas com a criação de mais cadeiras e de novos cursos, reduz-se.
Em 1881, durante a visita ao Porto do rei D. Luís, o então Ministro do Reino, Tomás Ribeiro,
e o Ministro das Obras Públicas, Rodrigues de Freitas, propõem a fusão das duas escolas de
topo do ensino industrial - a Academia Polytéchnica do Porto e o Instituto Industrial do Porto -
numa só denominada Instituto Polytéchnico do Porto. O Conselho Escolar do Instituto,
considerando que tal projecto era contrário ao seu percurso histórico recusa o projecto de
fusão com a Academia Polytéchnica, dando desse modo corpo a uma cultura institucional que
perdura até hoje: ensinar, não só o saber conhecer, mas também, o saber fazer (8).
Anos mais tarde, em 1883 (9), o Governo considera de extrema relevância a criação de
museus industriais e comerciais junto aos institutos, como complemento dos conhecimentos
obtidos. Regressa-se assim, ao ensino contemplativo e imitativo do início do século.
No ano seguinte (10), criam-se várias escolas de desenho industrial pelo país e o regulamento
dos museus é aprovado, instituindo-se duas exposições de carácter permanente no país.
A Escola Industrial do Porto foi ocupar em 1854 algumas salas da Associação Industrial
Portuense, onde funcionaram os primeiros cursos. Nesse mesmo ano, passou para o edifício
da antiga Assembleia Portuense, sito no Largo da Trindade, continuando, no entanto, a utilizar
o laboratório de química da Associação Industrial Portuense.
Após algumas obras efectuadas no edifício onde estava instalada a Academia Politécnica, o
já Instituto Industrial do Porto transferiu-se para o Edifício da Graça, onde permaneceria
durante cerca de oito décadas. Ao longo dos tempos, os diversos directores do Instituto
tentaram que lhes fosse cedido um espaço para instalar o Instituto, mas viram sempre os seus
desejos frustrados.
Quando o Instituto já não podia ampliar mais o Edifício da Graça e quando as colecções e os
alunos se amontoavam, foi decidido alugar algumas salas do antigo Convento das Carmelitas.
No entanto, em 1890 já se tornara insuficiente e previa-se uma expulsão do espaço para ali se
instalar o novo mercado municipal.
No final do século, as aulas eram mesmo consideradas impróprias para o ensino, não havia
um único gabinete ou laboratório instalado convenientemente, algumas cadeiras não podiam
ser leccionadas, o material de ensino de bastante valor encontrava-se acumulado em cantos,
sótãos e afins, a biblioteca chegou a servir como secretaria e sala dos professores… era
urgente um edifício novo, amplo, apropriado e completo.
A década de 30 do século XX é marcada pela instalação do Instituto num edifício próprio,
situado na Rua do Breyner, onde permaneceu até 1968, altura em que, já Instituto Superior de
Engenharia do Porto, se muda definitivamente para o local actual na rua de S. Tomé.
A arte de minas não é mais que o conjunto de processos e operações acessórias que se
realizam para explorar os jazigos minerais, ou seja, as minas, enquanto que a metalurgia é o
processo de extrair os metais dos minérios que o Homem vai buscar ao seio da Terra e adaptá-
los às necessidades da indústria.
O estudo da arte de minas e da metalurgia sempre teve importância, porque sempre foi visto
como meio de medida do grau de progresso de um povo. No século XIX, época em que
localizamos temporalmente a colecção em estudo, Portugal encontrava-se singularmente
atrazado sob este ponto de vista, pois a metalurgia nacional se reduz[ia] a uma ou outra
fundição de chumbo e estanho e ao preparo de cobre bruto, por via húmida (SEGURADO,
[s.d.]): o cobre bruto era enviado para o estrangeiro para fundir e purificar, a falta de
combustíveis fósseis apropriados não contribuía para a instalação de altos-fornos para o
fabrico de ferro e aço e o teor de ferro nos minérios era fraco.
Tal como todas as outras matérias, o ensino da arte de minas e metalurgia foi sofrendo
diversas alterações que acompanharam as diferentes politicas decretadas pelo Governo e o
progresso que se foi registando ao longo dos tempos nesta área.
Esta área só integrou o plano de estudos com a reforma de 1864 (14), com a denominação de
7ª cadeira - Arte de minas, docimasia e metallurgia, leccionada pelo professor António Ferreira
Girão desde 1867 e substituído por Manoel Rodrigues de Miranda Júnior em 1880. Não
existem documentos que descrevam o conteúdo programático da disciplina.
Nesta época, quando o ensino industrial se torna mais especializado, começa também a ser
promovida a existência de locais de ensino auxiliar, onde estivessem reunidos exemplares de
machinas mais perfeitas, modelos industriaes de differente ordem, collecções de matérias
primas (15) entre outros objectos e informações que contribuíssem para a instrucção e apurar o
bom gosto das classes industriaes (16).. Os museus e os gabinetes são um exemplo disso.
Através de correspondência (17), sabe-se que em 1867 já existia um Gabinete de
Mineralogia, mesmo sem nunca ter sido criado por decreto governamental. Mas é em 1869 que
esta área ganha relevo no Porto ao ser decretado que o curso de condutores de minas e de
mestres mineiros passará a ser unicamente leccionado nesta cidade.
De 1867 a 1883, o objectivo das aquisições feitas para este gabinete era apenas o de
conseguir uma considerável colecção de minerais, minérios, rochas e fósseis. A partir de 1883,
o número de aquisições e de ofertas aumenta consideravelmente e, para além dos exemplares
de mineralogia, passa-se a dar atenção à necessidade de incorporar modelos didácticos de
metalurgia na colecção.
Em 1891, foi decretada nova reorganização do ensino (23) e nova modificação nestas
cadeiras: a 15ª cadeira passa a ser a 7ª dividida em a) mineralogia e petrografia geral e
industrial e b) geologia geral e industria, leccionada por José Diogo Araújo (sendo este
substituído em 1894 por Roberto Frias, por desempenhar cargo de deputado nas Cortes); a 16ª
passa a ser a 12ª dividida em a) metalurgia e artes de minas (1ª parte) e b) arte de minas (2ª
parte) e legislação mineira. Não existem registos de conteúdos programáticos, mas sabe-se
que a 7ª cadeira é comum a todos os cursos, enquanto que a 12ª apenas é leccionada no
curso de Mecânica Industrial, ramo metalurgia.
Com esta mudança surgem também novos meios de ensino: para além do laboratório
devidamente instalado, os docentes redigem manuais em português e de acordo com os
conteúdos programáticos, facilitando o ensino e a aprendizagem.
Com a reforma de 1919, todas estas subdivisões são novamente reunidas numa só
disciplina, como demonstram o Regulamento do Instituto Industrial do Porto (25) datado desse
ano e os primeiros programas que chegaram aos nossos dias, os do ano lectivo 1920-21 (26) e
os de 1927 (27). Passou a ser denominada de 12ª cadeira e era dividida em 2 partes: 1ª parte -
Arte de minas e Jazigos e 2ª parte - Metalurgia.
A 1ª parte compreendia essencialmente a classificação, a génese, os elementos geométricos
e os acidentes dos jazigos, principalmente dos portugueses. Além disso, dava especial atenção
às pesquisas, sondagens, avaliação, projectos e relatórios de missões mineiras (28), o que
revelava a componente prática da disciplina. Na 2ª parte, o percurso dos minérios, desde a
abertura de poços, à extracção, passando pela preparação mecânica, análise dos produtos
siderúrgicos e dos fornos até aos projectos de metalurgia e siderurgia. Estas cadeiras eram
apenas leccionadas no curso especializado de minas e no de indústrias químicas.
A componente prática era muito difícil de colocar em acção visto que em Portugal, a indústria
metalúrgica estava pouco ou nada desenvolvida. Vejamos as observações do autor de um dos
manuais manuscritos que ainda hoje existem: Para os alunos fazerem uma ideia da produção
dos diversos materiais e da riqueza mineral do nosso país (…) tem sido quási nula a nossa
23 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 8 de Outubro de 1891
24 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, 1905
25 Direcção Geral do Ensino Industrial e Comercial do Ministério do Comércio e Comunicações - Regulamento do Instituto Industrial do Porto
aprovado por Decreto n.º 6:099, de 15 de Setembro de 1919
26 Anexo 4 – Programa da 12ª cadeira de 1920-21
27 Anexo 5 – Programa da cadeira de 1927
28 Ainda em fase de investigação estão os locais que podem ter sido alvo de visitas e missões
14
produção de minérios de ferro, apesar de possuirmos jazigos deste metal (…) em Bragança
(…) acresce ainda a circunstância de não termos jazigos de carvão próprio para a siderurgia.
(…) A produção portuguesa [de aço] é nula. (…) No nosso país trabalham as minas [de cobre]
do Vale do Vouga, Aljustrel e S. Domingos. Os minérios das últimas têm pouco cobre. (…) A
produção portuguesa de minérios de chumbo tem sido insignificante. (…) No nosso país há
muitos jazigos de estanho nas Beiras, Minho, Trás-os-Montes (…). (29)
Assim sendo, os alunos perante a impossibilidade de se deslocarem ao estrangeiro e das
poucas opções nacionais, tinham a oportunidade, através dos modelos à escala, de entrar em
contacto com as tecnologias existentes de um modo visualmente mais compreensível.
Fig. 1 - Na sessão de homenagem ao Prof. João Augusto Ribeiro./ 15 Fev.º 1929 (título de autor). Fotografia
pertencente ao espólio do Museu Parada Leitão (N.º Inventário MPL6249FOT)
Podem visualizar-se alguns dos modelos pertencentes à colecção de minas e metalurgia.
A Academia de Minas de Freiberg (Alemanha) foi criada em 1765, sendo por isso a
universidade mineira mais antiga do mundo e uma fonte de conhecimento e desenvolvimento
na área importantíssima. Aqui foram realizadas variadíssimas descobertas, por lá passaram
muitos professores de renome internacional e formaram-se alunos que vieram a tornar-se
elementos essenciais no ensino e inovação técnica e tecnológica da área.
Fruto disso, a Academia, tornou-se, desde a sua criação, o expoente máximo do saber ao
nível da engenharia metalúrgica e de minas e um exemplo a seguir pelos países que
pretendiam desenvolver universidades similares.
Sob a alçada da Academia de Freiberg (tal como aconteceu em Portugal por exemplo com a
Oficina de Instrumentos de Precisão de Lisboa) estavam diversas oficinas e laboratórios de
ensino auxiliar. Uma delas era a Modellwerkstatt der Königl Bergakademie zu Freiberg, ou seja,
a Oficina da Real Academia Mineira de Freiberg, que tinha como actividade principal construir
material didáctico, desmontável e à escala para utilização na universidade e fornecer outras em
todo o mundo.
Como só muito recentemente se iniciou a organização dessas colecções em Freiberg, as
informações que podem ser fornecidas são ainda escassas.
Sabe-se que entre 1874 até 1880 o responsável por esta oficina foi Schulmann, passando a
ser, entre 1880 e 1894, Theodor Gersdorf, e, finalmente de 1908 até 1920, Richard Braun,
compreendendo-se o porquê da autoria dos modelos didácticos nas diferentes épocas ser
assinada por eles. No entanto, até ao momento, não foi encontrado qualquer registo sobre a
vida e obra destes artificies (30).
Os modelos de minas e metalurgia encomendados pelo professor Miranda Júnior (31) em
1888 para o Instituto foram construídos por Theodor Gersdorf, como provam as placas
identificativas dos mesmos, a correspondência expedida e recebida do instituto nesta época e
a baliza temporal em que esteve responsável pela oficina. Não se sabe exactamente se
Gersdorf realizou a encomenda a título particular ou por pedido oficial à Academia. Não
existem registos em Freiberg que confirmem a encomenda, mas era comum que os
funcionários construíssem objectos a título particular mas colocassem as inscrições habituais
(32), como vêm provar a carta remetida assinada por ele (33) e o despacho alfandegário, que
informa que foi o próprio o destinatário da encomenda e não a Academia de Freiberg (34).
