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Tradução
IVONE CASTILHO BENEDETTI
Martins Fontes
São Paulo 2004
Esta obra foi puhficada originalmente em francês com o titulo
/NTRODUCTION À LA RHÉTORIQUE - THÉORIE ET
PRATIQUE por Presses Unil'ersitaires de France.
Copyright© Presses Universitaires de France, 1991
Copyright© 1998, Livraria Martins Fontes Editora ltda.,
São Paulo, para a presente edição.
l"ledição
.:ze"M-eto de 1998
21�ição
"111º1mf de 2004
'\na Maria
Marise Simões leal
Produção gráfica
Geraldo Alves
Paginação/Fotolitos
Studio 3 Desenvolvimento Editorial
04-6899 CDD-808
Figuras depalavras................................................... 1 15
Figuras de ritmo........ ........................................... 1 15
Figuras de som: aliteração, paronomásia, anta-
náclase ................. ................................................ 1 16
Um argumento retórico: a etimologia ......... ......... 1 18
Figuras de sentido ..................................................... 1 20
Tropos simples: metonímias, sinédoques, metá-
foras .................................................................... . 121
Tropos complexos: hipálage, enálage, oxímoro,
hipérbole, etc...................................................... . 1 23
Figuras de construção ................... ........................... . 1 26
Figuras por subtração: elipse, assíndeto, aposio-
pese ou reticência ............................................... . 1 26
Figuras de repetição: epanalepse, antítese .......... . 1 27
Figuras diversas: quiasmo, hipérbato, anacoluto,
gradação ............................................................ . 1 28
Figuras depensamento .......... .................................. . 1 29
Alegoria: figura didática? ................................... . 130
Ironia, graça e humor .......................................... . 1 32
Figuras de enunciação: apóstrofe, prosopopéia,
preterição, epanortose ......................................... . 133
Figuras de argumento: conglobação, prolepse, apo-
dioxe, cleuasmo .................................................. . 135
Fábulas, 1, 1 0 ...................................................... . 1 44
Situação dos dois textos ...................................... . 1 46
A argumentação dos dois textos .......................... . 1 48
Observações sobre o estilo dos dois textos ......... . 1 50
Os dois gêneros e seu impacto ideológico .......... . 152
Questões sobre o texto .............................................. . 153
O que prova o exemplo? ...................................... . 1 54
Entimema ........................................................... . 1 55
O intertextual, o intratextual e o motivo central . . . 1 57
Texto 5 Victor Hugo, "Chanson", 1 853, Les
-
1 96
:�:: �:��� ������'..��-����-��·.:.:..-.�.�-�-�::::::::
� l
adeia de entimemas .................................. .
1 97
1 97
Figuras fortíssimas ............................................. . 1 98
A petição de princípio ......................................... . 1 99
Texto 7 Pierre Corneille, "Marquesa", 1 658 ....
- . 200
Texto 8 - René Descartes, Le discours de la mé-
thode, segunda parte ............................................ 205
Texto 9 - Uma entrevista com Françoise Dolto,
Libération, 5 de fevereiro de 1 987 ............... ........ 209
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1O
Parágrafo (!) ........................................................ 21 1
Parágrafo (2) ........................................................ 212
Parágrafo (3) ........................................................ 212
Parágrafos (4) e (5) ....................................... ....... 213
Observações críticas: o motivo central ........ ........ 214
Texto 1 O - Alain, "Considerações", de 2 0 de
março de 1 9 1 0 ..................................................... 214
Texto 1 1 - A educação negativa, J.-J. Rousseau,
Emílio, 2? livro............ ... . . . ................................... 217
Introdução: haverá motivo central?...................... 218
O paradoxo . . . . . . . . . . .. . . . . . .. ... . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . .......... 219
A argumentação......................... .......................... 220
As metáforas da educação . .. . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . .. 222
Conclusão: o motivo central ................................ 223
Texto 1 2 - Duas histórias iídiches........................ 224
retórico
racional
A função hermenêutica
A .(unção heurística
. �··
.
