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Candomble Oraculo Sagrado de Ifa
Candomble Oraculo Sagrado de Ifa
de
Ifá
1
Or ác ulo 1
Èjìogbè
O bse rv ação o cide nt al: Nov o s neg ó cio s ou int e nsi ficaçõ e s no s ne gó cio s
ex ist e nt e s, no vo s re lacio name nt o s, ou e x per iê ncia s e spir it uais po de m se r
e spe r adas. Ex ist e uma po ssi bilidade de co mpor t ame nto supe r ze lo so que r e quer
bo m se nso par a se r supe r ado .
Ejio g be é o Odù mais impor t ant e . Ele si mbo liza o pr in cí pio mascu lino e , po r t ant o é
co nsi der ado o pai do s o dùs. Na o r de m fix ada por Òr únmì là, Ejiog be o cupa a pr ime ir a
po sição .
Em Ejio g be , o s do is lado s do Odù são idê nt ico s: O g be e st á e m ambo s o s lado s dir e ito e
e sque r do . O Odù de v er ia ser chamado “Og be me j i”, mas e le é univ er salme nt e
co nhe c ido co mo Ejiog be por que e ji tam bé m sig nifica “do is”. Há um e quilí br io de
fo r ças e m Ejiog be , que é se mpr e uma bo a pr o fe cia.
D ur ant e uma se ssão div inató r ia, o clie nt e par a que m Ejio g be é div inado e st á b usca ndo
por paz e pr o spe r idade . O clie nt e co n sult o u I fá por que e le o u e la que r filho s o u de se ja
se e ng ajar e m um nov o pr o je to . I fá diz que se o clie nt e fize r uma o fe r e nda, to das as
s uas e x ig ê ncias ser ão sat isfe it as e to do s os se u s e mpr e e ndime nt o s se r ão be m
s uce dido s. É ne ce ssár io o sacr ifí cio par a o bt e r v it ó r ia so br e o s inimig o s que po de r iam
e st ar blo que ando o s caminho s do clie nt e . Se e le o u e la te m tr abalhado se m pr og r e sso
o u fe ito neg ó cio s se m lucr o , I fá pr ev ê pr o spe r idade o u r ique za se a pe sso a fizer o s
sa cr ifí cio s ne ce ssár io s. Em Ej iog be , I fá pr ev ê v ida lo ng a de sde que o clie nt e cuide
muit o be m de sua sa úde .
Pe sso as e ncar nadas pe lo O dù Ejio g be de v e m se mpr e co nsu lt ar o or áculo de I fá ant e s
de t o mar q ualque r de ci são impor t ant e na vida.
2
1 – 1 (t r adução do ve r so )
1 – 2 (t r adução do ve r so )
3
O utr o div inador , chamado Ot ito l o mifi- nt e le -isa t ambé m co nsult o u I fá par a
Ele r e mo ju, a mãe de Ag bo nnir eg un. I fá co nfir mo u que o ik in de sua cr ian ça (fr ut o de
palma sagr ado ) a aju dar ia se e la co nt inuas se a faze r se us sacr ifí cio s.
O s div inado r e s de I fá são t ambé m e spe cial ist as e m er v as. S upõ e -se que e le s e ste ja m
be m fu ndame nt ado s na me di cina tr adicio nal. A cr e dit a- se que t odas as plant as, e rv as, e
fo lhas do mundo per t e nce m a I fá. O s co nhe cime nt o s so br e se u s v alo r e s e spir it uais e
me di cinais po de m se r e nco ntr ado s no s e nsiname nt o s de I fá. A ssim, e m muit as
o casiõ e s, o s div inado r e s de I fá pr e scr ev e m er vas e plant as par a a cur a o u pr e v e nção
de do e nças e e nfe r midade s. Em se u v er so O dù, fo lhas eg be e são re co me ndadas par a
lav ar a ca be ça do clie nt e ( Or í ), a q ual se acr e dit a co nt ro lar o de st ino da pe s so a.
1 – 3 (t r adução do ve r so )
O to to ot o
O ro ro or o
Se par adame nt e nó s co me mo s fr uto s da te rr a.
Se par adame nt e nó s co me mo s imum u (fr ut o e spe cial).
Nó s e st amo s co m a cabe ça acima do s calcanhar e s e m amor co m Oba ‘ M ak in.
To do s e le s div inar am par a Ag bo nnir eg un.
F o i dit o que se e le fize sse sa cr ifí cio , e le se r ia
abe n ço ado co m filho s; e le ne m sabe r ia
o núme r o de se us filho s
dur ant e e apó s sua vida.
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse
uma cabr a e fo lhas de I fá .
Se e le o fe r e ce s se o sacr ifí cio , e le de ve r ia co zinhar fo lhas de I fá par a sua s e spo sa s
co me r e m.
Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .
F o lhas de I fá : F olhas mo í das y e nmey e nme (ag bo ny in),
ir ug ba, o u o gir i (co ndime nt o s) co m cr av o s e o utr o s co ndime nto s.
C o zinhe -o s j unt ame nt e co m o s t ro mpas de faló pio da ca br a.
C o lo que o po te de so pa e m fre nt e ao tr o no de I fá
e de ix e que sua s e spo sa s a co mam ali.
Q uando e las t er minar am de to mar a so pa, e las t iv e r am
muit o s filho s.
4
A s e spo sas de Ag bo nnir eg un e st av am te ndo dif iculda de e m e ngr av idar e dar a luz. O s
cin co A wo que div inar am par a A g bo nnir e g un e nfat izar am a impo rt ância do sacr ifí cio .
Ele s dis se r am que se e le co n cor das se e m faze r o sa cr ifí cio , e le te r ia muito s filho s
dur ant e sua vida e apó s a s ua mor t e . A dicio nalme nt e , o s sace r dot e s tiv er am que faze r
u so de se u co nhe c ime nt o so br e me di cina t radic io nal par a co zinhar fo lhas de ag bo ny in
co m as tr o mpas de faló pio da cabr a sa cr ificada. Est e re mé dio fo i co ns umido pe las
e spo sa s de A g bo nnir e g un ant e s que e le pude sse te r o s filho s pr e dito s po r I fá .
1 – 4 (t r adução do ve r so )
I fá muit as ve ze s fala por par ábo las. Est a e st ór ia apr e se nt a um re lacio name nt o e ntr e a
banana (Og e de ) e , per so nifi cada co mo alg ué m que fo i ge nt il co m o faze nde iro (ag be ),
um ing r at o que r et r ibuiu a ge nt ile za co m o mal. Não impo r t a o quão gr ande se ja o
r e lacio name nt o , a banana é de st r uí da ao fina l.
No s te mpo s ant igo s, qualque r um e ncar nado por e st e O dù po de r ia se r de capit ado ao
fim de sua v ida na t er r a. Em te mpo s mo de r no s, ist o se r e fer e mais à “per de r -se a
ca be ça” e pag ar u m alto c ust o .
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Or ác ulo 2
Oyekumeji
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e co m má sor t e e nco ntr a blo que io ; o clie nt e co m
bo a so rt e po ss ui fo rt e supo r te an ce str al.
O ye k ume ji é o se g undo Odù (o lo du) pr in cipal. Ele si mbo liza o pr in cí pio fe mini no . O s
o dùs Ejiog be e Oy ek ume ji de r am nas cime nt o ao s quato r ze odùs pr incipais re st ant e s.
No O dù Oy e k ume ji, há um Oy e k u no lado dire it o , que é a for ça mas culina, e o ut ro
O ye k u no lado e sque r do , que é a for ça fe minina.
A s pe sso as par a que m e st e Odù é div inado dev e r iam fo r mar um hábit o de o fer e ce r
sa cr ifí cio s e sat is fazer s uas cabe ça s (o r i) de te mpo s e m te mpo s de mo do à e v it ar
e st ado s de de pr e ssão . A dicio nalme nt e , de v er iam o uv ir e re spe it ar as o piniõ e s de se u s
mai s v e lho s. Elas ne ce ssit am ho nr ar se us an ce str ais re g ular me nt e .
No O dù Oy e k ume ji, I fá adv er t e co ntr a o per ig o de mant er re lacio name nt o s co m
muit as m ulhe r e s. A s mul her e s se t or nar ão ciume nt as, e o s pro ble ma s ge r ado s
impe dir ão o pr og r e sso do clie nt e . De st e O dù, nó s apr e nde mo s que é me lhor te r um
mar ido , uma e spo sa.
2 – 1 (t r adução do ve r so )
O ye dud u awo o ri Bije co nsult o u I fá par a O lo fin.
Nó s pe dimo s par a e le o fe r e cer
um te cido pr e to , uma cabr a, e fo lhas e se me nt e s de bije .
Nó s dis se mo s a e le que e st a mo r te imi ne nt e
não ir ia mat á-lo , não ir ia mat ar se u s fil ho s
se e le fize sse a o fe r e nda.
Ele o be de ce u e fe z sacr ifí c io .
6
Se e st e Od ù é lan çado , a famí lia do clie nt e dev e aplicar bi je ( uma er v a afr icana ) so br e
s uas face s e co br ir o I fá do s me smo s co m te cido pr e to e fo lhas de bije . Ele s e st ão
as se g ur ado s de que mo rt e , do e nça s, e t odo s o s o utr o s male s não se r ão capaze s de
r e co nhe cê - lo s, uma v e z que a mor t e não re co nhe ce Onibi je (alg ué m que faz uso do
r e mé dio bije pr e scr ito pe lo div inador ).
2 – 2 (t r adução do ve r so )
Ee sin g bo na l’ e we t ut u l’ e g bo
co ns ulto u I fá par a 165 árv or e s.
A palme ir a e a ár vo r e Ay inr e
sa cr ificar am uma galinha e ntr e as árv o re s.
Ent ão , se um to rnado e st iv e sse de v ast ando ,
a jo v e m fo lhag e m de palma afir ma r ia:
e u fiz sacr ifí cio par a e scapar do pe r ig o .
A fo lhag e m de palme ir a nu nca é afe t ada por v e nto s o u to rnado s po r que e la re alizo u o
sa cr ifí cio re que r ido ne st e Odù. To do s o s per igo s são de sv iado s da palme ir a.
2 – 3 (t r adução do ve r so )
Vo cê é o ye
Eu so u o ye
Do is oy e co nsult ar am I fá par a Olo fin.
Ele s disse r am
do is de se us filho s ir iam fr at ur ar [o s o sso s] das co x as,
mas e le não dev e r ia ficar pre o cupado
por que e le s se r iam be m suce di do s na v ida.
F o i pe dido à e le que sacr ifica sse te cido k e lek u,
par a se r usado co mo uma pr ot e ção par a as cr iança s.
Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .
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I fá pr e disse que o acide nt e que o s filho s de Olo fin ir iam so fr e r não impe dir ia o
s uce s so de st e s na vida. Tudo o que e le ne ce s sit av a faze r e r a r ealizar um sacr ifí cio e
fo r ne ce r o t e cido e spe ci ficado co mo co be rt ur a pro t et o r a.
2 – 4 (t r adução do ve r so )
8
Or ác ulo 3
Iworimeji
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á cui dado same nt e ex amina ndo e re av aliando
t anto o s cami nho s t e mpor ais co mo e spir it uai s/ e mo cio nai s.
3 – 1 (t r adução do ve r so )
9
par a se r e m usada s par a lav ar sua cabe ça (or i),
par a se r e m usada s par a lav ar se u I fá .
O pake r e nunca ficar ia do e nt e .
Par a afast ar uma do e nça imine nt e , M uji muwa aco nse l ho u Opak er e a faze r um
sa cr ifí cio . A dicio nalme nt e , fo lhas de I fá dev er iam se r pr e par adas par a e le par a lav ar
s ua cabe ça e se u I fá .
3 – 2 (t r adução do ve r so )
3 – 3 (t r adução do ve r so )
10
jama is se r iam e sté r e is.
Po r que I wor ime ji re alizo u o sacr ifí c io ne ce ssár io , as pe s so as nas cidas por e st e O dù
jama is se r iam infé rt e is o u e st é r e is. Elas se r iam se mpr e abe nço ada s co m filho s.
3 – 4 (t r adução do ve r so )
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Or ác ulo 4
Idimeji
Est e Odù fala do s que te m inimig o s se cr et o s t e nt ando lan çar e ncant ame nto s
so br e e le s o u o s que tê m so nho s ruin s a maio r part e do te mpo . Ele s pr e ci sam
apazig uar I fá par a po der e m v e nce r e ssas o bstr u çõ e s mundana s.
O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á se nt indo aume nto de pr e ssõ e s t anto nas
que st õ e s te mpo r ais co mo e mo cio nais.
I dime ji é o quar to O dù na o r de m fix ada por Ò rúnmì là. Est e Odù é fundame nt al po r que
e le co mple t a o s quatr o po nto s car de ais do univ e r so : Ejiog be (Le st e ), O ye k ume ji
(O e st e ), I wo r ime ji (No rt e ), e I dime ji (Su l). O dù I dime ji simbo liza a mat e r nidade . A
int e r ação de um I di mas culi no no lado dir e ito co m um I di fe minino no lado e sq uer do
r e sult a e m r e pr o dução — o nasci me nto de u ma cr iança.
Se uma pe s so a e st iv er e nco nt r and o difi culdade e m se e st abe le ce r na v ida e e st iv er se
muda ndo de casa e m casa se m r e sidê ncia per mane nt e , I dime ji diz que a pe sso a de v e
r et or nar à cidade o u paí s de se u nasc ime nt o . C o m o sa cr ifí cio apr o pr iado ao or i
( cabe ça ) o u e le da (cr iador ) da pe sso a, a v ida po der á faci lme nt e re to r nar ao nor mal.
Em Odù Odime j i, I fá v ê bo a so rt e e v ida lo ng a par a um ho me m o u uma mul her . M as o
clie nt e ne ce s sit a c ult uar I fá par a e v it ar mo rt e súbit a. O clie nt e po de r á se e le v ar à uma
bo a po si çã o na v ida mas de v er á se r cui dado so co m calun iador e s. É po s sív e l tr abalhar
dur o no co me ço da vida e pe r der t udo no final. Par a pr o spe r ar , dev e m se r fe it as
co nst ant e s o fer e ndas ao s ance st r ais do clie nt e . Se alg ué m plane ja viajar , dev e se r fe ito
sa cr ifí cio a Ò g ún par a as se g ur ar uma jor nada se g ur a e fe liz. Q uando uma mulhe r
e st iv er de se spe r ada par a te r um filho , e la é aco nse lhada a sat isfaze r Ò r únmì là. I fá diz
que e la te r á uma cr iança e que e st a cr iança se r á uma me nina.
Par a se r e m be m suce di das na vida, as pe sso as e ncar nadas por O dù I dime ji de v er ão se r
co nfiáv e is, ho ne st as, e fr ancas e m se u s ne gó cio s co m o s o utr o s. Elas dev e r ão t er o s pé s
no chão e se r e m pr át ica s e m s ua at it ude co m re lação à v ida.
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4 – 1 (t r adução do ve r so )
4 – 2 (t r adução do ve r so )
4 – 3 (t r adução do ve r so )
13
O Babalawo dis se : I fá diz, “Se u filho nu nca
falar á ao lo ng o de sua vida.”
I dime ji div ino u par a Odidimade , ma s e le se re cu so u a o fe r e cer o sacr ifí cio r equi sit ado .
Po rt ant o , co nfor me o I fá , se u filho per mane ce r ia mudo ao lo ng o de sua v ida.
4 – 4 (t r adução do ve r so )
Eu so u e ni- odi
Vo cê é e ni- o di
Do is e ni-o di div inar am par a o o di (for t ale za)
dur ant e ho st ilidade s po lít ica s.
F o i dit o : O o di cir cu ndar á a cidade .
Po rt ant o e le dev e o fer e ce r do is t e cido s de e mbalar .
E as sim e le fe z.
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Or ác ulo 5
Irosumeji
Es se Odù fala do s que são se mpr e po pular e s e que são tido s e m gr ande
e st ima pê lo s amigo s. Ele s pr e cisam t o mar cuidado co m s ua saúde , t ant o
aplaca ndo sua s cabe ça s ( Or í ), co mo o casio nalme nt e apazig uando Ès ù, o u o
co r po de as sist e nt e s de I fá. Se e le s se se nt e m de sanimado s e co me çam a pe r der
int e re s se e m qualq ue r co isa que façam, I fá dev e se r co nsu lt ado e apazig uado
par a e le s. Es se O dù de not a difi culdade s e mo cio nais e finance ir o s. M as não
impo rt a o quant o difí cil a v ida po ssa par e cer , o clie nt e po de tr iunfar pe lo
o fe r e cime nt o do s sacr ifí cio s co rr e to s e pe la r e cusa e m g uar dar o mal no cor ação
e m pe n same nt o s e idé ias.
O bse r v ação o cide nt al: A s co isas não e st ão fluindo fa cilme nt e — is so re que r mais
t rabalho que o no r mal par a se re alizar qualque r co isa.
5 – 1 (t r adução do ve r so )
15
O liy e be co nsult o u I fá par a Ey in (fr uto da palme ir a).
O liy e be co nsult o u I fá par a Ik o (r áfia).
A cada um de le s fo i pe dido par a sacr ifi car
uma e st e ir a (e ni -ifi) e um t e cido amar e lo .
A pe nas Ik o fe z o sa cr ifí cio .
Q uando o pai de le s (u m che fe ) mo rr e u,
I ná fo i inst alado co mo che fe .
Ve io a ch uv a e de st r uiu I na.
Ey in fo i e nt ão in st alado co mo che fe .
Ve io a ch uv a par a de st r uir Ey in t ambé m.
I ko fo i final me nt e inst alado co mo c he fe .
Q uando cho v e u, Ik o se co br iu co m sua e st e ir a.
Q uando a chuv a ce sso u, Ik o r e mov e u a e st e ir a
e , co mo r e sult ado , não mo rr e u.
5 – 2 (t r adução do ve r so )
16
5 – 3 (t r adução do ve r so )
5 – 4 (t r adução do ve r so )
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Or ác ulo 6
Owonrinmeji
O bse r v ação o cide nt al: Pe n same nt o s clar o s são ne ce ssár io s par a o bt e nção de
s uce s so .
6 – 1 (t r adução do ve r so )
(...)
A div inação de I fá fo i re alizada po r Olo g bo O jig o lo (o g ato ),
que ia visit ar a cidade das br ux as (A je ).
F o i dit o a e le que e le re t or nar ia co m se g ur ança se e le pude sse sacr ifi car
uma ov e lha, duas po mbas, e fo lha s de I fá
(t r it ur e alg uns file t e s de me t al bro nze e ch umbo co m se me nt e s de we r e je je ,
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e e sfr e g ue ist o so br e uma inci são fe it a so b as pálpe br as).
Ele at e nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí c io .
O re mé dio de I fá fo i aplicado co mo indi cado acima,
de po is de e le t er sa cr ificado .
6 – 2 (t r adução do ve r so )
Do s 165 animais que for am na viaje m, o gato fo i o úni co que v olt o u par a ca sa sadio e
be m dispo st o . I sso po r que e le r ealizo u to do s o s sacr ifí cio s pr e s cr it o s por I fá .
6 – 3 (t r adução do ve r so )
19
O pake t e o be de ce u e fe z o sa cr ifí cio .
Ela se to r no u fér t il co mo I fá pr e dis se .
20
Or ác ulo 7
Obarameji
O bse r v ação o cide nt al: Blo que io s ou dif iculda de s te mpo r ais ou
e spir it uais/ e mo cio nais dev e m ser dis cur sada s.
O dù O bar ame ji o cupa o sé t imo lug ar na or de m fix ada por Ò r únmì là. Par a um clie nt e
que e st e ja lidando co m ne gó cio s, I fá diz que par a t er uma casa che ia de clie nt e s e
amig o s, e le o u e la t er á que o fe r e cer sa cr ifí cio s e t ambé m se g uir Ò r únmì là.
Se o O dù O bar ame ji fo r apar e ce r no jo go par a alg ué m, e le diz que à part e das
difi culdade s finan ce ir as, o clie nt e e st á ro de ado de inimig o s que que r e m faze r uma
t o caia co nt r a e le o u faze r um at aque de sur pr e sa e m sua vida o u na sua ca sa. A
difi culdade fina nce ir a se ame nizar á e o s inimigo s se r ão de rr ot ado s quando o clie nt e
co nco r dar e m re alizar to do s o s sacr ifí c io s pr e scr ito s po r I fá. Por fim, a pe sso a
de s co br ir á que m são se u s inimig o s e se r á capaz de ide nt ificar o que g er o u se us
pro ble mas.
7 – 1 (t r adução do ve r so )
21
F o i dit o que e le pro spe r ar ia.
Ele de v er ia po rt anto o fe r e ce r
uma ov e lha, uma po mba, e co nt as de co r al.
Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .
F o i pe dido à e le que amar r asse as co nt as
na e spo n ja que e le usar ia par a se lav ar .
7 – 2 (t r adução do ve r so )
7 – 3 (t r adução do ve r so )
22
Ele a co me u e fico u tão te rr iv e lme nt e do e nt e que se u tó rax
por fi m e st av a gr ande de uma fo r ma anor mal.
De sde e nt ão , aque le s que são nas cido s par a e st e I fá se mpr e te r ão
o tó r ax e xt r ao r dinar iame nt e gr ande .
T abu : A que le s que são nasc ido s por O dù O bar ame ji não de ve m co mer car ne de o ve lha.
7 – 4 (t r adução do ve r so )
23
Or ác ulo 8
Okanranmeji
Est e Odù sig nif ica pro ble ma s, caso s tr ibuna is, so fr ime nto s e más vibr açõ e s.
F ilho s de s se O dù, ir ão se mpr e ace r t ar e m che io po r fazer e m ou dize r e m o que é
e x at ame nt e ce r to . A s pe s so as pe nsa m fr e qüe nt e me nt e que o s filho s de s se O dù
são agr e s sivo s e mando nas de v ido a e le s te nt ar e m pr e v ale ce r ape sar de to do s as
pro ba bilidade s. Em muit as sit ua çõ e s e le s ir ão se r e be lar co ntr a as co nve n çõ e s
da so cie dade e co nse q ue nt e me nt e cr iam pr o ble mas par a e le s me s mo s. Pro pe nso s
a infe c çõ e s, o s filho s de s se O dù dev e m t o mar cuidado co m s ua saúde de fo r ma a
não se t or nar e m doe n ças cr ô nica s.
O bse r v ação o cide nt al: É ho r a de co mpro me t er - se a aliv iar pro ble mas.
O kanr anme ji é o oit avo Odù na or de m inalte r áv e l de Ò r únmì là. Se O kanr anme ji é
lança do par a um clie nt e , I fá diz que o cl ie nt e e st á so fr e ndo po r falt a de filho s,
dinhe ir o , e o ut r as co isa s bo as da vida. M as se o clie nt e cr e r e m Òr únmì là e c ult uar I fá ,
t o do s o s se us pro ble ma s se r ão re so lv ido s. Par a ve nce r o s inimig o s e t er co ntr o le so br e
t o das as difi culdade s, o clie nt e t er á que o fe r e cer sa cr ifí cio s à Sà ngó e Ès ù.
8 – 1 (t r adução do ve r so )
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8 – 2 (t r adução do ve r so )
O sun sun -ig bó -y i-ko s’ o je , O bur ok o s’ e je fo r am aque le s que div inar am I fá par a Sak ot o
quando e le ia par a a cidade de O wa.
F o i or ie nt ado a e le que sa cr ificas se uma po m ba, uma ov e lha e tr ê s bo lo s de fe ijão .
Ele at e nde u ao co n se lho e fe z o sacr ifí cio . O s Babala wo o aco nse lhar am ainda a co mer
o s bo lo s de fe ijão e não dá- lo s par a Ès ù. Enquant o e le par t ia e m sua jo r nada, e le
le v av a o s bo lo s de fe i jão co nsigo . Ele e nco nt ro u o pr ime iro Èsù e disse , “Se e u de s se a
v o cê e st e bo lo de fe ijão , vo cê far ia a chuv a me at ing ir at é que e u che g as se à cidade de
O wa.” Ent ão e le me smo co me u o bo lo de fe ijão e pro sse g ui u.
Ele pas so u pe lo se g undo Ès ù, e st ico u sua mão co m u m bo lo de fe ijão par a Èsù , e
r e pet iu o que hav ia dit o par a o pr ime iro . Ent ão e le co me u o bo lo de fe ijão . Ele fe z a
me s ma co isa co m o t er ce ir o Èsù .
Enf ur e cido , o t er ce ir o Ès ù fe z co m que a chuv a at ing is se Sako t o at é que e le che g as se à
cidade de O wa.
O s Babala wo hav iam pr e dit o que e pr ó x ima pe sso a a se r inst alada co mo r e i da cidade
de O wa che g ar ia bast ant e mo lhada pe la ch uv a. O s habit ante s de O wa fize r am de st e
e st r anho e nchar cado [pe la ch uv a] se u re i.
8 – 3 (t r adução do ve r so )
25
I ná que imo u Esus u o ni’g ba -o fo n, War iwa oni’ g ba- ida, e Iy or e o ni’ g ba- it e r e .
Ew u e nt ão co rr e u par a O lu- ig bo , que t inha r e alizado o sa cr ifí cio .
I ná fo i at é lá e gr it o u: Ew u, Ewu, Ewu.
O lu- ig bo e nt ão aspe r g iu o re mé dio de I fá so br e I ná tal co mo in str uí do pe lo Babalawo .