Os modelos ainda existentes em Freiberg não são exactamente iguais aos do Instituto, até
porque foram construídos na sua maioria por Schulmman e Braun. Até ao momento, apenas
foram encontrados na academia dois iguais construídos por Gersdorf. Modelos idênticos foram
exportados pelo menos para a Universidade de St. Petersburg (Rússia) e para a Universidade
de Kyushu (Japão), estes últimos construídos por Schulmman e Braun. Apesar dos pedidos
efectuados, não foi fornecida, até ao momento, qualquer tipo de informação por essas
instituições.
Um dos fornos deste núcleo foi fabricado por J. Schröder, empresa fundada em 1837 e
sedeada no Polytechnisches Arbeits-Institut em Darmstadt na Alemanha, mas não se conhece
o estatuto de J. Schröder nesta instituição de ensino. Através de catálogos sabe-se que a
empresa foi agraciada com vários prémios e medalhas em diversos certames e exposições
internacionais, o que demonstra a sua importância e mérito na época.
17
CAPÍTULO II.
II.
Enquadramento cientifico da colecção:
colecção: a arte das minas e metalurgia
O enorme progresso alcançado hoje em dia a nível tecnológico deve-se em grande parte à
evolução no domínio dos metais que se faz sentir desde os povos neolíticos.
Actualmente a nossa sociedade encontra-se extremamente dependente dos metais. Em
transportes, estruturas e ferramentas são usadas grandes quantidades de ferro fundido e aço.
Em quase todas as aplicações eléctricas é utilizado cobre. À nossa volta observa-se uma
crescente utilização de alumínio e de outros metais leves.
De modo a fazer-se uma distinção entre a era moderna e a era neolítica (Idade da Pedra), os
arqueólogos tiveram necessidade de classificar os estádios de desenvolvimento das
civilizações em Idade do Cobre, Idade do Bronze e Idade do Ferro. Os povos que melhor
dominavam as técnicas de processamento e extracção de metais, foram os que se
suplantaram e se destacaram dos outros, tanto a nível de melhores condições de vida, como
em vitórias nas batalhas, dando assim origem aos grandes impérios que existiram.
Calcula-se hoje, que o primeiro contacto com os metais se deu na era neolítica por volta de
6000 a 4000 anos AC com o uso de óxidos vermelhos (de ferro) em corantes para rituais e
práticas funerárias, em decoração e polimento, assim como os minerais azuis e verdes (de
cobre) na Mesopotâmia e no Egipto. Em Creta pequenas peças de azurite foram também
descobertas em algumas habitações. O ouro, a prata e o cobre foram os primeiros metais a
serem descobertos, dado que existiam no seu estado nativo. O ouro estava bem distribuído à
superfície da Terra e era muito resistente à corrosão, pelo que o seu brilho atraiu a atenção do
Homem Primitivo. Os ornamentos eram uma das múltiplas aplicações deste metal.
O cobre existia no solo em grande quantidade. Era facilmente martelado com o auxílio de
pedras, o que lhe causava um certo endurecimento, convertendo-se depois em utensílios. Os
trabalhos mais antigos do cobre datam de 6000 AC e foram descobertos no Médio Oriente
particularmente em redor de Ur. Foi neste local, cerca de 3500 AC, que em escavações
efectuadas se encontraram ornamentos e armas de metal fundido e vazado, isto é,
praticamente 2000 anos após ter sido encontrado o primeiro artigo em metal toscamente
martelado com pedras. Também foram encontrados trabalhos antigos no Egipto e na Índia.
Hoje pensa-se que, mais por acidente do que por intenção, foi produzida uma liga de cobre e
estanho, surgindo assim o bronze por volta de 3000 anos AC na Suméria. Esta liga era mais
dura e mais resistente que o cobre, era mais apta a ser vazada em moldes originando produtos
de melhor impressão.
Como a proporção de cobre e estanho era crítica (entre 1% e 10% de estanho) e os minérios
de estanho não eram tão abundantes e bem distribuídos como os de cobre, em certos lugares,
como no Egipto, a Idade do Cobre prolongou-se até mais tarde. Os Egípcios começaram tarde
18
forno e coberto de carvão vegetal, dando-se assim a absorção de carbono. Após algumas
horas de aquecimento do cadinho o metal era forjado até adquirir a forma de barras.
No período que se seguiu à queda do Império Romano, o mundo estagnou e deixou de ser
produtivo em termos metalúrgicos; apenas se verificou uma crescente produção de ferro. Os
alquimistas Árabes, na sua busca da "pedra filosofal" (que curaria todos os males e permitiria a
transmutação dos metais) fizeram descobertas que viriam a servir de base à ciência química,
bem como para o desenvolvimento de outros ramos da ciência.
A partir do ano 500 observa-se então uma indústria rejuvenescida. A Metalurgia definia-se,
assim, como a tecnologia de extracção de metais dos minérios e a sua adaptação ao uso
através da fundição e da forja. Estas técnicas eram função dos mestres artífices que eram
homens de prestígio e de importância vital na estrutura social, e o seu conhecimento, que
provinha de gerações anteriores, era transmitido aos seus melhores aprendizes. Porém, os
artífices não sabiam explicar porque é que a lâmina da espada quando aquecida até ao rubro e
em seguida arrefecida numa tina de água endurecia e quando permanecia toda a noite
colocada sobre as brasas da forja tornava-se macia e fácil de deformar.
A revolução científica do séc. XVII e a revolução industrial do séc. XVIII não se reflectiram de
imediato sobre a tecnologia metalúrgica. No entanto, as primeiras observações com carácter
científico das propriedades dos metais foram feitas por Jousse em 1627, e, por volta de 1722,
Réaumur tentou relacionar as propriedades do ferro fundido com a estrutura que observava
com o auxílio dum microscópio.
Só a partir do séc. XVIII é que a metalurgia é descrita como uma ciência do estudo dos
metais: ciência que estuda a estrutura, a composição, as características e as propriedades dos
metais. Passa a ter como objectivo não só fabricar produtos metalúrgicos como também as
suas causas e efeitos. Deste modo, à metalurgia extractiva já existente associou-se uma
metalurgia física, ciência dos materiais.
A partir de 1855 com o ferro tão bem implantado nos materiais de construção, um novo
metal, o alumínio, torna-se importante no desenvolvimento industrial da civilização. O alumínio,
metal de baixa densidade, dúctil, estável e facilmente fundido não era fácil de produzir
(envolvia muita energia). Preparava-se segundo a sequência bauxite alumina, alumínio
metalúrgico, e foi nesta altura que se começou a aplicar electricidade à metalurgia.
Neste período (1855-1957) assistiu-se também à introdução nos processos metalúrgicos de
sistemas de produção de aço. A capacidade dos altos-fornos de conter ferro cresceu
intensamente desde o primeiro alto-forno.
O processo que Bessemer sugeriu foi fundir o "pig iron" (produto de alto forno, que é ferro no
estado natural e normalmente contem 4.5 % de carbono e impurezas como fósforo, enxofre e
silício) num forno reverberatório e descarbonizá-lo através do fluxo de ar pela sua superfície.
Para evitar que as barras quentes de ferro expostas às deslocações de ar sofressem
descarbonização, Bessemer introduziu o primeiro conversor e, com este processo, fez reduzir
20
suficientemente o preço do aço de modo a que este fosse usado em muito maiores
quantidades.
Em 1875 a quantidade produzida de aço Bessemer em Inglaterra era superior a 700.000
toneladas e era usado por companhias de caminho de ferro, armamento e construção naval.
O conversor Bessemer, juntamente com os fornos Martin-Siemens, e a produção de
conversores de aço e de fluxo de oxigénio constituíram as inovações que estiveram na base da
metalurgia moderna.
A partir de 1863, usando uma técnica de polimento elaborada que envolvia abrasivos
sucessivamente mais finos, Henry Clifton Sorby desenvolveu técnicas de observação
microscópica e apercebeu-se que a textura da superfície de fractura dos aços depende dos
tratamentos térmicos a que estes haviam sido submetidos e da sua composição química
exacta. Após polimento e contrastação da superfície, Sorby observou pela primeira vez a micro
estrutura metalográfica do aço e descreveu a perlite. Os seus trabalhos estão na origem da
metalurgia física que consiste no estudo das propriedades e composições dos metais. Estes
estudos levaram ao desenvolvimento de ligas inovadoras mais apropriadas para aplicações
particulares.
No século XX deu-se o desenvolvimento de uma série de novos elementos de análise, como
os microscópios electrónicos de varrimento e de transmissão e o difractómetro de raios X, o
que permitiu aos cientistas estudarem as estruturas existentes nos materiais e correlacionarem-
nas com as propriedades observadas. Deste modo, os novos materiais que permitiram a
construção de novos equipamentos levaram à descoberta de novas características e
consequentemente de novos materiais que podem ter aplicação nas mais diversas áreas.
35 Citado por VITORINO, Francisco em Estruturas empresariais e investimento estrangeiro nas minas do distrito de Aveiro: o caso das Minas do
Vale do Vouga
21
da indústria mineira circundante, chegando a ser considerada como a mais importante mina de
chumbo do país. (…) os dois dos sectores mais representativos do complexo mineiro do Braçal
eram as oficinas de preparação mecânica e os fornos de tratamento metalúrgico. A fase do
tratamento mecânico correspondia ao processo de separação da parte útil do minério, em
relação às gangas que o acompanhavam.
A metodologia seguida era semelhante à utilizada na Alemanha, sendo, por isso, mais longa
e cuidada do que aquela que se praticava em Inglaterra, um país onde era possível obter o
combustível a preços mais vantajosos. Reduzindo, à partida, o minério a um maior estado de
pureza, podia obter-se um tratamento metalúrgico com recurso a uma menor quantidade de
combustível. Estratégia que vinha, aliás, ao encontro das principais dificuldades que se
sentiam no Braçal, onde o combustível vegetal era diminuto e o recurso ao combustível
mineral implicava elevados custos (36).
A ausência de um sector transformador capaz de integrar a lavra de minas numa lógica de
crescimento e de desenvolvimento económico, explica, em boa parte, a dependência
portuguesa em relação ao exterior.
Não foi encontrada informação suficiente para se afirmar com certeza absoluta a quantidade
e a tipologia de fornos e conversores existentes em Portugal no século XIX. A única referência
específica é apresentada no Inquérito Industrial de 1890. Vejamos o quadro (37):
APARELHOS E MÁQUINAS
ESTABELECIMENTO
CONCELHO Forno para fundição do
METALÚRGICO Conversor Bessemer
cobre
Lisboa Casal das Rollas 1 8
Gondomar Sítio do Corgo 1 8
Quadro n.º2 – Quantidade de aparelhos e máquinas de extracção de metais existentes em Portugal em 1890
Enquanto a profundidade fosse pequena, removiam-se a terra, areias e rochas com uma
simples pá. À medida que se descia, recorria-se a outros meios: carrinhos de mão, cubas e
cestos; vagonetas, baldes e cubas levantadas por guindastes, cábreas ou elevadores; ou
escavadoras mecânicas.
Quando existiam filões, massas ou camadas profundas, era necessário cavar poços (fig.2)
e/ou galerias (fig.3). Estes podiam ser revestidos com madeira, ferro, muros de alvenaria ou de
tijolo quando o terreno não apresentasse consistência e se receassem desabamentos. Os
poços verticais eram quase sempre revestidos totalmente de madeira e alvenaria, as galerias,
umas vezes, tinham apenas o tecto escorado, outras, tinham também as paredes.