A função pedagógica
Nascimento da retórica
Origem judiciária
Córax
A retórica e os sofistas
Ora, se admitirmos como ele que o ser não existe, ou que não
é cognoscível nem comunicável, não estaremos reconhecen
do ipso facto a onipotência da palavra, palavra que não está
mais submetida a nenhum critério externo e da qual nem mes
mo se pode dizer que é falsa? Nessas alturas estamos em ple
na sofistica.
Isócrates ou Platão?
Jsócrates, o humanista
Uma pausa
engloba em si, por assim dizer, e mantém sob seu domínio todos
os poderes. Vou dar-te uma prova impressionante disso:
Aconteceu-me várias vezes acompanhar meu irmão ou
outros médicos à casa de algum doente que recusava uma droga
ou que não queria ser operado a ferro e fogo, e sempre que as
exortações do médico resultavam vãs eu conseguia persuadir o
doente apenas com a arte da retórica. Que um orador e um médi
co andem juntos pela cidade que quiseres: se começar uma dis
cussão numa assembléia popular ou numa reunião qualquer para
decidir qual dos dois deverá ser eleito médico, afirmo que o
médico será anulado e que o orador será escolhido, se isso lhe
agradar.
O mesmo aconteceria com qualquer outro artesão: o orador
se faria escolher diante de qualquer outro concorrente, pois não
há assunto sobre o qual um homem que conhece retórica não
consiga falar diante da multidão de maneira mais persuasiva que
um homem do oficio, seja ele qual for. Aí está o que é retórica, e
do que ela é capaz.
cidade que o tivesse elegido médico não seria enganada por mui
to tempo!
Em suma, partindo de um argumento muito forte, Górgias
o enfraquece, depois o destrói, exigindo dele o que ele não po
de provar.
Retórica e cozinha
É por isso que a retórica não é nem mesmo o que pretende ser,
uma tekhné, uma arte.
Em resumo, Platão volta contra o retor o seu próprio argu
mento. Seu pretenso "poder" nada é. Por quê? Porque ele des
conhece o verdadeiro, porque lhe falta a ciência, especialmente
a da justiça, única que concede o poder real e a felicidade.
Assim c{!lllo é a medicina que proporciona o verdadeiro bem
estar, não a confeitaria.
sua função não é [somente] persuadir, mas ver o que cada caso
comporta de persuasivo. O mesmo se diga de todas as outras
artes, pois tampouco cabe à medicina dar saúde, porém fazer
tudo o que for possível para curar o doente.
A argumentação de Aristóteles
O que é dialética?
A dialética é um jogo
(1, 2 , 1 0 1 a)
Retórica e dialética
Moralidade da retórica
- "é preciso recorrer à lei comum, - "é preciso explicar que ninguém
com razões mais equânimes e mais [gortanto nenhuma cidade] escolhe
justas"; o bem absoluto, mas sim seu próprio
bem";
- "dizer que a fórmula do juramento - "dizer que a fórmula em minha al
em minha alma e consciência signi ma e consciência não tem por objeti
fica não nos atermos estritamente à vo obter uma sentença contrária à
letra da lei"; lei, mas escusar o juiz de perjúrio,
caso ele tivesse ignorado o sentido
real da lei";
- "dizer que os princípios de eqüida - "dizer que não há diferença entre
de são permanentes e nunca mudam, não ter lei e não recorrer àquelas que
nem a lei comum, que é baseada na temos ! "
natureza";
- citar "a lei não escrita de Antígo - "dizer que querer ser mais sábio
na", único critério de justiça das leis que as leis é justamente o que proí
escritas, aliás muitas vezes ambíguas, bem essas leis [não escritas] que
anacrônicas ou contraditórias entre si. costumam ser elogiadas" (75 a).
