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Livro “Compromissos Subtis” – Joe Crews

Introdução

O assunto das normas cristãs é provavelmente uma das doutrinas mais negligenciadas na
igreja moderna. Muito pouco se escreveu até ao presente que possa proporcionar mesmo a mais
elementar instrução nesta área vital. Só se escreveram uns poucos livros e folhetos relacionados
com os princípios básicos e práticos que poderiam ajudar-nos a ver a diferença entre a vida cristã e
a mundana.

A razão para esta hesitação em escrever acerca destes assuntos relacionados com a conduta
cristã reside provavelmente sobre dois temores. Primeiro, o temor de ofender a grande maioria dos
membros da igreja que estão a viver muito aquém das normas bíblicas. Segundo, o temor de ser
qualificado como juiz, legalista, de considerar-se mais santo que os demais, e de carecer de uma
relação pessoal, íntima com Cristo.

Somos forçados a reconhecer que esses temores têm sido frequentemente justificados.
Escreveu-se demasiado com espírito de farisaísmo. Satanás tirou vantagem dos pontos de vista
fanáticos de uns poucos e utilizou-os para intimidar os que poderiam escrever com moderação
sobre este assunto. E muito frequentemente, em seu ódio extremo contra esta verdade, Satanás
conseguiu que muitos na igreja considerem qualquer discussão acerca das normas cristãs como
extremista e imprópria.

Estes factores, no seu conjunto resultaram numa escassez de material sobre este tema. Por
esta razão, se não por alguma outra, existe una tremenda necessidade de educar a igreja em
princípios de conduta equilibrados, princípios que de nenhuma maneira estejam em conflito com os
nobres conceitos da justificação pela fé, os quais deveriam ser o fundamento do estilo de vida de
todo verdadeiro cristão.

Devemos também admitir, que pouco precisa de ser dito sobre este assunto. Afinal de
contas, não são as obras o meio de ganhar a salvação. Somos salvos pela graça, por meio da fé, e
não pelos méritos obtidos pelas obras, a obediência ou a demonstração exterior de boa conduta da
nossa parte. Colocar demasiada ênfase nestas coisas exteriores, poderia facilmente dar lugar a
pensar que estamos negando a justificação pela fé.

No preciso momento em que este livro se escreve, não há ênfase exagerada acerca deste
assunto ao nível da igreja. Tão-somente se ouvem, ocasionalmente, vozes isoladas acerca deste
tema. Por outro lado há um reavivamento espectacular da pregação acerca da doutrina da
justificação pela fé, o que é correcto. Ao ser esta grande verdade fielmente pregada, ver-se-á que a
grande necessidade da igreja hoje, é a de conhecer mais acerca da experiência real da justificação e
da santificação. No entanto, ao se apresentarem estas profundas verdades espirituais da salvação,
nada deveria dizer-se para rebaixar a importância da obediência. Alguns parecem quase incapazes
de manter o harmonioso equilíbrio da fé e das obras. Mas isto é tão importante e necessário! O
compreender mal tanto a graça como as obras, é desacreditar essa experiência e contrariar o
testemunho pessoal.

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Alguns poderiam objetar que um livro como este não é necessário já que a conduta exterior
é um crescimento natural e espontâneo da conversão a Cristo. Portanto, a vida produzirá
automaticamente o fruto da verdadeira obediência e da justiça. Mas, está isto correcto? É verdade
que as acções brotam da atitude interna da conversão, mas também se necessita de instrucção,
mesmo para os cristãos mais consagrados.

Muitas pessoas convertidas guardam o domingo e fumam, simplesmente por que ninguém
lhes explicou as objecções bíblicas com respeito a estas acções. Estaremos a ser legalistas ao
ensinar a essas pessoas que devem mudar a sua conduta com base no que diz a Palabra de Deus?
Então, seria um erro falar a respeito de outras áreas de conduta que requeiram uma harmonização
com a Bíblia?

Uma observação final deve ser feita, antes de voçê comecar a ler as páginas seguintes. A
doutrina das normas cristãs é apenas para pessoas espirituais. Este livro não foi escrito para
pessoas não convertidas . Na verdade, parecerá simplesmente uma grande quantidade de tolices
para a classe dos mundanos . Por favor, não trate de impor as coisas apresentadas neste livro aos
membros da sua familia ou aos seus amigos que não experimentaram a conversão. Somos
aconselhados especialmente a não forçar pessoa alguma não convertida a sujeitar-se às normas
relacionadas com a maneira de vestir. Escute esta admoestação:

“Não é possível para você mudar o coração. E usar um estilo diferente de vestuário
tampouco o conseguirá. A dificuldade é, que a igreja necessita converter-se diariamente... Aqueles
que se aventuram a desobedecer aos mais claros ensinos da inspiração não prestarão atenção a
nenhum esforço humano feito para induzi-los a usar um vestuário simples, limpo, apropriado e sem
adornos... Para aqueles que fazem do eu o seu ídolo, nenhuma prova humana poderia apresentar-
se, pois, isso somente lhes daria uma desculpa para dar o salto final em direcção à apostasia.” Our
Health Message, pág. 429, 430.

Aplique os princípios deste livro à sua própria vida. Alguns deles raramente foram
publicados antes. Refreie o impulso de chamar-lhes fanáticos até que tenha terminado de ler o livro
e tenha pedido a Deus que lhe mostre o que deve fazer em relação aos mesmos no último
entardecer da terra.

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