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2005
COLEÇÃO SELO TURISMO
© Copyright, Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Cultura e Turismo, 2005
Equipe Técnica
Antônio Barretto Júnior
Érico Pina Mendonça Júnior
Inez Maria Dantas Amor Garrido
Jorge Antônio Santos Silva
Marivone Leite Santana
Nidalvo Quinto dos Santos
Colaboração Especial
Paulo Renato Dantas Gaudenzi
Projeto Gráfico
Patrícia Claudia Marques Ayres
vigoroso programa de desenvolvimento turístico da
A presentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .09
P anorama do T urismo no M undo . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
O T urismo no B rasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
I mportância do T urismo para a B ahia . . . . . . . . . . . . .23
E volução das P olíticas P úblicas de
T urismo na B ahia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39
S éculo XXI: C onsolidação do T urismo
E stratégia T urística da B ahia , 2003-2020 . . . . . .65
E strutura de G estão e S uporte do
T urismo na B ahia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .105
R esultado e M etas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111
A pêndices . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .115
Apresentação
1
Panorama do Turismo no
Mundo
O
turismo mundial cresceu em ritmo célere no decorrer
dos anos 1990, estimulado por uma conjunção de
circunstâncias favoráveis, entre as quais o avanço na
área de comunicação - facilitando a rápida difusão de roteiros e pacotes turísticos -, o
crescimento populacional nas faixas etárias mais avançadas e o aumento da renda
disponível e do tempo livre dos trabalhadores de países do primeiro mundo.
Segundo a Organização
Mundial do Turismo (OMT), 762,5 milhões de pessoas
De acordo com a OMT, entre 1991 e
movimentaram-se em viagens turísticas em todo o 2004 o movimento turístico internacional
mundo no ano de 2004, gerando um volume de no mundo cresceu 65,4% e 123,8%,
ingressos da ordem de US$622,0 bilhões. considerando-se o fluxo e a receita, res-
pectivamente.
Para o ano de 2020, estima a
entidade que o turismo internacional terá
movimentado em torno de 1,6 bilhão de pessoas, sendo 1,2 bilhão em viagens intra-
regionais (75%) e 0,4 bilhão em viagens de longa distância (25%). Se confirmadas tais
projeções, a estrutura de distribuição do fluxo internacional será sensivelmente alterada
comparativamente a 19951, quando os deslocamentos intra-regionais e os de longa
distância representavam 82,1% e 17,9%, respectivamente.
1
Esse foi o último ano em que a OMT divulgou estatísticas sobre o fluxo internacional desagregado em viagens intra-regionais e
de longa distância.
Século XXI: Consolidação do Turismo
14
Panorama do Turismo no Mundo
15
Século XXI: Consolidação do Turismo
16
Capítulo
2
O Turismo no Brasil
N
úmeros divulgados recentemente pelo Instituto
Brasileiro de Turismo (EMBRATUR) confirmam as
projeções sobre o desempenho do turismo internacional
no Brasil em 2004. Foram 4,7 milhões de visitantes estrangeiros entrando no país naquele
ano, o que representa um crescimento de 15,5% ante 2003. Esse movimento gerou o
ingresso de US$ 3,9 bilhões, sobrepujando o resultado de 2003 em 15,6%. (Tabela 3)
Com tal desempenho, o turismo continua figurando entre os dez
produtos mais importantes da pauta de exportação brasileira de bens e serviços, cabendo
assinalar que entre os anos de 1998 e 2003 a posição do país no ranking dos principais
receptores de turistas internacionais passou do 45 o para o 39o lugar.
Um exame da série histórica 1991-2004, mostrada na Tabela 3,
revela os bons resultados do turismo receptivo internacional no Brasil no período, com o
fluxo e a receita crescendo 284,7% e 151,0%, respectivamente. Isso significa dizer que o
número de chegadas de estrangeiros ao país aumentou, em média, 10,9% a.a, avançando
em ritmo mais lento a receita originada dos gastos desses visitantes (7,3% a. a). Uma outra
constatação com base nesses indicadores é o seu crescimento praticamente ininterrupto
entre os anos de 1991 e 2000, chamando a atenção o resultado expressivo de 1998 ante
1997, quando o número de visitantes estrangeiros no país aumenta 69,1%. Tal
desempenho deve estar refletindo a mudança na metodologia que a EMBRATUR vinha
adotando, desde 1998, para estimar o número de turistas que ingressam no país pelas
fronteiras terrestres.