Fig.2
Fig.2 – Pormenor de um modelo de aparelhagem Fig.3
Fig.3 – Modelo de revestimento de poço de mina
de poço de mina (MPL459OBJ) (MPL4534OBJ)
A ventilação (fig.5) era outro aspecto já tido em consideração: algumas vezes bastava a
abertura de poços de ventilação (chaminés); outras vezes utilizavam-se ventiladores
mecânicos.
A iluminação dos trabalhos era outro factor que os profissionais tinham de levar em conta.
Anteriormente iluminava-se com candis mas, o aparecimento do acetileno nas minas realizou
um progresso na iluminação que se manteve mesmo depois do aparecimento da luz eléctrica,
pois esta era um processo muito difícil e caro para ser instalado.
O minério não constitui por si só o enchimento dos filões e das massas ou a totalidade de
uma camada ou estrato. É sempre acompanhado por minerais diversos, em que abunda o
quartzo e os silicatos, formando o que se chama a ganga, que é necessário separar para a
utilização do minério nas oficinas metalúrgicas. A esta operação chama-se preparação
mecânica ou lavagem.
Este estudo não engloba as fases pelas quais passa o minério desde a sua extracção até à
preparação. De qualquer modo, apresenta-se de seguida alguns desses objectos que partilham
a mesma proveniência.
Fig.4
Fig.4 – Modelo de bocardo metálico californiano Fig.5
Fig.5 – Modelo de ventilador (MPL566OBJ)
(MPL461OBJ)
Fig.6
Fig.6 – Modelo de cilindro de lavagem de Fig.7
Fig.7 – Modelo de crivo vibratório (MPL462OBJ)
minérios (MPL1214OBJ)
Através da metalurgia extrai-se o metal dos seus minérios, de modo a adaptá-lo aos fins
industriais. Esta extracção pode fazer-se por meios químicos ou eléctricos, constituindo dois
métodos distintos:
Neste estudo, o que nos interessa aprofundar é o método termo-metalúrgico, visto que são
os fornos que utilizam o calor produzido por combustíveis o nosso objecto de análise, pelo que
deixaremos de parte o método electro-metalúrgico. Ficam também excluídos todos os métodos
termo-metalúrgicos que não se relacionem directamente com os objectos da colecção.
2.4.1.
.4.1. A produção de ferro coado
Nos altos-fornos (fig.8 e 9), produz-se ferro coado, através da redução dos óxidos de ferro
em presença de carvão. Além disso, permitem também separar a ganga do minério, através do
emprego do fundente apropriado, ficando como resíduo a escória e separando-se o ferro coado
por liquação.
Fig.8
Fig.8 – Reconstituição gráfica de um Alto-forno simples Fig. 9 – Reconstituição de um Alto-forno Pilz
É um todo único, protegido por um maciço de alvenaria, apoiado numa série de abóbadas
que dão acesso às tubeiras dos algaravizes.
A boca do alto-forno é aberta e prolongada por uma chaminé para a saída dos gases, tendo
lateralmente uma porta para o seu carregamento.
26
Existe, para além destes, outro alto-forno com uma outra estrutura: o maciço do alto-forno
descansa numa série de colunas de ferro, de modo que a sua parte inferior deixa de ser
solidária com a parte superior do forno.
A boca é fechada por uma tampa cónica denominada cup and cone e está suspensa num
balanceiro ou similar para facilitar as manobras de abertura e fecho. Dos lados ficam as
aberturas de comunicação com os recuperadores de calor.
Esta última estrutura apresenta vantagens em relação à anterior porque permite efectuar
reparações na parte inferior do alto-forno, sem mexer na superior, visto que é a que mais
facilmente se deteriora em consequência de sofrer mais fortemente a acção do calor.
Para funcionar, carrega-se o alto-forno pela boca, alternando camadas de minério, fundente
e combustível. O ar é insuflado e processa-se a redução do minério a metal. Mais leve que
este, a escória mantém-se à superfície do metal. Pelo sangrador do fundo sai o metal em
fusão, pelo de cima a escória.
Fig.10
Fig.10 – Modelo de Alto-forno simples existente no Fig. 11 – Modelo de Alto-forno Pilz existente no MPL
MPL (MPL586OBJ) (MPL465OBJ)
27
Fig.12
Fig.12 - Modelo de Alto-forno com captação de gases existente no MPL
(MPL571OBJ)
O ferro macio (também denominado por ferro forjado) pode ser obtido por dois processos: o
directo, em que pelo tratamento imediato dos minérios de ferro se obtém o ferro macio; ou,
indirecto, em que se parte do ferro coado, branco ou cinzento, afinando-o ou purificando-o para
obter produto semelhante.
No primeiro caso, faz-se o tratamento na forja à catalã ou pelo forno Siemens. Este método é
só aplicado a minérios ricos, acompanhados de pouca ganga. No segundo faz-se pelo
processo contês (38) e pela pudlagem e suas variantes.
Este tipo de fornos (fig.13) é formado por três partes distintas: a fornalha (com a sua grelha,
sob a qual fica o cinzeiro, e em que se queima carvão de pedra), a cuba (onde se deita o ferro
coado e onde se dão as reacções de que resulta o ferro macio) e a rampa (que se segue à
cuba e comunica com a chaminé).
O ferro impuro obtido entrava em contacto com os gases oxidantes. Mediante a agitação por
meio de barras (to puddle, em inglês), todo o banho entra em contacto com o oxigénio dos
gases e assim, gradualmente, queima-se o carbono e a gusa transforma-se em ferro pudlado.
Fig.1
Fig.13 – Reconstituição gráfica de um Forno de Fig.14
Fig.14 – Modelo de Forno de Pudlar existente no MPL
Pudlar (MPL573BJ)
Outro tipo de forno de pudlar, mas com soleira móvel é o Forno Pernot (fig. 15). Este tem a
abóbada e as paredes fixas, mas a soleira é formada por uma tina circular móvel em torno de
um eixo. O movimento é transmitido por engrenagem e alavanca. Para se poder reparar a
soleira, esta está colocada sobre um carro que se pode retirar do laboratório. Pode-se carregar
o ferro coado em lingotes ou em fusão vindo directamente de um alto-forno ou de um forno de
revérbero.
Fig.15
Fig.15 – Reconstituição gráfica de um Forno de Fig.16
Fig.16 – Modelo de Forno de Pudlar de laboratório móvel
Pudlar de laboratório móvel existente no MPL (MPL577OBJ)
Para fabricar aço existem dois processos: aproveitando a descarbonização parcial do ferro
coado, obtendo-se aço natural, aço pudlado ou aço Martin-Siemens ou fazendo a carbonização
do ferro macio, obtendo-se o aço Bessemer e o aço cementado.
O aço pudlado, pouco homogéneo, é um produto intermédio entre o ferro e o aço macio.
Deve ser refundido antes da sua utilização na indústria metalúrgica. A produção deste tipo de
aço diminuiu consideravelmente com o aparecimento dos fornos Martin-Siemens, que
permitiam obter aços com todas as proporções de carbono.
Fig.17
Fig.17 – Reconstituição gráfica de um Forno Martin- Fig.18
Fig.18 – Modelo de Forno Martin-Siemens existente no
Siemens MPL (MPL569OBJ)
- a soleira ácida serve para o fabrico de aços extra-duros (como por exemplo os usados na
blindagem dos navios de guerra);
- as soleiras básicas são usadas no tratamento do ferro coado fosforoso, em que o teor de
fósforo seja fraco, sendo este o processo mais dispendioso.
O aço preparado deste modo não é homogéneo, porque a sua carbonização é irregular, não
podendo, por isso, ser empregue directamente. Para se obter um produto de melhor qualidade
é indispensável forjá-lo a quente, pois a fundição do aço torna-o mais homogéneo. Faz-se a
fusão do metal em cadinhos ou em fornos Martin-Siemens.
30
No processo Bessemer para a produção de aço (convertendo o ferro coado em aço), utiliza-
se a insuflação do ar comprimido, num banho de ferro em fusão, para produzir a sua
descarbonização. Após esta etapa, junta-se uma nova porção de ferro, de modo a fornecer ao
ferro descarbonizado o carbono necessário para
produzir aço. Esta descarbonização faz-se nos
Conversores Bessemer (fig.19).
Fig. 20 e 21
21 - Modelo Conversor de Bessemer existente no MPL (MPL458OBJ)
O zinco não se encontra na natureza em estado livre, mas sempre combinado. Os seus
principais minérios são a blenda (principal minério do zinco) e a calamina (actualmente
designada por silicato hidratado de zinco).
Para se extrair o zinco utiliza-se dois métodos em fases diferentes: calcinação e ustulação
e/ou redução (39).
Um dos métodos de redução é o método belga (fig. 22 e fig. 23) e utiliza fornos de cuba em
forma de tumba, onde se dispõem tubos refractários ou retortas ligeiramente inclinados para o
lado de fora, em fiadas sobrepostas. Os tubos assentam do lado da parede em dentes e do
outro em placas refractárias.
39 Nesta altura, em Portugal, não existiam minas de blenda em exploração e os jazigos de calamina estavam já esgotados.
31
Fig.2
Fig.22 – Reconstituição gráfica de um forno belga de Fig.2
Fig.23 – Reconstituição gráfica dos tubos refractários
zinco (corte: vista lateral) do forno belga de zinco
Fig.24
Fig.24 – Modelo de forno belga para zinco existente Fig.2
Fig.25
.25 – Modelo de forno belga para zinco existente no
no MPL (MPL571OBJ) MPL (MPL571OBJ): pormenor dos tubos refractários
2.4.5
2.4.5.
.5. A produção de mercúrio
O mercúrio é o único metal líquido à temperatura ambiente e pode ser combinado com a
maioria dos metais, dando origem a ligas amálgamas. Encontra-se na natureza num pequeno
32
número de minerais, sendo o seu único minério a cinábrio e apenas em algumas regiões de
Espanha, Itália, Rússia, México, Peru e Califórnia. A mina de mercúrio mais importante da
Europa é a de Almaden, em Espanha.
O mercúrio extrai-se do seu minério por via seca, através da destilação, em retortas ou em
fornos de cuba, seguindo-se a condensação do seu vapor. Os processos utilizados nas várias
regiões são idênticos, variando apenas a forma dos fornos.
Os fornos de cuba (fig.26) são cilíndricos, cobertos por uma abóbada semiesférica com
abertura de carga. O combustível é queimado na fornalha à qual se tem acesso pela mesma
porta por onde entra o ar e os produtos da combustão saem pela chaminé. Sobre o arco deita-
se o minério pela entrada superior ou pela abóbada. Os produtos da combustão juntamente
com o ar atravessam o minério e saem com os vapores de mercúrio, pelas aberturas
superiores laterais, para os aparelhos de condensação (que podem ser tubos de barro vidrados
ou câmaras de alvenaria revestidas de cimento interiormente), desembocando num
compartimento fechado, onde os vapores sulfurosos saem pela chaminé e os vapores
mercuriais são destilados. O mercúrio condensado sai pelo aludel (aparelho de condensação)
que fica sobre a calha.
Fig.26
Fig.26 – Reconstituição gráfica de um forno de cuba para mercúrio
Fig.27
Fig.27 – Modelo de forno de cuba para mercúrio existente no MPL (MPL567OBJ)
33
Outros fornos tinham aparelhos de refrigeração, como é o caso do modelo que existe no MPL
(fig. 28), em vez das câmaras de condensação, constituídos por tubos de ferro fundido,
revestidos de cimento interiormente e resfriados exteriormente para evitar a acção corrosiva do
gás sulfuroso, e assentes num tanque de água.
Fig.28
Fig.28- Modelo de forno de mercúrio com aparelhos de refrigeração existente no MPL (MPL570OBJ)
2.4.6.
