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O jornal O Dia foi fundado em 1951 pelo então governador do Rio de

Janeiro Chagas Freitas. O jornal era conhecido por seu caráter sensacionalista, e
tinha como público alvo as classes C, D e E. As páginas d’O Dia continham
principalmente notícias policiais; para ilustrar as matérias, muitas vezes eram
utilizadas fotos dos arquivos da polícia.

Essas características permaneceram até 1983, quando O Dia foi adquirido


pelo jornalista e empresário Ary Carvalho. A partir daí, iniciou-se um profundo
processo de transformação do jornal, que começou a crescer e conquistar os
leitores cariocas que antes se dividiam entre O Globo e o Jornal do Brasil. Em
1989, o jornal passou por uma operação de reformulação empresarial que mudou
claramente seu perfil sensacionalista e fez com que O Dia passasse a ser
considerado por muitos o primeiro jornal popular de qualidade do Brasil.

Ainda em 1989, estendendo-se à década de 90, houve um investimento de


US$ 32 milhões na construção de um parque gráfico moderno e na implantação
de um sistema editorial totalmente informatizado. Essa tecnologia permite que o
jornal seja impresso em full color, uma de suas principais características além da
beleza gráfica, infografia, linguagem clara e direta, proximidade da comunidade,
segmentação temática e geográfica (são 7 primeiras páginas diferentes de acordo
com a região, pretendendo-se chegar a 15 em 2001) e projetos editoriais.

As mudanças citadas anteriormente foram um grande passo para a criação do


novo perfil do jornal, mas a grande virada só ocorreu em 1996, quando o Grupo O
Dia decidiu investir em outras mídias como rádio, televisão e internet. Surgiram
dessa nova visão gerencial O Dia On-line, a TV O Dia, em UHF, e as rádios Nova
FM e FM O Dia, sendo a última líder em audiência no Rio de Janeiro.

Um ano depois, em 1997 O Dia montou uma agressiva estrutura de


distribuição. Foram abertos novos pontos de venda; a publicidade e uma maior
visibilidade para o jornal ganharam espaço nas bancas e foram feitas parcerias
com distribuidores e jornaleiros. Toda essas estratégia de logística e distribuição
advém do fato de 98% das vendas d’O Dia serem realizadas nas bancas. A venda
em bancas representa uma série de vantagens, uma vez que o pagamento é feito
diariamente, em dinheiro, e não há descontos, como no caso da venda de
assinaturas.

A partir de março de 1997, O Dia chegou ao primeiro lugar de vendas,


circulação e número de leitores no Rio de Janeiro e ampliou sua aceitação na
classe B. Hoje é líder em quantidade de vendas em bancas e o terceiro maior em
circulação de todo Brasil, além de manter sua posição de líder em número de
leitores no rio de Janeiro.

Para o próximo ano (2001), os objetivos são transformar o jornal em um grupo


de comunicação multimídia, melhorar a qualidade do produto e aplicar uma
estratégia de marketing agressiva.

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