Ele r e cito u tr ê s v e ze s: Mo daa pe r e o se per e .
O fog o (I ná) se ex t ing uiu, de fo r ma que Ew u e st av a dispo nív e l par a O lu-ig bo .
O lu- ig bo , a flo r e st a de nsa, ainda ho je re t é m a e scur idão que e le sa cr ifico u.
8 – 4 (t r adução do ve r so )
26
Or ác ulo 9
Ogundameji
Est e O dù adv e rt e co ntr a br ig as, disput as e ho st ilidade s imine nt e s. Dur ant e uma
se ssão de div inação , se e sse O dù apar e ce par a uma pe sso a e la de v e se r av isada
par a te r c uidado co m t raido re s o u amigo s e ng anador e s. I fá diz que a pe s so a
dev e te r co nfiado e m alg ué m indig no de co nfian ça. Se o clie nt e e st á e m bat alha
co m pr o ble mas finan ce iro s e opo sição de inimigo s, e st e Odù diz que a pe sso a
dev e o fer e ce r o sa cr ifí cio ce r to a Ò g ún e t ambé m aplacar a sua cabe ça ( Or í ) par a
que t e nha êx it o e pr o spe r idade .
O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á so br e car r eg ado co m t rabalho e pr o ble mas
pe sso ais de o ut r as pe sso as.
9 – 1 (t r adução do ve r so )
27
br ig ando po r causa de um pe ix e que e las hav iam pe scado .
Ò g ún o s aco nse lho u a se r e m pac ie nt e s e disse
que e le s dev e r iam ir par a ca sa e div idir o pe ix e .
Ele s se r e cusar am.
O pr ime ir o ho me m dis se que e le v e io do le st e
e o se g undo ho me m dis se que e le v e io do oe st e .
A pó s o uv ir as sua s de scul pas, Ò g ún pe go u o alfan je o qual lhe fo i or ie nt ado par a
se mpr e po rt ar co nsigo e par t iu o pe ix e e m do is par a e le s.
O pr ime iro ho me m o ag r ade ce u e pe diu a e le que abr isse uma t rilha de lá at é a cidade
o nde r e sidia.
O ho me m pro me t e u e nr ique ce r a v ida de Òg ún se e le at e nde s se o se u de se jo .
O ho me m g ar ant iu a Ò g ún que e le t ambé m r e ce be r ia co isas valio sas que ir iam e lev ar
s ua co nfian ça.
O se g undo ho me m ig ualme nt e agr ade ce u a Òg ún e fe z u m pe dido similar .
Ò g ún co ncor do u e m fazer t al co mo e le s pe dir am.
Ò g ún te m sido se mpr e chamado de Og undame ji de sde o dia e m que e le div idi u um
pe ix e par a dua s pe s so as que e st av am br ig ando .
9 – 2 (t r adução do ve r so )
9 – 3 (t r adução do ve r so )
28
sa cr ifí cio , e le jamais mor r er ia.
O mundo int e iro se mpr e ir ia pe dir
à e le par a ajudá- lo s à r e par ar se us mo do s de vida.
M as ne nh um de le s ficar ia a se u lado par a r e so lv e r
o s se u s pr ó pr io s pro ble ma s.
Q uatr o car ne ir o s, quat ro bo de s, e quatr o cabaça s co be r t as de ve m
se r o fer e cido s e m sacr ifí cio .
Ele r e alizo u o sa cr ifí cio e m cada um do s quat ro cant o s
do mundo .
9 – 4 (t r adução do ve r so )
29
Or ác ulo 10
Osameji
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a mudança ine spe r adame nte em
10 – 1 (t r adução do ve r so )
30
Ele s se r e cusar am a faze r o sacr ifí cio .
Q uando e le s che g ar am a I fe , uma lut a aco nt e ce u.
Ele s te nt ar am re si st ir mas não pude r am e tiv er am que fug ir .
De sde aque le dia, as duas pe sso as que
fug ir am t e m sido cha madas de O same ji.
10 – 2 (t r adução do ve r so )
10 – 3 (t r adução do ve r so )
É aco nse l háv e l a qualque r um par a que m e st e I fá se ja div inado se casar co m uma e
ape nas uma m ulhe r .
10 – 4 (t r adução do ve r so )
31
na ág ua, e nt ão que br ar a po nt a da co ncha do car aco l e de ix ar o lí quido fluir de ntr o do
pr e par ado ).
Ele de v er ia se banhar co m o re mé dio par a se acalmar .
A ja se re cu so u a sa cr ificar .
Ele dis se que sua saliv a e r a sufi cie nt e par a saciar sua se de .
I fá dis se : O clie nt e par a que m e st e I fá é lançado não e st á go zando de bo a saúde .
32
Or ác ulo 11
Ikameji
Est e Odù sig nif ica muit as pr eo cu paçõ e s e por t anto pe de po r mo der ação . Co m o
co rr e to sa cr ifí cio é po ssí v e l ex e r cer co nt ro le . F ilho s de sse O dù e st ão se m pre
ce r cado s por pe sso as que são pr e dispo st as a impor do r ao s o ut ro s o u que t e m
pr azer no so fr ime nto do s out ro s. Ele s t ê m que e st ar co n st ant e me nt e pr ev e nido s
de v ido a e le s não po de r e m co nt ar co m fa mí lia o u amigo s par a aj udar .
O dù Ik ame ji o cupa o dé ci mo pr ime iro lug ar na o rde m fix a de Ò r únmì là. U ma pe sso a
ir á se m pre co lhe r o que planto u. O s filho s de I k ame ji ne ce s sit am pr o piciar s uas
ca be ças (or i) fr e qüe nt e me nt e de fo r ma a faze r as e sco lhas cor r et as.
Se I k ame ji é lançado par a um clie nt e , I fá diz que e st e e nfr e nt a difi culdade s. O clie nt e
t e m inimigo s ci ume nt o s que e st ão t e nt ando blo que ar sua s opo rt unidade s. Ele o u e la
e st á so fr e ndo co m a falt a de filho s co nfiáv e is e co m ne ce ssidade s finan ce ir as. M as se o
clie nt e re alizar os sacr ifí c io s apr o pr iado s par a I fá e Òg ún, e le ou e la t er á
o por t unidade s ilimit adas par a se t or nar pr o dut iv o (a) e be m su ce dido (a).
11 – 1 (t r adução do ve r so )
33
11 – 2 (t r adução do ve r so )
11 – 3 (t r adução do ve r so )
11 – 4 (t r adução do ve r so )
34
Ò g ún se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio .
O s Babala wo s dis se r am: I fá diz que e le se r á
e nv e ne nad o lá ante s de vo lt ar par a casa po r que
e le se re cu so u a r ealizar o sacr ifí cio pr e scr ito .
Ele fo i lá, lut o u, e v e nce u a bat alha.
Em se u cam inho de vo lt a par a ca sa,
um de se us ho me ns lhe o fe r e ce u um pe daço de
inhame assado , que e le co me u.
O inhame g r udo u e m
s ua g ar g ant a e e le fi co u incapa cit ado de e ng o li-lo .
Po r fim, e le não co nse g uia falar .
Se vo cê falar co m e le ,
e le usar á s ua cabe ça e sua s mão s par a
art ic ular suas re spo st as at é ho je .
35
Or ác ulo 12
Oturuponmeji (Ologbonmeji)
O t ur upo nme ji, també m chamado de O lo g bo nme ji, é o dé cimo seg un do O dù pr inci pal
na or de m inalt er áv e l de Òr únmì là. Est e O dù simbo liza a cr iação de filho s. Par a t er
filho s saudáv e is e be m co mpo rt ado s, O t ur upo nme ji diz que é ne ce ssár io o fer e ce r
sa cr ifí cio s ao s e g ung un (ant e pas sado s) e a Or isa- nla. O s filho s de Ot ur upo nme ji
t e nde m a se to rnar e m co mplace nt e s. Par a to mar de cisõ e s sábias, e le s de v e m o uv ir e
r e spe it ar as opiniõ e s de se us pais e o s po nto s de vist a do s mai s v e lho s e m ge r al.
O s filho s de O t ur upo nme ji tê m for ça par a s upor t ar as ne ce s sidade s o u a dor .
C o nse que nt e me nt e , e le s se to r nam de masiado impr ude nt e s, te imo so s, e fa cilme nt e
co nf uso s. Se for par a e le s per mane cer e m co nce nt r ado s e não pe r der e m suas po si çõ e s
na v ida, de v er ão se r fe it o s e sfo r ço s per sist e nt e s par a pro piciar sua s cabe ça s (or i) e
sa cr ifí cio s a I fá r eg ular me nt e .
12 – 1 (t r adução do ve r so )
36
o re mé dio par a pr o spe r idade t ambé m po de r ia co mê -lo ).
A pó s co me r o r e mé dio ,
o clie nt e de ve r á de po sit ar o s
e dun -aar a (pe dr a de raio s) so br e se u I fá .
12 – 2 (t r adução do ve r so )
12 – 3 (t r adução do ve r so )
37
C o mo o g be g i é pr o fundame nt e e nr aizado , O do se mpr e
e st ar á fir me me nt e asse nt ado e m qualque r lug ar .
12 – 4 (t r adução do ve r so )
38
O rác ulo 13
Oturameji
13 – 1 (t r adução do ve r so )
39
13 – 2 (t r adução do ve r so )
(...)
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là
quando e le ia de s co br ir e e st abe le ce r uma cidade .
F o i dit o a e le par a sa cr ificar
um gr upo de for mig as -so ldado (o wo ijamja ), sa bão neg ro ,
quar e nt a búzio s já pre par ado s e m um cor dão no e scur o ,
um pe daço de pano br anco , e uma árv or e o dan.
Ò r únmì là ate nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí cio .
O s Babala wo s aco nse lhar am Òr únmì là a plant ar a ár vo r e Odan
nu m mat ag al e amar r ar as búzio s ne la.
Ele de v er ia lav ar se u co r po co m o sabão ne g ro pr e par ado co m fo lhas de Odan e
car r e ir as d e for mig as.
Ele de v er ia u sar o pano br anco par a se co br ir .
Se e st e I fá e ncar na alg ué m, dev e se r dito à e st e alg ué m par a faze r da me sma for ma.
O s Babala wo s dir iam a e le co m se g ur ança que o lug ar
o nde e le planto u a ár vo r e odan tal co mo de scr it o acima
e v e nt ual me nt e se to r nar ia um me r cado .
13 – 3 (t r adução do ve r so )
40
de dinhe ir o , Èsù o aco nse l ho u a ace it ar a ofe rt a.
Eis co mo Ot u se to rno u r ico .
O s Babala wo s dis se r am: O dia que Ot u co mpr o u duas t ar t ar ug as
de v er ia se r chama do Ot ur ame ji.
13 – 4 (t r adução do ve r so )
(...)
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
F o i dit o a e le par a r e alizar sa cr ifí cio de mo do
que e le pude sse go ve r nar s ua cidade ade quadame nt e .
Ò r únmì là disse : “Q ual é o sa cr ifí cio ?”
O s Babala wo s dis se r am: Se is e st e ir as, se is pe na s de papag aio , se i s ca br as,
e mil e duze nto s búzio s.
F o i dit o a e le que pe sso as de to da part e do mundo v ir iam
par a ho nr á- lo so br e a e st e ir a.
Ò r únmì là re alizo u o sacr ifí c io tão rápido quant o po s sí ve l,
e pe s so as de t oda part e do mundo v ier am par a ho nr á-lo so bre a
e st e ir a tal co mo pr e dit o .
De sde aque le dia, o s Babala wo s t e m se se nt ado so br e a e st e ir a par a
r e alizar div inação de I fá .
41
Or ác ulo 14
Iretemeji
Est e Odù diz que pag a par a se inclinar par a co nquist ar . Hu mildade é uma
v ir t ude muit o impo rt ant e . Est e O dù av isa co ntr a int r ig as e inimig o s que e st ão
t e nt ando de spa char pro nt ame nt e no s sas chance s de su ce s so na vida.
O bse r v ação o cide nt al: Est a pe sso a mar cha pe lo se u pró pr io t ambor e t e m
pro ble ma e m su bme t er - se .
14 – 1 (t r adução do ve r so )
42
ca be ça.
14 – 2 (t r adução do ve r so )
14 – 3 (t r adução do ve r so )
43
14 – 4 (t r adução do ve r so )
44
45
Or ác ulo 15
Osemeji
15 – 1 (t r adução do ve r so )
Tit o ni-nk un’ le t i-nm uk’ awo t o co nsult o u I fá par a Ar ug bo (o s ido so s).
F o i pe dido a e le s par a sa cr ificar e m
uma galinha, uma gaio la che ia de alg o dão , e de ze s se is pe daço s de g iz (e fun )
de mo do que e le s pude sse m alcançar uma idade av ançada e ntr e o s o dùs.
Ele s se g uir am o co n se lho e sacr ificar am.
Ele s viv er am at é e nv e lhe ce re m co m cabe lo s gr isalho s.
Q ualque r um que e nv e lhe ça co m cabe lo s gr isalho s
e ntr e o s o dùs dev e se r chamado Ag bame ji (o s do is anc iõ e s).
46
15 – 2 (t r adução do ve r so )
15 – 3 (t r adução do ve r so )
15 – 4 (t r adução do ve r so )
47
Or ác ulo 16
Ofunmeji (Orangunmeji)
Est e Odù sig nif ica bo a fo rt una. Ele pe de po r paciê n cia e t ransig ê n cia — uma
v ida de dar e r e ce be r . Co m ce rt o s sacr ifí cio s, su ce s so é gar ant ido .
16 – 1 (t r adução do ve r so )
48
at ar o s pilar e s às sua s mão s.
Ele o be de ce u e re alizo u o sacr ifí cio t al co mo inst r uí do .
O dia e m que O dù cr io u t o do s o s tipo s no mundo
t e m sido cha mado de sde e nt ão O dudua
(O dù cr io u tudo o que ex ist e , O o dua, O lo dumar e ).
Ele cr io u t udo o que ex ist ia na cabaça.
Nó s ( se re s humano s ) e st amo s t o do s viv e ndo de nt ro da ca baça.
16 – 2 (t r adução do ve r so )
16 – 3 (... )
co ns ulto u I fá par a Ejio g be e o s r e st ant e s de ze sse is o dùs
pr incipai s.
F o i pe dido a e le s par a pag ar e m o dé bit o de sacr ifí cio de v ido po r sua
mãe .
Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio .
Eis o po r que o s Babalawo nun ca fo r am r ico s,
e mbo r a e le s se ja m r ico s e m sa be dor ia.
16 - 4
49
A g bag ba-ilu f’ idiko di co nsult o u par a Or ang unme ji, à que m fo i pe dido sacr ifi car uma
o ve lha, de ze s se is po mba s, e t rê s mil duze nt o s búzio s. Ele se g uiu o co nse l ho e
sa cr ifico u. O Babala wo div idiu o s mat e r iais de sa cr ifí cio e m duas par t e s, r e se rv ando
me t ade pa r a si pró pr io e dando a o utr a me t ade par a Or ang unme ji par a u sar par a
pro pi ciar sua ca be ça (o r i) quando e le r et or na sse par a casa.
A o che g ar e m ca sa, fo i dit o a Or ang un me ji que sua mãe go st ar ia de v ê -lo e a se us
ir mão s mais ve lho s na faze nda. A ssi m, e le e st av a in capacit ado de re alizar o sacr ifí cio
de pr o piciar se u or i e m casa. C arr e g ando o s mate r iais co m e le , e le se j unt o u à se us
ir mão s mais ve lho s de fo r ma que t o do s pude sse m v isit ar sua mãe co mo dito . Q uando
e le s che g ar am na fr o nt e ir a, o f uncio nár io da alfânde g a pe diu a e le s par a pag ar e m uma
t ax a de alfâ nde g a. Ejiog be , o lí de r do s odù s, não tinha o s duze nto s búzio s ex ig ido s, e
ne nh um o utr o do s quato r ze o dùs t inha dinhe ir o par a pag ar . Ape nas Or ang unme ji, o
dé ci mo -se xt o Odù, t inha o dinhe iro , que e le pago u por to do s e le s ant e s que e le s
pude sse m atr av e ssar [a fr o nte ir a] par a ir à faze nda. A ssim, quando e le s c he g ar am à
faze nda, o s quato r ze odù s r e st ant e s de cidir am t or nar a ambo s Ejio g be e Or ang unme ji
o s che fe s da famí lia. De sde aque le dia, nó s se m pre chama mo s Or ang un me ji de
“O funme ji”. De sde aque le dia, fala mo s, “Ne nhum I fá é maio r do que Ejio g be , e
ne nh um I fá é maio r do que O funme ji .”
Po r e st a razão , ao lan çar a sor t e (ibo ) na div inação de I fá , se Ejiog be o u O funme ji
fo r e m lançado s, nó s se mpr e de cidimo s a sor t e e m favo r de le s.
50
Or ác ulo 17
Ogbe‘Yeku
17 – 1 (t r adução do ve r so )
51
ant e s. Ele ainda e st av a cu lt uando se u I fá .
O lo fin r e spo nde u e dis se , “Q ual I fá O luko t un
A jamlo lo e st á cult uando ? O I fá fav or e ce u a e le ?”
M ais t ar de , O luk ot un A jamlo lo c he go u par a r ealizar
div inação de I fá par a Olo fin. I fá disse que não hav ia nada de
e rr ado co m O lo fin; e le ape nas e st av a se nt indo dific uldade par a dor mir à no it e .
Po rt ant o , co mo par t e do sa cr ifí cio , e le dev e r ia
co nce de r à O luko t un: sua filha mais ve lha ado r nada co m
co nt as e m se us pulso s e to rno ze lo s, uma cabr a gr ande ,
e quat ro mil e quat r o ce nto s búzio s.
O lo fin r e alizo u o sa cr ifí cio .
A ssi m que O luk ot un e st av a indo par a casa co m o s mate r iais do sa cr ifí cio ,
as pe sso as co me çar am a ridi cular izá-lo e a O lo fin, per g unt ando ,
“C o mo po de O lo fin co nce de r sua filha à e st e
po br e Oluk ot un ?”. Ele s ar r ancar am a be la garo t a de
O luko t un e a de r am par a um o ba (r e i).
Ela se to r no u a e spo sa do re i.
O o ba també m não po dia do r mir be m e fo i fo r çado
a pro c ur ar por O luk ot un A jamlo lo par a v ir e co nsult ar
I fá par a e le . Oluk o t un v e io e dis se ao oba que
e le e st av a incapacit ado de dor mir pro fu ndame nt e à no it e . Po rt ant o ,
se e le quise s se afast ar a mor t e súbit a, e le t er ia que co nce de r
ao Babalawo que co nsult o u I fá par a e le : sua
jo v e m rainha, duas cabr as g rande s, e quatr o mil e quat ro ce nt o s b úzio s.
O o ba re alizo u o sacr ifí cio . O luk ot un A jamlo lo
car r eg o u o s mat er iais do sacr ifí cio par a casa e canto u a
se g uint e can ção : Ek umini, Ek umin i, e is co mo I fá
po de se r favo r áv e l, e ass im por diant e .
C o m e st e O dù nó s apr e nde mo s co mo Oluk o t un A jamlo lo fo i be lame nt e re co mpe n sado e
fav or e cido de v ido à sua inabaláv e l cr e nça e m I fá .
17 – 2 (t r adução do ve r so )
(...)
52
(...) co nsult o u I fá par a A lag e mo (ca male ão ) quando e le ia ce le br ar as fe st iv idade s
anuai s co m Olok un.
F o i pe dido a e le par a sacr ifi car vint e mil búz io s,
duze nt o s po mbo s, e uma v ar ie dade de t e cido s. Ele se g ui u o
co nse l ho . O s div inado r e s pr e par ar am re mé dio de I fá par a e le .
A lag e mo e nt ão e nv io u uma me nsag e m par a O lo k un dize ndo que
e le ia part ic ipar das fe st iv idade s.
Ele g o st ar ia de co mpe t ir co m Olo k un ao usar
r o upas idê nt icas. O lo k un r e spo nde u, “Tudo be m! Co mo v o cê
se at r ev e , A lag e mo ?” Ele disse que ag uar dar ia a che g ada
de A lag e mo . A lag e mo che go u no dia pr o po st o . O lo k un
ini cio u a co mpe t ição . Q ualque r ro upa que O lok un
u sasse , A lag e mo usar ia a me s ma e as ig ualar ia.
A pó s um cur to t e mpo , Olok un fico u zang ado e de cidiu
que e le t e nt ar ia blo que ar o caminho de fo r ma que A lag e mo
achar ia impo s sí ve l re to r nar par a casa. Ele fo i
bu scar o aux í lio do s fe it ice ir o s e br ux as par a co lo car
o bst ácu lo s no caminho de A lag e mo . Alag e mo po r sua ve z fo i
co ns ult ar o s Babala wo s so br e o que e le dev e r ia fazer par a e v it ar
qualq uer impe di me nto e m se u cam inho par a casa. Ele fo i o r ie nt ado a
sa cr ificar e ni- ag bafi (uma e st e ir a de r áfia), ig ba- e wo (uma cabaça [co m]
inhame s as sado s amas sado s), e alg uma s o utr as co isas.
Ele se g ui u o co nse lho . O re mé dio de I fá fo i pr e par ado par a
e le . F oi e ns inado a e le a se g uint e canção :
O so ibe e jo wo mi. A je ibe e jo wo mi. Bi I g un ba j’ e bo
a jo o eg ba. (Po ssa m as fe it ice ir as aqui me de ix ar e m paz
Po s sam as br ux as aqui me de ix ar e m e m paz
Se um abut r e co me o sacr ifí cio , e le de ix a a caba ça aqui).
F o i ainda pe dido a e le que e st icas se a e st e ir a
no r io e se se nt as se so br e e la. A lag e mo fe z co mo fo i dit o
por se us Babalawo e e le fo i capaz de vo lt ar par a ca sa.
A lag e mo re alizo u o s sa cr ifí cio s pre s cr it o s por se us Babala wo e fo i por t anto capaz de
s upe r ar o s o bst áculo s que O lo k un ame aço u co lo car e m se u cam inho .
53
O rác ulo 18
Oyekulogbe
18 – 1 (t r adução do ve r so )
54
o cupado r e co lhe ndo to do o dinhe ir o e co nt as e jó ias pr e cio sas.
A lut a e ntr e o s e st r anho s co nt inuo u por dias, at é que
a ca sa de Ò r únmì là e st av a r e plet a de dinhe ir o e to das as co isas bo as.
O ye k ulo g be ! Edu se t ranqu ilizo u. O s no me s do s de ze s se is
r e is pr incipai s são : O lo w u, O libini, Alar a, A jer o , O rang un,
Ewi, A laafin- Oy o, O wor e , Ele pe , O ba- A dada, Alaajo g un, Olu-
O y inbo , Olu- Sabe , Olo wo , O lu-Tapa, e Olok o o u O sinle .
O s r e is po ss ue m r ique zas e t o das as bo as co isas, mas não t e m paz.
Ò r únmì là, o único a r e alizar o sacr ifí cio , t ev e paz
co mple t a.
Est a é a r azão po r que to do s o s r e is dev e m mant er Babala wo co mo
co nse l he iro s, e spe cialme nt e quando e le s se co nfr o nt am co m pro ble ma s o u
pr eo c upaçõ e s.
18 – 2 (t r adução do ve r so )
55
O rác ulo 19
Ogbewehin
19 – 1 (t r adução do ve r so )
(...)
r e alizo u div ina ção de I fá par a O g be
quando e le ia v isit ar co m I wor i.
F o i pe dido a e le par a sacr ifi car
t rê s bo de s, t rê s g alo s, a r o upa que e le e st av a v e st indo ,
e um rato do mat o (o r ato de v e ser mant ido e m pé atr ás de Èsù ).
Po r que e le re t or nar ia co m r ique zas, e le de v er ia se asse g ur ar que
a r ique za não e scapar ia de le .
Ele fe z o sa cr ifí cio .
Q ualque r pe sso a par a que m e st e O dù é lançado dev e se mpr e o fer e ce r sacr ifí cio par a
g ar ant ir um final fe liz o u be m suce d ido .
19 – 2 (t r adução do ve r so )
56
F o i dito a e le par a sacr ifi car as duas única s ro upas que e le po ss uí a ( uma pr e t a, u ma
br anca ), um bo de , e u m car ne ir o de mo do à não e nlo uque ce r , e se e le de se jas se se r
t rat ado pe lo s Babalawo .
O re mé dio de I fá (se e le fize sse o sa cr ifí cio ) :
De r r amar o sang ue do bo de de nt ro de um po t e g rande ante s de co lo car masin win
(o g bo e fo lhas de e su su) de ntr o do po t e . Adic io ne ág ua par a e le se lav ar .
A luk unr in se re cu so u a faze r o sa cr ifí cio .
A que le s nascido s por e st e O dù ge r alme nt e e nlo uque ce m.
57
Or ác ulo 20
Iworibogbe
Est e Odù fala pr ime ir ame nte de fil ho s e e nco r aja uma at mo sfe r a so cial po sit iv a
par a mant er o be m e st ar da famí lia.
20 – 1 (t r adução do ve r so )
(...)
Ele dis se que alg o dev e r ia se r o fe r e cido à
cr iança de for ma que a cr iança não v ie sse a mo rr e r :
inhame amassa do , uma g alinha, e t rê s mil e duze nt o s búzio s.