Mas esse movimento ascendente sofre duas interrupções
consecutivas com os declínios de 10,2% em 2001 e 20,7% em 2002, observando-se que,
mesmo depois de apresentar resultados expressivos de 8,1% e 15,5% nos dois anos
subseqüentes, o fluxo internacional não consegue retomar o patamar alcançado em 1998,
Século XXI: Consolidação do Turismo
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O Turismo no Brasil
19
Século XXI: Consolidação do Turismo
20
O Turismo no Brasil
da atividade no Brasil é mostrada, também, nos resultados de uma pesquisa mais recente
encomendada pela EMBRATUR à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
Segundo esse estudo, no ano de 2001, o mercado interno representou a movimentação
de 41,4 milhões de pessoas e gerou um montante de receita de R$ 48,4 bilhões
(EMBRATUR/FIPE, 2002).
No entanto, estatísticas mais recentes fornecidas pelo IBGE revelam
que em 2004 a participação do Consumo das Famílias no PIB brasileiro foi a mais baixa
(55,3%) do período 1991-2004, observando-se que esse movimento declinante tem início
em 1997 e que entre esse ano e 2002 os salários perderam 35% do seu poder de compra,
reduzindo-se simultaneamente os níveis de produção e emprego.
É importante observar que
Segundo a FIPE, no ano de 2001, o
todas as classes sociais registraram queda de mercado interno representou a movi-
rendimento no Brasil entre 1999-2003, notadamente a mentação de 41,4 milhões de pessoas e
classe média, que nesse período sofreu perdas gerou um montante de receita de R$
48,4 bilhões.
estimadas em mais de 30%.
Mas a melhoria de alguns indicadores do desempenho
macroeconômico do país, divulgados mais recentemente, tem justificado projeções
otimistas para os diversos setores da economia brasileira no médio prazo, a exemplo do
panorama traçado pelo WTTC para o turismo em 2014, mostrado na Tabela 5, podendo-
se destacar as seguintes previsões:
• O mercado de viagens e turismo participa com 7% do Produto
Interno Bruto do Brasil, devendo ser elevado esse percentual
para 7,2% em 2014;
• Sua produção bruta equivale a US$ 38,3 bilhões, estimando-se
que esse montante venha a alcançar US$ 94,1 bilhões no ano
de 2014;
• Responde por 2,8% e 8,2% do total dos gastos
governamentais e dos investimentos de capital,
respectivamente, prevendo-se que em 2014 se altere apenas
sua participação nos investimentos de capital (8,8%).
• Emprega 6,7% da força de trabalho do país, devendo absorver
6,9% desta em 2014.
• Ocupa 5,4 milhões de pessoas no país, uma para cada 15
empregadas, mas a expectativa é de que em 2014 o mercado
de viagens e turismo absorva 6,9 milhões de pessoas (uma
para cada 14,4 ocupadas).
21
Século XXI: Consolidação do Turismo
22
Capítulo
3
Importância do Turismo para
a Bahia
O
s anos 1990 ficarão registrados na história econômica
mais recente da Bahia como a década do turismo, quando
foram plantados e colhidos os frutos de uma política
setorial bem-sucedida, possibilitando o crescimento da atividade a taxas superiores à média da
economia baiana. Como conseqüência, a participação da renda gerada pelo turismo no Produto
Interno Bruto (PIB) do Estado evoluiu de 4,0% em 1991 para 7,9% em 2004, segundo
estimativas elaboradas pela Secretaria da Cultura e Turismo (SCT). Esses bons resultados
permitiram ao Estado manter-se na 2a posição no ranking do turismo de lazer no país e na
terceira quando considerado o resultado global da atividade.