Quadro comparativo
Campo para
Alvo Modalidade Aristóteles Campo para nós
Invenção
o epidíctico descreve:
Logro? Sabe-se lá: quem disse, e com que direito, que ele
era temerário e nada mais, que ela era tola e nada mais? Fala-se
de objetividade, mas essa não é tantas vezes a máscara da
malevolência? Em todo caso, é dificil conhecer alguém que,
nesse domínio das relações humanas, possa ser realmente obje
tivo.
zir "lugar" por argumento. Mas lembremos que esse termo tem
pelo menos três sentidos, que exporemos por níveis de tecnici
dade.
1 ) No sentido mais antigo e mais simples, o lugar é um ar
gumento pronto que o defensor pode colocar em determinado
momento de seu discurso, muitas vezes depois de o ter apren
dido de cor. Numa forma menos rígida, esses lugares são en
contrados em toda a retórica antiga. Assim, no discurso judi
ciário, os lugares da peroração que concluem a acusação:
Disposição ("taxis")
Elocução ("léxis")
Já não há Pireneus.
Ação ("hypocrisis")
O problema da memória
Período latino
E o homem culto que tem algo para dizer não precisa dos cur
sos de expressão dos retores. É por isso que Cícero chama as
figuras de estilo de lumina, pois elas trazem a lume o que que
remos dizer (cf. O orador, 85, 95, 1 34). O discurso para ele é
um organismo vivo cujas partes desempenham todas um papel;
portanto, se forem aplicados ornamentos, eles não passarão de
"pintura", enquanto o que conta é o "colorido da pele", sinal de
boa saúde1•
Então é melhor renunciar à retórica? Não, pois a ausência
de retórica, em vez de significar sinceridade, não passa de inap
tidão, incapacidade para exprimir-se e convencer. Portanto, uma
retórica, e que seja ensinada. Mas trata-se de um ensino em pro
fundidade, que pega o homem desde a infància e forma-o na
quilo que os gregos chamam de Paideia, traCfuzido magnifica-
DO SÉCULO I AO XY 73
Retórica e moral
Retórica e democracia
Retórica e cristianismo
se não mais? São Paulo bem que afirma que não tem a sophia
logou, "arte do discurso" ( 1 Cor 1, 17), mas acrescenta a argu
mentação de um rabino às antíteses de um orador grego.
Portanto, a Bíblia era um modelo, porém mais ainda: um
problema. Com efeito, não bastava ser lida, precisava ser com
preendida; e, para interpretá-la, nunca era demais utilizar todos
os recursos da retórica. A hermenêutica da Idade Média é toda
alegórica: propõe que todo texto bíblico tem outro sentido além
do literal. Outro, ou melhor, vários. Tomemos como exemplo a
palavra Jerusalém (pois essa interpretação dizia respeito sobre
tudo à palavra): 1) ela tem um sentido próprio ou histórico, de
cidade onde viveram David, Salomão, etc.; 2) tem também um
sentido alegórico, que se refere ao Cristo, e Jerusalém signifi
ca Igreja; 3) tem um sentido tropológico, ou seja, moral, e Je
rusalém significa a alma do cristão, tentada, castigada, curada;
4) finalmente tem um sentido anagógico, relativo à ressurrei
ção e ao reino de Deus, e Jerusalém significa a cidade de Deus,
depois do Juízo Final.
Tomemos o texto seguinte, interessante por possibilitar
destacar os mecanismos da alegoria; é um breve comentário
sobre Êxodo, XI, 12:
Hoje: retóricas
Retórica da imagem
caso das massas Panzani ... Mas de uma sugestão, que por certo
se encontraria em qualquer imagem publicitária. Em todo caso,
esses dois cartazes, aliás belíssimos (beleza funcional), mos
tram bem duas coisas:
1 ) A retórica da imagem desenvolve o oratório em detri
mento do argumentativo.
2) A imagem não é eficaz, nem mesmo legível, sem um
mínimo de texto.