I fá dis se que e le s dev e r iam co zinhar a co mida e a g alinha
pr e scr ito s, re unir t o das as cr iança s,
e pe r mit ir que o s co mpan he iro s de re cr e ação da cr iança do e nt e co mam
da co mida o fer e cida. I fá disse que a cr iança do e nt e ir ia
fi car be m se u ma fe st a fo s se fe it a par a se us co mpanhe iro de r e cr e ação .
20 – 2 (t r adução do ve r so )
(...)
co ns ulto u I fá par a Er uk uk u-ile (po mbo ) e Er uk uk u -o ko
(po mba ).
A mbo s e st av am so fr e ndo por falt a de filho t e s.
F o i pe dido a e le s par a sacr ifi car quiabo , bast ant e inha me , u m fe ix e de v ar e t as, um pot e
g rande , e t rê s mil e duze nt o s búz io s.
58
O po mbo re alizo u o sacr ifí cio
mas a po mba se re cu so u.
A po mba t ev e do is fil hot e s e o po mbo te v e do is filho t e s.
A po mba dis se que e la não sa cr ifico u e ainda assim te v e do is filho t e s.
Ela fo i co n str uir se u ninho na árv or e e g ung un.
Ve io uma te mpe st ade , a árv o re e g ung un fo i ar r ancada co m r aí ze s, e o s filho t e s da
po mba mo rr e r am.
Ela g r it o u, “O pr ime ir o e o se g undo e u não v i.”
O po mbo gr it o u, “Eu fique i de co st as par a o pot e e não
mo rr i.”
O pot e e ra u m do s mat er iais que o po m bo tinha sacr ificado . Ele fo i capaz de pro t eg e r
se u s fil hot e s co m o po t e . Ele s so br ev iv er am.
59
Or ác ulo 21
Ogbedi
Est e O dù fala da ne ce ssidade de ex e cut ar o sacr ifí cio cor r et o par a que se ev it e
co nfu sõ e s o u zo m bar ia.
21 – 1 (t r adução do ve r so )
60
Po r é m, e le s dis se r am: O Og be que sai u de um ânus
de v er ia se r chama do Og be di.
21 – 2 (t r adução do ve r so )
61
que de sv e lasse o co nt e údo de sua bo lsa. Ele so lt o u a bo lsa e e le s v ir am o s se is co e lho s
que e le jo g o u par a fo r a. Ele s co me çar am a culpar Ès ù. Èsù implo ro u pe r dão a
Ò r únmì là. Òr únmì là se re c uso u a de s culpa -lo . Ès ù e mpe nho u sua ca sa e o utr as
po sse ssõ e s par a Ò rúnmì là. Òr únmì là ainda re cu so u ace it ar o arg ume nto de le . O s O t u
I fe (o s anciõ e s de I fe ) pe rg unt ar am par a Ès ù o que e le pr et e ndia faze r . Èsù re spo nde u
que e le ir ia par a casa co m Òr únmì là e co nt inuar ia lhe se r v indo par a se mpr e . Ele s
e ntr e g ar am Èsù par a Ò r únmì là. Q uando e le s che g ar am à casa de Òr únmì là, Èsù quis
e ntr ar co m Ò r únmì là. Ò r únmì là re cu so u e pe diu par a Ès ù que se se nt as se do lado de
fo r a. Òr únmì là dis se que o que e le co me s se de ntr o da casa, e le co mpart ilhar ia do lado
de fo r a co m Èsù .
Ès ù t e m v iv ido e nt ão de sde aque le dia do lado de fo r a.
62
Or ác ulo 22
Idigbe
O bse r v ação o cide nt al: M e do s t e mpo r ais, m uit as v e ze s re lacio nado s a se rv iço s ou
part e mo net ár ia, de v e m ser tr at ado s. M uit as ve ze s re lacio name nto s e mo cio nais
e st ão causa ndo inquie t ação e de se quilí br io .
22 – 1 (t r adução do ve r so )
63
À r ùn v e io e dis se as me s mas palav r as. Sig idi nada re spo nde u
Foi isto que Ò r únmì là fe z par a pre v e nir que Ik ú (M or t e ) e À r ùn (Mo lé st ia)
ade nt r asse m sua ca sa.
22 – 2 (t r adução do ve r so )
64
Or ác ulo 23
Ogbe’rosu
Est e Odù de t er mina a so lução par a a ame aça de mor t e , do e nça, caso s ju diciai s,
pe r das e infe r t ilidade .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se mpr e me t ido e m alg um tipo de pro ble ma.
So me nt e ação e spir it ual po de re st aur ar o e quilí br io .
23 – 1 (t r adução do ve r so )
65
Or ác ulo 24
Irosu-ogbe
Est e O dù e nfat iza que re lacio name nt o s e spir it uais pe sso ais são co nt r ár io s
àque le s mo net ár io s o u co me r ciais.
24 – 1 (t r adução do ve r so )
24 – 2 (t r adução do ve r so )
66
U m po mbo de v er ia se r sacr ifi cado se o Odù fo sse div inado no
e se nt ay e de um r e cé m- nascido .
U ma o ve lha dev er ia ser sa cr ificada se o Odù fo sse div inado no
I te fa.
67
Or ác ulo 25
Ogbewonri (Ogbèwúnlé)
Est e Odù fala da e sco lha e ntr e mar ido s o u e spo sa s po t e nciais. Sa cr ifí cio s
as se g ur am a e sco lha co rr e t a e a asso cia ção be m su ce dida.
O bse r v ação o cide nt al: U m gr ande mo me nt o par a capit alizar , t ant o co me r cial
co mo e mo cio nalme nt e , no s atr at iv o s do s clie nt e s par a o s o ut ro s.
25 – 1 (t r adução do ve r so )
25 – 2 (t r adução do ve r so )
68
Or ác ulo 26
Owonrinsogbe
26 – 1 (t r adução do ve r so )
69
26 – 2 (t r adução do ve r so )
70
Or ác ulo 27
Ogbe’bara
27 – 1 (t r adução do ve r so )
27 – 2 (t r adução do ve r so )
71
Or ác ulo 28
Obarabogbe
Est e Odù fala de gr ande r e spe it o e po de r par a o clie nt e que fie lme nt e se g uir as
pr ev isõ e s de I fá.
O bse r v ação o cide nt al: O ce pt ici smo ge r al do clie nt e e st á blo que ando o s uce s so .
28 – 1 (t r adução do ve r so )
28 – 2 (t r adução do ve r so )
I ro fá- abe e nújig ini, o adv inho de Òr únmì là, fo i que m co nsult o u I fá par a A difala, que
e st av a indo div inar par a O sin. A difala pe diu a O sin faze r sacr ifí cio de mane ir a a
afa st ar mo r te re pe nt ina de ntr o do s se t e dias se g uint e s. Se t e car ne ir o s e 1 000 búzio s
de v er iam ser o fe r e cido s. O sin não r e alizo u o sa cr ifí cio mas ag arr o u A difala e o
amar ro u. A difala cant o u a se g uint e can ção : Eu, um adiv inho cuja s pr e diçõ e s de I fá
72
pas sar ão ime diat ame nt e na t ábua de adiv inha ção (o po n), I bar at ie le , I bar at ie le .
C e rt ame nt e O sin mo rr e r á amanhã, I bar at ie le , I bar at ie le . O sin pe g ar á um po t e e ir á at é
o r io , I bar at ie le , I bar at ie le . Ele peg ar á uma v asso ur a e v ar r er á o chão , I bar at ie le ,
I bar at ie le . Ele pe g ar á uma e scada e sub ir á no t e lhado , e assim po r diant e .
O babala wo canto u e ssa ca nção t odo s o s dias at é que um dia quando e le s e st av am
t raze ndo uma no iv a nov a (iy àwó ) par a O sin de u m lug ar dist ant e . O sin disse que e le
v ar r er ia a ca sa r apidame nt e ant e s da che g ada da no iv a. Ele peg o u a v asso ur a e varr e u
a casa. A ssi m que t er mino u, de cidi u subir no t e lhado par a e spia- lo s. Ele pe go u uma
e s cada e fo i ao te lhado par a ve r a no iv a que v inha ao lo ng e . Ele caiu e a par e de
de smo r o no u so bre e le . Ele s e nv iar am pe s so as par a libe rt ar e tr azer A difala. A difala
dis se que e le s dev e r iam o fer e ce r r apidame nt e um sa cr ifí cio de de z ov e lhas, de z galo s,
de z v acas, e a e spo sa nov a que e st av a vindo a O sin. O sin de spe rt o u e nquant o e le s
e st av am ex e c ut ando o sacr ifí cio .
I fá diz que nó s nunca dev e mo s duv idar das pr e diçõ e s de um baba lawo .
73
Or ác ulo 29
Ogbe’kanran
Est e Odù fala de po s sív e l per da de lucro s ant e r io r e s dev ido à falha ao ex e c ut ar
um co mple to sa cr ifí cio . Me ias me didas se mpr e re s ult ar ão e m per das.
29 – 1 (t r adução do ve r so )
74
Or ác ulo 30
Okanransode
Est e O dù fala de so bre pu jar no sso s inim igo s o u co mpet ido r e s par a co nse g uir
uma po sição de pro e minê n cia.
O bse r v ação o cide nt al: U m nov o t rabalho , uma pro mo ção o u um aume nt o e st ão
e m u m fut ur o pr óx imo .
30 – 1 (t r adução do ve r so )
30 – 2 (t r adução do ve r so )
75
Or ác ulo 31
Ogbe’gunda (Ogbeyonu)
31 – 1 (t r adução do ve r so )
31 – 2 (t r adução do ve r so )
76
A lár á fico u irr it ado e e spant ado de co mo sua mãe po de r ia e nv iar algo e mbr ulhado e m
fo lhas se cas de Ko ko ; Ele re c uso u ace it a-lo . A mãe de le s fe z a me sma co isa co m A jer ò e
e le t ambé m re cu so u ace it a-lo . A bor r e cido s, e le s o le v ar am a Ò ràng ún, que ace it o u o
e mbr ulho . Ele o de se m br ulho u e e nco ntr o u co nt as. Ò ràng ún já t inha r e alizado o
sa cr ifí cio pr e scr ito pe lo babala wo . Ò ràng ún o fe re ce u: te cido de v e ado 1 , um po mbo e 16
000 búz io s. Ò ràng ún fio u um quint o das co nt as e e nv io u o co lar par a A lár á por que e le
se nt iu que isso o sat isfar ia. Alár á co mpro u o co lar de Òr àng ún. Ò ràng ún fio u o ut ro
co lar e o e nv io u par a A je rò , que t ambé m pag o u a Òr àng ún po r e le . Òr àng ún fo i capaz
de v e nder o s co lar e s por que e le o s e mbr ulho u e le g ant e me nt e . Ò ràng ún fi co u co m as
co nt as r e st ant e s par a si.
1
N o o r i g i n a l e m y o r ù b á e s t á e s c r i t o “ A s o e t u ” ; p e l o FA M A’s È d è Aw o Ò r ì s à Yo r ù b à D i c t i o n a r y , “ e t u ” a s s i m
e s c r i t o s e t r a d u z p a r a o i n g l e s c o m o “ d e e r ” q u e e m p o r t u g u e s s e t r a d u z c o m o v e a d o ( N . d o T. ) .
77
Or ác ulo 32
Ògúndábèdé
O bse rv ação o cide nt al: A que st ão de infide lidade mat r imo nial em um
re lacio name nt o muit as ve ze s apar e ce .
32 – 1 (t r adução do ve r so )
32 – 2 (t r adução do ve r so )
78
K anr ang bada -À kàr à-ng bada!
Est o u na ca sa de O wá.
Q ue dinhe ir o no v o me pr o cur e .
Q ue e spo sas nov as me pr o cur e m.
Q ue cr iança s nov as me pro cur e m.
Se uma cr iança vê A làk àr à, e la jo g ar á fo r a se u pe daço de inha me .
Ò g úndáso rí ir e f’O g bè , t rag a-me bo a so rt e .
R e mé dio de I fá: Co ma se is àk àr à fr e s co s co m pó de iy è -irò sù no qual
o o dù Òg úndá sor í ir e f’ O g bè te nha sido mar cado e re zado co mo mo st r ado acima.
79
Or ác ulo 33
Ogbèsá
O bse r v ação o cide nt al: É uma sit uação difí cil que ago r a e st á che g ando , mas se
v o cê não se e nt r eg ar ne m de si st ir t r iunfar á no final.
33 – 1 (t r adução do ve r so )
33 – 2 (t r adução do ve r so )
A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a,
Ef ufule le , o adv inho do Cé u,
K uk ut ek u, o adv inho do S ubt e rr âne o .
O Or áculo de I fá fo i co ns ult ado po r Ik i,
que fo i pr e ve nido ace r ca de um amig o
80
t ão gr ande quanto um car ne iro . Ele fo i or ie nt ado a o fe re ce r um sacr ifí cio de mane ir a a
pr ev e nir que se u amigo o e ng anasse e o fix asse par a se r mo rt o .
uma por ção de o bì , br ace let e s de fe rr o , 2 200 búzio s e um gr ande r e cipie nt e de made ir a
co m tampa o nde se r á co lo cada a o fe re nda.
I k i fe z o sa cr ifí cio .
U m dia; o car ne iro fo i v isit ar O lo fin e r e par o u que o sant uár io do e g úng ún de le e st av a
v azio . Ele per g unto u a Olo fin o que e le usav a e m se u c ulto de e g úng ún. O lo fin
r e spo nde u que e le ut ilizav a o bì co mo sacr ifí cio . O car ne ir o r iu e disse que e mbo r a isso
fo s se bo m, e le t rar ia Ik i par a um sa cr ifí cio . Olo fin o agr ade ce u. U m dia, o car ne ir o fo i
v isit ar Ik i. O car ne ir o per g unto u a Ik i se o pai de le se mpr e co nt av a par a e le so br e um
jo go que e le e o car ne ir o co st umav am jo g ar . Ik i per g unto u que jog o que e r a. O car ne iro
dis se a I k i que o jo g o er a dar vo lt as uma car r eg ando o o ut ro por quat ro pé e nquant o
um e st av a o cult o de nt ro de um r e cipie nt e de made ir a. I k i dis se que se u pai nun ca
t inha falado so br e o jog o ape sar de par e ce r div er t ido . O car ne iro co lo co u um
r e cipie nt e de made ir a no chão e e nt ro u de nt r o . Ele pe diu a I ki que tampa sse e e nt ão o
car r eg as se por quat ro pé s. Per co rr ida a dist ância, o car ne iro dis se que e r a a sua v e z. O
car ne iro e nt ão carr e go u I ki por quat r o pé s co lo co u-o no chão e ao se u t ur no e nt ro u no
r e cipie nt e . E fo i a v ez de I k i e ntr ar no re cipie nt e . O car ne iro o carr e go u por quatr o
pé s, po r é m quando I k i pe diu que o co lo casse no c hão , o car ne iro o ig no ro u e co nt in uo u
cam inhando . I k i implor o u mas o car ne iro t or no u a não dar ouv ido s a e le . I ki co me ço u
a cant ar a cant ig a que o babalawo e nsi no u-lhe quando re alizo u o sacr ifí cio :
A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a,
Ef ufule le , o adv inho do Cé u,
K uk ut ek u, o adv inho do S ubt e rr âne o .
O car ne ir o e st á me le v ando par a O lo fin par a se r mo rt o .
Eu não sa bia que e st av a jo g ando um jo go de mor t e co m o car ne ir o .
A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a,
Ef ufule le , o adv inho do Cé u,
Ve nha m po der o same nt e libe r t ar I ki do r e cipie nt e .
A pó s alg un s mo me nt o s, o car ne iro sacud iu p r e cipie nt e e o uv iu o so m do s br ace le te s
de fe rr o e pe nso u que fo s se I k i. Q uando e le che g o u na casa de O lo fin e st e o fe r e ce u
aj uda co m o re cip ie nt e . Ele re cu so u e dis se que pr e cisav a ir at é o quint al do s fu ndo s.
Q uando e le s fo r am par a o s fundo s, e le s ajudar am o car ne iro co m o r e cipie nt e .
81
A br indo o r e cipie nt e , e le de sco br iu que ik i não e st av a de ntr o . Olo fin di sse que dev ido
o car ne ir o t e nt ar e ng ana-lo , e le se r ia sa cr ificado a Ee g un. De sde e sse dia, um car ne iro
se mpr e é o fe r e cido a Eeg un co mo sacr ifí cio .
Or ác ulo 34
Oságbè
34 – 1 (t r adução do ve r so )
34 – 2 (t r adução do ve r so )
82
Or ác ulo 35
Ogbèká
Est e O dù fala de te r que supe r ar ciúme e inv e ja par a alcan çar fama e r e spe ito .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa inje t ar mai s se nso co mum e me no s
imag inação na s at iv idade s cot idiana s.
35 – 1 (t r adução do ve r so )
Es umar e co m um lindo do r so
co ns ulto u I fá par a a C huv a t or re nc ial.
A e la fo i pe dido que o fer e ce sse u m sacr ifí c io
de uma e nx ada, um alfan je e um cabr ito par a ev it ar
que as pe sso as a lev as se m par a de ntr o da flor e st a.
Q uando e la finalme nt e ve io a re alizar o sa cr ifí cio , as pe s so as
co me çar am a dar at e nção a e la.
35 – 2 (t r adução do ve r so )
83
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .
Or ác ulo 36
Ikagbè
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e apr e nder a mo de r ar suas palavr as e açõ e s
quando e x por um po nt o de vist a.
36 – 1 (t r adução do ve r so )
Ele disse g ro sse r ia, e u disse inso lê ncia. Ele disse que nun ca é po ssí v e l r o lar pano se co
no fo g o . Eu dis se que não é po ssí v e l ut ilizar uma co br a co mo cint o . Ele s não dev e m se r
t ão r ude quant o o go lpe do fil ho do che fe na ca be ça. que e u se ja re spe it ado e nt ão at é
ho je . I nv o que e st e I fá no iy è - ir ò sù que t e nha sido mar cado co m o O dù Ìk ág bè e
e sfr e g ue na s ua cabe ça (o rí ).
36 – 2 (t r adução do ve r so )
84
Ve ja um mo nt e de cr ianças atr ás de mi m / ve ja u m mo nt e de cr ian ças at r ás de mim, e
as sim po r diante .
Or ác ulo 37
Ogbètúrúpòn
Est e Odù fala so br e o clie nt e fi car par a t rás e m uma co mpe t ição . Ele po de
v e nce r at r av é s do sa cr ifí cio .
37 – 1 (t r adução do ve r so )
Jig bin ni co ns ulto u I fá par a o cav alo (e sin) e també m par a a v aca (e r anla).
A v aca fo i aco nse lhada a o fer e ce r sacr ifí cio de mane ir a que a e la ser ia dada a po si ção
so cial do cav alo .
Tr ê s e nx adas e 6 600 b úzio s de v er iam se r u sado s co m sa cr ifí cio .
A v aca o uv iu po r é m não re alizo u o sacr ifí cio .
O cav alo o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .
No s t e mpo s que pas sar am, a v aca o cupav a uma po si ção so cial s upe r io r ao cav alo .
Ès ù pe r suadiu as pe s so as a t rat ar e m o cav alo co mo u m bo m co mpanhe ir o
por que Èsù é se mpr e a fav or de qualq ue r um que r e aliza se u s sacr ifí cio s.
I fá cant a: Jig bi nni o (sí mbo lo de car go ) e st á no pe sco ço do cav alo / e st á no pe sco ço do
cav alo .
37 – 2 (t r adução do ve r so )
85
Ò g bèt ún mo po n- Sun mo si, Bi- omo -ba -nk e -iy á-r e -ni-aag be fu n.
co ns ulto u I fá par a A lawo ro - Òr ì sà,
que e st av a so fr e ndo co m falt a de filho s e e st av a saindo co m o abut r e .
Ela fo i aco n se lhada a faze r sacr ifí c io
um pe daço de te ci do br an co co lo cado no Ò rì sà,
3 200 búz io s e duas galinha s.
Ela pr e st o u at e nção nas palavr as e re alizo u o sacr ifí cio .
Or ác ulo 38
Òtúrúpòngbè
86
co mo se nd o o se u ofe nso r , e o amar ro u. Q uando a mãe do r apaz so ube do aco nt e cido ,
r apidame nt e re alizo u o sacr ifí cio que se u fil ho hav ia ne g lig e nciado . Tão rápido quant o
e la r e alizo u o sa cr ifí cio , Èsù co lo co u as se g uint e s palav r as na bo ca do s filho s de
O lo fin: Vo cê . O lo fin, fo i o úni co que dor miu co m sua e spo sa. Po r que amarr ar ia o fil ho
de alg ué m e de se jar ia mat a-lo ? O lo fin Q uando e le de sa marr o u o rapaz e final me nt e lhe
de u o cabr it o e o s 20 000 búzio s.
Or ác ulo 39
Ogbètúrá
87
A jiwo y e -o de de co nsult o u I fá par a O lo mo -A g be t i.
F o i pr e dito que to das as suas aquisi çõ e s v ir iam facilme nt e a e le ne s sa v ar anda.
U m r at o , um pe ix e e duas imag e ns de v er iam ser sa cr ificado s.
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .
Or ác ulo 40
Òtùrà-Oríkò
O bse r v ação o cide nt al: Se a clie nt e e st á gr av ida, uma o fe r e nda par a g ar ant ir uma
cr iança saudáv e l de v e ser fe it a.
88
A luk er e se -f’ ir ak or or in co nsult o u I fá par a Oló k un-So nde ,
Q ue se nt o u-se pacie nt e me nt e e fico u o lhando a v ida passar .
F o i pe dido a e la que o fe r e ce s se sacr ifí cio quando par e ce u -lhe inút il a sua v ida. F oi
pr e dito que e la se to r nar ia g rande .
De ze s se is po t e s d’ ág ua, duas ov e lhas e 3 200 búzio s de v er iam ser sa cr ificado s.
Ela se to r no u a rainha de t o das as cor re nt e zas.
Or ác ulo 41
Ogbèatè
Est e O dù fala so bre e v it ar pro ble ma s e pot e ncia l cr iat iv o e m v iag e ns e e sfor ço s
que e st ão pôr v ir .
89
Ele e nco nt ro u o co r po de I ro no chão .
I k ú cha mo u Ag bo nnir eg un. Ele vo mito u Ì gè dè nas mão s de A g bo nnir e g un e pe diu par a
que e le e ng o lisse Ìg è dè . Ele disse : Ag bo nnir eg un se mpr e de ve r ia v omit ar Ìg è dè e m
dias te rr iv e lme nt e tr ist e s.
90
Or ác ulo 42
Ireteogbe
O bse r v ação o cide nt al: U m nov o r e lacio name nt o o u u m aume nto na int e nsi dade
do re lacio name nto co rr e nt e é pr ov áv e l.
I re - nt e g be , o A dv inho de A k isa,
co ns ulto u I fá par a A k isa quando e st e e st av a a po nt o de dar me l ao I fá de le .
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car me l, aadun ( milho e aze it e ) e o bi.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
I fá e nt ão de u-lhe dinhe ir o
91
Or ác ulo 43
Ogbese
92
43 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Oso-Ogbe (Osomina)
O bse r v ação o cide nt al: A tr açõ e s e mo cio nai s r e sult am e m r ev o lt a te mpor ár ia.
93
Ele se re cu so u a o fe re ce r sa cr ifí cio .
Ele aj udo u a car re g ar pe so at é a fe ir a e a sua ge ne ro sidade fo i re tr ib uí da co m mal.
Or ác ulo 45
Ogbèfún
O bse r v ação o cide nt al: C o mpor t ame nto não mo nóg amo po de cau sar gr ande dano .
94
amar r adas junt as e le v adas pôr e le . A ssim que e le fo i par a o cami nho que le v av a à casa
de O risa, e le o uv iu alg ué m cant ando o se g uint e cant o :
Se e u ve r Ik ú, e u ir e i lut ar co m e le . O liwo wo ji, O liwo wo jiwo .
Se e u ve r Ik ú, e u ir e i lut ar co m e le . O liwo wo ji, O liwo wo jiwo .
Q uando I k ú , co lo co u as 201 cabe ças no chão e sai u co rr e ndo , e spant ado que alg ué m
se r ia su ficie nt e me nt e co r ajo so par a ame açar a e le e a A r un. Ele não sabia que Ar un
e st av a pô r tr ás de st e ato diabó li co . Ar un t inha aca bado de ir v er um babala wo par a
e st e o aux iliasse imag inar uma mane ir a de co nse g uir que Lasu nwo nt an filha de Or isa
se t or nasse sua e spo sa. O ba balawo disse a e le par a que co nse g uis se 200 co ncha s de
car amu jo , o s quais e le pr ov ide ncio u. O ba balawo fio u as co ncha s, co lo co u-as ao r e dor
do pe sco ço de A r un e dis se e nsino u a e le a cant ig a que e le dev er ia cant ar . Q uando Ik ú
jo go u as 201 cabe ça s for a e fug iu, A r un j unt o u as 201 cabe ça s e as le vo u par a O risa.
O risa por sua ve z de u Lasunwo nt an, s ua filha, a Ar un. Ent ão nó s t e mo s um dit ado que
diz: “A M or te t inha sa cr ificado par a a doe n ça par a te r suce sso ”. Est a hist o r ia no s co nt a
que qualque r instr u me nto so no ro afug e nt ar á a mo rt e o u o utr o s e spí r ito s malig no s.
Est a é a ra zão pe la qual a me di cina tr adicio nal as pe sso as co lo cam inst r ume nt o s de st a
nat ur e za no àbìk ù (nasci do par a mo rr er ) o u no ut r as cr iança s do e nt e s.
