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Folgosinho

• Localização Geográfica
Folgosinho é uma aldeia localizada em plena Serra da Estrela, com 933 metros de
altitude, sendo a segunda aldeia mais alta de Portugal.
Situa-se na encosta norte da Serra da Estrela, no concelho de Gouveia, distrito da
Guarda e província da Beira Alta.
É uma das maiores freguesias do distrito da Guarda, com 5233 hectares de extensão
geográfica.
“Vista de Folgosinho”
Fonte : www.folgosinho.com

Origem do nome
Diz a lenda que o nome “Folgosinho” surgiu quando D. Afonso Henriques estando a
descansar com os seus homens, encontrou uma jovem pastora. Esta falou ao rei,

cansado de perseguir tantos mouros, que o que lhe faria bem era apanhar um pouco de
ar puro da terra dela, situada no alto da serra. Os homens seguiram-na e fartaram-se de
subir a serra. Cansados, alcançaram por fim o seu destino e o rei desejou um pouco de
água. Foi então que de uma rocha brotou milagrosamente água cristalina que todos
beberam e diz-se que foi nesse momento que o rei pronunciou a frase eternizada pelos
séculos: “Descansemos aqui ... e vamos apanhar um Folegosinho de ar”, e assim nasceu
Folgosinho.

Caracterização Populacional
Hoje vivem em Folgosinho cerca de 580 habitantes, tendo estes vindo a diminuir na
última metade do século. Esta diminuição deve-se à falta de perspectivas profissionais
que obriga os jovens a partir para o estrangeiro em busca de melhores condições de
vida.
Nesta aldeia, as pessoas dedicam-se à agro-pecuária, carpintaria, hotelaria e
construção civil; a agricultura e a exploração florestal são as principais actividades
económicas da freguesia.
Folgosinho produz muita castanha, batata, centeio e madeiras. Os homens da terra
nos seus tempos- livres dedicam-se muito à caça, já que nesta aldeia abunda a caça à
lebre, coelho, perdiz e javali.
Esta freguesia caracteriza-se por uma população idosa.
• Gastronomia
Quanto à gastronomia podemos saciar-nos com os seguintes pratos típicos: cabrito
assado no forno; febras de porco assadas; enchidos; miga pingada e arroz de cabidela.
No fim destes pratos podemos apreciar as seguintes sobremesas: arroz-doce; castanhas
assadas acompanhadas de jeropiga e matrafões.
Nesta aldeia podem-se comprar inúmeras artigos ligados ao artesanato, tais como:
Camisolas e coletes bordados de pastor; safões; tamancos; pífaros; francelas; colheres
de pau; pão de centeio; queijo de leite de ovelha “ Serra da Estrela”; requeijões e
queijetas de leite de cabra.

Quanto ao alojamento e restauração, Folgosinho é hoje bastante conhecido pelo seu


famoso restaurante “O Albertino”, que divulga bastante a aldeia por esse mundo fora, e
também pelo “O Mocas”, outro restaurante que por motivos de força maior fechou há
pouco tempo mas que também já não se poupava a elogios devido à sua qualidade e ao
seu bem servir.
Pelo seu número elevado de visitantes, a aldeia tem vindo a evoluir a nível do seu
artesanato, por isso já existem várias lojas de Artesanato que vendem os produtos
regionais da Serra da Estrela, como: o famoso Queijo da Serra, o presunto, bem como
produtos fumados e o pão serrano.
O número elevado de visitantes e a procura da beleza das paisagens da aldeia, levou
à construção de alguns alojamentos incrementando-se o – Alojamento Rural e o
Turismo Rural em Folgosinho.

Património Histórico / Cultural


Igreja Matriz
Situa-se ao meio da aldeia e o seu campanário domina toda a freguesia.
O seu primeiro edifício foi demolida no século XVII, para dar lugar ao existente, de
linhas modernas, simples, elegantes, que já sofreu várias alterações neste último século,
sobretudo no seu interior.
“Igreja Matriz”
Fonte: “Folgosinho a minha Terra”

Capela de S. Faustino
É onde se guardam as imagens com os seus andores, na procissão da noite da
Senhora do Socorro, e ali se juntam as ofertas da mesma festa. É uma capela muito
funcional e acolhedora que a todos acolhe e a todos abençoa.
Capela de Nossa Senhora Assedasse
É aqui, nesta linda capela, que Nossa Senhora da Assedasse mora, a protectora dos
pastores de Folgosinho.