Recebendo forte impulso dos investimentos públicos realizados na
melhoria e ampliação da infra-estrutura de apoio, mais recentemente ancorados nos recursos
do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (PRODETUR-Ne), o turismo na Bahia
vem se movimentando em sentido ascendente desde o
início da década passada, creditando-se ao governo do
Estado uma parcela importante desses bons resultados. O turismo vem se revelando uma ativi-
dade estratégica para a expansão da
Ao promover a desconcentração da atividade para além economia baiana, por sua capacidade de
da capital baiana e instituir mecanismos legais com vistas gerar divisa, emprego e renda e im-
pulsionar diferentes segmentos da
a regulamentar e monitorar o uso dos recursos culturais
estrutura produtiva do Estado.
e ambientais existentes, o poder público baiano criou as
condições básicas para incorporar atributos de singular
qualidade à oferta turística na Bahia sem ocasionar danos aos ecossistemas. E para tornar o
Estado um destino competitivo, fortaleceu as estruturas de apoio ao desenvolvimento turístico,
ao tempo em que implementou uma política promocional agressiva2, bem estruturada e
sincronizada com as transformações mais recentes no mercado turístico mundial, atraindo para
Século XXI: Consolidação do Turismo
Fluxo Turístico
2
Compreendendo a participação em eventos nacionais e internacionais próprios e de calendário; o trabalho em parceria com
companhias aéreas, hotéis de cadeias internacionais e operadores de turismo (vendedores) brasileiros e estrangeiros e campanhas
publicitárias, entre outros.
3
Para tanto, utiliza estatísticas fornecidas pela rede hoteleira local, registradas nos Boletins de Ocupação Hoteleira (BOHs) e nas
Fichas Nacionais de Registro de Hóspedes (FNRHs). A instituição complementa sua base de dados por meio das Pesquisas de
Turismo Receptivo realizadas nos períodos de baixa, média e alta estação. Já a estimativa do fluxo internacional vem sendo elabo-
rada com base em dados fornecidos pela EMBRATUR.
24
Importância do Turismo para a Bahia
por esses visitantes. Foram 4.897.000 pessoas fazendo opção pela Bahia em 2004, o que
representa mais do dobro do fluxo registrado em 1991.
A contribuição mais expressiva para esse resultado veio do
mercado interno, que vem garantindo a continuidade e a sustentabilidade do
desenvolvimento turístico no Estado por ser mais representativo na estrutura de
distribuição do fluxo global – 86,4% contra 13,6% do estrangeiro4.
Gráfico 1
Fluxo Turístico
Bahia, 1991- 2004
Fonte: SCT/BAHIATURSA
(*) Dados sujeitos a correção
Nota: Fluxo estrangeiro estimado com base em dados fornecidos pela Embratur
4
Tomando-se o ano de 2004 como referência
25
Século XXI: Consolidação do Turismo
26
Importância do Turismo para a Bahia
Gráfico 2
Evolução do Fluxo Turístico Doméstico, segundo os Principais Mercados Emissores
Salvador, 1991-2004
Fonte: SCT
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Século XXI: Consolidação do Turismo
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Importância do Turismo para a Bahia
Gráfico 3
Evolução do Fluxo Turístico Internacional, segundo os Principais Mercados Emissores
Salvador, 1991-2004
Fonte: SCT
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Receita Turística
Gráfico 4
Receita Turística
Bahia, 1991-2004
Fonte: SCT/BAHIATURSA
(*) Dados Sujeitos a correção.
Nota: Receita do segmento estrangeiro estimada com base em dados fornecidos pela Embratur
30
Importância do Turismo para a Bahia
nos períodos em que as variações cambiais são mais freqüentes, a exemplo do que vem
ocorrendo desde 1999, quando o país passou a adotar um regime cambial flutuante.
Os dados apresentados no Gráfico 4, expressos em R$ e
atualizados para o ano de 2004 pelo IPC-SEI-Salvador, mostram que a receita derivada do
turismo no Estado evoluiu em ritmo bem mais acelerado que o do fluxo no período
analisado (8,2% a.a contra 6,4% a.a). Essa média foi puxada pelo incremento
surpreendente dos gastos dos turistas estrangeiros, estimado em nada menos que
433,0% no resultado acumulado do período e em
13,7% no resultado médio anual. (Tabela 9). Como a
velocidade de crescimento da receita nesse O turista estrangeiro que visita a Bahia
tem renda média anual de US$ 31 mil, e
segmento foi bem superior à do fluxo, essa diferença
um gasto médio/dia de US$ 74,0. Essas
pode estar refletindo uma elevação significativa do médias superam as do turista nacional.
