Você está na página 1de 4

Cordel Pinquio

Gepeto era um bom carpinteiro


Solitrio e sonhador
Queria um filho companheiro
Para que enchesse de amor
Fez ento um boneco de madeira
Que decidiu chamar de filho
Pinquio o nome escolhido, no de brincadeira
No houve nenhum empecilho
O bom homem fez ento
Um pedido para o cu
E com muita inspirao
Tirou at o seu chapu
Nessa noite, a fada madrinha
Deu vida ao invento

Pegou sua mgica varinha


E tocou na cabea do elemento
Disse que a ele daria vida
Desde que fosse bom e honesto
A fada, antes da partida,
Fez esse humilde manifesto
Pinquio os olhos piscou
Moveu as mos e os ps com alegria
Viu que a fada o abenoou
E fez muita folia
Ganhou um grilo falante
Para serem companheiros

No caminho adiante
Foram os dois sorrateiros

Gepeto quando viu que o menino


Tinha carne, osso e falava
Pensou que fosse um milagre divino
E sua emoo o vislumbrava
Quis ensinar muitos truques
Ao seu filhinho querido
Mostrou que havia duques
Que o podiam deixar ferido
Pinquio foi para a escola
E o grilo o acompanhou
Brincavam, jogavam bola
E com todos se identificou
Como todo menino espuleta
O garoto passou a mentir
E como uma historieta
Seu nariz comeou a sentir
A cada pequena ou grande mentira
Um pouco do nariz crescia
Se duvida, venha, confira!
Era a vergonha da carpintaria
O dono do circo o descobriu
E o quis ter por l
O menino do nariz grande conduziu

Era melhor que seu tamandu


Assustado foi o grilo
Avisar a Fada Madrinha
Que mandou uma borboleta no estilo
Salvar Pinquio daquela carrocinha

Mesmo estando arrependido


No aprendeu a lio
Na hora ficou agradecido
Mas bem foi na contra-mo
Quis ir com a Raposa
At a Ilha dos Jogos
Esqueceu o feito da mariposa
E saiu soltando fogos
L chegando os dois amigos
Grilo e Pinquio se assustaram
A cada mentira, dois castigos
Orelha e nariz se espicharam
Fugiram dali correndo
Voltaram para casa procura
Do pai que saiu tremendo
Com toda sua brandura
Se deparou com a mar-cheia
Mas no achou o seu filho
Caiu dentro de uma baleia
Que o engoliu, como se fosse de polvilho
Ao buscarem pelo velhinho
Foram engolidos tambm

Encontraram Gepeto feito um cabritinho


Na barriga da baleia era refm
Ao se verem um abrao
Pinquio e Gepeto se deram
Da maneira pegaram um pedao
Uma fogueira fizeram
A baleia esquentou a barriga
Os trs foram postos para fora
At esqueceram da fadiga
O medo da baleia matadora
Depois desse infeliz episdio
O menino se arrependeu de verdade
O velhinho no ficou com dio
V-se a a sua generosidade
A fada ficou comovida
Com a atitude do menino
Todos estavam na torcida
Para ver qual era o destino

Para sempre ficou de carne e osso

Um garoto de verdade
A todos um super colosso
Mais um membro para a sociedade
Gepeto no se continha
De tanta felicidade e alegria
E Pinquio? Adivinha!
Livrou-se de toda agonia.

Você também pode gostar