.4.6. A produção de prata
A prata é muito maleável, muito tenaz e o mais dúctil de todos os metais conhecidos. É
inalterável ao ar seco ou húmido, à temperatura ambiente ou a altas temperaturas. A prata
encontra-se no seu estado nativo associada a outros metais como o ouro, o cobre e o mercúrio
e o seu minério, a argentita, encontra-se associada a outros sulfuretos como o antimónio,
arsénico, cobre, ferro, etc. Pode ser extraída por via seca, via húmida ou por via
electro-metalúrgica, mas tanto o segundo como o último processo são sempre precedidos
pelas operações por via seca.
O tratamento de chumbo argentífero para dele se extrair a prata consiste na sua fusão
oxidante em forno de revérbero. A esta operação chama-se copelação. O chumbo é oxidado e
vazado do forno em estado de fusão, enquanto que a prata, eliminado o chumbo, fica no
estado sólido.
Esta operação faz-se em fornos especiais, como o forno alemão (fig. 29). Este tem a soleira
circular, cavada, impermeável e básica, constituída por uma mistura de cal e argila bem batida.
É coberto por um calote de ferro (e barro no interior) que se levanta por meio de correntes de
34
ferro, para se carregar o chumbo argentífero. É aquecido pela fornalha e o ar entra, insuflado
pelas tubagens e pelas cavidades laterais, dentro do forno sobre a superfície do banho líquido.
Outro tipo de forno de copelação é o inglês, mas este tem a abóbada fixa e o laboratório
móvel (fig. 31).
Fig.29
Fig.29 – Reconstituição gráfica de um forno de Fig.30
Fig.30 – Modelo de forno de copelação alemão
copelação alemão existente no MPL (MPL568OBJ)
Fig.31
Fig.31 – Reconstituição gráfica de um forno de Fig.3
Fig.32 – Modelo de forno de copelação inglês existente
copelação inglês (planta) no MPL (MPL575OBJ): pormenor da soleira
2.4.
.4.7. Outros fornos
Apesar de não existir mais nenhum modelo de forno para além dos já descritos, parece-me
pertinente fazer uma referência aos restantes, para um melhor entendimento global da
metalurgia do século XIX.
Assim sendo, apresentam-se esquematicamente consoante o tipo de metal:
35
Forno Catalão
Cubilote
Forno Contês
Forno Danks
Forno de Cementação
AÇO
Forno para fusão
Conversor Manhés
Baixo-forno
Forno de precipitação
Forno de liquação
Forno inglês
Forno de cuba
Forno de Idria
MERCÚRIO
Forno Czermak-Spirek
CONCLUSÃO
O núcleo de metalurgia é, tal como todos os existentes no MPL, representativo das colecções
científicas positivistas pela sua natureza psicológica sistemática, organizada, com fio condutor.
Enquanto tal, esteve dependente dos variados factores já referidos e enquadra contextos,
valores e significados subjacentes a essas realidades, transformando-se num espelho da
actividade humana, tanto a nível social como cientifico.
e representativo da sua evolução e o seu prestígio aumenta com a sua exposição e divulgação
deste ao público… Terá sido esta, para além da função educativa, razão para coleccionar?
Por outro lado, a grande preocupação do Governo e do corpo docente foi o ensino na sua
vertente prática, enquanto meio e estímulo do progresso da indústria nacional. Por essa razão,
desde cedo se criaram estabelecimentos anexos (gabinetes, laboratórios e museus) como
locais auxiliares e complementares do ensino teórico, coadjuvado com a vertente prática em
oficinas devidamente instituídas nos curricula dos alunos.
Além disso, a constante participação enquanto visitantes (ou até mesmo expositores) em
diversas exposições internacionais e nacionais e as variadas visitas e contactos de professores
com outras instituições similares, permitiu que o corpo docente e os alunos acompanhassem o
ritmo de desenvolvimento internacional e enriquecessem o seu espólio com o que de mais
actual havia.
O final do século XIX e início do século XX foi, por esta razão e pelo facto de ser uma época
rica em ideias e evoluções um pouco por todo o mundo, um período em que mais aquisições
se realizaram.
Se o que se pretendia era um ensino inovador, mais prático que teórico, que formasse
convenientemente artistas e industriais, dando-lhes bases teóricas, ao mesmo tempo que
permitiam que entrassem em contacto com a realidade, tornavam-se condições sine quo non
que os alunos exercessem a actividade em oficinas e ateliers, realizassem visitas a entidades
fabris ou, caso isso não fosse possível, verificassem em modelos, instrumentos e outros
objectos didácticos o que se pretendia dizer nos manuais e nas aulas. Todos sabemos que do
conhecimento teórico à tomada de consciência da prática vai uma certa distância…
No caso da colecção em estudo, apercebemo-nos que todos os fornos representados à
escala representavam processos de redução do minério que não eram comuns em Portugal,
com a excepção dos altos-fornos. Porque terá o professor Miranda Júnior escolhido esses?
Talvez porque os alunos não teriam possibilidade de os conhecer in loco, pelo menos em
Portugal? Seria para os incentivar a utilizá-los na sua vida activa, dinamizando não só as
regiões e a extracção de metais, mas também a própria economia portuguesa? Ou apenas
porque eram produzidos na instituição de ensino mais conceituada na área?
Como é óbvio e já devidamente contextualizado neste estudo, tendo uma função educativa,
esta colecção pretendia instruir na área da metalurgia. Através das aulas e dos manuais os
alunos aprendiam a teoria, mas era através de visitas de estudo e da observação dos modelos
à escala (tal como aconselhavam os professores nos manuais) que eles tomavam consciência
do que existia e como era na realidade. Foi adquirida para educar, ilustrando as inovações
técnicas e tecnológicas da metalurgia no século XIX. Mesmo depois da sua incorporação no
MPL não perdeu a sua função original: ela existe enquanto colecção, porque contribui para a
consolidação dos objectivos do MPL, principalmente para o que pretende representar a
evolução do ensino e das ciências da engenharia no século XIX.
38
The information that accompanies an object is just as important as the object itself. Collecting
information is an integral part of collecting objects (…) Most importantly, it enables collections
staff to provide a better service to users. Documentation is an essential, underpinning activity in
40 Aprovado na 15ª Assembleia Geral do ICOM em 1986 na Argentina, com revisão na 20ª Assembleia Geral em 2001 em Espanha e aprovação
na 21ª Assembleia Geral realizada em 2004 na Coreia do Sul
41 Aprovada pela Assembleia da República Portuguesa pela Lei nº 47/2004, de 19 de Agosto
42 O museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, que
adquire, conserva, investiga, comunica e exibe para fins de estudo, de educação e de deleite, testemunhos materiais do homem e do seu meio
ambiente. (Código de Ética para Museus – ICOM, Glossário)
39
c) A colecção:
colecção: algumas propostas de valorização
GLOSSÁRIO
AÇO - Ferro com liga de carbono em pequena quantidade, obtido mediante fusão e susceptível
de tornar-se muito duro através da têmpera (v. TÊMPERA)
AÇO DE CEMENTAÇÃO - Aço portador, em toda a periferia de sua massa, de uma camada de
espessura milimétrica variável, obtida através de um tratamento térmico e químico feito sobre
um aço brando, que consiste em aquecê-lo em contacto com um produto, dito cemento (v.
CEMENTO), de natureza sólida (carvão), líquida (banhos de cianetos) ou gasosa (amónia), de
modo que certos constituintes do cemento penetrem superficialmente na sua massa e aí se
concentrem para formar uma camada de propriedades especiais, tais como aumento de
dureza, de resistência à abrasão, de resistência ao choque, etc.
ALGARAVIZES
ALGARAVIZES – orifícios por onde o ar é insuflado no forno.
ALVENARIA - Obra executada com tijolos, pedras brutas ou cantaria, unidos por meio de
argamassa, cimento ou gesso.
CADINHO (v. ALTO-FORNO) - O cadinho é a parte mais baixa do alto-forno, tem forma
cilíndrica e é onde se reúne o metal em fusão e se encontra, à superfície deste, a escória, por
ser mais leve que ele. Aqui existem dois orifícios, um para a sangria (saída) das escórias e
outro mais abaixo para a sangria do ferro coado.
CANDIS (sing. Candil) - espécie de candeias em ferro em que se utilizava como combustível o
azeite ou o petróleo.
41
COPELA - Pequeno cadinho de argila refractária, porcelana, cristal, osso calcinado etc.,
utilizado para a copelação (v. COPELAÇÃO).
COPELAÇÃO – Operação que consiste em separar, na copela (v. COPELA), por oxidação, um
ou vários elementos de uma mistura líquida, desde que cada um tenha afinidade diferente pelo
oxigénio.
CRIVAÇÃO - passagem do minério por crivos ou peneiros metálicos de malhas, com o auxilio
da água, de agitadores ou de aparelhos oscilatórios, permitindo a separação dos fragmentos
por ordem de volumes ou densidades
FERRO-
FERRO- Metal duro e maleável, o mais importante pela sua utilização industrial e tecnológica.
(v. FERRO COADO e FERRO MACIO)
FERRO COADO - Também denominado por ferro fundido ou gusa (V. FERRO GUSA), é um
composto de ferro e carbono, em que a percentagem deste último é de 2,5 a 5% em peso. Este
não admite têmpera (v. TÊMPERA) como o aço e não é susceptível de se forjar ou soldar. A
sua resistência à tracção é fraquíssima, mas resiste muito bem à compressão. O ferro coado
pode ser branco (onde o carbono está quase todo combinado com o ferro), cinzento (onde o
42
carbono está disseminado na sua massa) ou pedrês (que apresenta malhas ou pintas
cinzentas em fundo branco).
FERRO GANGA – ferro que ainda não apresenta total pureza. Ainda está misturado com
substâncias e parcelas de rochas adjacentes do jazigo.
FERRO GUSA - ou de primeira fusão. Resultado da fundição de ferro ganga (v. FERRO
GANGA) nos altos-fornos (v. ALTO-FORNO) ou pelo método catalão. É ainda impróprio e
impuro para ser trabalhado com ferramentas. Apresenta um aspecto granulado e quebradiço.
FERRO MACIO - aquele cujo teor em carvão é, no máximo, 0,0015 em peso, é maleável e
aquecido ao rubro, sendo imediatamente a seguir mergulhado em água fria. O ferro macio
pode ser: ferro forjado (obtido sem ser por fusão) ou ferro maleável (obtido por fusão)
FILÃO - Sequência ininterrupta de uma mesma matéria, contida entre camadas de natureza
diferente; fieira, veio de metal.
FORNO DE REVÉRBERO - forno munido de uma cúpula revestida de material refractário onde
se consegue obter elevadas temperaturas e composto por uma fornalha e por uma soleira, não
permitindo o contacto entre o combustível, o ferro e as impurezas
LABORATÓRIO (v. ALTO-FORNO) – Também pode ser designado por soleira. A parte do
forno onde se opera a fusão. Aqui se situam os algaravizes.
MANGANÊS - Elemento químico de símbolo Mn, possui o número atómico 25 e massa atómica
relativa 54,938 u. É o segundo metal mais abundante na crosta terrestre. É encontrado em
centenas de minerais na natureza e utilizado em ligas com o ferro, silício e na fabricação de
pilhas eléctricas. Também é conhecido como manganésio, porém é pouco utilizado devido a
semelhança com o magnésio.
PRECIPITAÇÃO - Fenómeno que se verifica quando um corpo insolúvel se forma num líquido
e se deposita como sedimento no fundo do recipiente.
43
PUDLAGEM – processo de afinação do ferro coado para o transformar em ferro macio. Faz-se
em fornos de revérbero (V. FORNOS DE REVÉRBERO)
SILICIOSO - Que contém sílica. Que é da natureza do sílex ou que tem suas propriedades.
