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SOLDAGEM

SOLDAGEM

Basicamente é a união de materiais através de:


· aquecimento a temperaturas adequadas
com ou sem aplicação de pressão,
podendo- se usar material de
adição;

· somente com aplicação de pressão (sem


aquecimento)
Classificação de Processos

 Soldagem por fusão : onde ocorre


fusão do material base a ser soldado
 Soldagem no estado sólido : onde não
ocorre fusão de qualquer tipo
 Brasagem e Solda Branda : onde
ocorre fusão apenas do material de adição
e não do material base.
PROCESSO???

 Grandes estruturas, componentes, plataformas


de petróleo, etc., só podem ser montadas já no
local de trabalho e seriam impossíveis de
serem construídas de uma única vez para
depois serem transportadas até o local.
 Economia, pois é um meio barato e seguro de
interligação, diminuindo custos de transportes e
custos de fabricação.
PROCESSO POR FUSÃO

 Transferência de energia de um sistema


para outro provocando aquecimento e
conseqüentemente fusão do ponto
aquecido;

 Esta poça de fusão atinge níveis de


Temp.1000°c
ER- SMAW- SAER

 Processo de soldagem por arco elétrico


no qual a fusão do metal é produzida
pelo aquecimento a partir de um arco
elétrico que é mantido entre a ponta de
um eletrodo revestido e a superfície do
metal de base na junta que está sendo
soldada
ER- SMAW- SAER
ER- SMAW- SAER
ER- SMAW- SAER

 Toda soldagem por arco elétrico


necessita de proteção da poça de
fusão;
 Funções do revestimento está
dividida em três funções:
→ Elétrica
→ Metalúrgica
→ Mecânica
ER- SMAW- SAER

 Os revestimento podem ser:


→ celulósico(E6010)– Grande quantidade de
material orgânico, respingo elevado, alta
penetração, não recomendado para chanfros
pois a soldagem contém elevado teor de
hidrogênio;
→ Rutílico(E6013) – Para uso geral, fácil
soldagem desde de que usado em soldas
sem grandes responsabilidades;
ER- SMAW- SAER

 Básico(E7018) – Este o mais usado, elevada


propriedade mecânica, para soldas de alta
responsabilidade. Este tipo de revestimento
requer cuidados de armazenamento, e manuseio;
 A soldagem com este eletrodo requer habilidade
apurada;
 Sua penetração é média
SAS - SAW

 Utiliza eletrodos consumíveis, nos quais o arco


elétrico e a poça de fusão são protegidos do
ambiente pelos produtos resultantes da queima
de um fluxo que é adicionado independente.
 Entre suas várias vantagens destaca-se:
→ Alta qualidade da solda
→ Taxa de deposição e velocidade de
deslocamento muito alta;
SAS - SAW
SAS - SAW

→ Nenhum arco de soldagem visível


→ Pouca fumaça
→ Utilização de múltiplos arames
Desvantagens:
→ Ajuste preciso
→ Soldagens em posição plana e
horizontal em ângulo
SAT - FCAW

 Processo a arco, onde a proteção


doa arco se dá pelo fluxo no
interno do arame;
 É a união dos processos ER e
MIG/MAG;
 Alta taxa de deposição;
 Semi automático
SAT - FCAW

 Para proteção da poça de fusão


utiliza gás de proteção
independente sendo eles CO² ou
CO² + O² ou Ar + He;
 É aplicado apenas para aços
carbono, liga e inoxidavel;
 Grande emissão da raios
ultravioleta
TIG – GTAW - SAGT

 Soldagem a arco elétrico com eletrodo não


consumível de tungstênio. Pode ou não
utilizar material de adição.
 Soldagem tig é a união de metais pelo
aquecimento e fusão destes com um arco
elétrico estabelecido entre um eletrodo de
tungstênio não consumível e a peça;
TIG – GTAW - SAGT

 Metal de adição adicionado manualmente, o que


requer uma habilidade elevada;
 Embora a soldagem tig tenha um alto custo inicial e
baixa produtividade, estes são compensados pela
possibilidade de se soldar muitos tipos de metais, de
espessuras e em posições não possíveis em outros
processos bem como obtenção de soldas de alta
qualidade e resistência
TIG – GTAW - SAGT