gasto médio dos estrangeiros, agregando maior valor
31
Século XXI: Consolidação do Turismo
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Importância do Turismo para a Bahia
Desempenho da Hotelaria
33
Século XXI: Consolidação do Turismo
período (1,7%), chegando até mesmo a declinar 9,6% nos estabelecimentos de uma
estrela, nos MHs de três, quatro e cinco estrelas registraram-se aumentos tão
expressivos que, em alguns períodos, superaram as médias nacionais.
Já o tempo de permanência dos turistas hospedados nesses
hotéis oscilou entre 3,3 e 3,8 dias ao longo da série examinada. Essas médias estão
aquém das metas traçadas pelo governo e desejadas pela classe empresarial, podendo
estar influenciadas pelo turismo de negócios/congressos/convenções, que já responde
por 32,0% do fluxo turístico que se destina a Salvador, mas tem como uma de suas
características a curta estada desses visitantes nos núcleos receptores.
Considerado o filão desse mercado, o turismo de negócios/
congressos/convenções vem garantindo a ocupação permanente das UHs hoteleiras ao
longo do ano, uma vez que está menos sujeito aos efeitos da sazonalidade,
representando, portanto, uma alternativa de investimento segura e rentável para os
34
Importância do Turismo para a Bahia
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Século XXI: Consolidação do Turismo
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Importância do Turismo para a Bahia
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Gráfico 5
Evolução da Oferta de Meios de Hospedagem Classificados/Assemelhados (1)
Salvador, 1991-2004
Fonte: SCT
Notas: (1) Classificação feita segundo os critérios da EMBRATUR válidos até 28/02/97
(2) Os Meios de Hospedagem Assemelhados foram incluídos a partir de 1997
38
Capítulo
4
Evolução das Políticas
Públicas de Turismo na Bahia
E
ntre os anos de 1953 e 1964, foram tomadas algumas
iniciativas embrionárias em benefício do turismo na
capital do Estado, a exemplo da criação do Conselho de
Turismo de Salvador e da transformação da Secção de Turismo da Diretoria do Arquivo e
Divulgação (primeiro órgão municipal de turismo) em Diretoria Municipal de Turismo. No
mesmo período, elabora-se um Plano Municipal de Turismo, sem desdobramentos
posteriores, e institui-se a Superintendência de Turismo da Cidade do Salvador
(SUTURSA).
Ainda incipiente à época, a atividade turística caracterizava-se pelo
fraco desempenho econômico. Eram precários tanto o acesso aéreo quanto o rodoviário;
havia carência de mão-de-obra e a rede hoteleira, com alguma qualidade, limitava-se a três
hotéis de porte médio.6
No ano de 1966, já no âmbito Em 1968, com a denominação de
do Poder Público estadual, institui-se a Secretaria de Hotéis de Turismo do Estado da Bahia,
é criada a BAHIATURSA, S. A., cuja
Assuntos Municipais, à qual se vinculava um
atividade limitava-se à construção,
Departamento de Turismo. A missão desse ampliação e administração de hotéis e
Departamento era elaborar um plano de fomento ao pousadas.
turismo e supervisionar as estâncias hidrominerais.
Dois anos depois, com a denominação de Hotéis de Turismo do
Estado da Bahia, é criada a BAHIATURSA, S. A., cuja atividade limitava-se à construção,
ampliação e administração de hotéis e pousadas.
6
Hotel da Bahia, Palace e Meridional.
Século XXI: Consolidação do Turismo
40
Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
41
Século XXI: Consolidação do Turismo
7
Além das Ações nas áreas de Saneamento, Rodovias, Aeroportos, Melhorias Urbanas e Energia, foram feitas outras intervenções
importantes, a exemplo de melhorias nos equipamentos culturais do Estado - (Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), Museu
de Arte da Bahia (MAB), Teatro Castro Alves (TCA), e do restauro de monumentos, em especial o Centro Histórico de Salvador.
8
Ver maiores detalhes no Capítulo 7.