TÊMPERA - É a imersão brusca de um metal ou de uma liga, aquecido ao rubro, num líquido
frio que pode ser água, azeite, óleo, água acidulada ou salgada. A têmpera pode ser positiva
(se alterar a estrutura do metal sensivelmente, dando-lhe maior dureza, diminuindo-lhe o
alongamento elástico e aumentando a sua carga limite de elasticidade e a de ruptura) ou
negativa (quando apenas aumenta o alongamento elástico, mantendo-lhe a mesma dureza e a
mesma carga limite de elasticidade).
ANEXO 1
Requisição de material para o Gabinete de Arte de Minas e Metalurgia (1886)
46
Nota dos modelos necessários para a installação do gabinete annexo à cadeira de Arte de Minas e Metallurgia (título)
(transcrição da responsabilidade da autora)
47
N. B. Os modelos requisitados n’esta nota deverão ser pedidos ao constructor Thomaz [Theodor] Gersdorf de
Freiberg fornecedor da escola de minas d’aquella cidade. Os números da 1.ª columna referem-se ao catalogo do
mesmo constructor.
(transcrição da responsabilidade da autora)
48
ANEXO 2
Documentos de aquisição: Requisição de material para o Instituto (1886)
Requisição de material para o Instituto, 1886 (página 1)
Relação das requisições dos modelos, machinas e apparelhos necessários para a installação dos gabinetes e officinas d’este Instituto, segundo o disposto no Decreto de 30 de dezembro de
49
50
51
52
ANEXO 3
Relação do material adquirido para o Gabinete de Arte de Minas
Minas em 1887-
1887-1888
53
54
ANEXO 4
Programa da 12ª Cadeira (ano lectivo 1920-
1920-1921)
55
56
57
58
59
60
61
ANEXO 5
Programa da 12ª Cadeira (ano lectivo 1927)
62
63
64
65
66
67
ANEXO 6
Carta do director do Instituto para a Repartição
Repartição do Comércio e Indústria
a requisitar fundos para proceder
proceder ao pagamento da encomenda
feita a Theodor Gersdorf (1888)
1888 N.º 22
8 de
Fevereiro
P.ª Repartição de Commercio e
Industria
Ill.mo e Ex.mo. Snr. Tenho a honra de
submetter a approvação de V.ª Ex cia
68
69
ANEXO 7
Carta
Carta de Theodor Gersdorf recebida pelo
pelo professor de Arte de Minas,
Miranda Júnior (1888)
70
Freiberg, 18 /10/88
Sr. Prof. Miranda Júnior
Porto
Carta de Theodor Gersdorf recebida pelo professor de Arte de Minas, Miranda Júnior, em 1888 in Instituto Industrial do
Porto: Correspondência recebida - 4 de Janeiro de 1886 a 29 de Dezembro de 1887. Arquivo Histórico do ISEP.
71
ANEXO 8
Despacho alfandegário dos objectos provenientes da Alemanha (1889)
72
Despacho alfandegário n.º 38835 de 7 de Janeiro de 1889 dos modelos provenientes da Alemanha, despachados
por Theodor Gersdorf para o Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial e Comercial do Porto
73
ANEXO 9
Inventário Geral do Instituto (1938)
74
75
76
ANEXO 10
10
Normas de Preenchimento das Fichas de Inventário
do Núcleo de Metalurgia do Museu Parada Leitão
77
NORMAS DE PREENCHIMENTO
PREENCHIMENTO DAS FICHAS DE INVENTÁRIO
INVENTÁRIO
DO NÚCLEO DE METALURGIA
METALURGIA DO MUSEU PARADA LEITÃO
O preenchimento das fichas de inventário deve ser feitos em suporte informático, mas precedido do
registo em suporte papel devidamente organizado em processo individual, onde são anexados também
todas as fontes e documentos que justificam os dados inseridos nas fichas de inventário. Um registo só
pode ser efectuado ou alterado na aplicação informática pelo responsável da colecção ou após a
verificação dos dados em suporte papel e respectiva autorização deste. Finalizado o registo na aplicação
informática deve efectuar-se um upload da cópia de segurança, de modo a garantir a integridade da
informação.
OBJECTIVO
A inventariação como actividade pode ser dividida em três partes distintas:
• adquirir informações directamente dos objectos como por exemplo descrição, materiais, perigos,
medidas, estado de conservação
• adquirir informação adicional acerca do objecto após investigação como por exemplo designação
especifica, produção, percurso
• normalizar e inserir a informação nas fichas de inventário
Não existindo actualmente um departamento de Gestão de Documentação e Informação de Colecções,
este Manual pretende auxiliar e orientar todos os técnicos do MUSEU PARADA LEITÃO no trabalho de
inventariação das colecções, definindo normas e procedimentos de preenchimento das fichas de
inventário.
Este manual de procedimentos para o preenchimento das fichas de inventário destina-se apenas ao
acervo incorporado definitivamente no MUSEU PARADA LEITÃO. Em caso de depósito ou empréstimo,
deverá ser consultado o Manual de Gestão de Colecções do Museu Parada Leitão.
NOMENCLATURA
Todos os campos assinalados ou com tabelas de valores associadas devem usar um vocabulário
estruturado para descrever e indexar o acervo. Uma nomenclatura consistente é essencial pois os termos
são usados em pesquisas, daí que uma lista ou um thesaurus previamente estabelecidos contribuem para
autenticar as denominações utilizadas.
Qualquer termo ou alteração das tabelas e listas deverá ser atribuída e/ou aceite apenas pelo técnico
responsável da colecção ou pelo conservador, conforme a especificidade da terminologia.
CASOS ESPECIAIS
Qualquer situação que surja e não esteja contemplada neste manual deve ser esclarecida junto do
Técnico responsável pela colecção ou, na ausência deste, do Director do Museu.
REVISÃO
Este manual será revisto de 5 em 5 anos, ou em casos especiais quando se revelar imprescindível.
78
1. INFORMAÇÃO DO OBJECTO
Proprietário
Todos os objectos provenientes do ISEP são, até ao momento, propriedade dessa instituição, pois
ainda não existe qualquer documento legal que institua outra situação. A propriedade de novos objectos
depende do modo de incorporação e a quem passam legalmente a pertencer.
Super-
Super-categoria
A Super-categoria corresponde à divisão do espólio do MPL em conjuntos alargados, de modo a
facilitar a sua pesquisa. Estes vão identificar, à partida, a tipologia das peças consoante as suas
características gerais:
• Objectos - onde se incorporam instrumentos científicos e modelos didácticos;
• Estampas e Desenhos – onde se englobam estampas, trabalhos curriculares, cartografia e topografia
ou quadros parietais;
• Fotografia – que como o nome indica, enquadra fotografias e álbuns.
Modelos didácticos de fornos enquadram-se obrigatoriamente na Super-categoria OBJECTOS.
Categoria
O objectivo desta classificação é o de alcançar um nível mais apurado de sistematização dos
agrupamentos de peças, de modo a viabilizar uma melhor gestão e acessibilidade à informação do
inventário dessas colecções. Diz directamente respeito à área de aprendizagem com a qual estiveram
relacionados e para a qual foram adquiridos, pelo que não é permitido acrescentar outras
classificações.
Neste caso especifico será sempre MINAS E METALURGIA.
Sub-
Sub-categoria
A sub-categoria corresponde ao tipo de instrumento destacando de um modo mais apurado a
funcionalidade deste.
No caso da colecção em estudo: FORNOS ou CONVERSORES.
79
Denominação
A denominação do objecto deve garantir uma rápida identificação de todas as suas características
principais e não é mais do que uma curta descrição que não ocupa mais do que uma linha.
O objecto poderá variar conforme a sua forma, composição, contexto, modo de operação, processo,
entre outros. É obrigatória, caso se tenha conhecimento, incluir-se essa particularidade na
denominação, mas sempre com o menor número de termos possível e entre parênteses curvos.
Não se pode usar terminologia ambígua.
Deve indicar-se o nome de quem patenteou ou desenhou o objecto se este recebeu o nome dessa
pessoa.
Assim sendo, deve incluir o tipo de operação que é realizada no forno e/ou o tipo de metal extraído e o
título conhecido.
Exemplos:
Forno para copelação de prata, sistema alemão (modelo)
Forno para mercúrio Alberti (modelo)
Localização
Este campo deve ser permanentemente actualizado e indicar com rigor e especificidade onde se
encontra a peça:
• quando em exposição, deve identificar-se a sala. Exemplo: Sala de Civil
• quando em reserva, deve identificar-se o armário, prateleira e contentor ou capa de arquivo,
separados por vírgulas. Exemplo: A1,P4,CA5;
• quando em empréstimo, deve identificar-se a entidade receptora e número do contrato, separados
por vírgulas. Exemplo: Museu Militar do Porto, E03/2007;
• quando numa actividade de conservação e restauro, deve identificar-se a entidade e número do
contrato. Exemplo: Pedro Sousa, CR12/2007.
Deve ter-se o cuidado de alterar este campo sempre que a situação se modifique.
2. IDENTIFICAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DO OBJECTO
Os campos desta secção incluem uma descrição mais aprofundada do objecto. Apesar de na fase de
trabalho temporário, apenas ser pertinente a DESCRIÇÃO do objecto, à medida que o estudo da
colecção for evoluindo, a identificação deve ser completada e devem preencher-se os restantes
campos.
Descrição
Este campo deve ser o mais completo e correcto possível. Assim sendo, após a descrição inicial
obrigatória no momento de entrada do objecto, sempre que o responsável pelo inventário se apropriar
de terminologia mais adequada, a descrição deve ser corrigida e/ou complementada.
80
A descrição deve ser pensada como uma série de componentes descritivos que podem ser
pesquisados, daí que devem ser o mais correctos possível.
Função
Este campo deve explicitar, de forma sintética e clara, a função original do objecto.
Autoria
Este campo deve, sempre que possível, informar acerca do autor e/ou oficina onde foi executado e o
local de realização. As denominações devem ser mantidas no idioma original.
O preenchimento deste campo deve respeitar algumas regras:
• Caso ambos existam, o autor e oficina devem ser separados por barras ( / );
• A localidade e o país de execução devem surgir entre parênteses curvos, separados por vírgulas e
imediatamente a seguir ao nome autor/oficina.
Marcas e Inscrições
Por marca, entende-se todos os elementos apostos nas peças durante o processo de fabrico. Por
Inscrição entende-se toda e qualquer referência textual gravada, pintada, impressa ou estampada na
peça.
Deve ser referida sempre o tipo de marca/inscrição, o método, e a localização da mesma. A transcrição
deve ter em conta alguns princípios:
• O texto é sempre dado em maiúsculas e tal como foi inscrito (L é sempre L mesmo que tenha valor
de U). Quando conhecido o seu real valor apresenta-se a seguir à respectiva palavra dentro de
parênteses rectos;
• As siglas e abreviaturas, quando conhecidas, desdobram-se entre parênteses curvos e em itálico;
• A divisão de linhas é assinalada através de barras ( / );
• Assinala-se também a pontuação original quando existente;
• Qualquer informação gráfica deve ser traduzida textualmente entre parênteses rectos e,
posteriormente, ser fotografada ou desenhada e anexada aos elementos multimédia.
81
História do Objecto
Neste campo, devem ser lançadas todas as informações pertinentes para o conhecimento do percurso
da peça desde a sua execução até ao momento actual: para além do percurso da peça, neste campo
deve ser incluída informação acerca da produção do objecto i. é nome do inventor ou designer, data de
invenção, nome da entidade que detém a patente e data da patente. Utilizadores ou proprietários
anteriores também devem ser registados se a informação for relevante.
A descrição do percurso deve iniciar-se no acontecimento mais antigo até ao mais recente.
Os nomes associados devem ser escritos normalmente, ou seja, o nome próprio em primeiro lugar.
Exemplo:
Exemplo “…inventado por John Smith” e não “…inventado por Smith John”.