95
Or ác ulo 46
Òfún’gbè
Ò fún no ’ r a, aja no ’r a
co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (O lo bahu n Ì japá)
quando e le e st av a indo ao me r cado co m o s mo nst ro s (e we le ).
Ele fo i o r int ado a o fer e ce r sacr ifí c io de mane ir a a re to r nar a salv o .
96
Tr ê s g alo s, 6 600 búzio s e lag o st a (e de ) dev er iam se r sacr ificado s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
Or ác ulo 47
Oyekubiworilodo
97
Di sse r am que e le não pe ne tr ar ia se falha sse e m re alizar sacr ifí cio .
O sacr ifí cio : Tr ê s car ne ir o s, t rê s cabr it o s, t rê s cãe s macho s, t rê s galo s,
t rê s tart ar ug as mac ho e 6 600 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
Ele pe ne t ro u.
O ro mina é o no me pe lo qual chama mo s o pê nis (o kó ).
Or ác ulo 48
Iwori-Yeku
O bse r v ação o cide nt al: Blo que io s e mo cio nai s pr e cisam se r e liminado s atr av é s do
C ult o A nce st r al o u ofe r e ndas.
O hun- t iy oo se nik iig bai se ’ ni, Èny ì àn-k an-dandan- lio -maabi -A ye k un- o mo
co ns ulto u I fá par a O lo fin.
98
Ele s disse r am que um r e cé m- nascido ado e ce r ia. A pó s um pe r ío do pr o lo ng ado de
t rat ame nto , e le t er ia me lho r as ma s ficar ia ale ija do .
Ele s aco nse l har am par a que O lo fin não ficas se zang ado ; se e le o fer e ce s se sacr ifí cio , o
be bê ainda pro spe r ar ia.
O sa cr ifí cio : u ma ov e lha, 440 000 búz io s, e o r e mé dio de I fá (quinar fo lhas de ir oy in e
de e wur o na ág ua co m sa bão par a banhar a pe s so a par a que m I fá fo i co nsult ado ).
Or ác ulo 49
Oyekuf’oworadi
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á dando muit a impor t ância e m at iv idade
se x ual ame açando o be m e st ar .
99
Ele s disse r am que se Ò rúnmì là falhas se e m r e alizar o sacr ifí cio , mo rr e r ia.
O sacr ifí cio : do is cãe s ne g ro s e 4 400 b úzio s.
Ele e s cut o u e re alizo u o sacr ifí cio .
Or ác ulo 50
Idiyeku
O bse r v ação o cide nt al: É ne ce ssár io se co mu nicar co m o s A nce st r ais par a aux iliar
o s ne g ó cio s o u aliv iar pr e ssõ e s quo t idianas.
A wo -ir e -ir e -niit fi- e hin-t an’ na co nsu lto u I fá par a O k unk un su,
que se dir ig ia à cidade de I fe . Ele fo i or ie nt ado a ade nt r ar à cidade pe la no it e , apó s
Te r o fer e cido um sacr ifí cio — um r at o , um pe ix e e uma g alinha — par a pro piciar s ua
ca be ça. I fá dis se que e le se r ia mu ito be m suce di do ali.
100
Hist o r ia de I fá:
C he g ando na cidade à no it e , Ès ù co me ço u pô r v isit ar to das as casa s par a anunc iar a
che g ada de O k unk unsu e dizer que um baba lawo hav ia acabado de che g ar . Ele não ir ia
na casa de ning ué m. A s pe s so as dev e r iam se e s for çar par a ir e v ê -lo o nde e le
pe r mane ce r ia, por que se ja o que for que fize sse pe la pe sso a ir ia faze r co m que e la
e st iv e sse be m, ainda que sua per so nalidade não fo s se gr ande . I st o fo i o que Ès ù
de s cr ev e u par a as pe sso as. O k unk un su final me nt e r et or no u par a casa co m muit o
dinhe ir o e po s se s.
Or ác ulo 51
Oyeku’rosu
101
I fá adv e rt iu que ne nhu m babalawo dev e r ia se r de sre spe it ado , ne m me smo u m jov e m
A wo .
Or ác ulo 52
Irosu Takeleku
O bse r v ação o cide nt al: U ma m udança de se rv iço ir á tr azer me lho r ame nto .
102
por que e le ser ia inv e jado as sim que re co lhe s se se u s ho nor ár io s.
Ele o fe r e ce u o sacr ifí cio .
F o i pe dido par a sacr ifi car mais a fr e nt e tr ê s ca br it o s e 6 600 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e apr e se nt o u o sacr ifí cio . Ele fo i inv e jado quando
r e co lhe u se u s ho nor ár io s.
Ele cant o u a se g uint e ca nt ig a:
A wo e st á indo par a ca sa par a se r e abast e ce r co m pó de iy è
o pó de iy e do A wo acabo u.
o pó de iy e do A wo acabo u.
A wo e st á indo par a ca sa par a to r nar a e nche r se u pó de iy è
o pó de iy e do A wo acabo u.
103
Or ác ulo 53
Oyeku Wonrin
Es se Odù o fer e ce cur a par a po ssí v e is co nse qüê n cias sé r ias de adult é r io e pe r igo
de v iag e ns dist ant e s.
O bse r v ação o cide nt al: A çõ e s impe nsa das ir ão re sult ar em blo que io s no s
ne g ó cio s.
O k it ibi- ake t e k iit an- nidi- ope co ns ulto u I fá par a Lawe ni bu.
F o i pe dido a e la que co nfe ssa sse se u adult é r io se não quise s se mor r er .
U ma ca br a dev er ia ser o fe r e cida co mo sacr ifí c io , se e la não quise s se mo rr er
de v ido ao adult é r io .
Ela apr e se nt o u o sacr ifí cio .
I fá diz que a mulhe r par a que m e st e o dù é div inado e st á co me t e ndo adult ér io .
104
se t e g alo s e 14 400 búzio s.
O caçado r re alizo u o sacr ifí cio .
Ò r únmì là e st av a e m jor nada a um lo cal dist ant e .
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse de mane ir a a e v it ar que ali e le mo rr e sse :
um barr il de aze it e -de - de ndê , no v e galo s, no v e cabr ito s, no v e rato s, nov e pe ix e s e
po mbo s.
Ò r únmì là se g uiu a or ie nt ação e fe z o sa cr ifí cio .
Or ác ulo 54
Owonrin Yeku
O bse r v ação o cide nt al: Pe n same nt o s irr acio nai s r e sult ar ão em r e per cu ssõ e s
e mo cio nais sé r ias.
Sip isipi -li- a-nr i’ g ba- A je , Dug be dug be - li-anlu -a- g be e - Ye ba,
A k iilu ag be e Y e ba k io madun ke r e dudu ke r e dudu
co ns ulto u I fá par a O r isa-nla po r que sua e spo sa Y e mo wo , e st av a indo
par a a ro ça co me t er adult ér io . Par a que e la não mor r e sse de v ido a s ua infide lidade , e la
de v er ia o fe r e cer um sacr ifí cio de quat r o po mbo s, 8 000 búzio s e quat ro car amu jo s.
Ela r e alizo u o sacr ifí cio .
O me smo I fá fo i div inado par a A janaa -We re pe , que er a o amant e de Ye mo wo .
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse tr ê s cabr ito s e se is mil búzio s par a e v it ar sua mor t e .
Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .
105
r o ça de A lo ro par a o fe st iv al anual.
Ele fo i adv er t ido que se e le não to mas se pr e cauçõ e s aque le ano , e le ser ia mo rt o pe lo
pro dut o de sua ro ça.
O sacr ifí cio : t o do o pr o dut o da ro ça. se t e g alo s e 14 000 búzio s.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .
Or ác ulo 55
Oyekubara
106
pe dido a e le que u sasse as co nt as co mo r e e mbo lso pe lo dinhe ir o que e le e mpr e sto u a
A wo n.
107
Or ác ulo 56
Obara Yeku
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é e ncar ado co mo se ndo o par ce iro do minant e .
108
De z rato s (e k u-awo sin ), fo lhas de ir e e sabão fo r am sa cr ificadas.
Ele o uv iu as palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio .
O babala wo pilo u to do s o mat e r ial junt o par a e le se banhar co m o pre par ado .
Or ác ulo 57
Oyekupelekan
A to r ir or ay o -I le laba-I ro ko - ng be
co ns ulto u I fá par a I r awo sasa, e s cr av o de Olo dunmar e .
109
F o i pr e dito que se e le falhas se e m se g uir o caminho de O luwa,
s ua r e put ação se r ia bani da.
U ma ca br a e 2 000 b úzio s de v er iam se r o fe r e cido s e m sa cr ifí cio .
I rawo (a e str e la) se re c uso u a sa cr ificar .
Ent ão , o dia que Olo dunmar e r e fle t ir ia na v aidade de uma e str e la, nó s v er í amo s uma
e st r e la re pe nt iname nt e cair do cé u par a de ntr o da e scur idão .
Or ác ulo 58
Okanran Yeku
Es se O dù fala de sacr ifí cio s pr o po r cio nando r ique zas e sacr ifí cio não r e alizado s
t raze ndo de st r uição .
110
A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de de ndê ,
A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de ban ha de ò rí ,
A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de adin,
o co nfor t o de uma ca sa facil it ar á a umidade do
banhe ir o e e m v olt a de um po t e d’ ág ua.
Sa cr ifique o ito car amu jo s e 16 000 búzio s.
Se o clie nt e r e alizar o sacr ifí cio , I fá diz que t udo cor r er á be m co m e le .
Or ác ulo 59
Oyeku-Eguntan
111
Or ác ulo 60
Ogunda’Yeku
O bse r v ação o cide nt al: U m for t e aux ilio ance st r al pro po r cio na um fi m par a
difi culdade s.
Po ro k ipor ok i mo le hun’ so ,
K ek e k e mo le r’ er ù,
M o t a mo je r e ,
I di e ni li aiwo biot i l’ aro si.
I fá fo i co ns ult ado par a Te t er e g un
quando e le e st av a par a e nt re g ar a “ág ua do co nfo rt o ” a O lo k un.
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse
banha de òr í , do is car amujo s, e 16 000 búzio s.
Ele se g ui u as in str uçõ e s e re alizo u o sacr ifí cio
e le e ntr e go u a ág ua a Olo k un.
O lok un disse Vo cê , Tet e r eg un! de ag or a e m diant e , v o cê se mpr e e st ar á
e m co nfo r to . Vo cê nu nca se nt ir á falt a de r o upas. Eu co nt inuar e i a abe n ço a-lo .
C ant ig a de I fá: Tet e r eg un pr o spe ro u / e le e ntr e g o u a “ág ua do co nfo r to ” a O lo k un.
112
60 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
113
Or ác ulo 61
Oyeku Gasa
I le -e wu -ab’ o ju sok ot o
co ns ulto u I fá par a as pe sso as e m Og er e - eg be .
F o i pe dido que e le s sacr ifi cas se m de mane ir a
a e v it ar pe sar e s e m s uas v idas.
O sacr ifí cio : u ma caba ça de v inho de palma, quat ro po mbo s
e 8 000 búzio s.
Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio .
114
Ele s fo r am adv er t ido s a r e alizar e m sacr ifí cio , po is ir iam lut ar por alg u ma co isa. U m
ca br it o e 12 000 búzio s dev e r iam se r o fer e cido s e m sacr ifí c io . A pó s t rê s me se s, e le s
r e alizar am o sa cr ifí cio que hav iam ig no r ado . O e le fant e se de co mpô s. Èsù e nt ão
div idiu o mar fim e nt r e as duas par t e s e o s aco nse l ho u a de sist ir e m da g ue rr a.
Or ác ulo 62
Osa Yeku
O bse r v ação o cide nt al: Pr o ce s so s judic iais o u se r v iço s duv ido so s co mb inam co m
blo que io s e mo cio nai s cr iando sit uaçõ e s caót ica s.
115
F o i pe dido que o fe r e ce s se uma tart ar ug a, um po mbo e 2 000 búzio s.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .
Or ác ulo 63
Oyekubeka
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa dar mais ê nfa se e m s ua nat ur e za
e spir it ual e me no s nas "co isa s" o u dinhe ir o .
116
63 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
117
Or ác ulo 64
Ika yeku
118
64 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
119
Or ác ulo 65
Oyeku Batutu
Es se Odù o fer e ce fug a de ca st igo po r más açõ e s mas in sist e no co mpor t ame nto
mo r al no f ut uro .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a pr o ble mas le g ais, po ssiv e lme nt e co m o
g ov er no .
O y in-wo ny inwo ny in, o Adv inho da casa de O lufo n, junt o co m I bar ajuba. I bar aj uba
co ns ulto u I fá par a A r ibijo , o jov e m pr ov e nie nt e de Ok e -A pa. Ele fo i aco nse lhado a
120
nun ca faze r aco r do s se cr e t o s co m r e lação a dinhe iro o u o utr o s assu nto s par a se mpr e .
C ada acor do mo ne t ár io dev e ser fe ito abe rt ame nt e e e m público . U m cabr it o , um rato ,
um pe ixe dua s g alinhas, vinho , o bì e 6 000 búzio s dev e m se r sacr ifi cado s.
Or ác ulo 66
Oturupon yeku
Es se O dù fala que o clie nt e sacr ifico u aleg r ias e m s ua bu sca pô r dinhe iro .
O bse r v ação o cide nt al: F ix ação po r ne gó cio s re sult am e m de sav e nça fami liar .
121
Or ác ulo 67
Oyeku Batuye
122
Or ác ulo 68
Òtúrá-àikú
F or ilak u, o Adv inho de Òt ú, Òt ú um bar que iro . Fo i pr e dito que uma mulhe r , j unt o co m
se u s pas sag e ir o s, v ir ia a bo r do . A mu lhe r er a muit o bo nit a e e le qui s de spo sa -la. Se e le
fize sse uma pro po st a a e le , e st a a ace it ar ia. A mulhe r se chamav a Oy e . Ele de ve r ia
e x e cut ar sacr ifí cio t ão de pr e ssa quanto po ssí v e l par a impe dir Èsù de in st ig a- lo a falar
à mul he r que po de r ia cau sar a mor t e de le . O sacr ifí cio : De ndê à v ont ade , 2 400 búzio s
e r e mé dio de I fá (quinar fo lhas de oluse saj u e e so na ág ua e mist ur a-las co m sabão
par a ban har -se ). Ò t ú se re c uso u a sa cr ificar . e le acr e dito u que se us sa cr ifí cio s pr é v io s
fo r am ace it o s. Ele não pô de faze r se m casar co m uma mulhe r bo nit a.
123
Or ác ulo 69
Oyeku-Irete
A fin juy e le , Ok unr un- ko je k e wafuy i, e A wo wo nsa n, o Adv inho da casa de K use r u,
fo r am o s tr ê s A dv inho s que co ns ult ar am I fá par a K use r u. O s A dv inho s dis se r am que
e m sua ca sa hav ia um jov e m que e st ev e fr aco . Ele fo i at acado por uma doe n ça que fe z
s uas mão s, per nas, olho s e nar iz inc hasse m. F oi pe dido a K use r u que ofe r e ce sse um
sa cr ifí cio por que I fá pr e disse que aque le r apaz ir ia se re st abe le ce r .
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e r e mé dio de I fá (ág ua de chuv a e m casca de
uma árv or e ay e , fo lha de asunr un, um po uco de sal e alg uma s pime nt as ve r me lhas
pe que na s; co zinhe e m uma pane la e u se o re mé dio co mo banho e t ambé m par a be be r ).
124
Or ác ulo 70
Irete’yeku
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pro v av e lme nt e co mpo rt o u-se de mane ir a
aut o me dit at iv a que ago r a ame aça de st r uir se u ne g ó cio .
O rif usi, o pai de Elu, disse que e le e st av a pr o cur ando um me io par a pr e v e nir que a
mo rt e le v asse e le , se u s fil ho s e sua e spo sa de sur pr e sa, ao paço que e le s e st av am se
t or nando famo so s e r e no mado s. M ujimu wa o A dv inho de O pake r e , Bo nr o ny in o
A dv inho do Est ado de I do , Og or o mbi, o A dv inho de do Est ado de Esa, Gbe miniy i o
A dv inho de Ilu jumo k e , K uy inmi nu o A dv inho da palme ir a, co ns ult ar am I fá par a
O rif usi e Per e g un, ambo s que r e ndo e s capar da mor t e . O s A dv inho s di sse r am: Se vo cê
de se ja e scapar da mo rt e de v e o fer e ce r sacr ifí cio e se iniciar . O sacr ifí cio co nsi st e de
de z po mbo s, de z galinha s, 20 000 búzio s e aze it e - de -de ndê e m g rande quant idade ao
lado de Èsù.
I fá ir á se mpr e lhe mo str ar co mo se co nduzir e a co ndut a que afast a a mor t e de vo cê .
A lé m disso , vo cê re alizar á o sa cr ifí cio , vo cê co me çar ia cult iv ando o hábito de sfaze r o
be m co mo nunca t e nha fe it o ant e s. Se r ia inút il se apó s vo cê Ter re alizado o s sa cr ifí cio s
125
r e duzis se s ua be ne vo lê ncia; v o cê mo rr er ia. Vo cê dev e peg ar o s po mbo s e as galinha s, e
so lt a-lo s e se abst e nha do s mat a-lo s, mas lhe s dê co mida se mpr e que e le s v o lt ar e m à
s ua casa. Co me ça ndo po r ho je , v o cê de v e se abst e r de mat ar qualq uer co isa, po is
qualq uer um que não de se ja se r lev ado pe la mor t e , não de v e le v ar a mo rt e a ning ué m,
co m ex ce ção das co br as v e ne no sa s. Pe r e g un se g uiu a or ie nt ação e r e alizo u o sacr ifí cio .
A cant ig a de I fá:
M or te , não le v e minha ca sa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Doe n ça, não lev e minha
ca sa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Eu so u bo m par a co m amigo s e inimigo s. Eu não
pr at ique i o mal. Q uando as pe sso as for am e nv o lv idas e m lití g io e m Ak e , me apie de i e
o s aj ude i. Eu não pr at ique i o mal. Q uando as pe sso as for am e nv o lv idas e m lití g io e m
O ko , me apie de i e o s ajude i. Eu não pr at ique i o mal. Lit ig io , não le v e minha ca sa à
r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Eu e nco nt r e i dua s pe sso as br ig ando ; me apie de i e o s
aj ude i. Eu não pr at ique i o mal. Misé r ia, não le v e minha ca sa à r uí na. Eu nun ca fu i
pr eg ui ço so . Èsù- Ò dàr à não co me pime nt a. Èsù -Ò dàr à não co me adin. Eu de i aze it e -de -
de ndê par a o mo le st ador da huma nidade . Eu não pr at ique i o mal. Pr e juí zo , não lev e
minha casa à r uí na. Eu nun ca fur t ar e i.
126
Or ác ulo 71
Oyeku-Ise
127
c urv ar am par a I fá dize ndo : Ò r únmì là! I bor u, I boy e , I bo si se . To do s e le s se dispe r sar am
e nunca mai s co nside r ar am mais a mor t e co mo um pr o ble ma. Òr ì sà-nla é aque le
cha mado A muniway é .
Or ác ulo 72
Ose-Yeku
A jise g ir i, A nik anse k o sun wo n co n sult o u I fá par a O se , que pe diu par a e le sacr ificar de
mane ir a a t or nar -se po pular e não po br e .
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car :
U ma ca baça co m aze it e - de -de ndê , uma cabaça de banha de ò rí , 3 200 búz io s e re mé dio
de I fá (pilar a ca sca da raiz da árv or e ir oy in co m o int er io r do ar idan); mi st ur ar o
co mpo st o co m sabão - da-co st a; co lo que um ping o de de ndê e de ò rí na base do sabão na
ca baça). O r e mé dio dev e se r ut ilizado par a ban har -se .
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
128
Or ác ulo 73
Oyeku’fuu
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a um o bst áculo ine spe r ado no dia-a-dia
no s ne g ó cio s.
129
Or ác ulo 74
Ofun’yeku
130
Or ác ulo 75
Iwori wo’di
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa de filho s par a e nco ntr ar e quilí br io
e spir it ual.
Não ex ist e u ma só mulhe r g ráv ida que não que ir a dar a luz a um sa ce r do t e de I fá. Não
e x ist e uma só gr áv ida que não que ir a dar a luz a Ò r únmì là. No s so pai, se e le de u- no s o
nas cime nt o , ine v it av e lme nt e ao se u te mpo nó s e m tr o ca dar e mo s nas cime nt o a e le .
No ssa mãe , se e la de u- no s o nasci me nto , ine v it av e lme nt e ao se u t e mpo nó s e m tr o ca
dar e mo s nascime nt o a e la. O or áculo de I fá fo i co ns ult ado par a Ò rúnmì là, que afir mo u
que e le de v er ia t r aze r o s cé u s par a a te rr a, que e le de v er ia le v ar a t er r a de vo lt a ao s
cé u s. A fim de cumpr ir co m sua mi ssão , fo i pe dido a e le que o fe re ce sse t udo e m par e s,
um macho e uma fê me a — um car ne ir o e uma o ve lha, um ca br it o e uma ca br it a, um
g alo e u ma g alinha e assi m por diant e . Ò r únmì là se g uiu a or ie nt ação e r e alizo u o
sa cr ifí cio . A ssim a te rr a t or no u-se fér t il se mult iplico u g r ande me nt e .
131
Or ác ulo 76
Idi’wori
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á ig nor ando o s riv ais po t e nciais e m ne gó cio s
o u e m uma re lação .
132
Se nó s te mo s sabe dor ia e fal hamo s e m apli ca-la,
no s t or namo s ig nor ant e s.
Se nó s te mo s po de r e falhamo s e m aplica- lo ,
no s t or namo s indo le nt e s.
I fá fo i co ns ult ado par a as pe sso as do su bmundo
que não e st ão asso ciando co m o s ho me ns sá bio s e t rabalhado r e s.
I fá adv er t e , vo cê não e st á se r e lacio nando co m pe sso as de bo m car áte r .
.I st o fr e qüe nt e me nt e t rás má sor t e par a a pe s so a.
O sacr ifí cio : dua s g alinhas e 4 400 búzio s.
Or ác ulo 77
Iwori’rosu
O bse r v ação o cide nt al: Ge r alme nt e o clie nt e e st á "e ncalhado ", in capaz de se g uir
e m fr e nt e na v ida.
133
I fá pr ev iu que e la se t or nar ia mãe .
Eu co mpr ar ia um po u co de sândalo (o sù 2 ) par a e sfr eg ar e m me u be bê .
U ma mãe não pô de ajudar co mpr ando sândalo por t er c uidado co m o cor po de se u
be bê ?
I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là,
que disse que sua e spo sa e ngr av idar ia e t er ia um be bê .
O sacr ifí cio : dua s g alinhas, o sù e 4 400 búzio s.
Dê a ar vo r e o sù par a mante r a e spe r ança que e la a usar á par a pas sar no be bê .
Or ác ulo 78
Irosu wori
F açamo s as co isas co m ale gr ia. A q uilo que de se ja que se vá, ir á. A quilo que de se ja que
r et or ne , re t or nar á. De fi nit iv ame nt e o s se r e s humano s t e m e sco lhido t raze r bo a sor t e ao
mu ndo . O nisciê ncia o A dv inho de Ò r únmì là, co nsult o u I fá par a Ò r únmì là, que dis se
que o s ser e s huma no s vir iam e far iam uma per g unt a a e le . Ele fo i aco nse l hado a
o fe r e cer um sacr ifí cio de pe ix e s e de 2 000 g r ão s de far inha de milho (ag idi). Ò r únmì là
se g uiu a or ie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
C e rt o dia to do tipo de pe sso as, incl uindo ladrõ e s e o utr o malfe it or e s, se r e unir am e
fo r am te r co m Ò r únmì là par a r e clamar e m que e le s e st av am “cansado s de dar e m
ca be çadas pe la te rr a; Ò r únmì là! Pe r mit a-no s r e fug iar mo s no s C é us”.
Ò r únmì là di sse que não po dia e v it ar que de sse m cabe çada s pe la t er r a at é que e le s
co nqui st asse m a bo a po si ção que O dudua or de no u par a cada indiv í duo ; só e nt ão
po der iam e le s r e sidir e m no s cé u s. Ele s per g unt ar am, “o que é bo a po si ção ?”. Òr únmì là
2
osù, osùn: pó extraído da Baphia nitida, papilionácea, ou Pterocarpus osun, papilionácea.
134
pe diu a e le s que co nfe ssa sse m sua ig nor ê ncia. Ele s dis se r am, “nó s so mo s ig nor ant e s e
g o st ar í amo s de o bt e r co nhe cime nt o de O lo dun mar e ”.
Ò r únmì là disse : A bo a po si ção é o mun do . U m mundo no qual hav er á co nhe c ime nt o
co mple t o de to das as co isas, ale gr ia e m to do s lug ar e s, vida se m ansie dade o u me do de
inimig o s, at aque de se r pe nt e s o u o ut ro s animai s per igo so s. Se m me do da mo rt e ,
do e nça, lit í g io , pe r das, br ux o s, br ux as o u Esu, per ig o de acide nt e s co m ág ua o u fo go ,
se m o me do da mi sé r ia o u po br e za, de v ido ao se u po de r int er no , bo m car át er e
sa be dor ia. Q uando vo cê se abst é m de r o ubar po r causa do so fr ime nt o pe lo qual o do no
pas sa e a de so nr a co m e st e co mpor t ame nto é t rat ado na pr e se n ça de O dudua e out ro s
e spí r ito s bo ns no cé u que são se mpr e amig áv e is e fr e qüe nt e me nt e no s de se jam o be m.
