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RESENHA CRTICA

IN:
TEXTO 3. O Medo e a Relao com o outro: Hans Staden entre os Canibais
Tupinambs

O artigo, mostra o processo de choque intelectual entre um europeu (Hans


Staden), em convivncia com ndios tupinambs canibais; abordando as relaes
sociais, individuais e coletivas de modo que a relao de medo e temor se mostra
como transformador da opinio e aes do homem mediante ameaa. Medo como
um fator intermedirio significativo na relao com o outro [...] PAG.19 O medo
passa a ser um elemento construtivo do processo de percepo do outro [...] PAG.
19
O objeto de estudo ideolgico, mostra enfaticamente a prpria relao
generalizada do relato de Hans em relao ao que vivida pelo mesmo, que
considera selvagens todos que se negavam ou no conheciam a cristo
(catolicismo). Desse processo de compreenso e adaptao a outro cdigo cultural
[...] PAG. 20
Ao ser capturado Hans analisa que sua convivncia com os ndios no seria
to amigvel assim, por ser uma realidade muito diferente da sua e da que se era
pensada, alm do risco eminente de ser devorado (j que a tribo era canibal). A
imagem de desbravador e homem da corte, cai a medida que o mesmo prisioneiro
da tribo, a ser preparado para um banquete em um ritual antropofgico.
Se vendo acuada a deciso de Hans bvia diante daquilo que o mesmo
estava vivendo, ele tenta se anexar a cultura indgena, numa tentativa de prolongar
ou salvar sua prpria vida. Ao olhar de Hans uma morte sem dor e rpida seria uma
forma digna para que se morresse qualquer homem, porm a constante ameaa de
morrer sendo devorado consumia os pensamentos do mesmo; (matar sim, comer
no).
Hans estava com medo de morrer, sendo assim vive de forma em que o
envolvimento social com o ndio se torna muito forte, o artifcio utilizado para tal, foi a
f, com isso Hans ganha a confiana da tribo e por pregar sua doutrina e a sua sorte
sendo associado a algumas figuras mticas indgenas, o envolvimento do mesmo
diante das relaes indgenas se torna to forte que o mesmo interfere at mesmo
em transaes comerciais e rituais.

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