42
Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
9
Concebido e implementado a partir de 1992, o Programa de Desenvolvimento Turístico do Nordeste (PRODETUR-Ne,), além de
estar ancorado em base conceitual análoga, recebeu a mesma denominação dada ao Programa de Desenvolvimento Turístico da
Bahia (PRODETUR-Ba), iniciado pelo governo do Estado em 1991.
43
Século XXI: Consolidação do Turismo
Fonte: SEI/SUINVEST
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Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
6
Por intermédio da Secretaria da Cultura e Turismo, em 2003 entrou em vigência uma nova política cultural para o Estado da Bahia.
45
Século XXI: Consolidação do Turismo
uma política de promoção e incentivo específica e abrangente10, a área cultural não poderia
deixar de figurar entre os principais pilares de sustentação da atividade turística na Bahia,
merecendo, portanto, ênfase especial nas estratégias apresentadas no capítulo a seguir.
Infra-estrutura Turística
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Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
Roteiro Náutico
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Proteção Ambiental
Proteção ambiental
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Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
12
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) - Lei 9.985/2000
49
Século XXI: Consolidação do Turismo
Unidades de Conservação
Fonte: SEMARH/SUINVEST
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Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
fantástica biodiversidade (458 espécies diferentes por hectare) pode representar, no futuro,
um considerável acervo genético vivo capaz de potencializar soluções nos campos
agronômico, nutricional e da medicina.
Em paralelo a essas intervenções específicas para proteção do meio
ambiente, várias medidas mitigadoras e compensatórias surgiram ao longo do período de
implementação do PRODETUR-Ba. Não previstos inicialmente no âmbito do Programa,
esses projetos, soluções e ações de caráter socioambiental foram se incorporando às
intervenções em outras atividades (saneamento, construção de estradas, aeroportos, entre
outras), trazendo notórios benefícios para os ecossistemas e para as populações dos
núcleos receptores.
Marketing Turístico
51
Século XXI: Consolidação do Turismo
Produto
52
Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
Promoção
53
Século XXI: Consolidação do Turismo
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Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
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Século XXI: Consolidação do Turismo
O Fórum de Educação
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Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
Turismo e Cultura
14
Secretaria da Cultura e Turismo. Bahia - Política Cultural, 2003-2020
15
Entre 1991 e 2002, foram investidos US$ 148 milhões em obras de recuperação do patrimônio histórico/cultural nas Zonas
Turísticas do Estado.
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Século XXI: Consolidação do Turismo
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Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
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Século XXI: Consolidação do Turismo
16
MONITOR GROUP, 2001. Criando o Cluster de Entretenimento do Estado da Bahia.
17
Esse esforço envolveu a Secretaria da Cultura e Turismo (SCT), a Empresa de Turismo da Bahia S. A (BAHIATURSA), a Secretaria
de Planejamento do Estado (SEPLAN) e a Fundação Luiz Eduardo Magalhães (FLEM).
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Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
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Século XXI: Consolidação do Turismo
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Evolução das Políticas Públicas de Turismo na Bahia
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Capítulo
5
Século XXI:
Consolidação do Turismo
Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
O
s impactos positivos do PRODETUR-Ba nas áreas de
interesse turístico do Estado ao longo dos anos 1991-2002
ficaram comprovados nos indicadores de desempenho da
atividade nesse período, indicando que as ações e projetos desenvolvidos até então deveriam ter
continuidade. Tal avaliação estimulou os gestores do turismo a dar prosseguimento a esse
Programa, cujo objetivo central é melhorar as condições de vida das populações residentes nos
núcleos receptores, contribuindo para elevar a qualidade da experiência do visitante. O novo
modelo proposto está ancorado em princípios que levam em consideração a eficiência
econômica, a equidade social e o respeito ao meio ambiente e aos bens culturais - materiais e
imateriais.
Entende o governo que consolidar o turismo como atividade estratégica
é de vital importância para a viabilização do projeto de desenvolvimento socioeconômico traçado
para a Bahia nos próximos anos, levando em conta a forte vocação do Estado para o turismo e
os efeitos multiplicadores que este vem desencadeando sobre a economia baiana. É por esse
motivo que tem canalizado recursos vultosos para a construção de uma sólida infra-estrutura de
suporte ao desenvolvimento da atividade, investindo recursos não menos expressivos na
preservação do ambiente natural e do patrimônio cultural da Bahia, considerados os insumos
básicos do turismo.