Est as fo r ças po de m r et o r nar so br e v o cê s e pe r mit ir co m que r et or ne m à e scur idão do
mu ndo . Te nham e m me nt e que v o cê s não re ce be m ne nhum favo r e t udo que é r o ubado
se r á re e mbo lsado . To do s ato s malig no s te m sua s re pe r cusõ e s. I ndiv idualme nt e o que
se r á ne ce ssár io par a alcançar a bo a po si ção é: sabe do r ia que po de g ov er nar
ade quadame nt e o mundo co mo um t o do ; sacr ifique o u cult iv e o hábit o de faze r co isa s
bo as par a o s po br e s o u par a àque le s que ne ce ssit am de sua ajuda; um de se jo de
alme nt ar a pr o spe r idade do mundo maio r do que de st r ui- lo .
A s pe s so as co nt inuar ão a ir ao s cé u s e v ir par a a te rr a apó s a mo rt e at é que t odo s
alcan ce m a bo a po sição . Há uma g rande quant idade de co isa s bo as no par aiso que
ainda não e st ão dis po nív e is na te rr a e se r ão o bt ida s ao dev ido c ur so . Q uando t o do s o s
filho s de O dudua e st iv er e m r e unido s, aque le s se le c io nado s par a t r ansfe r ir as bo as
co isa s par a o mu ndo se r ão cha mado s de è niy àn o u se r e s huma no s.
135
O sacr ifí cio : quat ro ca br as, 8 000 búzio s e assim por diant e . Ele s se re cu sar am a
sa cr ificar .
Ò r únmì là fe z co m que chov e s se pe sado dur ant e o ano int e r io se m ne nhu ma luz do so l.
A s pe s so as ado e ce r am e vár ias mo rr e r am aque le ano ; as co lhe it as não v ing ar am. Ele
fo r am de vo lt a a Òr únmì là par a se de s culpar e m e r e alizar o sacr ifí cio . Ò r únmì là dis se
que o mat er ial de sacr ifí cio for am do br ado s. O sacr ifí cio t or no u -se o it o ca br as e 16 000
búz io s.
Or ác ulo 79
Iwori’wonrin
O bse r v ação o cide nt al: U m v e lho re lacio name nt o po de ser r e ace ndido .
136
79 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
I wor i’ wo nr in
fo i o I fá div inado par a o po vo de O t u-I fè
quando pr o cur av am po r ce rt a pe s so a.
Ele s e st av am se g ur o s de si que e le s so rr ir iam no final,
po is a pe s so a se r ia e nco ntr ada.
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s e 8 000 búzio s.
Ele s re alizar am o sacr ifí cio .
Or ác ulo 80
Owonrin’wori
137
80 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 81
Iwori’bara
138
I ná-k uf’ e e r ub’ o jú, Og be de k uf’ o mo r er o ’ po
co ns ulto u I fá par a A bo wo aba, o filho de A fe so say e .
F o i pr e dito que e le viv er ia por muit o t e mpo e se r ia
capaz de co nt ar hist ór ias so br e sua famí lia.
M as de mane ir a a t er filho s re spo nsáv e is. dev e r ia sacr ifi car se is po mbo s, 12 000 búzio s
e r e mé dio de I fá.
Ele o uv iu as po alavr as e re alizo u o sacr ifí cio .
Or ác ulo 82
Obara’wori
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a pôr mai s ê nfase no de se nvo lv ime nto
e spir it ual e e quilí br io e mo cio nal.
O ro bant a-aw uwo bi- o wu co nsult o u I fá par a o mu ndo no dia e m que as pe sso as do
mu ndo de clar ar am que o dinhe ir o é a co isa mai s impo rt ant e no mundo . e le ir iam
de si st ir de t udo e co nt inuar iam cor re ndo at r ás do dinhe ir o . Ò rúnmì là dis se : Suas
idé ias ace r ca do dinhe iro e st ão cor r et as e não e st ão . I fá é o que nó s dev e mo s ho nr ar .
Nó s dev e r í amo s co nt inuar a adro r a a ambo s. Dinhe ir o e x aut a uma pe s so a; dinhe ir o
po de co rr o mpe r o car at er da pe s so a. Se alg ué m muit o apr e ço pe lo dinhe ir o , se u car at e r
se r á co nrr o mpido . Bo m car át e r é a e ssê cia da be le za. Te m dinhe iro não que r dizer que
a pe s so a e st á ise nt a de ficar ce g a, lo uca, ale ija da o u do e nt e . Vo cê s po de m se r
infe ct ado s por e nfe r midade s. Vo cê s de v er iam ir e aume nt ar vo ssa sabe do r ia, re aju st ar
139
v o sso s pe nsa me nto s. C ult iv ar o bo m car at er , adquir ir sabe do r ia, re alizr sacr ifí cio de
mane ir a que v o cê s po ssa m e st ar t r anquilo s. Ele pe rg unt ar am, “qual é o sacr ifí cio ?”. O
sa cr ifí cio inclue rat o s, pe ix e s, cabr ito s, uma ca baça de far inha de milho (e wo ;
co r nme al), uma caba ça de e k ur u e 20 000 búzio s. e le s se re cu sar am a sacr ifi car . Ele s
ins ult ar am e ricu lar izar am o s ba balawo e o utr o s pr at icant e s da me dicina tr adicio nal.
A pó s alg uns mo me nt o se le s co me çar am a pas sar mal. Ele s e st av am do e nt e s e tr ist e s e
não tiv er am ning ué m par a cuidar de le s. Ele s for am mor r e ndo a cada dia. Ele s se
de fr o nt ar am co m pr o ble mas fí sico s e não pude r am pe dir aux í lio ao s babalawo e par a
o s o ut ro s. Q uando não pude r am ma si supo rt ar a aflição , for am se de scul par co m o s
baba lawo . De sde aque le dia, o s babala wo te m sido se mpr e tr at ado s co m ho nr a no
mu ndo .
Or ác ulo 83
Iwori-Okanran
140
83 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 84
Okanran-Iwori
141
84 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 85
Iwori-Eguntan
Es se O dù fala so br e ação ade quada co mo se ndo impor t ante par a uma mudança
po sit iv a na sor t e .
O bse r v ação o cide nt al: A incapaci bilidade do cle nt e e m "pux ar o gat ilho " e st á
ca usando pe r da da dir e ção .
142
Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car de z rato s, de z pe ix e s e 2 000 búzio s de mane ir a a t er
t e mpo par a ce le br ar se u fe st iv al. Olo ba se r e cu so u a sacr ifi car . Ele de cidiu ir
r apidame nt e à flor e st a e mat ar o s rato s re que r ido s.
Q uando O lo ba ade nt ro u à flor e st a, Ès ù o bstr ui u sua v isão e e le não pô de e nco ntr ar o
cam inho de r et o r no par a casa. No dia ant er ior ao fe st iv al, se us filho s v ier am re alizar
o sacr ifí cio . na manhã do dia do fe st iv al, e le s se r e unir am e mar char am par a par a a
flo r e st a I male Olo ba cant ando : I wo wot ir iwo o , ho je é o aniv er sár io de O lo ba. A cida de
int e ir a o uv iu a cant ig a e junt ar am-se à pr o cis são e m dire ção à flo r e st a. F o i quando Èsù
r e mov e u a e s cur idão do s olho s de Olo ba. Ele e nt ão po de se g uir o so m da cant ig a at é
che g ar na flo re st a I male .
Or ác ulo 86
Ògúndá’wòrì
Es se Odù fala de e nfer midade s e mo cio nai s e me nt ais cau sadas por e spí r it o s
malig no s.
143
ne g at iv as, um t ipo de v ibr ação ne g at iv a. Nada é me lhor do que se r mais fo rt e que t o da
v ibr ação neg at iv a. Dev e mo s nó s se r tão for t e s quant o Òg ún e t ão sá bio s quant o I fá.
I fá diz: Tr ag a o lo uco par a se r tr at ado , po is se r á cur ado .
O sacr ifí cio : u m car amujo , uma cabr a, 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá.
Or ác ulo 87
Iwori-Osa
Eni a Sa, O la a Sa
co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (o bah un ijapa )
que fug iu par a a flor e st a de v ido à s ua má co nd ut a.
F o i de cidido que quando a t ar t ar ug a fo s se capt ur ada
se r ia e la pr e sa le v ada de vo lt a par a casa.
Ela fo i aco n se lhada a sa cr ificar de mane ir a que se r pr e sa e
le v ada de vo lt a par a ca sa.
O sacr ifí cio : u m po mbo , 3 200 búzio s e fo lha s de I fá.
Ela o uv iu as palav r as por é m não fe z o sa cr ifí cio .
144
87 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
A t ik ar e se t e o adv inho do C é u,
co ns ulto u I fá par a O lo dunmar e e par a o mundo
quando as pe sso as cor r er am at é O lo dunmar e pe dir co nse lho
so br e v ár io s pro ble ma s, cho r ando , “Papai, Papai, e u v im. Salv e -me po r favo r ”.
Ele dis se , “qual o pro ble ma?”
“A que le s que Eu de i po de r não u sam o po der . A que le s que Eu de i sa be dor ia não usam
s ua sabe do r ia int er na que Eu lhe de i”.
O sacr ifí cio : Te cido pr e to , o ve lha pr e t a, 20 000 búzio s e fo lha s de I fá.
Ele o uv iu e fe z o sacr ifí cio .
F o i assum ido que se uma cr iança não v ê se u pai, e la se de fe nde r á po r si só .
145
Or ác ulo 88
Osa’wòrì
O se rv ação o cide nt al: O clie nt e ir á e nco nt r ar s uce s so mat er ial atr av é s de ação
e spir it ual.
Te mig b usi, o A dv inho de A je t unmo bi, pr e dice bo a sor t e vinda do mar o u lago a par a
A je t unmo bi. Dinhe ir o , vir ia par a s ua casa.
So rr indo , e le o lho u par a o babalawo e dis se , “Vo cê não sabe que é por isso que t e nho
me e s for çado ?. Fo i pe dido que e le sacr ifí cio par a o bt er a co mple t a fe licida de : uma
o ve lha, po mbo s, banana mad ur a e 4 400 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o
sa cr ifí cio . Lhe fo i dado alg u mas das banana s que e le o fe re ce u e fo i pe dido que e le as
co me ce . Fo i-lhe re co me ndado a co me r bananas fr e que nte me nt e .
146
88 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
O sa woo , I wor i woo co nsult o u I fá par a o ab utr e . O mundo int e iro ve io e sper ando par a
co me r I g ún. O ho me m sá bio fo i e nv iado ao C é u par a que st io nar , Ig ún fo i aco nse l hado
a sacr ifi car um paco t e de o bì uma ov e lha e 86 000 búzio s par a e v it ar que se u s inimig o s
o co me s se tal qual o s o utr o s pássar o s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
Q uando Omo c he go u ao C é u, e le e ntr e go u a Olo dumar e as me n sag e m sa s pe sso as.
O lo dunmar e dis se que não e st av a ápt o a re spo nde r po r e st ar muit o o cupado e que
ne ce ssit av a de alg um o bì par a te r minar sua t are fa. Ele e nt ã o rde no u a O mo que fo sse
pro c ur ar por o bì . Q uando che go u à e ncr uzilhada e nt r e o s Cé u s e a Te rr a, ao lado de
Ès ù e le e nco ntr o alg uns obì que I g ún hav ia o fer e cido e m sacr ifí cio . Ele le vo u o s o bì
par a O lo dunmar e . A pó s alg uns inst ant e s, o pr ó pr io I g ún fo i at é o par aiso visit ar
O lo dunmar e , que o r e ce pcio no u co m alg uns do s o bì que O mo t inha t razido . Ig ún
e x amino u o o bì e dis se que e st e se par e cia co m o que e le hav ia o fe r e cido no o ut ro dia.
Ent ão e le nar r ao u a Olo dunmar e a se g uint e hist ór ia: Ele fo i ao babalawo par a uma
co ns ult a quando o uv iu que as pe sso as e st av am dis cut indo se I g ún dev e r ia se r mor to e
co mido co mo o s de mais pássar o s. Ele dis se , “De v ido à co ntr ov e r cia que se se g uiu, as
pe s so as for am for çada s a e nv iar O mo ao C é u pe r g unt ar a v o cê se Ig ún de v er iaco mido
o u mant ido int acto . A pó s e u re alizar o sacr ifí cio , Èsù me intr uiu a vir ao par aiso
v isit a-lo .”. O lo dumar e pe diu que I g ún r et or nas se à Te rr a. Ele disse , “Se as pe sso as
fr acas sar am e m v er O mo , não são capaze r de mat ar vo cê . Se u sacr ifí cio fo i ace it o . O mo
e ntr e g o u a me nsag e m de le s mas não hav er á ne nh uma r e spo st a. O mo pe r mane ce r á no
C é u. Vo cê po de re to r nar à Ter r a”. Enquant o as pe sso as e spe r av am e m vão pe lo r et or no
de O mo , Èsù o rg ulho same nt e fo i anun ciando que “ning ué m co me r ia Ig ún na Ter r a”.
Ès ù aux ilia t o do aque le que o fe r e ce sa cr ifí cio . Fo i por is so que Èsù fo i at r ás de I g ún
pro t e ge ndo - lhe . De sde aque le dia, o seg ui nt e pr ov é r bio te m sido usado : Se nó s não
v e mo s O lumo , nó s não co me mo s I g ún; Ig ún e st á na te rr a, O lumo no C é u.
147
Or ác ulo 89
Iworioka
148
De v e r iam e le s abr ir mão de pr at icar at o s maldo so s.
Or ác ulo 90
Ika’wori
O bse r v ação o cide nt al: O camin ho mundano do clie nt e e st á blo que ado por có le r a.
Se r ar e -Se r ar e .
A que le que jog a fo r a as cinza s é per se g uido pe las cinza s.
Se r ar e -Se r ar e .
U m malfe it o r ar r uina a si me smo pe la me t ade do s se u s cr ime s.
I fá fo i co ns ult ado par a I núko g un,
que pr ane jav a pr at icar o mal.
Ele fo i adv er t ido de que sua s más açõ e s plane jada s t rar iam
r e per cu sõ e s dano sas a e le .
Ele fo i o r ie nt ado a o fer e ce r sacr ifí cio e abr ir mão de se u fe it o malig no .
O sacr ifí cio : do is po mbo s, 4 000 búzio s e fo lha s de I fá.
149
90 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
150
Or ác ulo 91
Ìwòrì’túrúpòn
Es se Odù fala so br e g rav ide z be m s uce dida e da t rans for ma ção de sit uaçõ e s
no civ as e m suce sso atr av é s de sacr ifí c io .
O bse r v ação o cide nt al: O "nascime nto " e spir it ual o u e mo cio nal ir á t r aze r fi m a
me do s mundano s.
Ì wòr ì [fo i] o mar ido de Ò t úr úpò n, que te v e um be bê que mor r e u. I fá dis se que e st a
mul he r e ng r av idar ia nov ame nt e e que car r eg ar ia o be bê e m sua s co st as. Ì wò rì fo i
o rie nt ado a o fer e ce r sa cr ifí cio par a ev it ar que se u filho mo rr e sse pr e mat ur ame nt e : uma
g alinha, uma cabr a, pe ix e ar o , 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá (t r it ur ar de z fo lha s de e la
co m um po uco de se me nt e s iy e r é ; co zinhe e m uma so pa junt o co m o pe ix e ; a so pa de v e
se r co ns umida ao alvo r e cer daí a g rav idê s v ir á e m cinco me se s). e le v o uv iu as palavr as
e r e alizo u o sa cr ifí cio . Fo i o bse rv ado que e la jama is de ix ar ia cair suas fo lhas, quan do a
o utr as [plant as] sim.
151
Ek it ibababa co ns ulto u I fá par a Òr únmì là quando e le e st av a e co no mizando dinhe ir o
par a co mpr ar um e s cr av o . Ele fo i o rie nt ado a sacr ificar uma cabr a e 3 200 búzio s. Ele
se re cu so u a sacr ifi car . Òr únmì là co mpr o u o e scr avo se m re alizar o sa cr ifí cio pr e scr ito .
O e scr avo e r a uma mul her . Ela mo rr e u tr ê s dias apó s a aquisi ção . A s pe sso as da casa
de Ò r únmì là co me çar am a cho r ar . Ès ù v e io at é a casa e o uv iu a lame nt ação .
Ele pe rg unt o u, “po r que vo cê s e st ão cho r ando de st a mane ir a?”.
Ò r únmì là disse , “a e scr av a que co mpr e i tr ê s dias at r ás acabo u de mor r er ”.
Ès ù dis se , “me u se nhor , v o cê co nsult o u o Or áculo de I fá ant e s de co mpr ar ?.
152
co nco r do u e Èsù o s lev o u par a a ca sa de Ò rúnmì là par a r e po r a e scr av a mor t a. Fo i
as sim que A jé se t or no u e scr av a de Òr únmì là.
Or ác ulo 92
Òtúrúpòn’wòrì
Es se O dù fala de mo rt e r e sult ant e da falt a de cum pr ime nto do sacr ifí cio
pr e scr ito .
A bamo - ni-ng be hin- or an, Ig bá li-a- nmu- re -e r i, A k imu- awo -r e -er i fo i o I fá div inado
par a as pe s so as e m O t u-I fe no dia e m que e le s iam lev ar um pot e de ce r âmica par a o
r io . Ele s for am aco nse lhado s a le v ar de pr e fe r ê ncia uma caba ça do que um po t e de
ce r âmica que ir ia cair . Ele s ig no r ar am o co nse lho e le v ar am um pot e . Q uando e le s
e st av a apanhando ág ua, um de le s de ixo u cair o pot e . No de se jo de salv a- lo , e le caiu no
r io e af undo u. Ele s disse r am, “Há! Nó s sa bia- mo s que de ve r iamo s t er t razido uma
ca baça par a apanhar ág ua! ”. De sde aque le dia uma ca baça t e m sido ut ilizada par a
apanhar ág ua. Ele s sacr ifi car am 16 000 búzio s e fo lhas de I fá; e le s nun ca dev iam t er
fe it o lame t áv e l co isa. A s fo lhas de I fá dev e m se r pr e par adas: Tr it ur ar fo lhas de e so e m
153
ág ua e que br ar um car amu jo ne la. To das as pe sso as da cidade de v er iam e s fr eg ar se us
co r po s co m a mist ur a par a ev it ar alg o que e le s v ie sse m a lame nt ar .
Or ác ulo 93
Ìwòrì Wotúrá
154
Or ác ulo 94
Òtúrá’wòrì
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não dev e ace it ar de car a a pr ime ir a o fe rt a.
155
Nó s náo de v e mo s lambe r uma so pa quant e po r causa da fo me .
Se nó s lambe s se mo s so pa que nte de v ido a fo me , que imar í amo s a bo ca.
I fá fo i co ns ult ado par a A k insuy i.
F o i dit o a e le , “e st e é um ano de pr o spe r idade ”.
Ele de v e sacr ifi car uma cabr a, uma g alinha, um rato , um pe ixe e 18 000 b úzio s.
Ele o uv iu as palav r as e fe z o sacr ifí cio .
Or ác ulo 95
Ìwòrì-Ate
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e co nside r ar se r iame nt e sua inicia ção .
O s inicie cuida do same nt e , o s inicie cui dado same nt e de for ma que as pe sso as do
mu ndo não se por t e m mal. Qualque r um que faz o be m, o faz po r si só . Q ualquer um
que faz o mal, o faz po r si só .. E st e fo i o I fá div inado par a o M undo . Vo cê s ladrõ e s
de v e m pr iv ar -se do fur to . Ele s disse r am que não po de m se abst er do fur to . Q ualque r
um que r o ube se r á tr at ado co m zo mbar ia. Q ualque r um que ro ube um mil pe r der á do is
mil e m sua v ida. Q ualque r um que v er um me nding o de v er ia dar - lhe e smo las.
Q ualque r um que fa ça mil bo as açõ e s o bt er á duas mil. Oò duà At e rí g be ji, me u se nho r ,
r e co mpe nsar á bo as açõ e s. Ele s fo r am aco nse lhado s a sacr ificar e m car amujo s, bag r e e 3
200 búz io s.
156
95 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
157
Or ác ulo 96
Irete’wòrì
O bse r v ação o cide nt al: Pa ciê ncia ao inv é s de raiv a o u fr u str ação ir á pr o duzir
s uce s so mat er ial.
158
96 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
159
Or ác ulo 97
Iwori-Ose
160
97 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 98
Ose’wori
O bse r v ação o cide nt al: M uit o te mpo o u ê nfase no t r abalho e st á ame açando o
r e lacio name nt o e a fa mí lia do clie nt e .
161
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .
Iwori-Ofun
162
Or ác ulo 100
Ofun’wori
163
100 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 101
Ìdí-Rosù
164
101 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Est a é a c sa do babalawo .
Est a é a v ar anda do babala wo .
O sù- g ag ar a (alto O sù), o A dv inho de At ande ,
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
Ò r únmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar .
O sù o far ia po pular no mundo .
O papag aio é co nhe ci do po r sua calda v er me lha. U ma g alinha,
aze it e -de -de ndê , um r at o , um pe ix e , 20 000 búzio s e um o sù (bor dão de o fí cio de I fá)
de v er iam ser sa cr ificado s.
Ele r e alizo u o sa cr ifí cio .
O o sù fo i plant ado de fro nt e À casa de Ò r únmì là. O utr o s mat er iais de sacr ifí cio fo r am
co lo cado s ali, no s quais o aze it e -de -de ndê er a ve rt ido .
165
Or ác ulo 102
Ìrosù’dí
Bimo ba wo ndi-a- san co ns ulto u I fá par a Ì ro sù que t inha ass umido que t o das as fer idas
e nfaix adas po r e le ci catr izar iam. Fo i pe dido que e le sacr ifi cas se bandag e m, u m pe ix e
ar a, quat or ze mil búzio s e fo lhas de I fá (e smag ar fo lhas de Ì ro sù e m ág ua; ut ilizar a
mi st ur a pa r a lav ar o s ik in do clie nt e ). e le se t or nar ia mé dico . Se e sse I fá é div inado e m
um e se nt ay e o u It e fá, o clie nt e o clie nt e s se to rnar á um e spe cialist a e m cur ar
mac hucado s.
166
F o i pe dido a e le a sa cr ifí cio de mo do que e la se to r nasse mãe .
do is r ato s, do is po r quinho s da ind ia e 20 000 búzio s.
Ela sa cr ifico u.
Or ác ulo 103
Ìdí’owonrin
I diwo nr inwo n- Idiwo nr inwo n co n sult o u par a Obahu n I japa. F o i pe dido a e la que
sa cr ificas se de mane ir a de fo r ma que e le fo s se ho nr ado e m to do lug ar que fo sse t o car .
O sacr ifí cio : co nt as de cor al, quat ro po mbo s e 8 000 b úzio s. Ele fe z o sacr ifí c io .
O bahun se t or no u um impor t ant e t o cador . Ele sacr ifi co u co r al dev ido ao
int e rt e nime nt o .
167
Emik o maak u-Y iy e nninmaay e co nsult o u I fá par a Ope , que fo i or ie nt ado a faze r
sa cr ifí cio
de fo r ma que e le pude s se t er t er uma base fir me e ev it asse a mo rt e . O sacr ifí cio : uma
o ve lha, um ago go , 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u. Ope
fo i as se g ur aco co m um ba se fir me e v ida lo ng a. F olhas de I fá: Lav e o s ik in I fá co m
fo lhas de k ut i e co lo que o ag o go no ik in de I fá. C ant ig a de I fá: Eu e st o u e nv er g o nhado
da mo rt e ; e m lug ar de mor r er e u me tr ansfo r me i na fo lha k ut i (r e pet ir quatr o ve z). O
ago g o dev e aco mpanhar e st a cant ig a
Or ác ulo 104
Owonrin’di
O bse r v ação o cide nt al: O s ne g ó cio s apar e nt am e st ar de "pe r nas par a o ar ".
O wor in- dimo wo , O wo nr in-dime se fo i aco nse lhado a pr at icar a car idade de for ma a
r e ce be r bê nsão s. Ele não ag ir ia assim. I fá fo i co nsult ado par a O bahun I japa, que fo i
o rie nt ada a sa cr ificar de for ma que e la não ficas se de sampar ada: uma pacot e de o bì ,
uma g rande t ig e la de inha me pilado , um gr ande po t e de so pa, quat ro po mbo s e 2 000
búz io s.
168
Se g ur e e st a co isa, mant e nha se g ur o . Se v o cê é que st io nado , a co isa dev er ia se r
pro duzi da e m de manda. I fá fo i co ns ult ado par a ce st as e saco las. C ada uma de las fo i
o rie ndada a dar sa cr ifí cio de for ma que as pe s so as co nt inuar iam as amando . O
sa cr ifí cio : do is po mbo s e 2 400 búzio s. Elas sacr ificar am. Fo i de clar ado que qualque r
um que de vo lv e sse co isa s a se us pr o pr ie t ár io s ir ia se mpr e pro spe r ar .
Or ác ulo 105
Ìdí’bàrà
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m pr o ble mas no r e lacio name nt o .
C o mpro mis s é ne ce ssár io par a salv a- lo .