As datas devem ser escritas do seguinte modo: dd/mês/aaaa. Exemplo: 22/Setembro/1915
Caso não se saiba a data exacta, deve-se colocar a mais especifica possível ou o menor limite temporal
que se conheça. Exemplo: segunda metade do século XIX; 1898-1915; c. 1890
3. INFORMAÇÃO TÉCNICA
Materiais
Neste campo enumeram-se os materiais utilizados no fabrico da peça. Sempre que o conservador não
possa esclarecer quais os materiais constituintes específicos, devem ser sempre identificados valores
mínimos (Exemplo: madeira, metal). Neste caso, deve ser consultado um especialista para definir os
materiais.
No caso de estarmos na presença de um material considerado perigoso, a marcação no objecto deve
assinalar essa característica e deve ser obrigatoriamente especificado no inventário qual é o material.
Dimensões
As dimensões altura, largura, comprimento e diâmetro devem sempre referidas em centímetros, salvo
excepções em que essa unidade de medida se revele inadequada à medição da peça. A dimensão
peso deve ser sempre referida em gramas, salvo excepções em que essa unidade de medida se revele
inadequada à medição da peça.
Neste campo devem incluir-se não só as dimensões por partes principais mas também as medidas
gerais máximas.
No caso de partes ou de peças de contornos irregulares, as respectivas dimensões serão lançadas em
função da figura geométrica em que aqueles se inscrevem.
4. INCORPORAÇÃO
Neste campo deve incluir-se não só a data de incorporação no ISEP, mas também no MPL. O modo de
incorporação deve ter em conta que:
• Aquisição – contrato pelo qual se transmite a propriedade de uma coisa, ou outro direito, mediante
um preço. Devem indicar-se nos campos respectivos ou, caso não existam, nas observações, o nome
dos anteriores proprietários, a entidade que procedeu à venda e o custo da peça.
• Dação em Pagamento – prestação, com o acordo do credor, de uma coisa diversa da que constitui o
objecto da obrigação, ficando o devedor exonerado da sua obrigação. Por exemplo, se Individuo A
deve dinheiro ao Museu Parada Leitão, a dívida pode ser saldada com a entrega, por parte do
82
devedor ao Museu, de um objecto ou conjunto de objectos que tenham um valor igual ao total da
dívida, desde que obviamente haja a concordância do Museu Parada Leitão
• Desconhecido – sempre que não seja possível apurar o modo de incorporação.
• Doação – contrato no qual uma pessoa, por espírito de liberdade e à custa do seu património, dispôs
gratuitamente do objecto ou do seu direito, ou assume uma obrigação, em benefício do museu.
Devem indicar-se nos campos respectivos ou, caso não existam, nas observações, o nome do
doador e, no caso deste agir em memória de alguém, registar esse facto.
• Herança – diferencia-se do legado por não se encontrar determinado no testamento os bens a
herdar, mas antes o valor a que tem direito (ex.: 10% dos objectos a favor do museu).
• Legado – sucessão deferida por testamento reconhecido.
• Permuta – contrato pelo qual se transmite a propriedade de um bem contra a propriedade de um
outro bem
• Preferência – convenção pela qual alguém assume a obrigação de dar preferência a outrem na venda
de determinada coisa
• Recolha Directa – Quando o objecto foi realizado no Instituto superior de Engenharia
• Transferência – passagem de uma ou mais peças de uma instituição para o museu, a título definitivo,
pressupondo o abatimento da peça na instituição de origem ou a extinção desta.
O custo da peça deve ser indicado na moeda em que foi adquirido. Sempre que possível deve fazer-se
referência à data e ao câmbio para a moeda portuguesa que circulava na época e/ ou para euros,
considerando que é o sistema monetário em vigor.
A avaliação deve apresentar o preço na moeda em vigor no momento da apreciação e a data desta.
5. DATAÇÃO
Quando existe uma datação exacta, esta deve incluir o ano e este ser precedido do século
correspondente. Quando este campo não é conhecido com precisão deve ser registada a margem
mínima conhecida ou probabilidade existente.
A justificação da data deve remeter sempre para a documentação ou técnica utilizada para a definir.
6. ESTADO DE CONSERVAÇÃO
O bom ou mau estado de conservação de uma peça tem a ver com a boa conservação dos materiais
que a constituem, ou seja, com o estado de avanço dos processos de deterioração que são inevitáveis.
Mas estes processos podem influir, ou não, na aparência física imediata da peça. Com vista a uma
normalização da linguagem optou-se por uma lista de valores pré-definidos:
• Muito Bom – Peça em perfeito estado de conservação: os materiais não apresentam falhas ou
lacunas e os danos provocados por agentes de degradação foram nulos ou mínimos.
• Bom – Peça sem problemas de conservação: materiais estabilizados.
• Regular – Peça ou fragmento de peça (que permite uma restituição da original) que apresenta
lacuna(s) e/ou falha(s) e que necessita de intervenções de conservação e/ou restauro, mas que tem
os materiais estabilizados.
• Deficiente – Peça em que é urgente intervir: apresenta lacunas e/ou falha(s) e sinais de degradação
contínua nos materiais (não estabilizados).
• Mau – Peça muito mutilada que apresenta graves problemas de conservação.
A razão porque foi feita uma determinada opção deve ser especificada de forma clara e sucinta, visto
esta não ser uma ficha de conservação.
83
8. BIBLIOGRAFIA
A bibliografia de inventário é organizada por autor, e nela incluem-se:
• Obras em que a peça aparece efectivamente citada;
• Obras gerais ou específicas indispensáveis ao estudo e referenciação da peça.
A inserção de títulos segue as normas portuguesas de descrição bibliográfica.
9. EXPOSIÇÕES
Deverão ser mencionadas, por ordem cronológica, todas as exposições em que a peça esteve
presente. Referir-se-á o título definitivo da exposição, local e data.
10. OBSERVAÇÕES
Aqui devem ser incluídas todas as outras informações pertinentes para a identificação e gestão dos
objectos, que não se enquadrem de um modo directo nos campos anteriores.
11. MULTIMÉDIA
Neste campo devem ser incluídas todas as representações gráficas, incluindo de pormenores,
relacionadas com o objecto. As características formais dos elementos multimédia são definidos no
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA A APLICAÇÃO INFORMÁTICA DO MUSEU PARADA LEITÃO.
84
N.º de Inventário:
Inventário
Proprietário:
Proprietário
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e Metalurgia
IMAGEM
Sub-
Sub-Categoria:
Categoria
Denominação:
Denominação
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores
Localização:
Localização
IDENTIFICAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO
Descrição
Função
Autoria
Método
Localização
Transcrição
História do objecto
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material
85
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
INCORPORAÇÃO
Custo:
Avaliação:
Avaliação
DATAÇÃO
Data:
Data
Justificação da data:
data
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Estado Especificações
Especificações Data
86
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES
MULTIMÉDIA
IMAGEM IMAGEM
Preenchido por:
Data:
Actualizado por:
Data:
87
ANEXO 11
Fichas de inventário do núcleo de metalurgia do MPL (2007)
88
N.º de Inventário:
Inventário MPL458OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Sub-
Sub-Categoria:
Categoria Conversores
Denominação:
Denominação Conversor para aço Bessemer (modelo)
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores 11,380 (Inventário Geral de 1938)
Localização
Localização:
calização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de uma estrutura de produção de aço através de um
conversor Bessemer.
Método Colada
História do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década
de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do
Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro
de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia.
Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser
utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40.
Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se
continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no
Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
Base Altura 2,5 cm
Base Largura 58,5 cm
Base Comprimento 128,5 cm
Estrutura Altura 65,5 cm
Estrutura Largura 61,5 cm
Estrutura Comprimento 130,5 cm
Medidas gerais Altura máxima 105 cm
INCORPORAÇÃO
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro de caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Regular 2005-11-18
INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO
CONSERVAÇÃO E RESTAURO
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES
Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun da
Academia de Minas de Freiberg).
MULTIMÉDIA
Imagem 458 – Vista geral frontal Imagem 458 (1) – Conversor Bessemer
Imagem 458 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala
Imagem 458 (3) – Vista geral lateral direita Imagem 458 (4) . Vista geral lateral esquerda
Imagem 458 (5) – Conversor Bessemer Imagem 458 (6) – Conversor Bessemer
N.º de Inventário:
Inventário MPL465OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Sub-
Sub-Categoria:
Categoria Fornos
Denominação
Denominação:
nominação: Alto-forno Pilz (modelo)
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores 11,329 (Inventário Geral de 1938)
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
Descrição Modelo de alto-forno Pilz assente numa base em madeira pintada de cinzento onde
está colocada a placa de identificação do forno, da autoria do modelo e a escala.
Desmontável em 3 partes principais: a chaminé e dividido em corte longitudinal, de
modo a visualizar-se o seu interior. É de madeira pintada de branco a imitar alvenaria
e revestido a chapas de metal rebitado sustentadas por 4 colunas de metal.
Exteriormente, na zona superior, encontra-se a boca e a chaminé; em baixo, em redor
da zona que vai desde a étalagem até ao laboratório, encontram-se 8 pequenas
torneiras metálicas, 7 tubeiras metálicas, todas ligadas a um tubo de captação de
gases em chapa de metal rebitado que circunda todo o forno e vai desaguar numa
outra tubagem insufladora; finalmente, na zona do cadinho, encontramos 4
sangradores: 2 em cima e 2 mais abaixo.
No seu interior observamos, ou através da cor ou da possibilidade de se desmontar,
as principais zonas do alto-forno: na parte superior (cor tijolo) encontramos a boca e a
cuba, abaixo fica a zona da etalagem (a branco). Segue-se a zona do laboratório (a
cinzento) e o cadinho (a branco) onde podemos ver as entradas das tubeiras e os
sangradores.
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de um alto-forno e da produção de ferro coado.
Método Colada
História do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década
de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do
Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro
de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia.
Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser
utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40.
Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se
continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no
Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
Base Largura 61 cm
Base Comprimento 61,5 cm
Forno Altura 65 cm
Forno Diâmetro 30 cm
Medidas gerais Altura máxima 77 cm
INCORPORAÇÃO
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
• VERRIER, Urbain (1894) - Cours de Métallurgie professé à l''École des Mines de Saint-Étienne. Paris:
Librairie Chevalier, Baudrie & Cie..
OBSERVAÇÕES
Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)
MULTIMÉDIA
Imagem 465 – Vista geral frontal Imagem 465(1) – Vista geral retaguarda
Imagem 465(3) – Vista geral lateral esquerda Imagem 465(4) . Vista geral lateral direita
Imagem 465(7) – Pormenor: cadinho, sangrador e Imagem 465(8) – Pormenor: tubagens e torneiras
soleira (interior) (exterior)
N.º de Inventário:
Inventário MPL567OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Sub-
Sub-Categoria:
Categoria Fornos
Denominação:
Denominação Forno de cuba para mercúrio, sistema
espanhol (modelo)
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores 11,321 (Inventário Geral de 1938)
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO
Descrição Modelo de forno de cuba, de madeira e metal, pintado de vermelho, cinzento e branco
e assente numa base em madeira pintada de cinzento.
No lado esquerdo da cobertura existe uma chaminé de metal e uma abóbada, de cor
branca, semiesférica com abertura de carga. A ligar esta zona ao centro da cobertura
existe uma espécie de escada. Ao centro da cobertura, em cada um dos dois planos,
ligeiramente inclinados para o centro, assentam duas séries de dezoito aludeis
encaixados uns nos outros e que confluem, na área mais baixa, numa espécie de
calha. Esta calha está ligada a dois tubos que fazem a ligação desta com o canal na
zona imediatamente inferior, ao nível do solo. As fileiras de aludeis terminam numa
câmara, com entrada em grelha, e numa chaminé (que já não existe).
Na área inferior encontramos, na zona lateral esquerda, a entrada para o forno e, na
zona frontal mais acima que o nível do solo, uma pequena porta de metal, com trinco
de alavanca, sob a qual está a placa de identificação. Na área central existem três
espécies de túneis. No do meio podem observar-se os tubos que vêm desde a calha
superior (já referidos) e que vão desembocar num outro canal. Este último vai
desaguar em três tanques.