 A soldagem tig possibilita soldar


alumínio, titânio, cobre e outros aços
inoxidáveis, como metais de soldagem
difícil
 Quanto menos aguda for a ponta do
tungstênio maior a penetração,
quanto mais aguda maior a chance de
defeito por inclusão de tungstênio.
MIG/MAG - GMAW
MIG/MAG - GMAW

 Praticamente igual ao processo arame


tubular, sendo que este processo utiliza
metal de adição sólido;
 Sua vantagem em relação ao arame tubular
é que pode se soldar diversos metais;
MIG/MAG - GMAW
 Desenvolvimentos subseqüentes acrescentaram atividades com
baixas densidades de corrente e correntes contínuas pulsadas,
emprego em uma ampla gama de materiais, e o uso de gases
de proteção reativos (particularmente o dióxido de carbono,
CO2) e misturas de gases. Esse desenvolvimento posterior
levou à aceitação formal do termo GMAW – Gas Metal Arc
Welding para o processo, visto que tanto gases inertes quanto
reativos são empregados. No entanto, quando se empregam
gases reativos, é muito comum usar o termo soldagem MAG
(MAG – Metal Active Gas).
MIG/MAG - GMAW

 O processo de soldagem funciona com corrente


contínua (CC), normalmente com o arame no
pólo positivo. Essa configuração é conhecida
como polaridade reversa. A polaridade direta é
raramente utilizada por causa da transferência
deficiente do metal fundido do arame de solda
para a peça.
ESW
Soldagem por ponto
SOG - OFW

 Conjunto de processos de soldagem por


fusão nos quais o aquecimento é produzido
pela chama resultante de uma mistura entre
gás combustível e oxigenio ( comburente ).
 Requer alta habilidade de soldagem;
 Soldagens de peças com baixa espessura;
 Superaquecimento da região a ser soldada
TERMINOLOGIA
TERMINOLOGIA
JUNTA E CHANFRO
JUNTAS DE TOPO
JUNTAS DE ÂNGULO
JUNTAS DE ÂNGULO
CHANFRO
CHANFRO
CHANFRO
MODOS DE OPERAÇÃO

 Manual – depende totalmente do soldador;

 Semi-automático – parcialmente do soldador;

 Mecanizado – Programação do soldador;

 Automática – não depende do soldador.


TERMOS GERAIS

 Consumível – Material empregado na


deposição ou proteção da solda, tais como:
eletrodo revestido, vareta, arames, anel
consumível, gás, fluxo entre outros.

 Escória – Resíduo não metálico proveniente


da dissolução do fluxo ou revestimento e
impurezas não metálicas na soldagem
TERMOS GERAIS
 Perna de solda – distância entre a raiz da junta a
margem da solda em ângulo
TERMOS GERAIS

 Solda autógena – Solda de fusão sem


participação de metal de adição.
 Solda heterogênea – Solda cuja
composição química da zona fundida, difere
significafivamente do(s) metal(s) de base,
no que se refere aos elementos de liga.
 Solda homogênea – solda cuja composição
química da zona fundida é aproxima a do
metal de base.
CODIFICAÇÃO DE
SOLDAGEM
 Z.T.A, Pn°, An° e Fn° termos muito utilizados que
devem ser de dominio de todos que estudam esta área.

 Z.T.A – Região adjacente a soldagem que sofre aporte


térmico elevado devido a energia desprendida
ZTA

Zona Fundida
Material
ZTA ou ZAC Zona de Ligação
Base
ZTA
ZTA
Pn°
 Classificação dos materiais de acordo
com sua estrutura cristalina e não por
sua forma fisica, exemplo:
Pn°
 Pn° 1 – A maioria dos aços carbono

 Pn° 4 e 5 – A maioria dos aços ligas

 Pn° 8 – A maioria dos aços


inoxidaveis
Fn°
 Cada consumível de soldagem oferece uma
dificuldade diferente de soldagem seja ele
de mesmo processo ou diferente. Isto
significa que um eletrodo para o processo
smaw tem uma dificuldade maior ou menor
para uma vareta de soldagem de acordo
com a norma ASME IX
 COLOCAR F NUMERO DO ASME
An°