169
se mpr e ao lado de que m sa cr ifica. U m dia, Èsù di sse ao faze nde ir o peg ar se us
ape tr e cho s e ir a O pe e ve st ir O pe , po r que Èsù de ag or a e m diant e t or nar ia Ope
be né f ico ao faze nde iro . O faze nde iro se g ui u a o rie nt ação e ve st iu Ope . O pe ao se u
t e mpo se t or no u be né fico às pe sso as.
170
Or ác ulo 106
Obara’di
Ee sin -war a co nsult o u I fá par a O lo fin, que fo i adv e rt ido que alg um e xt r ange ir o s
e st av am po r v ir . Ele s pr e nde r iam as pe sso as nas casa s e na faze nda e o s lev ar ia pr a
cidade s e xt r ang e ir as. Fo i pe dido que O lo fin sacr ifica sse aze it e - de de ndê a se r ve r it do
so br e Èsù, e de ze s se is po mbo s, um de le s par a se r usado par a a pr o piciação da cabe ça
do clie nt e . Esmag ue as fo lhas de olu se saj u e o riji e m ág ua; per mit a que o sang ue do
po mbo g ot e je na mi st ur a; le v e e st e po t e de re mé dio de I fá ao mer caado de fo r ma que
t o das as pe s so as da cidade po ssam e sfr eg a- la e m se us cor po s.
171
106 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 107
Idi-Okanran
O bse r v ação o cide nt al: Tr aição por aque le s que o clie nt e co nfia lev ar á a
pro ble mas.
I diko nr andiko nr an, I diko nr an amarr o u do is inha me s j unt o s div ino u par a do is ladr õ e s
que se dir ig iam à sua r o nda no r mal. Ele s for am aco nse l hado s a sa cr ificar e m par a
e v it ar se r e m pr e so s po r for t e cor da e nqua nto pro c ur av am s ua av e nt ur a. A te rr a pr e nde
o ladr ão e m no me do do no . R o ubo é um ato de so nr o so . Ele s falar am, ‘ qua l é o
sa cr ifí cio ?’ . Fo i dit o : quat ro car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ar fo lhas de
e so e o luse sa ju e m ág ua e lav ar o co r po co m isso ). O s ladr õ e s se r e cu sar am a
172
sa cr ificar . e le for am capt ur ado s e amarr ado s co m cor das e lame nt ar am po r não t er e m
fe it o o sa cr ifí cio .
Or ác ulo 108
Okanran-Di
O bse r v ação o cide nt al: U ma so cie da de o u re lacio name nt o ant er ior é r e ace so .
173
de se jo u se ca sar . Ela fo i por to da par t e co m as de idade s, mas ning ué m co nse g ui u a
maldi ção que Ò rúnmì là jo go u so br e e la. To do s o s e sfo r ço s se mo st r ar am inút e is.
Ehin mo la ev e nt ualme nt e arr umo u suas malas e se dir ig iu à ca sa de Ò r únmì là e m A do .
Ò r únmì là e st av a fe st e jando o F e st iv al do I nhame No vo quando Ehin mo la che go u. O
aze it e -de -de ndê e o sal de Ò r únmì là t inham se e sgo t ado , o que Ehinmo la pr o ve u
ale gr e me nt e quando e la de s fe z sua s malas. Q uando Òr únmì là t er mino u a o fer e nda, e le
pe rg unt o u a Ehin mo la, “o que v o cê faz aqui?”. Ehinmo la r e spo nde u, “é v o cê ”. Ent ão
Ò r únmì là apanho u dua s fat ias de inhame que e le sa cr ifico u. Ele e sfr eg o u uma na o ut r a
e as de u a Ehinmo la dize ndo , “e le e st á pro nt o par a se r co mido , Ehinmo la. Ele e st á
pro nt o par a se r be bido , Ehinmo la”.
F o i assim que Ehinmo la se to r no u e spo sa de Òr únmì là. De sde e nt ão , se que st io namo s
ace r ca de que m co nhe ce o fut ur o , e le s dir iam, “Òr ún mì là co nhe ce o fut ur o ”.
Or ác ulo 109
Ìdí-Ògúndá
174
109 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 110
Ògúndá’Dí
175
110 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 111
Ìdí’sá
O bse r v ação o cide nt al: Pr e s sõ e s diár ias e st ão causa ndo tr anst or no e mo cio nal.
176
Ò r únmì là disse Ì dí - Ò sá, e u disse Ì dí - Ò sá. Ìdí co rr e u par a t ão lo ng e que e la e st av a
se ndo pr o cur ada par a se to r nar uma che fe . Ìdí (as náde g as) par a lo ng e ; ning ué m a
pro c uro u mais. Ela se to r no u mo t iv o de de so nr a e de ve rg o nha. Ìdí fo i aco nse lha da a
sa cr ificar de z fo lhas de o wa, de z po mbo s, de z ov e lhas, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá
que e la dev er ia pro cur ar . Ela fe z co mo fo i aco nse lhado . É por isso que to do mundo
e st a a pro c ur a de Ìdí .
Or ác ulo 112
Osa’di
177
112 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Ò r únmì là di sse que bo as no t í cias são mo t iv o de ale gr ia. Eu disse bo as not í cias. Po r
fav or diag a a ot do mundo que a pe s so a que e st áv amo s pr o cur ando che g o u. O bì ,
o ro g bo , pime nt a- da-co st a, v inhi de palma e 3 200 búzio s de v e m se r sacr ifi cado s. O s
co mpo ne nt e s do sacr ifí c io dev e m se r ut ilizado s par a intr e t er a pe s so a.
Or ác ulo 113
Ìdí’ká
Nó s inv e st ig amo s fe it ice iro s, br ux as e que m ca usa dano s a o ut r e m; A i da for mig a que
t e m fer r ão e fe r ro a quando fo r pê g a. I st o fo i div inado par a A bat e nije , O sik apa-adiy e -
adug bo - run, At ’ e niy an- at ’ e r ank o -k o n’ e e wo , que di sse que se u fim e st av a pr óx imo . O
sa cr ifí cio : Q ualque r co isa que o babala wo pe ça e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de or iji
e olu se saj u e m ág ua; ut ilize uma e spo n ja kanr ink an no v a e sa bão -da- co st a par a lav ar o
co r po do clie nt e ). O clie nt e t ambé m tê m que at e nde r a a adv e rt ê nc ia e dar a maio r ia de
s uas po sse s co mo e smo las o u se iniciar e m I fá.
178
113 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 114
Ìká’dí
O bse r v ação o cide nt al: A falt a de e spir it ualida de do clie nt e e st á blo que ando as
at iv idade s munda nas.
Biaba -r o -li-aro ju, Laise -lairo - bi- ominu -nk o’ ni, I ya K iig bai je ’ ni co n sult o u I fá par a
K o dunmi- Ag ba. F o i pe dido que e le sacr ifica sse de mo do que não so fr e sse punição nã
v ida.
O sacr ifí cio : de z o vo s ce galinha, banha de òr í, pe dr as de r aio , 4 400 búzio s e fo lhas de
I fá (t r it ur ar or iji e o luse saju co m pime nt a do re ino ; faze r uma so pa co m e ssa mi st ur a
co m um o vo ; co lo que as pe dr as de r aio na so pa apó s e la e st ar pro nt a; A cor dar aao
r o mper do dia e to mar e sse r e mé dio ). A g ba se r e cuso u a sacr ificar .
179
114 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Or ác ulo 115
Idi-Oturupon
I dit ir ipo n, I dit ir ipo n, I di abiy amo tir ipo n-t ir ipo n fo i co ns ult ado par a O lu-O g an,
Q ue fo i o rie nt ada a sacr ifi car de ze sse is se me nt e s de ok or o, de ze s se is inhame s fê me a
(e w ur a), quat ro cabr as e 3 200 búzio s de mo do que e la po ssa par ir muit o s filho s.
Ela fe z o que fo i pe dido .
180
115 – 1 (Tr adu ção do ve r so )
Oturupon’Di
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se aut o co nsu mindo e so fr e ndo de v ido a
ist o .
181
cha mar ia se u fil ho par a so fr er . A s pe sso as do mundo ainda e st av am e sit ant e s. Ele s
fo r am or ie nt ado s a sacr ifi car de mo do que se us v é us de e cur idão pude sse m se r
r e mov ido s. Se e le s e st ão t r abalhando , e le s de v e m se mpr e o lhar par a o par aiso . O
sa cr ifí cio : Ef un, um pe daço de te ci do br anco , 20 000 búzio s e fo lhas de I fá. Se o
sa cr ifí cio pr e s cr it o fo sse re alizado , e le s se abst er iam de sang ue . Ele s se re c usar am a
sa cr ificar .
Ho je vo cê re clama que O t ur upo n' Di é culpado . A manhã vo cê r e clamar á que Èlà não
e st á administ r ando o mu ndo co rr e t ame nt e . Ele fe z O dundu n o re i do to das as fo lhas e
Te t e se u re pr e se nt ant e . Vo cê ainda e st á re clama ndo que Èlà não administ r a o mundo
co rr e t ame nt e . No fim., Èlà e st iro u a sua co r da e asce nde u ao s C é us. Èlà e st ir ar ia a sua
co r da e de sce r ia par a re ce be r bê n ção s, Èlà! O sacr ifí cio : um po mbo , um pe ix e ar o e
fo lhas de I fá (tr it ur ar fo lhas de or iji co m sabão e dar ao clie nt e ao qual e st e I fá fo i
div inado ; e le dev e r á se lav ar co m e s sa mist ur a apó s re alizar o sacr ifí cio de mo do que
s uas bo as façanha s no mundo não se ja m v ist as co mo más ).
182
O rác ulo 117
Ìdí-Òtúrá
Es se O dù fala de re str içõ e s die té t icas par a saúde e sa cr ifí cio par a har mo nia
fami liar .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e fr e qüe nt e me nt e t e m pr o ble mas de saúde tal
co mo pr e ssão alt a o u co le st er o l.
183
clie nt e não de v e co mer no z de co la o u car ne mas dev e ut ilizar pixe o u car amu jo s e m
s ua so pa.
Òtúra’dí
184
118 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Ìdí-Irete
Es se O dù fala da ne ce ssi dade de t rabalho ár duo par a alca nçar uma po si ção
e le v ada.
185
pe nas de papag aio e 2 000 búzio s
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
Irete’di
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa re av aliar um re lacio name nt o que não
e st á dando mais ce rt o .
186
O rác ulo 121
Ìdí-Ose
O s o lho s pro t eg e m a cabe ça; uma pe que na co isa po de causar co nf usão inca lculáv e l. I fá
fo i co ns ult ado par a 165 árv or e s. Elas fo r am or ie nt adas a faze r sacr ifí cio par a e v it ar
r e ce be r um e st r anho per igo so s. Q uat ro fa cas, aze it e -de - de ndê , banha de òr í e 18 000
búz io s dev er iam se r sacr ificado s. Ela s ouv ir am o co nse l ho , por é m não sa cr ificar am.
O pe sacr ifi co u me t ade do que fo i pe dido e Pe r e g un se g uiu a or ie nt ação e re alizo u
ple name nt e o sacr ifí cio . À que le s que sacr ificar am fo r am dadas fo lha s de I fá. Ent ão fo i
187
de clar ado que par asit as nunca arr uinar iam O pe e ne m Per e g un. Par asit as te imo so s que
t e nt am at acar Pe r e g un não so br ev iv e m.
Ose’dí
188
falt a co m co mpaix ão . De us ama a t o das as co isas não e m ex ce sso . O sacr ifí cio : quatr o
g rande s saco las, 3 200 búzio s e Fo lhas de I fá; U ma sa co la pr e nde se u co nt e udo .
Ìdí-Òfún
189
O sa cr ifí cio : u ma ov e lha, um po mbo , 18 000 búzio s e fo lhas de I fá ( faze r uma so pa co m
fo lhas de aik uje g unr e tr it ur adas, um po mbo e um pe ix e aro ; te v e se r co mida be m ce do
pe la manha pe la pe sso a o u po r qualque r um na ca sa).
Òfún’dí
Ò fún limit a sua bo ndade , Wàr àg bà ag e de pr e ssa de for ma que Ò fún não po ssa no s
mat ar . I fá fo i co ns ult ado par a O lo rí - Og a. Ele dis se : Q ualque r um que limit e a
be ne v alê ncia e m sua casa nunca re ce be r á bo ndade da o utr a par te . Ele fo i or ie nt ado a
190
sa cr ificar um po mbo , uma o ve lha, uma por ção de o b`e 20 000 búzio s par a pe r mit ir que
a bo ndade fl ua par a de ntr o da casa.
Ìrosù’wonrin
Es se Odù adv er t e par a de sfr ut ar a pr o spe r idade que che g a, dev e mo s co nse r v ar a
paz e har mo nia.
O bse r v ação o cide nt al: O su ce sso que che g a po de causar pro ble ma s fam iliar e s o u
de par ce r ia.
191
16 000 o u 160 000 búzio s de mo do que pude sse m apazig uar a me nt e e e v it ar e m g uer r a
civ il.
Oworin’rosu
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de co nt at o int imo co m sua e ner g ia
ance str al par a cor r ig ir difi culdade s munda nas.
Er inmuy e o A dv inho de bo m cor ação , co nsult o u I fá par a O lawun mi quando O lawu nmi
dor mi u e so nho u. Pe la manhã, pe diu que um sace r dot e de I fá v isse div inar par a e le .
Er inmuy e o A dv inho de bo m cor ação , ve io , co ns ult o u I fá e e nco nt ro u O wo nr in’ ro s u.
192
A pó s curt a re fle x ão , e le disse : O lawun mi! v o cê t ev e um so nho na ult ima no it e . Est a é a
r azão de t er co nv idado um babala wo . No so nho vo cê o uv iu o so m de si no s de dança e
v iu alg ué m so rr ido par a vo cê . O so nho que vo cê t ev e t rás bo ns aug úr io s. Log o , vo ê
de v e sacr ificar : do is po mbo s, duas galinha s, do is paco t e s de o bì , 2 400 búzio s. Ele
se g uiu a or ie nt ação e sacr ifico u. S ua cabe ça fo i cult uada co m um po mbo . F o i de clar ado
que “O lawu mi se mpr e se r ia r e spe it ado ”.
Ìrosù-Obara
O bse r v ação o cide nt al: U m e nco nt ro de ne g ó cio s o u o po rt uni dade que e st á por
v ir se r á be m suce di do .
193
F o i pr e dito que Òr únmì là e st ar ia apt o a intr ui -lo s. Ele s ace it ar iam se us e nsiname nt o s.
M as ante s de e mbar car e m sua jo r nada, e le dev e r ia sa cr ificar uma po r ção de or og bo ,
fo lhas de og bo , banana s e 16 000 búzio s.
A ssi m fe z Ò r únmì là.
O mo ko A lajé , o ta nt a wàr à
co ns ulto u I fápar a O y inbo .
O y inbo fo i aco nse lhado a sacr ifi car de mo do a capa cit a-lo a
co me r ciar abunda nt e me nt e .
O sacr ifí cio : u ma quant idade de sal e quiv ale nt e ao valo r de 200 búzio s,
uma galinha br anca, um po mbo br anco e 20 000 búzio s.
O y inbo sacr ifico u e se t or no u pr o spe ro .
Obara-Ìrosù
O bse r v ação o cide nt al: O su ce sso do clie nt e de pe nde de cr e s cime nt o e spir it ual.
194
I fá. Enquant o e le se t or na to t alme nte ve r sado e m I fá, um o sùn dev e ser plant ado par a
e le .
Ìrosù’kanran
195
F o i pe dido que sacr ifica sse uma faca, pime nt a-da- co st a, 2 200 búzio s e fo lha s de I fá.
Okanran’rosù
196
quando e le s e st av am pe r ambula ndo liv r e me nt e .
F o i pe dido que e le s sacr ifi cas se m se de se jas se m co nt inuar
se mo v e nd o liv r e me nt e se m mo rr er .
O sacr ifí cio : u m o sùn, um r at o , um pe ix e , 2 800 búzio s e fo lhas de I fá.
M á ação pr o po sit al não é bo m. Se uma pe sso a má se de scul pa, não hav e r á ne nhum
pro ble ma. As pe s so as se mpr e pe r do ar ão o ig no r ant e . I mor an- se -ibik o sun wo n
co ns ulto u I fá par a O s’o r an-s’ ak in Me be lu fe . To do o mundo e st av a se que ix ando de le .
Se e le se de sc ulpas se se r ia per do ado . A s br ux as, o s fe it ice ir o s e Èsù o pai de le s e st av a
blo que ando sua bo a sor t e pro v e nie nte de O lo dunmar e . e le fo i co nt udo or ie nt ado a
sa cr ificar quat r o po mbo s, uma ov e lha, no ze s de co la, 3 200 búz io s e fo lhas de I fá (pilar
fo lhas de o luse sa ju e o riji co m sabão - da-co st a; u sar e st e r e mé dio par a banho ). Ele
r e aliso u o sacr ifí cio . Lhe fo i asse g ur ado que Olo dunmar e pe diar ia a Èsù que o
pe r do as se .
Ìrosù-Egúntán
197
U m ca chor ro é agr adáv e l at é o s de nt e s e m sua bo ca. U m car ne ir o é agr adáv e l at é se u s
chi fr e s. I fá fo i co ns ult ado par a a pe sso a malv ada. De u s in str uiu às pe s so as do mundo a
r e alizar e m sacr ifí c io . Ò r únmì là inst r uiu no uso da me dicina. Ele dis se que se as
pe s so as r e alizam sacr ifi cio e o fer e ndas, e las de v er iam implo r ar a Ele g bar a par a que
e st e le v e o s sacr ifí cio s at é O lo dun mar e . De us não t or na o sacr ifí cio o br ig at ór io .
Q ualque r um que de se ja te r suce sso far á o sacr ifí cio . O risa -nla inst r uiu as pe s so as a
pr iv ar -se de e nv iar a Èsù me nsag e ns malig na s, dev ido às sua s re pe r cusõ e s. Q uatr o
po mbo s, sabão -da- co st a, o sùn e 3 200 búzio s dev e r iam se r sacr ifi cado s. Elas re alizar am
o sacr ifí cio e de sde e nt ão . Ò rúnmì là te m falado às pe sso as o hábit o de t o mar e m se u s
banho s a cada quat ro dia s e o uso de o sùn par a e sfr e g ar no cor po .
198
O rác ulo 132
Ògúndá-Rosù
199
Eu fui po br e , ag o r a so u rico .
A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz.
Eu e st av a só , ago r a e sto u casado .
A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz.
Eu nunca tiv e um fil ho , ag or a e u te nho v ár io s.
A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz.
Eu e st av a do e nt e , ag or a e st o u cur ado .
I fá fo i co ns ult adso par a a ov e lha, que fo i amaldiço ada pe lo s
mut ilado s e ale ijado s.
F o i pe dido que sacr ifica sse de mo do que as maldiçõ e s so br e s ua cabe ça
fo s se m banida s.
O sacr ifí cio : po mbo s, o bì , pime nt a- as- co st a, or og bo e 2 800 búzio s.
Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
200
O rác ulo 133
Ìrosù-Osa
Es se O dù fala do impo rt ância do sacr ifí cio par a ve nce r o bst áculo s e inimig o s.
O bse r v ação o cide nt al: Há pe sso as que e st ão co nst ant e me nt e co nspir ando par a
atr apalhar o clie nt e .
201
F o i pe dido que e le sacr ifica sse um cabr it o de mo do a se r v ito r io so so br e se u s inimig o s
e v e nce r to do s o s o bst áculo s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .
Osa-Rosù
Es se O dù fala de paz e dinhe iro co mo se ndo o s ingr e die nt e s e sse nciai s par a o
s uce s so e pr o spe r idade .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m uma mudan ça r e pe nt ina e m casa
o u no s ne g o cio s.
202
Paz per fe it a, O sa’ Ro s u.
O car amujo v iv e uma v ida pací fica.
O sa’ Ro s u co ns ulto u I fá par a A lag e mo .
F o i pe dido a e le que viv e sse uma vida pací fica e quiet a.
A v ida de A lag e mo se r ia calma.
F o i pe dido que e le sacr ifica sse aze it e -de - de ndê , banha de òr í, um gr ande pe ix e ar o e
18 000 búz io s.
Ele fe z o sa cr ifí cio .
Ìrosù’Ká
203
I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là.
fo i pr e dito que o no me de Òr únmì là ser ia o uv ido mundialme nt e
e t odo mundo asp ir ar ia co nhe ce -lo .
Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a apazig uar se u e spí r it o .
O sacr ifí cio : u m pe ix e ar o , um po mbo e 20 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Ìká’rosù
O bse r v ação o cide nt al: C o mpe t ição e m um r e lacio name nto po de se r r e so lv ido a
fav or do clie nt e .
204
co ns ulto u I fá par a Ì ro sù.
F o i pe dido a Ì ro sù que sacr ifi cas se de mo do que e la fo sse
apo nt ada co mo a mais po pular das ár vo r e s.
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha br anca e 12 000 búzio s.
Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Ìrosù’Túrúpòn
Es se Odù adv er t e co ntr a mal car at e r e ofe r e ce uma saida par a se te r filho s
sa udáv e is.
P upadamo fun fun co nsult o u I fá par a Sò pò nná A f’o lug bo ro da’ ju -o ran- r u,
205
c ujo car áte r não de ix av a que as pe sso as fala sse m de se u no me . F o i pe dido a e le que
sa cr ificas se de fo r ma que Ò r únmì là pude s se ajuda -lo a ame nizar se u car at er .
O sacr ifí cio : u m po mbo (se m mancha s), 1 800 búzio s e fo lhas de I fá. Sò pò nná se
r e cuso u a sacr ifi car . Se e le t ive s se fe iro o sacr ifí cio , Òr únmì là te r ia ame nizado se u
car át er de fo r ma que se u no me fo sse be m falado no mundo .
Ì ro sù’ T ur upo n co nsult o u I fá par a A bimok u. A bimok u fo i or ie nt dado a faze r sacr ifí c io .
A bimo k u se mpr e dar ia a luz a cr inaça s que so br e v iv e r iam. O sacr ifí cio : uma t ar t ar ug a
e 16 000 búzio s. Ela sacr ifico u. F o i aco nse lhado que o no me de la fo sse mudado par a
M o la (uma cr ian ça so br ev iv e ). "É pro ibi do . U ma tart ar ug a jov e m nu nca mo rr e ".
Oturupon’Rosù
O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù pe de por maio r int imidade , r e lação aber t a co m
o co mpanhe ir o da pe sso a.
206
O t ur upo n’ R o su, A r iwo ni
co ns ulto u I fá par a De l umo .
Ela fo i pr ev e nida de que se u mar ido a pe rt ubar ia.
Po r é m, se e la fize ssa sa cr ifí cio , se u mar ido lhe dar ia paz me nt al.
O sacr ifí cio : do is car amujo s e 4 400 b úzio s.
Ela sa cr ifico u.
F o i de clar ado : “do is car amu jo s nun ca se cho cam”.
Es ur u awo Ir e
co ns ulto u I fá par a O t ur upo n quando e st e e st av a indo de spo sar Ìr o sù.
Lhe fo i as se g ur ado que e le t er ia muito s filho s e ne t o s pe lo casame nt o .
U ma por ção de o bì , uma galinha e 3 200 búzio s de v er iam se r sacr ificado s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Ìrosù’Túrá
207
Há dias e m que nó s lo uv amo s as pe s so as más. I fá fo i co nsult ado par a Olo dunmar e , que
fo i aco nse l hado a sacr ificar par a asse g ur ar que a pe sso a que e le plane jav a e nv iar e m
mi ssão não re cu sas se a t ar e fa de faze r do mundo um lo cal pací fico . Duas t ar t ar ug as,
fo lhas de og bo e 6 600 búzio s for am sa cr ificado s. Apó s o sacr ifí c io , e le e nv io u
Ì ro sù’ T úr á ao mun do . A s pe sso as que ix ar am- se que o car át e r de Ìr o sù’ Túr á não er a
bo m. O dùdùa disse que e le e nv io u Ìr o sù’ Túr á par a o be m da humanidade ; e nt ão e le
não o sub st it uir ia por out ro qualque r . Ele disse : Se um g r upo de pe s so as se re une ,
apó s alg um te mpo o me smo se dis per sa. Q ual impr e ssão dar ia se as pe sso as se
r e unis se m dur ant e um t e mpo muit o lo ng o , at é fi care m impo ssib ilit ado s de se dispe r sar
e ir par a s uas re spe ct iv as ca sas ?
Òtúrá-Ìrosù
208
O niko y i to mar ia a pro pr ie dade de alg ué m.
O niko y i se de cidir ia a ut ilizar a pro pr ie dade par a si.
F o i pr e dito que o ca so ge r ar ia calo ro sa disc ussão .
Ent ão e le dev e r ia fazer um sacr ifí cio de de z car am ujo s e 3 200 b úzio s.
F o i pe dido que dev o lv e s se t udo que não lhe per t e nce s se .
Irosu-Ate
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se g uir u m camin ho e spir it ual.
209
F o i pe dido que sacr ifica sse uma g alinha, fo lhas de te t e , 3 200 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Irete’Rosù
210
O lo fin fo i aco nse lhado a ofe r e ce r sacr ifí cio de v ido pr o ble mas ine spe r ado s.
U m po mbo br anco , uma galinha br anca e 20 000 búzio s. dev e r iam se r sacr ifi cado s.