No processo de construção desse novo modelo, que se apóia no
conceito de sustentabilidade, o Poder Público baiano arregimentou empresários e
representantes da sociedade civil em diversos encontros realizados nas ZTs do Estado,
onde foram definidos a visão, a missão, os princípios, valores e objetivos que deverão
Século XXI: Consolidação do Turismo
Visão
Missão
Princípios
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Objetivos
Geral
• Promover o desenvolvimento sustentável da atividade turística no
Estado da Bahia.
Específicos
• Elevar a participação da renda gerada pelo turismo no Produto
Interno Bruto (PIB) do Estado;
• Garantir o uso responsável dos recursos naturais, o respeito à
produção cultural, a inserção da população residente no processo e
a competitividade mercadológica dos produtos turísticos baianos;
• Ampliar o número de visitantes no Estado e elevar o patamar da
receita turística;
• Promover a melhoria da qualidade de vida da população e
acompanhar esse processo utilizando indicadores como o
incremento dos postos de trabalho e renda e as condições de
acesso aos bens e serviços públicos;
• Estimular e apoiar o aperfeiçoamento das gestões municipais, com a
finalidade de tornar mais eficaz o gerenciamento dos fluxos de
turismo, da infra-estrutura e dos serviços públicos e de ampliar as
receitas públicas, beneficiando a população residente e os turistas.
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Fonte: SEI/SUINVEST
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Sete ZTs delimitavam a geografia turística do Estado a saber: Costa dos Coqueiros, Baía de Todos os Santos, Costa do Dendê,
Costa do Cacau, Costa do Descobrimento, Costa das Baleias e Chapada Diamantina.
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
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Século XXI: Consolidação do Turismo
70
Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
foram discutidas as bases para a criação do Centro Internacional das Indústrias Criativas19, que
respondem atualmente por cerca de 7% do PIB mundial e deverão movimentar US$1,3 trilhão no
mundo em 2005, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU).
O propósito do governo baiano é contribuir para que esse Centro venha
a se localizar em Salvador, com a missão de nortear ações e políticas voltadas para a geração de
bens e serviços nos setores de publicidade, arquitetura, mercado de artes e antiguidades,
artesanato, alta costura, filmes e vídeos, software, música, artes cênicas, editoras, televisão e
rádio, mobília de design, roupa de moda, produção audiovisual, design gráfico, artes e
entretenimentos, internet, artes visuais e editoração, entre outros.
Estão incluídos na ZT Baía de Todos os Santos os municípios
relacionados a seguir: Jaguaripe, Itaparica, Vera Cruz, Nazaré, Salinas da Margarida,
Maragojipe, São Félix, Cachoeira, Saubara, Santo Amaro, São Francisco do Conde,
Madre de Deus e Salvador. (Apêndice 11).
19
“As indústrias criativas são aquelas que têm sua origem na criatividade, habilidade e talento individuais e possuem o potencial para
a criação de riqueza e empregos através da geração e da exploração da propriedade intelectual”. ( The Creative Industries Mapping
Document, Department for Culture, Media and Sport, UK, 1998).
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Costa do Dendê
72
Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Costa do Cacau
Ilhéus Canavieiras
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Costa do Descobrimento
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Abrolhos Prado
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Chapada Diamantina
Circuito do Diamante
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Circuito do Ouro
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Século XXI: Consolidação do Turismo
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Caminhos do Oeste
79
Século XXI: Consolidação do Turismo
Vale do Jiquiriçá
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Caminhos do Sertão
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Século XXI: Consolidação do Turismo
82
Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Estratégias
83
Século XXI: Consolidação do Turismo
84
Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Estratégias
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Estratégias
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Macroestratégia Integração
Estratégias
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Macroestratégia Marketing
Estratégias
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Estratégias
20
Expressão cunhada pela BAHIATURSA e utilizada no seu marketing para criar no imaginário do visitante o desejo de viver uma
experiência única ao consumir o produto Bahia.