A imagem é retórica a serviço do discurso, não em seu lugar.
Demonstração: A - B - C - D··· z
Os sofistas e a argumentação
Não-paráfrase e fechamento
Do pedagógico ao judiciário
1
E a filosofia? Poderia ser comparada a uma controvérsia
·· em que cada filósofo seria advogado de sua própria causa dian
te de um tribunal que seria... quem senão o leitor? Mas o leitor
dificilmente admitirá ser melhor juiz do que aqueles que ele lê;
julgará phra si, é verdade, mas não para os outros.
O fato é que os filósofos não formulam o problema dessa
maneira, principalmente - como vimos - a partir de Descartes.
Os maiores deles afirmam ser demonstrativos, "apodícticos",
1 10 INTRODUÇÃO Á RETÓRICA
Tens por ti, Polos, todo o mundo exceto eu. E eu não peço
anuência nem testemunho de ninguém, senão de ti. (47 5 e)
Por que esta repetição? Segundo o autor, tem duas funções: emo
cionar o auditório e ferir a parte contrária:
Figuras de palavras
Figuras de ritmo
Eu tenho peito.
Figuras de sentido
Figuras de construção
Pois a· França não está sozinha, não está sozinha, não está
sozinha,
Figuras'1e pensamento
O que ele quis dizer exatamente? "É ele que se toma por Napo
leão." "Não me atinge." "Admiro-o apesar de tudo como poe
ta"... Talvez os três.
A graça, em retórica, é a ironia que vem a calhar, a réplica
arguta, que é a mais eficaz. Quanto ao humor, não é uma espé
cie de ironia; é o contrário da ironia. Esta denuncia a falsa serie
dade em nome de uma seriedade superior - a da razão, do bom
senso, da moral -, o que coloca o ironista bem acima daquilo
que ele denuncia ou critica: não é o saber que faz de Sócrates
um mestre, mas sua ironia. No humor, é o próprio sujeito que
abandona sua própria seriedade, que abdica da importância. O
que em princípio exige dele certa calma, certo domínio de si -
sim, a fleuma britânica e o humor são uma coisa só -, e desse
modo se explica que o primeiro grau do humor seja a palavra
descontraída nos momentos em que todos já perderam a cabeça.
Antídoto contra todos os fanatismos, o humor tende para o irra
cional e às vezes para o niilismo. Assim, se a ironia é uma arma,
o humor é algo que desarma. Retórica superior.
Questões preliminares
Un agneau se désaltérait
Dans /e courant d 'une onde pure.
LEITURA RETÓRICA DOS TEXTOS 1 45
Entimema
§ 2 E Napoleão na batalha,
Grave e sereno,
Guiava através da metralha
A águia de bronze.
Ele entrou na ponte de Árcole,
Dela saiu. -
Eis aqui ouro, pilha e rouba,
Ó pequenino.
fortiori
- os que fundam a estrutura do real, como a analogia;
1 64 INTRODUÇÃO À RETÓRICA
Os valores e o preferível
Os lugares do preferível
tese por provar, cuja admissão se pede por falta de coisa me
lhor; mostra-se que todos os candidatos a um posto são inacei
táveis, salvo um (o próprio), ao qual se concederá então o be
neficio da dúvida. Esse argumento é muito útil em casos de
urgência; aparece com freqüência na "moral provisional" de
Descartes.
Definição
p. 4 5'5)
Hierarquia de Arsínoe:
Hierarquia de Celimena:
- até uma obra, como 1984 de Orwell. Note-se que nem sem
pre é fácil distinguir a ilustração da analogia. Vejamos o texto
de Epíteto (in TA, p. 486):
Analogia e metáfora
TEMA FORO
TEMA FORO
A: O homem C: A criança
B: A divindade D: O homem
TEMA FORO
A:Avelhice C: A noite
B:Avida D: O dia
O par aparência-realidade
Outros pares
Artificio e sinceridade
Motivo central
30 a 33: explicação;
33: nota sobre a primeira decisão (aqui omitida);
33 a 36: nota sobre a segunda: a pedagogia é apenas meio.