 O metal de solda depositado é uma mistura


de dois materiais, o consumível e o próprio
metal base.
SIMBOLOGIA
SIMBOLOGIA / ENSAIO
SIMBOLOGIA
SIMBOLOGIA
COSUMÍVEIS
 Todos materiais empregados na deposição ou
proteção de solda;
 A seleção do consumível depende do processo de
soldagem que por sua vez é escolhido em função
de vários fatores:
→ Metal de base
→ Geometria da junta
→ Espessura da peça
→ Posição de soldagem
→ Produtividade
→ Tipo de fonte
COSUMÍVEIS

 Todos consumíveis de solda estão


cobertos pela norma ASME SEC.II parte
C/AWS.
 São designados por SFA;
 Para gases de proteção vale os requisitos
de pureza previamente estabelecido no
procedimento de soldagem
COSUMÍVEIS

 SFA/A-5.1 – Eletrodo revestido p/ aço carbono


 SFA/A 5.2 – Oxiacetilenica
 SFA/A 5.4 – Eletrodo revestido p/ aço inox
 SFA/A 5.5 – Eletrodo revestido p/ baixa liga
 SFA/A 5.17 – Eletrodos e fluxos par arco submerso de
aço carbono
 SFA/A 5.20 – Arames tubulares ao carbono
 SFA/A 5.28 – Metal de adição p/ tig aços baixa liga
 SFA/A 5.29 – Eletrodos tubulares baixa liga
SOLDAGEM A GÁS SFA-5.2

 Gases combustível – acetileno, propano;


 Gases comburentes – oxigênio, ar atm.
 Varetas ( metal de adição )
 Fluxos ( fundentes )
METALURGIA
DE SOLDAGEM
 A metalurgia de soldagem é semelhante a
metalurgia de materiais convencional,
porem, os fenômenos são diferentes;

 O entendimento da metalurgia de materiais


é fundamental;

 Estudaremos a partir de agora os conceitos


importantes de metalurgia.
METALURGIA
DE SOLDAGEM
 Podemos dizer que a soldagem a arco
elétrico é uma miniatura de siderurgia;
 “Uma série de condições influencia o
tamanho de grão inicial. É importante saber
que a taxa de resfriamento e a temperatura
têm grande influência na estrutura de grãos
recentemente solidificada e no tamanho de
grão”.
METALURGIA
DE SOLDAGEM
 A formação dos primeiros cristais se inicia no
local de menor temperatura da solda. Esse local
situa-se no ponto onde o metal fundido e o
metal de base não fundido se encontram. Com
a continuação do processo de solidificação
pode ser observado que os grãos no centro são
menores e possuem uma textura mais fina que
os grãos localizados nos limites exteriores do
depósito de solda.
METALURGIA
DE SOLDAGEM
METALURGIA
DE SOLDAGEM
 O tamanho de grão pode ter efeito na integridade da
solda no sentido que grãos pequenos são mais
resistentes e mais dúcteis que grãos grandes. Se
surgir uma trinca, a tendência é que ela se inicie na
área onde os grãos são maiores.
 Metais com granulação fina possuem melhores
propriedades mecânicas para serviço à temperatura
ambiente e a baixas temperaturas. Por outro lado,
metais com granulação grosseira apresenta melhor
desempenho a altas temperaturas.
METALURGIA
DE SOLDAGEM
METALURGIA
DE SOLDAGEM
DILUIÇÃO
DILUIÇÃO
APORTE TÉRMICO
 Na soldagem a arco elétrico o aporte térmico
(heat input) é definido como o calor cedido à
junta soldada por unidade de comprimento e é
calculado pela equação:
 Unidade KJ/mm
CICLO TÉRMICO NA
SOLDAGEM

 A variação da temperatura em diferentes


pontos da peça durante a soldagem pode
ser estimada na forma de uma curva
denominada ciclo térmico de soldagem
CICLO TÉRMICO NA
SOLDAGEM
REPARTIÇÃO TÉRMICA

 Nada mais é do uma curva esquemática de


soldagem que representa os picos de
temperatura;

 Porque????
REPARTIÇÃO TÉRMICA
ESTRUTURA DO METAL DE
SOLDA
PRÉ AQUECIMENTO

 São três as funções mais


importantes do P.A. :
→ Eliminar hidrogênio
→ Reduzir a taxa de
resfriamento
→ Eliminar deformações
PRÉ AQUECIMENTO