Interiormente, verifica-se que o forno é de cuba, cilíndrico e que tem, na zona superior
ao nível da cobertura, a abertura já referida e a chaminé. Imediatamente abaixo
localizam-se três passagens para uma câmara que, por sua vez, tem ligação com os
aludeis no exterior. Sob as passagens existe uma espécie de abóbada perfurada e,
na área junto ao solo, a fornalha.
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de um forno de cuba, sistema espanhol, e a produção
de mercúrio.
Autoria
Autoria Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).
Método Colada
História do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década
de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do
Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro
de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia.
Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser
utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi
transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser
utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu,
encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
Base Altura 5 cm
Base Largura 25,5 cm
Base Comprimento 61 cm
Forno Altura 14 cm
Forno Largura 23,5 cm
Forno Comprimento 50 cm
Medidas gerais Altura máxima 28,5 cm
INCORPORAÇÃO
Data de Incorporação
Incorporação no museu:
museu 1998
Modo de Incorporação:
Incorporação Recolha directa
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
EXPOSIÇÕES
OBSERVAÇÕES
Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)
MULTIMÉDIA
Imagem 567 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala
Imagem 567(3) – Vista geral lateral esquerda Imagem 567 (4) . Vista geral lateral direita
Imagem 567 (7) – Pormenores: aludeis e calha Imagem 567 (8) – Pormenor: tubo que liga a calha
superior; tanques (em baixo) superior e a inferior
N.º de Inventário:
Inventário MPL568OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Sub-
Sub-Categoria:
Categoria Fornos
Denominação:
Denominação: Forno para copelação de prata, sistema
alemão (modelo)
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores 11,320 (Inventário Geral de 1938)
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
Descrição Modelo de forno para copelação de prata, sistema alemão em madeira e metal,
pintado de vermelho, cinzento e branco, assente numa base em madeira pintada de
cinzento onde está colocada a placa de identificação do forno, da autoria do modelo e
a escala.
Este modelo é desmontável em corte transversal, podendo visualizar-se a zona sob a
soleira. A soleira é fixa, circular e cavada. Falta-lhe a cúpula móvel. Ao nível da
soleira tem duas saídas, e, sob a soleira, tem uma entrada/saída e dois algaravizes.
Do lado esquerdo existe um guindaste (ao qual faltam as correntes que suspendiam e
retiravam a cúpula). Do lado direito, encontra-se a fornalha. Esta tem duas entradas
(uma ao nível do solo e outra na zona superior com uma porta de metal e alavanca.
Do lado esquerdo do forno existe uma passagem com grelha que dá acesso à soleira.
Nas traseiras do forno falta um elemento não identificado, mas a sua existência é
provada pelos pinos de encaixe ainda existentes no modelo.
Função
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de um forno de copelação de prata, sistema alemão.
Método Colada
História do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década
de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do
Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro
de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia.
Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser
utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40.
Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se
continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no
Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
Base Altura 5 cm
Base Largura 37,5 cm
Base Comprimento 36,5 cm
Forno Altura 9 cm
Forno Largura 21,5 cm
Forno Comprimento 30 cm
Poste de suporte Altura 30 cm
Poste de suporte Largura 4,5 cm
Poste de suporte Comprimento 4,5 cm
Medidas gerais Altura máxima 35 cm
INCORPORAÇÃO
Avaliação:
Avaliação 1938 - 400$00
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES
OBSERVAÇÕES
MULTIMÉDIA
Imagem 568(3) – Vista frontal do forno Imagem 568(4) – Corte transversal do forno
N.º de Inventário:
Inventário MPL569OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Denominação:
Denominação Forno de revérbero para aço, sistema
Martin-Siemens (modelo)
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores 11,331 (Inventário Geral de 1938)
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
Descrição Modelo de forno de revérbero para aço, sistema Martin-Siemens em madeira e metal,
pintado de vermelho e branco, assente numa base pintada de cinzento.
Desmontável em 4 partes: corte transversal (parte superior de ferro e inferior) e corte
longitudinal (de modo a visualizar-se o seu interior).
A parte superior é pintada de branco, a imitar alvenaria, e coberta exteriormente por
metal. Verifica-se a existência de 3 portas de correr vertical de metal na zona frontal e
de um sangrador na retaguarda.
A parte inferior é vermelha, a imitar tijolo e apresenta, na zona frontal, 4 aberturas
com 3 divisórias cada, todas pintadas de branco a imitar alvenaria.
No interior, pode-se observar, na parte superior, a cuba com um sangrador central
(que comunica com a abertura de escoamento já referida) e ladeada por 1 abertura e
2 passagens que comunicam com zonas distintas na parte inferior.
Na parte inferior encontramos 4 compartimentos constituídos por 5 séries de
divisórias empilhadas. Cada uma delas tem 9 barras que são cruzadas por outras 8
formando uma grelha. Os compartimentos situados junto às paredes exteriores do
forno comunicam com a abertura que ladeia a cuba ao nível mais superior, enquanto
que os compartimentos interiores comunicam com a passagem inferior, podendo
mesmo visualizar-se o túnel de passagem.
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de um forno Martin-Siemens e aprodução de aço
homogéneo.
Marcas e Inscrições Não existem. Possivelmente estaria colocada a placa de identificação na parte da
base em falta.
História do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década
de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do
Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro
de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia.
Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser
utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi
transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser
utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu,
encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida
medida Medida Unidade de medida
Base Altura 3 cm
Forno Altura 36 cm
Forno Largura 58 cm
Forno Comprimento 24 cm
Medidas máximas Altura 39 cm
INCORPORAÇÃO
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES
Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)
MULTIMÉDIA
Imagem 569 – Vista geral frontal Imagem 569(1) – Vista geral retaguarda
Imagem 569 (2) – Vista geral lateral Imagem 569 (3) Vista geral (cima)
N.º de Inventário:
Inventário MPL570OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Sub-
Sub-Categoria:
Categoria Fornos
Denominação:
Denominação: Forno de cuba para mercúrio, sistema
Alberti (modelo)
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores 11,319 (Inventário Geral de 1938)
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
Descrição Modelo de forno de cuba para mercúrio, sistema Alberti, pintado de vermelho a imitar
tijolo, cinzento a imitar metal e branco a imitar alvenaria e assente numa base em
madeira pintada de cinzento. Ao nível do solo, em todo o comprimento existe na zona
frontal e na zona da retaguarda um canal.
Neste forno podemos verificar a existência de 3 zonas distintas:
- do lado esquerdo, a zona do forno que tem, exteriormente, 14 aberturas: na
cobertura do forno existem 2 entradas, que fecham e abrem com sistema de
guilhotina horizontal, por onde seria lançado o minério e ao nível do 1ºpiso da
chaminé mais duas entradas sem porta; na zona frontal, verifica-se a existência de 2
entradas na zona da fornalha e de 3 em cada um dos pisos da chaminé. Nenhuma
delas tem porta. Na zona da retaguarda a situação repete-se, mas na chaminé tanto a
entrada superior como a inferior têm porta de metal. Esta área é desmontável em 2
partes: corte longitudinal (onde se vê a chaminé e as ligações às câmaras de
condensação) e corte transversal (onde se vê a fornalha e a soleira). No interior, para
além da fornalha, pode-se visualizar a soleira de forma rectangular, terminando em
triângulo junto à zona inferior da chaminé. Esta tem forma abobadada à qual
deveriam estar liga-se com as 4 câmaras de condensação inferiores. A chaminé tem
6 divisórias, todas elas interligadas por passagens, terminando, superiormente, nas
aberturas da cobertura, e, inferiormente, em dois compartimentos que fazem a ligação
às câmaras de condensação superiores.
- ao centro, encontramos as câmaras de condensação, assentes numa estrutura de
madeira com 4 pilares e 2 barras transversais, que ligam o forno ao compartimento de
destilação. Esta área está incompleta, pois existem apenas 5 tubos circulares de
metal (1 ao nível do 1º andar da chaminé na retaguarda e 4 ao nível do solo)
assentes em barras também de metal, e 5 aparelhos de madeira, perfurados, para
refrigeração. As aberturas tanto no forno como no compartimento, indicam que
deveriam ser 8 câmaras de condensação e 8 aparelhos de refrigeração. Entre elas no
lado esquerdo existem dois tubos de madeira de diferentes alturas. Apenas o mais
pequeno possui uma torneira acima do nível dos aparelhos de refrigeração inferiores.
A maior não possui torneira nenhuma.
- do lado direito, encontramos um compartimento fechado desmontável em 3 partes (a
cobertura, que se pode dividir em dois e ser retirada, e em corte longitudinal). Na
cobertura existem 4 entradas, duas delas com porta de metal, e tanto à frente como
atrás existem 2 entradas, uma ao nível do solo e outra ao nível do 1º andar. No
interior verifica-se a existência de 4 compartimentos abobadados ao nível do solo e
outros 4 ao nível do 1º andar, aos quais se ligam no lado esquerdo as câmaras de
condensação. Existem zonas de passagens entre os compartimentos e os andares da
retaguarda, acontecendo o mesmo com os da frente.
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de uma estrutura de produção de mercúrio através de
um forno Alberti.
Método Colada
História do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década
de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do
Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro
de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia.
Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser
utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi
transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser
utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu,
encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
Base Largura 77 cm
Base Comprimento 28 cm
Base Altura 2,5 cm
Forno Largura 23,5 cm
Forno Comprimento 72,5 cm
Forno Altura 40 cm
Base+forno Altura 42,5 cm
INCORPORAÇÃO
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES
Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)
MULTIMÉDIA
Imagem 570 – Vista geral (frente) Imagem 570 (1) – Corte longitudinal (frente)
Imagem 570 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala
Imagem 570 (3) – Vista geral (lateral) Imagem 570 (4) – Corte longitudinal (lateral)
N.º de Inventário:
Inventário MPL571OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Denominação: Alto-forno
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
Descrição Modelo de alto-forno à escala, desmontável em: a tampa da chaminé (que mantém
todas as outras partes unidas); em corte longitudinal (ao longo de forno, dividindo em
dois); e, em corte transversal na zona do laboratório, separando a cuba da etalagem e
do cadinho e separando a estrutura envolvente do forno.
O alto-forno é rodeado por uma estrutura com um passadiço / varanda e uma
tubagem circulares com 4 entradas, espécie de algaravizes, apoiados em 6
abóbadas, pintadas a imitar tijolo, através do qual se tem acesso ao forno. Tem forma
cónica, é pintado de branco a imitar a alvenaria, protegido exteriormente na zona
superior por uma chapa de metal e reforçado, ao longo do mesmo, por 6 tiras de
metal. Na zona inferior existem 6 algarivizes e 3 aberturas e, junto ao solo a porta de
entrada.
No interior podem-se observar todas as aberturas já referidas.
Marcas e Inscrições Não existem. Possivelmente estaria colocada a placa de identificação na parte da
base em falta.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
Forno Altura 50 cm
Forno Diâmetro 28 cm
INCORPORAÇÃO
Custo: desconhecido
Avaliação:
Avaliação indeterminada
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES
Pelo tipo de materiais e cores, foi atribuída a autoria deste modelo a Theodor Gersdorf, mas não existem
comprovativos.
MULTIMÉDIA
Imagem 571 – Vista geral frontal Imagem 571 (1) – Corte longitudinal
Imagem 571 (2) – Vista geral (cima) Imagem 571 (3) . Pormenor (zona inferior)
N.º de Inventário:
Inventário MPL572OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Denominação:
Denominação: Forno, sistema Martin (modelo)
N.ºs de Inventário Anteriores
Anteriores:
iores 11,368 (Inventário Geral de 1938)
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de um forno, sistema Martin.