Figuras fortíssimas
A petição de princípio
moral, etc. O autor nos impõe sua def inição pessoal, fazendo
de tudo para que não tenhamos consciência dessa imposição. É
o exemplo típico da petição de princípio.
Mas não será isso - como afirma o TA um "erro retóri
-
* "Car tel est notre bon plaisir" [pois assim nos apraz], fórmula pre
sente nos editos, que marcava a vontade do rei. (N. do T.)
EXEMPLOS DE LEITURA RETÓRICA 205
que aparecem nesta frase: eu era como um homem que anda so
zinho nas trevas (segunda parte). Aqui aparece outra metáfora,
a da construção, que comanda todo o texto: se a ciência - e de
modo mais geral o pensamento - é uma construção, a ela pode
ser aplicada a norma da arquitetura.
Essa norma é o lugar da unidade, que aparece de forma
notável como motivo central de nosso texto. Contra a escolásti
ca, Descartes reivindica uma ciência única que só pode ser
obra de apenas uma pessoa. Ele.
F.D.
- Claro. Esse cara merece mais. Precisa visitar a
escola, receber as autoridades, trabalhar até mais tarde, co
nhecer os pais, todos os pais.
( 5) LIBÉRATION - O projeto tem conotação política?
F.D. - Ter cabeça não é coisa de direita nem de esquer
da. Com a autogestão, todos viram parasitas. É justo que
haj a ordem na escola, não vejo o que a política tem que ver
com isso, acho isso idiota. É até antidemocrático opor-se a
esse projeto. É deixar o caminho livre para a fuzarca.
Introdução
Parágrafo (1)
Parágrafo (2)
Parágrafo (3)
Conclusão que mostra que o obj etivo do texto é ser prático (fa
zerdes, feito), coisa normal num discurso sobre a educação.
A apóstrofe é ao mesmo tempo expressiva e persuasiva,
pois é como se o autor estivesse presente a nos interpelar. Mas
nem por isso é indispensável, pois em qualquer lugar o vós
EXEMPLOS DE LEITURA RETÓRICA 219
O paradoxo
A argumentação
As metáforas da educação
lo que ela mesma pretende ser, nem por isso ela estará imune
a críticas. Argumentaremos uma última vez a partir dessas
críticas.
Arte e naturalidade
Dapolêmica ao diálogo
Introdução
Capítulo 1
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
1 . Cf. Do orador, III, 96, 1 99; O orador, 78- 79; Quintiliano, II,
5, 12; XII, 1, 33.
2. II, 4, 16. Cf. Todorof, p. 9 e 60, e D. Auverlot, "Cicéron ou le
rêve d'une rhétorique idéale", in Rhétorique(s), pp. 62 a 8 1 .
3. ln H . De Lubac, Exégese médiévale, Aubier, 1, 1 , p. 1 56.
4. Sobre essa história, devem ser lidas as obras de E. R. Curtius,
Marc Fumaroli, A. Kibedi-Varga, bem como a introdução a B . Gra-
236 INTRODUÇÃO À RETÓRICA
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Conclusão
de pessoa, 1 76;
de reciprocidade, 1 70;
de sacrifício, 1 83 - 1 84, 2 1 3 ;
de superação, 94, 1 74- 1 75;
de transitividade, 1 68;
do precedente, 1 70, 1 75;
pela essência, 198;
pela estrutura do real, 163, 1 73, 1 78, 1 8 1 , 1 85;
pelas conseqüências, consulte pragmático;
pelo exemplo, consulte Exemplo;
pelo ridículo, 168- 1 70, 1 99, 2 12, 2 1 7, 225;
por analogia, 75, 1 85-186, 207, 2 1 2-2 13, 222;
por autofagia, 1 69;
por comparação, 1 22, 1 83-187, 202, 220;
por dilema, 1 70- 1 7 1 ;
por identificação, 1 70, 1 72;
por ilustração, 1 8 1 - 1 82, 198;
por modelo, 78, 1 4 1 , 148, 1 8 1 - 1 82, 205;
por regra de justiça, 108, 1 50, 1 70, 203, 225;
por retorsão, 1 08- 1 10, 169;
por símbolo, 1 2 1 , 1 3 1 , 1 78, 2 1 7;
pragmático, 204, 2 1 3 ;
quase lógico, 1 02, 163, 1 68, 220.