“Capela da Nossa Senhora de Assedasse”


Fonte : “Folgosinho a minha Terra”

Capela de S. Tiago
É uma capelinha situada num monte no alto da serra, onde só é possível chegar a pé,
dali desfruta-se uma vista magnífica de toda a área de Folgosinho e seus arredores.
“Capela de S. Tiago”
Fonte: “Folgosinho a minha Terra”

As Fontes
Outro aspecto que valoriza Folgosinho, são as inúmeras fontes que estão espalhadas
por toda a aldeia: elas são onze no total, e delas brota água pura e límpida. Merecem
destaque a Fonte Velha, a Fonte do Gorgulhão, a Fonte do Fundo da Vila, a Fonte do
Outeiro e a Fonte do Pedrão.

Fonte Velha
Ao lado desta fonte há um lavadouro onde as mulheres vão lavar roupa e comentam
a vida alheia.
Fonte do Gorgulhão
É uma fonte muito interessante, não só pelo seu aspecto, mas também pelos seus
lindos poemas, que encantam o coração dos turistas.

“Fonte do Gorgulhão”
Fonte: www.folgosinho.com

Fonte do Fundo da Vila


Fonte que se diferencia pelo sabor da sua água, o que a torna única na aldeia.
Fonte do Fundo da Vila
Fonte: www.folgosinho.com

Fonte do Outeiro
Esta fonte está situada no cimo da aldeia, quando se vai para a Serra. Nela bebem
tanto animais como pessoas, tendo dois tanques que servem como armazém de água
para a rega dos campos e como lavadouro.

Fonte do Outeiro
Fonte: www.folgosinho.com

Fonte do Pedrão
A mais bela de todas, provoca sorrisos e encanta qualquer visitante. Situa-se no
meio da aldeia, e tem as seguintes inserções:
Atrás:” Água má faz danos, água boa dá anos “
À frente: “ Água e mulher só boa se quer “
“Fonte do Pedrão”
Fonte: www.folgosinho.com

Casa do Povo
Antigamente, funcionava com uma sala de convívio. Posteriormente serviu para
prestação de serviços médicos. Actualmente, o edifício é explorado por um particular,
funcionando como uma «taberna».
Escola Primária
A escola foi inaugurada em 1930, tinha capacidade para seis professores e seis
turmas. Actualmente, a escola é constituída por poucos alunos devido a baixa taxa de
natalidade.
Associação Humanitária dos Bombeiros de Folgosinho
Esta associação foi fundada em 1937, mas com a emigração e a guerra do Ultramar
quase se extinguiu. Foi salva do naufrágio iminente e retomou vida nova graças á
dedicação e persistência do professor Manuel Esteves.
Pelourinho
Símbolo de autoridade e liberdade, encontra-se em frente às antigas casas da câmara.
Era aqui que a comunidade se reunia para assistir às diversas assembleias. E até há bem
pouco tempo lá se realizavam as arrematações da água do regadio.
Adro de Viriato
Em 1926, o velho terreiro, com um cruzeiro ao fundo, que hoje se encontra no Adro
de Baixo, foi invadido por trabalhadores armados de pás e picaretas, enxadas, estacas,
cordéis, que em poucos dias tudo resolveram. Mexeram e remexeram, alinharam,
terraplenaram tílias, calcetaram com quartzo e basalto todo o largo, colocaram bancos
no acolhedor recinto que depois baptizaram de “Adro de Viriato”, em homenagem
ao tradicional pastor e filho desta terra.
Hoje é a “sala” de recepções para quem visita Folgosinho, é o ponto de encontro dos
naturais da aldeia, o centro de convívio e distração nas festas, é o lugar preferido dos
idosos e das crianças, do jovens e dos adultos, para onde todas as ruas convergem.

• Património Natural/Turístico
Ao visitar Folgosinho, não pode deixar de apreciar as maravilhosas paisagens da
Natureza, que é de grande beleza turística.
As belezas naturais, a riqueza de usos e costumes são valores culturais e turísticos
que urge aproveitar, e vale a pena conhecer.
Mirante do Castelo
Não se pode deixar de subir ao mourro onde se encontra o Mirante do Castelo, onde
se tem uma vista parcial de Folgosinho, e uma vista panorâmica, onde se avistam os
Concelhos e a aldeia histórica de Linhares; aí distinguem-se os limites da Serra da
Estrela. Conseguindo-se ainda observar-se a Serra do Caramulo.

“Castelo”
Fonte: www.folgosinho.com

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