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vestida de preto, e ela era alta, alva, alva; (ROSA, 2005). Essa cena exemplifica os processos de
construo do eu do narrador em processo oposto do eu dos outros, principalmente o paterno.
Ele deixa de ser nenhum, nenhuma, criando a distino sexual, como designa Eagleton (2006, p.
233), ao ser introduzido a um simblico da masculinidade e supera o complexo de dipo, tornandose um sujeito dotado de gnero. Portanto o conto, segundo uma anlise psicanaltica, seria um
processo de transio do princpio de prazer para o princpio de realidade, de um mbito fechado
(da famlia) para o da sociedade em geral. Para Freud, o complexo de dipo o nicio da moral e da
conscincia do direito de todas as formas de autoridades e social religiosa. Assim, toda a narrativa
uma metfora de uma pequena criana, em contato com outros, que comea seu processo de
amadurecimento e neurose.
BIBLIOGRAFIA
EAGLETON, Terry. A psicanlise. In Teoria da literatura: uma introduo. So Paulo: Martins
Fontes, 1994, p. 163-208.
ROSA, Guimares. Nenhum, nenhuma. In Primeiras Estrias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2005.