 A temperatura depende de três fatores:


→ o teor de carbono do material de base
→ o teor de ligas do material de base
→ a espessura do material de base

■ Para determinar a temperatura sem a


utilização de normas utiliza-se o cálculo
baseado no carbono equivalente
Ceq
Exemplo
 Calcular a temperatura de pré aquecimento
dos aços abaixo:

 SA 335P22
 SA 312TP304H
PRÉ AQUECIMENTO
 Pode-se utilizar as normas equivalentes, como ansi 31.3.
ALIVIO DE TENSÕES

 Recozimento sucrítico visando a eliminação


de tensões internas sem modificação
fundamental das propriedades existentes,
realizado após deformação a frio,
tratamento térmico, soldagem, usinagem,
etc.
 Alivio de tensões aumenta a ductilidade
porém baixa a resistência mecânica;
ALIVIO DE TENSÕES
 Melhor ou mais recomendado tratamento após
soldagens de aços específicos;

 A determinação para que se faça alivio de


tensões depende de quais fatores:
 1 – Es
 2 – Ce
 3 – Pn°
ALIVIO DE TENSÕES
DEFEITOS E
DESCONTINUIDADES
 Para serviços de soldagem com grande
responsabilidade onde envolve grandes
espessuras ligas especiais a base de
carbono, o principal agente para defeitos é
o hidrogênio.
 As medidas práticas para evitar a
fissuração dependem de reduzir o
hidrogênio na poça de fusão e evitar uma
ZTA endurecida.
DEFEITOS E
DESCONTINUIDADES
 Para qualquer aço a dureza atingida na ZTA
depende diretamente da taxa de resfriamento e
quanto maior a taxa de resfriamento mais
facilmente a estrutura pode trincar.
TRINCA DE
REAQUECIMENTO

 Em aços ligas após a soldagem geralmente


não se tem o hábito de utilizar o pós
aquecimento
CORROSÃO SOB TENSÃO

 Depende especificamente do
produto a ser utilizado no
processo, h²s, ácidos, soda etc.....
NORMAS TÉCNICAS
 ASME Boiler and Pressure Vessel Code Sec. VIII Div.1

 ASME Boiler and Pressure Vessel Code Sec. VIII Div.2

 ASME Boiler and Pressure Vessel Code Sec. IX

 ASME Boiler and Pressure Vessel Code Sec. V


NORMAS TÉCNICAS
 ASME Boiler and Pressure Vessel Code Sec. III

 Código AWS - American Welding Society

 ASTM - American Society for Testing and Materials


NORMAS PARA
FABRICAÇÃO
 ASME/ANSI B31.1 - Power Piping - S Stamp
 Sec.III - Nuclear Applications - N Stamp
 Sec.IV - Rules for Construction of Heating Boilers - H Stamp
 Sec.VIII Div.1 - Rules for Construction of Pressure Vessels - U
/ UM Stamp
 Sec.VIII Div.2 - Alternative Rules - U2 Stamp
 Sec.VIII Div.3 - For High Pressure Vessels - U3 Stamp
 Sec.X - Fiber-Reinforced Plastic Pressure Vessels - RP Stamp
 Sec.I / ANSI B31.1 - Electric Power Boilers - E Stamp
 Sec.II - Materials specification-miniature boilers- M Stamp
 Sec.VIII Div.1 or 2- Rules for Pressure Vessels safety valves-
UV Stamp
ASME SECTION IX
 Os testes que serão realizados na qualificação de uma
EPS, assim como o seu número, dimensões e posição
no corpo de prova, dependem da aplicação e da
norma considerada. Como testes, que podem ser
requeridos, pode-se citar:

 Ensaio de dobramento,
 Ensaio de tração,
 Ensaio de impacto (ou outro ensaio para
determinação de tenacidade),
 Ensaio de dureza,
 Macrografia,
 Ensaios não destrutivos (por exemplo, radiografia), e
ASME SECTION IX
 Segundo o código ASME, as variáveis que
determinam a qualificação de um soldador
são:
• Processo de soldagem,
• Tipo de junta,
• Posição de soldagem,
• Tipo de eletrodo,
• Espessura da junta, e
• Situação da raiz.

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