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Desenvolvimento do Produto
Estratégias
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Estratégias
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Século XXI: Consolidação do Turismo
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Estratégias
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Home Port - porto receptor e emissor de cruzeiros marítimos, cuja função é gerar e dar suporte a programas de cruzeiros marítimos
de curta e média duração.
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Estratégias
Estratégias
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
• Estabelecer parcerias com as Universidades e ONGs que atuam nas ZTs, com
o objetivo de realizar estudos e implementar ações de estímulo ao
desenvolvimento de produtos turísticos de esportes e aventura;
• Ampliar a oferta de produtos do turismo de aventura, dando maior
aproveitamento turístico ao Parque Estadual da Serra do Conduru, localizado
na ZT Costa do Cacau, e de outras Unidades de Conservação.
Estratégias
Estratégias
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Estratégias
Estratégias
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
Distribuição
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Estratégias
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Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
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Século XXI: Consolidação do Turismo
Estratégias
Mercados
• Mercado Internacional
100
Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
22
Segundo pesquisa realizada pela Travel Industry Association of America (TIA) em 2004, os americanos com renda inferior a US$
75.000 viajam 1,4 vez/ano ao exterior, enquanto os que possuem renda entre US$ 100.000 e US$ 150.000 viajam 2,1 vezes/ano.
23
Pode-se tomar como exemplo os EUA, onde 70,0% do fluxo turístico procedem de apenas quatro países - Canadá (29,1%), México
(20,4%), Japão (10%) e Reino Unido (8,8%), influenciando a escolha desse destino a proximidade e as relações históricas e culturais
que mantêm esses países, à exceção do Japão.
101
Século XXI: Consolidação do Turismo
Estratégias
• Mercado Nacional
102
Estratégia Turística da Bahia, 2003-2020
1.847,00) das famílias com renda superior a 15 SM mostram-se 5,4 vezes superiores
aos gastos das famílias com renda entre 0 e 4 SM. As famílias de maior renda, além de
realizar maior montante de gastos por viagem, respondem por maior proporção relativa
de viagens em suas classes; ou seja, a proporção de pessoas que viajam cresce com
a renda. A propensão a viajar evolui de 17,5% para os indivíduos com renda familiar
entre 0 e 4 SM; até 38,3%, para a classe entre 4 e 15 SM, atingindo 54,8% nas classes
de mais de 15 SM, ou seja, nesta última classe a propensão a viajar é duas vezes maior
que na primeira.
Em função dos dados expostos, concluiu-se pela necessidade de
sofisticar a qualidade da oferta turística por meio do estímulo a investimentos privados
em atrativos e serviços turísticos, fato que contribuirá para a atração de segmentos de
maior nível de renda.
Dessa forma, e visando a atrair visitantes com renda superior a
US$ 1.000,00, a Secretaria da Cultura e Turismo tem concentrado o foco
prioritariamente nos emissores da Região Sudeste, a exemplo de São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais; da Região Sul - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
da Região Centro-Oeste - Goiás, Mato Groso, Mato Grosso do Sul e Brasília.
Para garantir a participação conquistada pela Bahia nesses
mercados foram traçadas as estratégias a seguir:
Estratégias
103
Século XXI: Consolidação do Turismo
104
Capítulo
6
Estrutura de Implementação
da Estratégia
C
oncebido e implementado pela BAHIATURSA entre o
início da década de 1970 e meados da década de
1990, o modelo de Desenvolvimento Turístico adotado
pela Bahia vem sendo permanentemente aperfeiçoado ao longo dos últimos dez anos.
106
Estrutura de Implementação da Estratégia
Além das unidades que lhe são vinculados, a SCT vem recebendo
apoio de organismos da administração pública estadual que executam projetos e ações
nas áreas de infra-estrutura e do meio ambiente 24, assim como das instâncias regionais
de governança - os Conselhos Regionais e o Fórum Estadual de Turismo. (Ver
representação gráfica a seguir).
24
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), Secretaria do Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Secretaria de
Infra-Estrutura (SEINFRA), Secretaria do Trabalho e Ação Social (SETRAS), Empresa Baiana de Saneamento (EMBASA), Companhia
de Desenvolvimento Urbano (CONDER), Centro de Recursos Ambientais (CRA), Departamento de Infra-estrutura de Transportes da
Bahia (DERBA) e Instituto Mauá.