Arte (tekhné, ars). XIII-XIV, XVI, XVIII, 1 -2, 7, 9-14, 1 8, 24-28, 40,
73-75, 78-86, 205-208.
Assíndeto. Figura por supressão dos termos de ligação: Veni, vidi,
vici [Vim, vi, venci] (César), 1 26- 1 27, 1 50, 162.
Auditório. O destinatário do discurso, que pode ser uma multidão,
um grupo, um indivíduo, XVII, 45-46, 48-49, 54-55, 58, 60, 62-
68, 92-98, 1 1 2, 1 1 4, 1 1 8, 1 27, 133-136, 140, 142, 1 64- 165, 1 78,
1 80, 194.
Auditório universal. Em Perelman-Tyteca, opõe-se ao auditório es
pecializado, designa qualquer ser racional, trata-se mais de um
ideal que da realidade, 93-94, 1 12, 1 64, 1 94.
Definição. 1 1 9, 1 23, 1 30, 1 67- 1 68, 1 72- 1 73, 197, 1 99-200, 209-2 1 0,
2 1 2.
Definição retórica ou oratória. Fórmula que tem a aparência de
definição, mas não é, já que seus termos não são reversíveis: "Co
munismo é sovietes mais eletricidade" (Lênin), 1 67.
Deliberativo. Gênero dos discursos políticos, 44-46, 55, 57.
Demonstração (apodeixis). XVIII, 27, 80, 88, 9 1 -92, 94, 96-98, 1 00,
106, 1 1 0, 1 12.
Derivação. Figura que emprega na mesma frase palavras com mesma
origem: "A França para os franceses", 1 1 7.
Desvio. 60, 64-65, 73, 88, 1 20, 1 28, 137.
Dialética. Em Aristóteles, arte da controvérsia, em si puramente lúdi
ca, mas que serve tanto à filosofia quanto à retórica, cuja parte
argumentativa ela continua sendo, XXI, 7, 1 2, 1 8- 1 9, 22, 26-37,
40, 73, 79-8 1 , 89, 9 1 , 1 4 1 , 1 54, 206-207.
Digressão (parekbasis). Parte facultativa do discurso judiciário que
consiste em sair do assunto, mas para maior esclarecimento do
auditório, 59.
Discurso (logos, oratio). Qualquer produção lingüística, oral ou escri
ta, que fale de certo assunto e apresente sentido e unidade: Dis
curso do método, XV, 63-69, 140-143, 149 s., 1 95, 2 1 8, 221 -222.
ÍNDICE REMISSIVO E GLOSSÁRIO DOS TERMOS TÉCNICOS 247
Imagem. 83 s.
Instância (entasis, instantia). Contra-argumento, 2 1 4.
lntertextualidade. 157.
Invenção (euresis, inventio). Primeira parte da retórica, que trata da
procura dos argumentos, tanto do etos quanto do patos, XVII, 43-
44, 49, 54-57, 79-80, 87, 89, 105, 229.
Ironia. Figura que consiste em dizer o contrário do que se quer dizer,
não para enganar, mas para ridicularizar, 64-65, 1 1 5, 1 24, 1 30,
132-133, 1 50, 1 52 , 1 58, 169, 199, 2 1 6-2 1 7 .