Método Colada
História do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década
de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do
Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro
de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia.
Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser
utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40.
Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se
continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no
Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
Forno Altura 23 cm
Forno Largura 28 cm
Forno Comprimento 52 cm
INCORPORAÇÃO
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES
Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)
MULTIMÉDIA
Imagem 572 – Vista geral frontal Imagem 572 (1) – Vista geral cima
Imagem 572 (2)– Vista geral retaguarda Imagem 572 (3) – Vista lateral direita
Imagem 572 (4) – ormenor: chaminés, alavanca e Imagem 572 (5) – Pormenor: placa com inscrição
p’a/guilhotina identificativa, autoria e escala
Imagem 572 (6)– Corte transversal (partesuperior) Imagem 572 (7)– Corte transversal (parte inferior)
N.º de Inventário:
Inventário MPL573OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Denominação:
Denominação: Forno de revérbero para pudlagem (modelo)
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores 11,330 (Inventário Geral de 1938)
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Metalurgia)
IDENTIFICAÇÃO
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de um forno de pudlar e a produção de ferro macio.
Método Colada
História do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década
de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do
Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro
de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia.
Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser
utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi
transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser
utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu,
encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade
Unidade de medida
Base Altura 5 cm
Base Largura 28 cm
Base Comprimento 51,5 cm
Forno Altura 20 cm
Forno Largura 18,5 cm
Forno Comprimento 43 cm
Base+forno Altura 48 cm
INCORPORAÇÃO
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
EXPOSIÇÕES
OBSERVAÇÕES
Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)
MULTIMÉDIA
Imagem 573 – Vista geral frontal Imagem 573 (1) – vista geral retaguarda
Imagem 573 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala
Imagem 573 (3) – Vista geral lateral esquerda Imagem 573 (4) - Vista geral lateral direita
N.º de Inventário:
Inventário MPL575OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Denominação:
Denominação Forno para copelação da prata, método inglês
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores 11,361 (Inventário Geral de 1938)
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
Descrição Modelo de forno em madeira e metal, à escala, assente numa base em madeira
pintada de cinzento, onde está colocada a placa de identificação do forno, da autoria
do modelo e a escala.
Exteriormente é pintado de cinzento e reforçado com barras de metal. Apresenta na
zona frontal 3 aberturas, 2 delas ligeiramente inclinadas. Por baixo destas, encontra-
se um túnel donde se observa a estrutura de ferro que sustenta a soleira. Na zona da
retaguarda encontram-se 2 portas de metal: a da direita dá acesso à soleira e a da
esquerda à fornalha.
Este modelo é desmontável em 2 partes (corte longitudinal) de modo a visualizar-se o
seu interior composto por um forno de revérbero vulgar com fornalha e soleira. Esta
consiste num prato oval, de composição porosa resistente ao calor, deslizante e que
assenta em barras de metal. Com ligação a esta encontram-se as 3 aberturas
existentes na frente do forno referidas anteriormente e uma outra que ladeia a soleira
e só é visivel do interior que faz ligação a uma passagem.
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de um forno para copelação da prata
Método Colada
História do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década
de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do
Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro
de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia.
Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser
utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40.
Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se
continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no
Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
medida
Base Altura 2,5 cm
Base Largura 33,5 cm
Base Comprimento 50 cm
Forno Altura 24 cm
Forno Largura 28,5 cm
Forno Comprimento 45,5 cm
Base+forno Altura 26,5 cm
INCORPORAÇÃO
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES
Na Academia de Freiberg existe um modelo igual com a denominação "Schlämmherd, englisch, modell" e
com a referência X.B.52. / Aka6, Mk, construído também por Theodor Gersdorf no ano de 1885 e
adquirido por 55.00 Mark (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)
MULTIMÉDIA
Imagem 575 – Vista geral frontal Imagem 575 (1) – Vista geral retaguarda
Imagem 575 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala
Imagem 575 (3) – Vista geral lateral direita Imagem 575 (4) . Vista geral lateral esquerda
Imagem 575 (5) – Corte longitudinal (retaguarda) Imagem 575 (6) – Corte longitudinal (frente)
Imagem 575 (7) – Pormenor: soleira (vista cima) Imagem 575 (8) – Pormenor: soleira (vista baixo)
N.º de Inventário:
Inventário MPL577OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Denominação:
Denominação Forno de pudlar, sistema Pernot (modelo)
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores 11,348 (Inventário Geral de 1938)
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de um forno de pudlar com soleira móvel e a produção
de ferro macio.
Marcas e Inscrições
Inscrições Tipo Chapa
Método Colada
Tipo Inscrição
Método Escrito
Transcrição 161
História
História do objecto Desconhecida
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
Base Altura 3 cm
Base Largura 41 cm
Base Comprimento 67 cm
Forno Altura 24,5 cm
Forno Largura 38 cm
Forno Comprimento 66 cm
Soleira Diâmetro 28 cm
Sopeira Altura 17 cm
Soleira+Alavanca Diâmetro 31,5 cm
Base+forno Altura 27,5 cm
INCORPORAÇÃO
Modo de Incorporação:
Incorporação Aquisição
Custo: 1890 -
Avaliação:
Avaliação 1938 - 1000$00
DATAÇÃO
Data:
Data Século XIX – 1890
Justificação da data:
data Livro de Caixa do IICP de 1889-1897
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Regular 2006-03-24
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES
MULTIMÉDIA
Imagem 577 – Vista geral frontal Imagem 577 (1) – Vista geral retaguarda
Imagem 577 (3) – Vista geral lateral esquerda Imagem 577 (4) - Vista geral lateral direita
Imagem 577 (5) – Pormenor: interior Imagem 577 (6) – Pormenor: grelha da fornalha
N.º de Inventário:
Inventário MPL579OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Denominação:
Denominação Forno de cuba para zinco, método belga (modelo)
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores 11,323 (Inventário Geral de 1938)
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
Descrição Modelo de forno para zinco, à escala, assente numa base em madeira pintada de
cinzento. É desmontável em 4 partes: podem retirar-se as chaminés e em corte
longitudinal, de modo a visualizar-se o seu interior.
Este tipo de forno possui duas chaminés altas, de formato rectangular e pintadas de
vermelho a imitar tijolo. A zona exterior do forno, também pintada de vermelho a imitar
tijolo, é constituído por:
- na zona frontal, encontra-se uma porta de metal com fecho em guilhotina e, mais
abaixo, escadas, com 3 degraus, que dão acesso à zona lateral direita;
- na zona lateral direita, encontra-se a cuba onde estão dispostas 6 fiadas de tubos
refractários ligeiramente inclinados, prolongados por alongas, assentes em placas
refractárias. A fiada superior tem 6 tubos, enquanto que as restantes têm 8. À frente
deste encontramos ferros finos apoiados em suportes laterais, também de ferro.
- na zona lateral esquerda, verificamos a ausência dos tubos e encontramos apenas
as 5 aberturas que ligam a cuba à fornalha.
O forno está assente numa estrutura de madeira, pintada de cinzento, atravessada
por um túnel abobadado que se situa por baixo da fornalha.
No interior encontra-se a fornalha que atravessa todo o forno e que comunica com a
cuba através de cavidades laterais.
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de um forno de extracção de zinco através do método
belga.
Método Colada
História do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década
de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do
Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro
de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia.
Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser
utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi
transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser
utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu,
encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
Base Altura 2,5 cm
Base Largura 55,5 cm
Base Comprimento 42.5 cm
Forno Altura 102 cm
Forno Largura 51 cm
Forno Comprimento 38 cm
Base+forno Altura 104,5 cm
INCORPORAÇÃO
Data de Incorporação
Incorporação no Instituto:
Instituto 1889
Modo de Incorporação:
Incorporação Aquisição
Avaliação:
Avaliação 1938 - 900$00
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES
Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)
MULTIMÉDIA
Imagem 579 – Vista geral frontal Imagem 579 (1) – Vista lateral direita
Imagem 579 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala
Imagem 579 (3) – Vista geral retaguarda Imagem 579(4) - Vista lateral esquerda do forno
N.º de Inventário:
Inventário MPL586OBJ
Proprietário:
Proprietário Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super-
Super-Categoria:
Categoria Objectos
Categoria:
Categoria Minas e metalurgia
Denominação:
Denominação Alto-forno (modelo)
N.ºs de Inventário Anteriores:
Anteriores 11,328 (Inventário Geral de 1938)
Localização:
Localização Exposição (Sala de Civil e Minas)
IDENTIFICAÇÃO
Descrição Modelo de alto-forno, à escala, assente numa base em madeira pintada onde está
colocada a placa de identificação do forno, da autoria do modelo e a escala.
O forno é de forma cónica, pintado de branco a imitar alvenaria e reforçado com
grelha de metal, apoiado em 6 colunas pintadas de cinzento. Na zona inferior tem 6
algaravizes e 2 saídas (uma do lado direito e outra na retaguarda).
É desmontável em 2 partes principais (corte longitudinal) de modo a visualizar-se o
seu interior e as aberturas já referidas.
Função Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a
constituição e o funcionamento de um alto-forno e da produção de ferro coado.
Método Colada
História do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década
de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do
Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro
de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia.
Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Material:
Material Madeira e metais
Dimensões:
Dimensões
Parte descrita Tipo de medida Medida Unidade de medida
Base Altura 2 cm
Base Largura 42 cm
Base Comprimento 42 cm
Forno Altura 64 cm
Forno Diâmetro 20 cm
Forno Largura 37 cm
Forno Comprimento 41 cm
Base+forno Altura 66 cm
INCORPORAÇÃO
DATAÇÃO
Data:
Data século XIX - 1888/1889
Justificação da data:
data Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf
foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de
Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua
entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-
1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este
Instituto no anno economido de 1888-1889.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES
Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)
MULTIMÉDIA
Imagem 586 – Vista geral frontal Imagem 586 (1) – Vista geral retaguarda
Imagem 586 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala
Imagem 586 (3) – Vista geral lateral esquerda Imagem 586 (4) . Vista geral lateral direita
BIBLIOGRAFIA
CORDEIRO, José Manuel Morais Lopes (2006), A Industria Portuense no século XIX.
Dissertação de Doutoramento em História Contemporânea, vol.I.
https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/5995/3/VI(089-210pp).pdf (Março,
2007)
ERNST, Dr.-Eng. Richard (1977). Dicionário Técnico Industrial incluindo a terminologia das
ciências auxiliares e da construção civil, Alemão – Português, São Paulo: Hemus Livraria
Editora, Lda.
SEGURADO, João Emílio dos Santos [s.d.], Elementos de metalurgia, Biblioteca de instrução
Profissional, Lisboa, Livrarias Aillaud e Bertrand
Legislação
Fontes Manuscritas
Correspondência Oficial entre o Instituto Industrial do Porto e a Direcção Geral do Comercio e
Industria, 1854-1868.
Correspondência Oficial entre o Instituto Industrial do Porto e a Direcção Geral do Comercio e
Industria, 1869-1899.
Lições de Mercadorias – Metais do Instituto Industrial e Commercial do Porto.
Resumo das lições da 12ª cadeira do Instituto Industrial e Commercial do Porto.
Internet
http://www.collectionslink.org.uk/ (Dezembro 2006, Janeiro 2007, Fevereiro 2007)
http://www.chin.gc.ca/English/Collections_Management/index.html (Dezembro 2006, Janeiro
2007, Fevereiro 2007)
http://www.ipp.pt (Dezembro 2006)
http://www.kinghost.com.br/dicionario (Dezembro 2006, Janeiro 2007, Fevereiro 2007)
http://www.mda.org.uk/ (Dezembro 2006, Janeiro 2007, Fevereiro 2007)
http://www.pmt.usp.br/notas/notas.htm (23 de Janeiro 2007)