Irosu-Ose
O bse r v ação o cide nt al: C amin ho s nov o s o u apro x imaçõ e s re sult am e m su ce sso .
211
O se e st av a co nquist ando se us inimig o s. O se e st ar ia pr eo c upado co m se u t rabalho de
div inhação .
O sacr ifí cio : u m po mbo , um r ato , um pe ix e e 2 800 búzio s.
Ele o be de ce u e sacr ifi co u.
Ose-Rosù
O bse r v ação o cide nt al: A t iv idade mundana caót ica e st á re sult ando em
infe li cidade .
212
I fá fo i co ns ult ado po r O se .
O se fo i aco nse lha do a sacr ificar de fo r ma que e le e st ar ia se mpr e fe liz.
O sa cr ifí cio : u m sino , uma po r ção de obì , uma gr ande tije la de inhame pilado , uma
t ije la de so pa, 2 000 b úzio s e fo lha s de I fá.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .
Ìrosù’fún
213
sa cr ificas se de fo r ma que não pude s se se r at acado po r Sò npò nná.
O sacr ifí cio : v er t a aze ite - de -de ndê e m u ma t ije la, milho t or rado e e ko mist ur ado co m
ág ua e m uma caba ça.
Ek un sa cr ifico u mas não fe z co rr e t ame nt e .
Ele se gabo u que não tinha cer t e za que alg ué m po der ia der ro t a-lo e m co mbat e .
Ele fo i info r mado que Sò npò nná o at acar ia mas não po der ia mat a-lo .
Òfún’Rosù
Es se O dù fala de sacr ifí cio par a re mov e r tr ist e za par a uma v ida lo ng a e fe liz.
O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù é uma bo a indicação par a nov o s e int imo s
r e lacio name nt o s.
214
F o i pr e dito que Ewa-o lú se r ia t er ia u ma v ida fe liz.
O sacr ifí cio : U ma g arr afa de me l e 14 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Owonrin’Bara
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e spe r ar uma mudan ça po sit iv a na sor t e .
Ele me ve , Eu não o ve jo .
215
O wo nr in’ Bar a div ino u par a O wa.
F o i dit o que o que pro cur amo s e st á per to de nó s,
mas por cir cu nst ancia s ine spe r adas.
F o i pe dido sa cr ifí cio par a que Bar a A g bo nnire g un
po ssa mo str ar -no s.
Ò r únmì là, Te st e munha do De st ino , Se g undo Se r Supr e mo de
O lo dunmar e disse :
O que e st amo s pro c ur ando e st á pe r to de nó s; nada no s impe de de v er
que e le salv a da ig nor ân cia.
O sacr ifí cio : u ma g alinha, 20 000 búzio s e re mé dio de I fá (dua s O rí awo nr iwo n).
Ele sa cr ifico u.
F o i dit o e nt ão que O o wa se mpr e e nco ntr ar ia o que e le pr o cur asse .
Obara’Wonrin
Em ibi, e sse Odù fala de uma pe sso a ag indo ir r acio nalme nt e ; e m ir é fala de
pro spe r idade po t e ncial.
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se tr anquilizar - se par a obt er s uce s so .
216
A g be te m a vo z de jog o . A luko t e m a vo z de v e ne no , O bar a’ Wo nr in te m a vo z de
maso r o masor o (e u far e i o mal, e u far e i o mal) fo i div inado par a Eg bi n-o l’o r un- go go ro ,
que e st av a indo se e nco nt r ar par a dançar e lhe fo i pe dido que sacr ifi cas se duas
g alinhas e 3 200 búzio s. Eg bin o uv iu e sa cr ifico u. quando e le che go u ao lo cal, e le
ult r apasso u t odo s o s o utr o s na dança co mo pr e dit o . Se us co mpanhe ir o s ficar am
fur io so s e e nv iar am Esin par a bu scar um ve ne no que e le s pude sse m ut ilizar par mat ar
Eg bin. Q uando Esi n e st av a r et o r nando , co me ço u a chov e r e a r oda de dançar ino s
dispe r so u -se . A ch uv a ume de ce u a dr og a no co r po do cav alo (e sin). O v e ne no fe z Esin
fi car fur io so e co rr e r . De sde e nt ão , o v e ne no fe z e sin f ug ir r e pe nt iname nt e co m me do e
co rr e r se m ning ué m o g uiar .
Owonrun’Konran
Em ibi e sse Odù fala da ne ce ssidade de sacr ifí cio par a ev it ar ac usa çõ e s co ntr a o
clie nt e . Em ir é fala de mo me nt o s de pr azer par a o clie nt e .
217
Há u m dia, um dia de ale gr ia; há um o ut ro dia, um dia de lág r imas.
Q ual dia é e st e ? Disse r am e le s que e st e é um dia de tr ist e za.
I st o fo i div inado par a O bahun- I japa (t ar t ar ug a) af’o r an-bi- ek un -s’ e r in.
Ele s disse r am: Ho je é dia de acusa çõ e s inj ust as. Ent ão e la fo i aco nse lhada a
sa cr ificar e fun, o sùn, um po mbo , fo lhas de alg o do e ir o e 2 200 búzio s. Ela o uv iu as
palavr as ma s ná fe z o sacr ifí c io . Ela disse que não impo rt a quão g rande tr ist e za
pude sse r e cair so br e se us o mbr o s que e la não pude sse mante r o sor r iso e m se us lábio s.
Ela sa cr ifico u de po is, quando falsa s acu saçõ e s se t or nar am muito s pe sadas par a e la.
A nt e s que fo lhas de I fá fo sse m pr e par adas par a Ì japá, fo i- lhe dit o que a o fe r e nda
do bro u. Ela o uv iu e sacr ifico u. Lhe for am dadas fo lhas de I fá (t r it ur ar as fo lhas co m
o utr o s ing r e die nt e s me ncio nado s aci ma co m sa bão par a o clie nt e ut ilizar no ban ho ).
Okanra’wonrin
Es se Odù fala so br e pro ble mas judi ciais e de s uas re pe r cu ssõ e s. Cr ime s se r ão
puni do s.
O bse r v ação o cide nt al: C o m fr e quê ncia, o cl ie nt e e ncar a pr o ble mas judi ciais —
co m o g ov er no o u co m a R e ce it a Fe de r al, por e x e mplo .
218
So fr ime nt o pr o lo ng ado fo i div inado par a O kanr an co ntr a que m pro ce s so s j udiciai s
fo r am inst ig ado s. Ele s di sse r am que sa cr ifí cio dev e r ia se r fe ito de fo r ma que O kanr an
não fale ce sse dur ant e o pr o ce sso . O sacr ifí cio : um po mbo , uma ov e lha e 2 200 búzio s.
Ele sacr ifi co u. Fo i dit o que : Ok anr an de s cançar á. Po mbo s junt am bê nção s a to rt o e a
dir e ito e m ca sa.Lo ngo é o t e mpo de vida da o ve lha; e la re ce be u a bê nção de uma
e x ist ê ncia pací fi ca. O mundo int e iro go st a de dinhe ir o . Not a: A maio r part e do
dinhe ir o de sacr ifí cio dev e se r dada ao s o utr o s; ape nas uma pe que na por ção ser á do
baba lawo .
219
220
O rác ulo 151
Oworin-Egúntán
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nvo lv ido e m um co nfl ito que não po de
v e nce r . De ve co r t ar g asto s.
221
O rác ulo 152
Ogunda Wonrin
Es se O dù fala de po s sív e l inv e ja, ci úme s e co nflit o s dev ido ao suce sso do clie nt e .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e v it o u uma co nfro nt ação . A co nfro nt ação de v e
se re alizar .
222
O rác ulo 153
Owonrin-Osa
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e t o mar cuidado no re lacio name nt o co m uma
pe s so a ”po br e ”.
O wo nr in-O sa: Ele g bar a não f ug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lo r io sa bat alha par a
Ele g bar a. À àr á não fug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lor io sa bat alha par a À àr á .
Ek un (o le ão ) não fug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lo r io sa bat alha par a Ek un. Eu
não fug ir e i no dia de uma bat alha; que me us so ldado s não fu jam no dia de u ma
bat alha. Not a: Pro nun cie as palav r as acima so br e o iy e -ì ro sù mar cado co m O wo nr in-
O sa. Tr it ure ipe - e le , co lo que e m uma ca baça e mist ur e co m ag idi (fu bá) e be ba co m
se u s so ldado s.
I k un, o A wo da e st r ada, div ino u par a O wo nr in, aler t ando -o que uma mulhe r fug it iv a
v ir ia a se r s ua e spo sa. F o i pe dido que sacr ifi casse par a que e la pude sse ade ntr ar à sua
ca sa co m c uidado . O sacr ifí cio : car amu jo , 2 000 búzio s e fo lhas de I fá (co zinhar um
caldo co m fo lhas de è so co m car amu jo s par a se r t o mado pe lo clie nt e ). e le o uv iu e
as cr ifico u.
223
O rác ulo 154
Osawonrin
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e nco nt r ar mudança s sub it as de sagr adáv e is
no s r e lacio name nt o s.
Ewé O mo div ino u par a O sa, aler t ando - o que fug ir se r ia inút il po r que o mundo o ve r ia
e r ir ia de le . Lhe fo i aco nse lhado faze r sacr ifí cio de mo do que o s ass unt o s ve rg o nho so s
não pude sse m so br e v ir . O sacr ifí cio : um car amujo , um po mbo e 3 200 búzio s. Ele fe z
co mo aco nse lhado . Apó s o sacr ifí cio , o babala wo o uv iu a se g uint e cant ig a de I fá: O sa
não r oubo u, he n! O sa não ut ilizo u fe it iço s malé fi co s, he n! O sa não co nto u o s se g r e do s
de se us amig o s, he ! O sa não me nt iu, he n! M inha que st ão se to r no u ho nr ada; Eu o fer e ci
um pás saro e m sacr ifí cio (tr ê s ve ze s). M inha que st ão se t or no u ho nr ada, e assim po r
diant e . To das as pe sso as que e st av am ali cant ar am e m cor o .
A t e wog ba ( co nse nt ime nt o ) div ino u par a A so le (se nt ine la; cão ). A so le fo i or ie nt ado a
sa cr ificar de mane ir a que se u car át e r pude s se se r ace it áv e l pe las pe sso as do mu ndo . O
sa cr ifí cio : me l, uma galinha e 2 000 búzio s. Ele seg ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
224
O rác ulo 155
Owonrin’Ká (Erinsija)
225
155 – 3 (Tr adu ção do ve r so )
O wo nr in’K á div ino u par a Òr únmì là, que e st ar ia camin hando ao r e dor do mundo . F oi
pe dido que sa cr ifica sse par a que as mão s daque le s que o me no spr e za não t iv e sse m
po der so br e e le . O sacr ifí cio : no ze s de k o la se cas, or og bo , o mo - ay o (um tipo de
se me nt e ), um po mbo , uma galinha, 20 000 búzio s e fo lha s de I fá. Ele o uv iu e
sa cr ifico u. Ele s disse r am: as unha s do s ho me ns não in fe ct am as no ze s de ko la, or og bo ,
o mo -ayo ; as mão s do s que me no spr e zam a t i não te afe t ar ão .
226
O rác ulo 156
Ìká’wonrin
O bse r v ação o cide nt al: De se quilí br io e mo cio nal cau sar á per das a tr abalho .
A pe sso a má não pe sa sua s açõ e s. I st o fo i div inado par a A labamo (aque le que pe sa),
que fo i or ie nt ado a sacr ifi car quat ro car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá par a que
e le po ssa fazer co isa s bo as. Ele o uv iu as palavr as mas não sacr ifi co u.
227
O rác ulo 157
Owonrin-Oturupon
Es se Odù pro põ e t anto so luçõ e s par a mor t e s pr e mat ur as de cr ian ças, quant o
par a o s uce s so de uma viag e m que e st á por v ir .
Si mpat izant e s div inar am par a Ek u- de’ de (o lamur iant e não faz nada)
de v ido `mor t e pr e mat ur a de se u filho .
Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a capacit a- lo a fin dar as
mo rt e s pr e mat ur as de se u s filho s.
O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, 2 800 búzio s e fo lhas de I fá.
228
O rác ulo 158
Oturupon-Owonrin
229
O rác ulo 159
Owonrin-Òtúrá
I jam ja se mpr e e st á pr e par ado div ino u par a Ì g bí n (car am ujo ) O me so quando e le e st av a
indo lut ar co m Ek un (le o par do ).
Ele s dise r am: O leo par do e st á se m pre pr e par ado e o car amujo não dev e r ia se av e nt ur ar
[a de safia- lo ]. Nó s de ix amo s po r co nt a daque le que é mais po der o so que nó s, O lo r un.
Ele fo i aco nse l hado a faze r sacr ifí cio de fo r ma que de st ino po der ia lut ar po r e le .
O sacr ifí cio : u m abahu n-ì japá (t ar t ar ug a) e 3 200 búz io s.
O car amujo sa cr ifico u.
230
O rác ulo 160
Otura-Wonrin
231
O rác ulo 161
Owonrin-Irete
O wo n riu de sde nho same nt e de Ir et e , o de safiando a ag ir , pe rg unt ando , "o que far á
I re t e ?”.
Ele s disse r am que Ir et e po de piso t e ar e po de o s ubme r g ir .
I st o fo i div inado por A fi’ nis’ e g an (zo mbe t e iro ),
Q ue fo i aco nse lhado a sacr ificar de mo do que Èsù não o jo g asse co nt r a alg ué m mais
po der o so .
O sacr ifí cio : u ma caba ça de ig ba e wo (inha me pilado e assado ) e no v e car amujo s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
232
O rác ulo 162
Irete Wonrin
I re t e Wo nr in div ino u par a Òr únmì là, que disse que to do s aque le s que co nspir am
co nt r a e le , cair iam e m ve rg o nha e que nó s não o uv ir í amo s mai s o s se u s no me s, mas
si m, nó s o uv ir e mo s par a se mpr e co m ho nr a o no me de Ò r únmì là pe lo mundo .
O sacr ifí cio : u ma o ve lha, uma galinha d’ ango la e 3 200 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
233
O rác ulo 163
Owonrin-Se
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se mpr e se r á acu sado de pro mis cuidade se x ual.
234
O rác ulo 164
235
O rác ulo 165
Owonrin Fú
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não po de ficar fo cando e m qualq uer co isa.
236
O rác ulo 166
Òfún-Wonrin
237
O rác ulo 167
Òbàràkànràn
238
O rác ulo 168
Òkànràn-Bàrà
O bse r v ação o cide nt al: Es se Odù indi ca uma for t e po ssi bilidade de co nfl ito s co m
cr iança s e pais.
Ò kànr àn- Bàr à div ino u par a Ola- Òg ún, que fo i or ie nt ado
a sa cr ificar de mo do que o r aio não dist r uis se sua casa.
O sacr ifí cio : u m car ne iro , g e ner o sa quant idade de aze it e -de - de ndê ,
pe que na s banana s madur as, 2 400 búzio s e fo lha s de I fá. C av e um bur aco no chão da
ca sa, ve rt a o aze it e - de -de ndê ne le e co lo que o r e st ant e do s it e ns de scr ito s aci ma.
C ubr a t udo co m ar e ia e suav ise o lug ar co m ág ua.
239
O rác ulo 169
Òbàrà-Ògùndà
240
Ele s disse r am: O r uí do de ifo si (se me nt e ) não dani fica e le t i (fo lha). Vo cê não se r á
mo v ido pe las fo fo cas da te rr a.
241
242
O rác ulo 170
Ògúndá-Bàrà
Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a mant e r um r e lacio name nto .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nv o lv ido e m um int e nso mas fút il
r e lacio name nt o .
243
O rác ulo 171
Òbàrà-Òsá
O bse r v ação o cide nt al: De sas so sse g o e mo cio nal co nduz a e rr o s pr át ico s..
Ò bàr à-Ò sá div ino u par a Et a, que fo i info r mado que um de se us clie nt e s e st av a
plane ja ndo fug ir co m se u dinhe iro . Ele fo i or ie nt ado a sa cr ificar de mo do que se u
clie nt e pro v av e lme nt e pag asse se us dé bit o s. O sacr ifí cio : po mbo s, uma g alinha, 2 200
búz io s e fo lhas de I fá (pilar junt o fo lhas de e e sin e t ag ir i co m sa bão -da-co st a; que o
sang ue da galinha se ja ve rt ido na mist ur a).
Ele sa cr ifico u.
F o i-lhe dit o que Ee sin não fr aca ssar ia e m o bt er se u dinhe ir o na de manda. Est e sabão é
par a banho .
Tr it ure fo lhas de jàsó kè co m sabão -da- co st a. C o lo que a mist ur a e m uma caba ça limpa e
e spar r ame so br e e le o pó da plant a se ca er un (o bo ). Tr ace o O dù Ò bàr à- Ò sá ne le e
r e cit e o se g uint e e ncant ame nt o : Q uando o fe it ice ir o me v iu, per g unt o u que e u er a. Eu
dis se , “e u so u o fil ho de Ò bàr à-Ò sá”. Q uando a br ux a, a mor t e e Èsù me vir am e
que st io nar am que e u er a, e u dis se a cada um de le s, “e u so u o filho de Ò bàr à-Ò sá”. O
filho de Òbàr à-Ò sá não co rr e ; O filho de Ò bàr à- Ò sá nun ca mo rr e ; e le nun ca adoe ce ; ”.
“O fil ho de Ò bàr à-Ò sá nunca le v a má r e put ação ”. Not a: Po nha a caba ça e m uma saco la
de pano br anco e pe ndur e -a no t et o se v o cê pr e fe r ir . I st o é par a se r usado no banho .
244
O rác ulo 172
Òsá-Bàrà
O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù mo st r a par a o clie nt e co mo re ace nde r cha mas
apar e nte me nt e mo rt as.
245
O rác ulo 173
Òbàrà-Ká
O bse r v ação o cide nt al: Di fic uldade s mun danas po de m ser ev it adas atr avé s de
uma nov a e x per iê ncia e spir it ual o u e mo cio nal.
246
O rác ulo 174
Ìká-Bàrà
O bse r v ação o cide nt al: Há a pr o babilidade de co nce pção . O clie nt e dev e ser
c uidado so se a co nce p ção não fo r de se jada; gr at o se fo r .
K ek e po de dançar , o pássar o po de v oar fo i div inado par a Le k e lek e e sua e spo sa.
Lhe s fo i falado que o po m bo se mpr e o s co nsult ar ia e m qualque r co isa que e le quise sse
faze r , se e le s sacr ifica sse m do is Efu n, do is me can ismo s de fiação e 2 400 búzio s.
Ele s sacr ifi car am.
No t a: De sde e nt ão , nó s dize mo s, “vo cê não v ê a be le za de Lek e le k e , cu ja e le g ância
afe t o u a po mba?”.
247
O rác ulo 175
Òbàràtúrúpòn
O bse r v ação o cide nt al: Sa cr ifí cio ao Òr ì sà é indicado par a a co nce pção .
O ladipupo div ino u par a A ro ko (q uiabo ), que e st av a chor ando po r que sua e spo sa não
t inha filho s.
Lhe fo i dit o que sacr ifi cas se uma cabr a e 16 000 búzio s de mo do que se u s de se jo s
fo s se m co nce dido s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
O mo -M aar a div ino u par a Olo fin, que e st av a indo co mpr ar uma e scr av a.
e le fo i adv er t ido a sacr ificar de mo do que não per de s se dinhe ir o co m a e scr av a dev ido
a co nst ant e pe r da de cr ianças de la.
O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, uma ov e lha e 16 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
Ele fo i as se g ur ado que a m ulhe r se r ia fér t il e que e le g anhar ia po r e la se m pe sar e s.
248
O rác ulo 176
Òtúrúpòn’Bàrà
O bse r v ação o cide nt al: O s F ilho s são ho st is a um nov o r e lacio name nto do s pais.
249
O rác ulo 177
Òbàrà-Túrá
250
O rác ulo 178
Òtúrá-Bàrà
Paar ako da div ino u par a O lo be de I pe t u, que dis se par a sacr ificar u m cabr it o e a fa ca
e m s uas mão s ant e s de ir par a a r o ça. Ele se r e cuso u e fo i par a o campo . A ssim que
e st av a re to r nando par a ca sa apó s se u tr abalho na r o ça, e le te nt o u co lhe r alg uma s
be r ing e las. Par a a sur pr e sa de le , um cr ânio se co pe rt o da be r inje la falo u a e le , “não me
t oque , não me to que , v o cê não me v ê ?” O lo be de Ipe t u fi co u co m me do e co rr e u par a
r e lat ar o o co rr ido ao r e i. Ele implo ro u ao r e i que mandas se alg ué m de v olt a co m e le ,
dize ndo que se e le s e nco ntr as se m alg uma co isa co nt r ar ia ao que e le dis se , e le po der ia
se r mor t o . O r e i apo nt o u do is ho me ns par a ir co m e le . C he g ando ao lo cal, O lo be de fe z
e x at ame nt e co mo t inha fe it o na pr ime ir a v e z, mas par a se u ho rr or não ho uv e ne nhuma
r e spo st a. Ele fo i mor to no lo cal de aco r do co m a pr o me ssa de O lo be de e as instr u çõ e s
do r e i. A s sim que o s ho me ns e st av am se pr e par ando par a re to r nar ao re i par a co nt ar o
que fize r am, o cr ânio se co disse , “M uito o br ig ado , e u e sto u mui co nt e nt e ”. Ele s fo r am
narr ar o aco nt e cido . O re i e nv io u o utr o s o it o ho me ns co m o s do is pr ime ir o s. O s do is
ho me ns dis se r am e x at ame nt e co mo fize r am, e par a o ho rr or de le s o cr ê nio se co nada
falo u. Ele s t ambé m for am mor t o s no lo cal. Par a e ncur t ar a hist o r ia. v ár ias pe s so as
mo rr e r am de sas mane ir a, quase ce m pe sso as. Ev e nt ualme nt e , o o co rr ido fo i r e lat ado a
Ò r únmì là, a que m fo i pe dido co nse l ho so br e o que de v er ia se r fe it o par a t er minar e st a
cat ást ro fe . Ò r únmì là o rie nt o u a sacr ifi car uma ca br a, uma g alinha, 4 400 búzio s e
fo lhas de I fá. Ele s se g uir am a o r ie nt ação e sa cr ificar am. Ò r únmì là e m se g uida o s
o rie nt o u a ir ao lo cal e r e mov er o cr ânio e e nt e rr a- lo co mo um se r humano , e m
co nfo r midade co m o s r it o s fune r ár io s. Ele també m o s aco nse lho u a não to car qualq ue r
co isa o nde quer que e le s achas se m mar cada co m aale (uma mar ca par a uma co isa não
251
se r t o cado po r ning ué m co m e x ce ssão do do no ). A me sma adv e rt ê ncia fo i passada ao
r e do r da cidade , que e le s nun ca de v er iam me x e r co m qualque r co isa mar cada co m aale .
O rác ulo 179
Òbàrà-Retè
252
179 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
O bar a-r et e div ino u par a A k inte lu a que m fo i dit o que dev e r ia sacr ifi car de mo do que o
v ilar e jo que e le fundo u t ive s se su ce s so .
O ito car amu jo s, uma ov e lha, 16 000 búzio s e fo lha s de I fá de v er iam se r sa cr ificado s.
Ele sa cr ifico u.
253
O rác ulo 180
Irete-Òbàrà
254
O rác ulo 181
Òbàrà-Òsé
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de pur ifica ção par a se liv r ar de
e ne rg ias ne g at iv as.
Ele s dis se r am, “o nde e st á me u pai?”. Eu dis se “me u pai mo rr e u”. “O nde e st á min ha
mãe ?”. Eu dis se “M inha mãe e st á na cat acum ba e fala r uido same nt e ”. Ele s di sse r am,
“vo cê é filho de que m?”. Eu dis se ”e u so u o filho de Obar a-O se , que ig nor o u as
r eg r as”. Eu fui e spancado se v er ame nt e e fui e sbo fe t e ado aqui e lá, liv re me nt e co mo as
ca br as co me m. O filho de O bar a-O se nunca so fr e , O bar a-O se não pe r mite que se u fil ho
pade ça se m ne ce ssidade . F o lhas de I fá: Pulv er ise fo lhas de e ja (har iha) e fo lhas de
àr èr e que fo r am co lhidas da ár v or e mãe . Po nha o pó na face de um car amu jo e tr ace o
o du O bar a- O se ne le . Re cit e o e ncant ame nt o acima e o e mbr ulhe co m um pe daço de
t e cido pre t o e co m linha pr et a. F e che o s o lho s e jo g ue e m um ar bu sto .
255
t ro ux a e m uma arv or e . Não chov e r á ne s se dia. Se ning ué m jo g ar ág ua naque le me s mo
lug ar o nde o I fá fo i plant ado , não c hov e r á aque le dia.
O rác ulo 182
Òsébàrà
Es se Odù fala de me io s de gar ant ir o fut uro su ce sso de u ma cr ian ça e adv er t e adult o s
so br e qualque r jo r nada que po ssa apar e ce r .
O bse r v ação o cide nt al: Há muit a bag unça nas at iv idade s quo t idianas do s clie nt e s. Ele
o u e la pr e cisa vo lt ar passo e r e co nside r ar s uas at iv idade s.
Ò sé bàr à div ino u par a u m r e cé m-nas cido , cu jo s pais for am or ie nt ado s a faze r um
sa cr ifí cio de mo do que a cr iança não so fr e sse po r falt a de mo r adia quando cr e sce sse .
