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NIETZSCHE. Sobre verdade e mentira no sentido extramoral. Parte 1 Impulso verdade (vontade de verdade).

. Vontade de fora (vontade de poder) 1 A fbula de criao do universo. Mas mesmo essa fbula no poderia exprimir o quo msero o intelecto humano, quo sem finalidade e gratuito ele . Ele humano. O homem (seu genitor) o toma como se fosse o centro do universo. 2 O intelecto: meio auxiliar fraqueza dos infelizes para que se arraiguem em sua existncia. Notvel que ele seja capaz disso (de fazer com que seu genitor acredite ser soberano). Seu efeito mais geral engano. 3 Intelecto, conservao, disfarce. Ele disfara o real valor da existncia. O homem (que no possui chifres ou presas) , portanto, fraco, e necessita do intelecto para sobreviver. O impulso verdade (que mais tarde ser a vontade de verdade) algo quase inconcebvel, dado que o teatro da existncia se manifesta muito mais vivamente, com suas iluses, sonhos, disfarces. Mas deve haver os que deixaram de dormir (de roncar, sonhar profundamente). Esconde-nos a natureza nossas atividades fsicas e vitais, para relegar-nos a essa charlat que a conscincia. Nada leva, fisiologicamente, ao impulso verdade. 4 O indivduo, para conservar-se, usa o intelecto no mais das vezes somente para representao. Acordo de paz entre os indivduos para evitar a bellum omnium contra omnes. Impulso verdade. A mentira nasce justamente para acusar o indivduo que utiliza a linguagem em contraposio s regras estabelecidas socialmente. Sua verdade conquistada pessoalmente posta prova pelo grupo, que dir se o que diz de fato uma verdade ou, antes, uma mentira (moral). Ou seja, o intelecto, antes de entrar no reino da moral, usado somente para a representao.

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