107
Século XXI: Consolidação do Turismo
Implementação da Estratégia
Visão Compartilhada do Turismo
108
Estrutura de Implementação da Estratégia
109
Capítulo
7
Resultados e Metas
R
espondendo por aproximadamente 7,9% da economia
baiana, o turismo apresentou excelente desempenho
entre os anos de 1991 e 2004, atestando o acerto das
políticas públicas implementadas pelo governo estadual na área. Confirma-se, desse
modo, sua importância como vetor do desenvolvimento socioeconômico do Estado.
Nesse período, o governo baiano investiu cerca de US$ 1,6 bilhão
na ampliação e melhoria da infra-estrutura nas ZTs do Estado, sendo US$ 250.000.000
provenientes do PRODETUR-Ne. Se confirmados os prognósticos de crescimento da
atividade e implementadas todas as ações estratégicas previstas pela SCT, até a ano de
2020 a Bahia terá investido cerca US$ 3,3 bilhões em infra-estrutura pública nas Zonas
Turísticas do Estado.
Não menos significativos foram os recursos privados canalizados
para as destinações turísticas do Estado, totalizando US$ 1,2 bilhão, estimando-se para o
mesmo horizonte mais US$ 6,4 bilhões de novos
investimentos. (Gráfico 6).
Considerando-se o total de A principal meta da Secretaria de Cultura e
Turismo é promover o desenvolvimento
investimentos governamentais realizados e previstos - sustentável da atividade no Estado, o que
US$ 3,3 bilhões - tem-se que, para cada US$ 1,00 de vai contribuir para elevar o nível de renda da
população baiana e favorecer, como
investimento público correspondem US$ 2,3 de
decorrência, a inclusão social.
investimentos privados.
Século XXI: Consolidação do Turismo
Gráfico 6
Investimentos Públicos e Privados nas Zonas Turísticas
Bahia, 1991-2020
Em US$ milhões
Fonte: SCT
Posição Julho/2005
112
Resultados e Metas
113
Século XXI: Consolidação do Turismo
114
Apêndices
Século XXI: Consolidação do Turismo
116
Apêndices
117
Século XXI: Consolidação do Turismo
118
Apêndices
119
Apêndice 2
Complexo Cultural de Salvador
120
Século XXI: Consolidação do Turismo
Apêndice 3
Pavilhão de Feiras III do Centro de Convenções da Bahia
121
Apêndices
Apêndice 4
Ampliação do Aeroporto Internacional de Salvador Deputado Luiz Eduardo Magalhães
122
Século XXI: Consolidação do Turismo
Apêndice 5
Estação Marítima de Passageiros do Porto de Salvador - Projeto Home Port
123
Apêndices
Apêndice 6
Prédio Anexo ao Museu de Arte da Bahia
124
Século XXI: Consolidação do Turismo
Apêndice 7
Empreendimento Privado na Baía de Camamu (Ponta do Contrato)
125
Apêndices
Apêndice 8
Infra-estrutura Receptiva no Morro do Pai Inácio - Palmeiras - ZT
126
Século XXI: Consolidação do Turismo
Apêndices
Apêndice 9
127
Século XXI: Consolidação do Turismo
Apêndice 10
128
Apêndices
Apêndice 11
129
Século XXI: Consolidação do Turismo
Apêndice 12
130
Apêndices
Apêndice 13
131
Século XXI: Consolidação do Turismo
Apêndice 14
132
Apêndices
Apêndice 15
133
Século XXI: Consolidação do Turismo
Apêndice 16
134
Apêndices
Apêndice 17
135
Século XXI: Consolidação do Turismo
Apêndice 18
136
Apêndices
Apêndice 19
137
Século XXI: Consolidação do Turismo
Apêndice 20
138
Apêndices
Apêndice 21
139
Século XXI: Consolidação do Turismo
140
Apêndices
141
Século XXI: Consolidação do Turismo
142
Apêndices
143
Século XXI: Consolidação do Turismo
144
Apêndices
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Fotos:
Claudiomar Gonçalves
Arquivo Bahiatursa
Pré-impressão:
Omar G.