Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ser protestante é não ser evangélico. Evangélico no sentido desse caldeirão cultural
supersticioso existente DEVE SER NEGADO pelo protestantismo histórico, não o
Evangelho. Ser protestante não nega o Evangelho, nega ser evangélico nos moldes
atuais. Ser protestante é não ser evangélico como muitos dizem ser e não são
seguidores do Evangelho de Cristo.
O protestante tem de lutar para não ser enquadrado no evangelicalismo atual, tem que
protestar contra a máquina gospel, protestar incansavelmente contra os mercenários. O
protestante tem de protestar, não é opção nem pode haver acomodação.
O protestante deve ser consciente de quem ele é e qual o seu propósito. O protestante
deve ser histórico, conhecer suas raízes e sua origem, e não ser evangélico nos moldes
de hoje. Não ser evangélico nos moldes de hoje é não se conformar com o mundanismo.
Evangélicos atuais não sabem o que é calvinismo, teologia reformada, confissão de fé,
apologética, não sabem o que é ortodoxia protestante nem o seu valor. Evangélicos
nunca debatem escritos teológicos de Lutero, Calvino, Owen, Edwards, Warfield,
Hodge... – O que será que os seminários evangélicos discutem em sala de aula? O que
os evangélicos estudam em classes de escolas dominicais? Algo relevante, doutrinário e
profundo? Que tipo de evangelismo é gerado? Que tipo de igreja é desenvolvido? Que
tipo de adoração é realizado?
Não ser palhaço de púlpito, encantador de serpentes nem animador de auditório. Não ser
psicólogo nem filósofo, mas ser bíblico, radicalmente bíblico. Não apenas usar a Bíblia,
mas ser desgastado por ela, usá-la como uma espada afiada contra os erros
doutrinários. Usá-la não para enriquecimento vil, mas para a edificação dos fiéis e
glorificação a Deus. Ser protestante e não ser evangélico é não construir seu sistema
teológico em cima de letras de louvor gospel nem em frases de camisas.
Muitos evangélicos são infrutíferos, pois alegam não ter tempo por causa do corre-corre
do mundo, estão sempre ocupados. Ser protestante é “ser desocupado”, pois sempre
arranja-se tempo para servir a Deus e a Igreja. Sendo assim, a Igreja precisa demais
desses “desocupados” para avançar, para fazer algo e ter atitude.
Igreja não é mercado, o Evangelho não é mercadoria e protestante não é evangélico
marqueteiro. Ser protestante é tomar a sua rude cruz e seguir o Cristo crucificado e
ressurreto, não é carregar a cruz de neon dos evangélicos. Ser protestante é não fazer
alianças com o Egito gospel. É não aceitar os valores e os chavões do evangelicalismo
atual. Evangélicos de hoje são conformados, ignorantes do conhecimento são; da sã
doutrina. O protestante deve escrever em legras grande que não acredita nos
evangélicos contemporâneos, mas não deixa de crer no Evangelho.
Importa que a mentira evangélica dos dias de hoje se espalhe para que a verdade
apareça. -- 1 Coríntios 11:19 Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós,
para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio. – O protestante
deve declarar publicamente este manifesto anti-evangélico, pois é importante e
fundamental que haja essa tensão entre protestantes e evangélicos.
Ser protestante é não aplaudir a produção cultural do mundo gospel. Ser protestante é
criticar o evangelicalismo sentimentalista e mercenário, é protestar contra o circo
evangélico, é contestar a falta de substância de muitas igrejas evangélicas e dar graças
por um povo fiel. A igreja evangélica em grande parte tem criado membros estúpidos e
alienados.
Qual é a identidade dos evangélicos de hoje? Mercado? Mundo? Mediocridade? Não ser
evangélico é buscar, resgatar e fortalecer uma identidade sólida e histórica. Podemos
traçar uma linha do tempo até a Igreja Primitiva.
Precisamos usar os meios de comunicação acessíveis para protestar contra esse caos
evangélico. Protestante não é evangélico. Evangélico não é protestante. Evangélico não
é anti-evangélico. Ser anti-evangélico é contestar os evangélicos mundanizados, é
protestar. É ser contra os fiéis consumidores e honrar os adoradores.
Esse manifesto não precisa ser assinado, basta tão-somente que seja espalhado na
Internet e nos boletins de igrejas fiéis.