O sacr ifí cio : bag r e , 2 400 búzio s e fo lha s de I fá que a cr iança de for ma que a cr iança
po ssa lev ar uma v ida pró spe r a.
Ò sé bàr à div ino u par a o e st alajade ir o que e st av a indo à re sidê n cia de o utr o ho me m e m
uma te rr a e xt r ang e ir a. F oi- lhe dito que sua jo r nada não te r ia su ce sso ; lo go , não
de v er ia ir . Fo i-lhe pe dido que sacr ifica sse duas galinha s, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá.
256
O rác ulo 183
Òbàrà-Òfún
3
É uma planta de origem africana, da mesma família botânica do milho, que é utilizada na alimentação
animal, principalmente de bovinos (guinea corn).
257
183 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
258
O rác ulo 184
Òfún’Bàrà
O bse r v ação o cide nt al: C o ndiçõ e s de neg ó cio fav or áv e is po de m so fr er por causa de um
indiv í duo indig no de co nfiança.
O fun’ Bar a div ino u par a O lu- Ot a, que diise que muit as pe sso as o patr o cinar iam e
co nse q ue nt e me nt e e le fi car ia rico . Ele fo i aco nse lhado a sacr ifi car co nt r a malfe it or e s.
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
Ò fún e st av a dando O bar a, Ò fún e st av a dando car inho à uma ingr at a. I st o fo i div inado
par a um ho me m a que m fo i dito que uma ce rt a mulhe r que e le go sto u, plane jo u fur t a-
lo e abando na- lo . Ele de v er ia sa cr ificar um cabr ito , aze it e , o bì e fo lhas de I fá.
259
O rác ulo 185
Òkànràn-Egúntán
260
t er r a to da a r ique za, pr o spe r idade , e o utr o s art igo s de vár io s t ipo s. A ssim que to do s o s
I r únmale part ir am, Ò r únmì là se le v ant o u e fo i dir et ame nt e par a a cade ir a de
O lo dunmar e ; e le peg o u a co ncha do car aco l e par t iu e m dir e ção à te rr a. Ò r únmì là
e nco nt ro u o s out ro s Ir únmale ao final da e str ada que co nduz ao cé u e pe rg unt o u- lhe s o
que e st av a er r ado . Ele s lhe falar am que a te rr a e st av a co ber t a co m ág ua e não hav ia
ne nh um lug ar se co onde e le s pude sse m at e rr is sar . Ò rúnmì là me t e u a mão de le na
co nc ha do car amujo , tiro u uma r e de , e a lanço u e m cima da ág ua. Ele me te u a mão de le
no v ame nt e e t ir o u te rr a que e le lanço u e m cima da re de . Ent ão e le me t e u a mão de le
uma te r ce ir a ve z, e le t ir o u uma galinha de cinco de do s, e a lanço u na r e de par a
e spar r amar a t er r a na r e de e na ág ua. A ág ua e st av a re tr o ce de ndo e o so lo e st av a se
e x pandindo . Q uando par e ce u que o tr abalho camin hav a mui le nt o , o pró pr io Òr únmì là
de s ce u e mando u a pe que na quant ia de te rr a aume nt ar : Se e spalhe de pr e ssa, se e spalhe
de pr e ssa, se e spalhe de pr e ssa! ! ! ". Ele paro u, e o mu ndo se e x pandiu. Hav ia g rande
ale gr ia e m cé u. O lug ar o nde Ò r únmì là mando u o mu ndo se e x pandir é at é ho je
cha mado de I fe -War a, e m Ile - I fe . To do s o s de mais I r únmale de sce r am apó s Ò r únmì là.
F o i Ò rúnmì là que m cr io u a t er r a e fo i e le que m pr ime iro ne la caminho u. C o mo t al, e le
não per mit iu naque ne nhum do s Ir únmale de s ce sse na te rr a até que e le t iv e s se pê g o
t udo e le s t ro ux er am e dado a cada um de le s o que e le j ulgo u just o . Ele s re ce be r am
ale gr e me nt e as suas po r çõ e s. Ent ão Òr únmì là co me ço u a cant ar , "O mundo ex ist iu,
e x ist ê ncia na fr e nt e , e x ist ê ncia atr ás".
No t a: O 256 odù são chamado s I r únmale ne st e caso ; at é me smo um único imale se r ia
cha mado Ir únmale , co mo e le e st á fo r a do s quatr o ce nt o s I male .
Q ue m é r ápido g er alme nt e é aux iliado por Òg un a ser v it or io so dur ant e as lut as.
A que le que não co nse g ue lut ar ne m falar não po de caminhar na te rr a por muit o t e mpo .
O co mbat e po de t raze r r ique za e ho nr a. I st o fo i div inado par a Ò g ún-g be mi, que fo i
o rie nt ado a não fug ir , me s mo q ue não se nt isse cor ag e m o bast ant e par a de safiar
alg ué m dur ant e uma br ig a. É o po de r o so que de sfr ut a o mundo ; ning ué m r e spe it a u ma
pe s so a fr aca. É o varo nil que co ntr o la a te rr a; as pe sso as não dão at e nção ao s cov ar de s.
Lhe pe dir am que fize sse sacr ifí cio de fo r ma que e le não re lax asse e pude sse se r
fi sicame nt e for t e . O sa cr ifí cio : um galo , t rê s fa cas, uma pime nt a-da- co st a, 3 200 b úzio s
e fo lhas de I fá (po nha um gr ão de pime nt a- da-co st a na ág ua e m u ma caba ça; dê a ág ua
261
par a o g alo be be r ; o clie nt e de v e e nt ão be be r a ág ua r e mane sce nt e na ca baça e co me r a
pime nt a- da-co st a e mais alg un s g rão s).
O rác ulo 186
Ògúndá-Kànràn
Es se Odù fala de se u sar as capac idade s t ant o e spir it uais co mo int e le ct uais par a
se o bt e r suce sso .
Ò g úndá k an, Òk ànr àn kan, Òk ànr àn- kàng ún -k àng e div ino u
par a Eg úng ún, que e st av a e m um co mér cio impr o dut iv o .
Ele dis se que o so fr ime nt o de le te r ia fim aque le ano . e le de v er ia sa cr ificar
uma ce st a de o bì e um paco t e de chi cot e s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
262
O rác ulo 187
Òkànràn-Sá
263
hu mano s? I st o fo i div inado par a o e le fant e e par a o s se r e s huma no s. F oi pe dido ao
e le fant e que fize sse sacr ifí cio de mo do que o s se r e s humano s não pude sse capit ur a-lo .
O sacr ifí cio : de ze s se is car amujo s, 660 búzio s e fo lhas de I fá (as fo lha s de o wo e o s
car amu jo s de v e m se r co zido s e co mido s de manhã, ante s que o clie nt e fale co m
qualq uer o utr a pe s so a).
O e le fant e se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio . O s ser e s humano s se g uir am a or ie nt ação e
sa cr ificar am.
264
O rác ulo 188
Òsákànràn
A pe sso a que não po de so fr er in sult o s de ve co n str uir sua casa e m uma ár e a se par ada.
I st o fo i div inado par a o Ì g bí n (car amu jo ),
a que m fo i pe dido que sacr ifi casse uma t art ar ug a e 18 000 b úzio s.
Ì g bí n sacr ifi co u, e e le fo i asse g ur ado que e le go zar ia de paz e tr anquilidade na casa
que e le co n str uiu.
É dito que as pe s so as nunca je juam na casa do car amu jo e que ning ué m c hor a na ca sa
de A hun (t ar t ar ug a).
265
O rác ulo 189
Òkànràn-Ká
Não há ning ué m cu ja casa se ja in capaz de se to r nar uma faze nda. Não há ning ué m cuja
faze nda se ja incapaz de se t or nar uma faze nda e nor me e v e lha. A ho ne st idade e m mim
não per mit ir á que a faze nda se t or ne um t er r e no baldio . Não há ning ué m cuja mo rt e
não po ssa lev ar , e não há ning ué m cu jo o filho a mo rt e não po ssa lev ar , ex ce t o
O r unmila, me u se nho r , àbik ú-jig bo , e aque le s de ntr e o s filho s de Edùmar è que são
ho nr ado s.
I fá fo i co ns ult ado par a A pat a (ro c ha), que pe diu um sacr ifí cio par a que e le nun ca
pude sse mo rr e r , de for ma que as g rama po de r ia cre s ce r .
O sacr ifí cio : u ma o ve lha, 2 200 búz io s e fo lhas de I fá.
266
Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Ìká-Kònràn
Es se Odù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a e v it ar as co nse q üê ncia s de açõ e s
malig nas.
O bse r v ação o cide nt al: U ma impor t ant e e sco lha e st á pe nde nt e — U ma de cisão
de v e se r to mada so br e o que é cer t o e bo m.
Ì k á-Kò nr àn fo i div inado par a Ek a, a que m fo i dit o que a mor t e e st av a che ndo par a e le
de v ido ao s se us mau s at o s. Se Ek a não de se ja sse mor r er , dev e r ia e le sacr ificar uma
o ve lha e as r o upas pr e t as que e st av a u sando . Ele de v er ia també m par ar de ser mau e
v e st ir r o upas br anca s dali pr a fr e nt e .
Ele o uv iu as palav r as mas se r e cuso u a sacr ificar .
267
O rác ulo 191
Òkànràn’Túrúpòn
268
O rác ulo 192
Òtúrúpòn Kòràn
269
e las e st iv e sse m dize ndo , "e u mat ar e i Ok anr an, e u mat ar e i O t ur upo n", e as sim po r
diant e . A ssi m que e le se apr ox imo u do sant uár io de Èsù, o s do is inimig o s o uv ir am e s se
v ot o fe it o pe las cabaça s e pe rg unt ar am a si me smo s o que aco nt e ce r ia se O runmi la o s
v isse , uma v e z que ant e s de o s v er já e st av a faze ndo t al j ur a. Ele s e nt ão fug ir am ant e s
que O runmi la che g asse ao sant uár io de Èsù. Fo i isso que O r unmila fe z par a der ro t ar o s
se u s inim igo s.
270
O rác ulo 193
Òkànràn-Òtúrá
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e nfr e nt a um co nfl ito co m par e nt e s co m r e lação a
po sse ssõ e s mat e r iais.
Ò kànr àn- Òt úr á fo i div inado par a a lí der das co br as, que fo i av isado a não e nt r ar e m
uma br ig a que re sult ar ia e m não te r mais amigo s e nt r e se us pr ó pr io s par e nt e s. Se a
lí de r das co br as de se jasse e st ar e m co ndi çõ e s amig áve is co m o s se u s par e nte s, dev e r ia
sa cr ificar v e ne no s e fle x as, uma aljav a, fe it iço s per ig o so s, um cabr ito e 2 000 búzio s.
Ela o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u. Co mo r e sult ado , as co br as nu nca fo r am
amig as umas das o utr as.
271
O rác ulo 194
Òtúrákònràn
O bse r v ação o cide nt al: A "bo ca gr ande " do clie nt e te m causado pr e juí zo .
Ò t úr ákò nr àn, a cidade a cidade e st á t ranqü ila fo i div isada par a A lafur a.
e le s dis se r am: O s animais no bo sq ue nunca arg ume nt am co m o le o par do ; o s pássar o s
no bo sq ue nunca arg ume nt am co m o falcão . O s ser e s huma no s nunca arg ume nt ar ão
co mig o ace r ca de me u car át er t ampo u co ace r ca so br e me u t rabalho . A s pe sso as não
mat ar ão o s cãe s por cau sa de se u s lat ido s t ampo uco o s car ne iro s po r se us balido s. A s
pe s so as nunca e ntr ar ão e m lit í g io co migo . Fo lhas de I fá: Tr ace o O dù Ò t úr ák ò nr àn no
iy e -ì ro sù e re cit e o e ncant ame nto aci ma ne le ant e s de mi st ur ar -lo co m aze it e -de -de ndê
e lambe -lo (par a se r usado se mpr e que ho uv er um caso j uducia l).
O riji, o Adiv inho das co isa s bo as, co nsult o u I fá par a Òt ú, que de se jav a
de spo sar Òk òr àn, a filha do Olo fin. A s pe sso as e st av am dize ndo que ist o ca usar ia uma
disp ut a. O ho me m a que m Ò kò ràn fo i pr o met ida co mo e spo sa t inha gast ado muit o
ne la.
M as O riji, o Adiv inho das co isa s bo as, disse que Òt ú ca sar ia co m Ò kò ràn; no e nt anto ,
e le de v er ia sa cr ificar o it o car amujo s. um po mbo , 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.
272
O rác ulo 195
Òkànràn-Atè
273
O rác ulo 196
Irete-Okanran
274
fo r am tr azido s, um pássar o co me ço u a g rit ar m per si st et e me nt e , dize ndo a Or unmila,
“Or un mila, não se nt e -se na e st e ir a ho je , não se nt e -se na e st e ir a ho je . Se nt e -se no ifin,
se nt e - se no ifin! ”. Q uando e le s te r minar am de tr azer o v e st uár io e a e st e ir a, O r unmila
pe diu que e le s u sasse m a e st e ir a par a se se nt ar e m. Ele s o be de cer am e fo r am
e nv e ne nad o s. O r unmila de ixo u o lo cal se m se r pr e j udicado .
275
O rác ulo 197
Okànràn’Se
Q ue st õ e s de ang úst ia não são bo ns; u ma que st ão pr o ble mát ica é um mau e spe t áculo .
I st o fo i div inado par a o filho de um ho me m abast ado , a que m fo i pe dido sacr ificar de
mo do que e le não so fre s se t rib ulaçõ e s.
O filho do ho me m r ico per g unto u, “o que é so fr ime nt o ?”
Ele s disse r am: O ato de abr ang er é so fr ime nt o ; a vo nt ade das pe sso as é ang ú st ia.
Ele dis se que isso e ra ba st ante .
O filho do ho me m r ico per g unto u qual se r ia o sacr ifí cio .
Ele s disse r am: u m t e cido br anco , um po mbo , uma ov e lha, uma galinha e 20 000 búzio s.
276
O Po sse sso r nunca se e ntr ist e ce u.
O Po sse sso r sacr ifico u um po mbo , duas cabe ças de ig uana, 20 000 búzio s e fo lhas de
I fá (a ser e m dadas À pe sso a que é aplicada e m se u t rabalho ).
277
O rác ulo 198
ÒséKòràn
O bse r v ação o cide nt al: C o ndiçõ e s de tr abalho inco nst ant e s ne ce ssit am de
e quili br io e mo cio nal par a se har mo nizare m.
278
O rác ulo 199
Okanran-Òfún
279
O rác ulo 200
Òfún’Konran
Ò fún’ K ò nr àn fo i div inado par a Olo dunmar e quando e le e st av a se pre par ando par a
e nv iar as pe sso as par a a Te rr a.
Ele s dis se r am que O lo du nmar e e st av a r e flet indo no cast ig o que os po de ro so s
infl ig ir iam ao s fr aco s, no cast igo que o s re is e che fe s in flig ir iam às pe sso as que fo r am
dist it uida s o u e m pe r ig o . Ele v iu pe sso as ino ce nt e s se ndo mor t as na Ter r a e de se jo u
de fe nde r a que le s que não t inham chan ce de se ving ar .
F o i pe dido par a Ele sacr ifi car uma t ar t ar ug a, u ma faca, um ar co e uma fle cha, uma
pime nt a e 18 000 búz io s. Se Ele sacr ifica sse , po de r ia o s de ix ar livr e na Te rr a.
Ele sa cr ifico u.
280
O rác ulo 201
Ògúndá’Sá
C e libat o fo i div inado par a I fá quan do o mun do t odo e st av a dize ndo que ifá e st av a só .
F o i pe dido a I fá que e sco lhe sse uma co mpan he ir a. I fá disse que e sco lhe u dinhe iro
co mo sua co mpanhe ir a. Fo i pe dido a e le que sa cr ificas se um po mbo e 24 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
281
O rác ulo 202
Òsá’Gúndá
O bse r v ação o cide nt al: Há alg ué m que o clie nt e não dev e co nfiar .
S un- mis’ e be , Sun -mis’ apo ro co nsult o u par a A ik u je g unr e (t ipo de er v a) e O lok o
(faze nde iro ). A ik u je g unr e fo i aco nse lhado a sacr ifi car um car amu jo , uma g alinha e u m
car ne iro . Ele s disse r am a Aik uje g unr e que não mo rr er ia mas e st ar ia e nr aizado e
co lo cado e m um alt o o bje to aci ma do chão .
A ik uje g unr e sa cr ifico u. A o faze nde iro fo i pe dido que ofe r e ce sse e m sacr ifí c io um
car ne iro , u m alfang e e 66 000 búzio s de mo do que e le não mo rr e sse . Ele sacr ifi co u.
Q uando o faze nde iro e st av a capinando , e le ju nto u Aik uje g unr e co m o alfang e e m um
lug ar . A ik uje g unr e dis se , “Eu me fa ço no t ar se ndo r e unido , as sim me ajude a falar
282
par a me us pais no C é u”. Q uando o faze nde iro finalizo u a capinag e m e j unto u a er v a
cha mada A ik uje g unr e co m um alfang e e o co lo co u e m um tr o nco , a er v a disse , “dig a-
me pai do C é u que e u so u no t áv e l”. Ent ão , as ult imas palav r as u sualme nt e falada s pe la
e rv a são : “que o faze nde iro não mor r a. Q ue e u t ambé m não mo rr a, de fo r ma que ambo s
pe r mane çam par a se m pre ”.
283
O rác ulo 203
Ògúndá’Kaa
Es se Odù fala da ne ce ssi dade de caut e la e sa cr ifí cio par a so lu cio nar pro ble ma s
mo ne t ár io s.
284
O rác ulo 204
Ìká-Ògúndá
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á fing indo um pr o ble ma que não ex ist e .
285
O rác ulo 205
Ògúndá-Òtúrúpòn
O bse r v ação o cide nt al: Di fic uldade s e blo que io s são disso lv ido s co m
de se nv o lv ime nt o e spir it ual.
286
Ò g ún libe rt o u O t ur upo n da e scr av idão . Nó s e st amo s r eg o zijando , nó s e st amo s
dança ndo .
Òtúrúpòn-Egúntán
Es se Odù fala do pr e se nt e , se ndo um mal mo me nto par a uma nov a cr ian ça, mas
mant é m u ma g rande pro me ssa par a o fut uro .
287
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Ògúndá-Túrá
Sak amda (Eu so u bast ant e limpo ) fo i div inado par a O t a (pe dr a) na ág ua.
Nó s te me mo s a do e nça. F o i pe dido a O ta- mi não t e mar a do e nça e lhe fo i pe dido que
o fe r e ce sse sacr ifí cio de fo r ma que e le pe r mane ce s se fix o .
O sacr ifí cio : u m car amujo , um po mbo , 32 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u e se viu liv r e de do e nça s.
288
nun ca se ajudar ão mut uame nt e ; o s lag art o s macho s não aj udam uns ao s o ut ro s e m um
c urt o e spaço de t e mpo .
F o lhas de I fá: Tr ace o Odù Og unda- Tur a no pó de ì ro sù e invo que I fá co mo
de t er minado acima. U ma pe que na po r ção do pó dev e ser co lo cado no t o po da ca be ça e
e sfr e g ado da te st a à part e infe r o -po st er ior da cabe ça. I st o dev e se r fe it o pe la manhã, à
t ar de o u a no it e at é o pó aca bar . É par a se r ut ilizado ape nas uma v e z ao dia.
289
O rác ulo 208
Òtúrá-Egúntán
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de pur ifica ção par a re mov e r e ner g ia
e spir it ual ne g at iv a.
290
O rác ulo 209
Ògúndáketè
291
Se nó s de se jamo s me nt ir , nó s par e cer e mo s e st ar ag it ado s. Se nó s de se jamo s dizer a
v er dade , nó s par e ce r e mo s e st ar co nfo r t áv e is. Nó s não po de mo s e ng anar um ao o ut ro
quando e st amo s car a a car a. I sto fo i div inado par a Ò g ún, que e st av a indo re alisar o s
r it uai s pr e s cr it o s pe la I y alo de nas r uas. To das as mu lhe r e s e st av am cast ig ando t odo s
o s ho me ns. Fo i pe dido que Ò g ún sacr ifi casse um bo né , um cão , 14 000 e alg umas
o utr as co isas de sco nhe cida s por não inic iado s. Ele sa cr ifico u.
De po is dis so , o mi st ér io de Eg úng ún e de out ro s cult o s que co bre m as sua s face s,
ca be ças ou cor po s int e ir o s tiv er am iní cio . As mul her e s e r am ant ig ame nt e as
co nt ro lador as de st e mist ér io . Elas assu st ar am o s ho me n s co m e le e não o be de ce r am o s
ho me ns muit o . O s ho me n s, e spe cia lme nt e Òg ún, de sco br ir am um mo do me lhor que o
mo do das mul he re s.
292
O rác ulo 210
Irete-Egúntán
O bse r v ação o cide nt al: De se nvo lv ime nt o e spir it ual az-se é ne ce ssár io par a paz e
pro spe r idade .
293
F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse um po mbo , uma galinha, um camar ão (e de ) e 2 000
búz io s.
Ele sa cr ifico u.
Egúntán’sé
Es se O dù fala par a não cast ig ar pe s so as por s uas car acte r í st icas fí sica s.
Ò g úndá ofe nde u a ning ué m, Òg úndá não ma chuco u ning ué m. É pro ibido , não é bo m
ca st ig ar Òg úndá.
I st o fo i div inado par a Oló wó ,
a que m fo i pe dido que o fer e ce s se sa cr ifí cio par a não se r punido dur ant e sua vida.
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha e 44 000 búzio s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
Ho nr ais e r e spe it ais o s o utr o s; é me lho r de ix ar o filho de um ho me m ho nr ado imp une .
U ma árv or e é r e spe it ada po r cau sa de se u s nó s [de made ir a]; Ent ão t ambé m é um
r e spe it ado u m ho me m albino po r causa do Ò rì sà. Vo cê dev e t o da a ho nr a mim.
294
O rác ulo 212
Òsé-Egúntán
O bse r v ação o cide nt al: M udan ças r ápidas e m at iv idade s te mpor ais ir ão r e sult ar
e m g anho s.
295
co lo que e m uma quant idade de sabão -da- co st a co rr e spo nde nt e a 2 000 búzio s e t race o
o dù Ò sé - Eg únt án ne le ; usar par a ban ho .
No t a: Em qualque r mo me nto que a pe na de um àg be é me ncio nada, saiba que uma pe na
de r abo dev e r á ser u sada.
To do s o s mat er iai s a se r e m usado s par a awur e (me dicame nto par a sor t e bo a) de ve
e st ar limpo , per fe it o e e m bo m e st ado .
Ògúndá-Fú
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se de par ando co m alg uma e spé cie de
dist r ibui ção de her ança o u cr ianças que se nt e m que o s pais não o s e st ão
t rat ando ig ual me nt e .
296
Dê par a mim, e u não vo u dá- lo a v o cê . Nó s não po de mo s lut ar e m cima de co nt as t odo
o caminho par a O yo e at é que nó s che g amo s à casa do Olo fin. Se nó s lut amo s
se cre t ame nt e , nó s de ve mo s falar a ve r dade no dia e m que a br ig a alca nça o r e i..
I st o fo i div inado par a o r e i quando um saco de co nt as fo i t razido por g uar diõ e s e que
mai s t ar de de cidir am e nv e ne nar o pr o pr ie t ár io das co nt as de mo do que as me smas
fi casse m par a e le s.
F o i pe dido que sacr ifica sse um po mbo e 2 000 búzio s.
A hist ór ia da que st ão : Hav ia um ho me m co m do is filho s. É um co st ume e m no ssa te rr a
que o s familiar e s não per mit am ao s filho s de um pai fale cido t er qualque r co isa fo r a
do pro pr ie dade do pai de le s. Po r e st a r azão , a famí lia do pai do s do is filho s fale cido
t o mar am a pr o pr ie dade e a div idir am to t alme nt e e nt r e e le s.
Est e s do is filho s ro ubar am uma bo lsa de co nt as e a mant iv er am e s co ndida e m alg um
lug ar , e ve nde r am as v alio sas co nt as uma a uma. quando a bo lsa fi co u quase vazia, e
mai s da me t ade já se fo r a, o filho mais v e lho quis e ng anar se u ir mão . Ele lev o u as
co nt as r e st ant e s ao re i par a cust ó dia e falo u par a se u ir mão que as co nt as t inham sido
r o ubadas. Alé m disso , o re i t ambé m e st av a pe nsando e m um mo do de mat ar o filho
mai s v e lho de fo r ma a po der mant e r as co nt as co nsig o .
297
O rác ulo 214
Òfún-Egúntán
Es se O dù fala das co nse quê n cias de se ig nor ar co mpor t ame nto mor al e
sa cr ifí cio .
O supa je re je r e , adv inho de O nibar a, div ino u par a O nibar a, a que m fo i pe dido que
sa cr ificas se um car ne ir o e 22 000 búzio s de mo do que e le não e ntr as se e m pro ble ma s
por ca usa de uma me r et r iz.
O nibar a não o fer e ce u o sa cr ifí cio .
Ele per g unt o u que t ipo de pr o ble ma po de r ia ofe r e ce r uma me r et r iz a e le , o lí de r de
uma nação ?
A histo r ia de O nibar a apó s e le t er re cu sado sa cr ificar : No ano que I fá fo i co nsult ado
par a O nibar a, uma mulhe r che g o u de uma te rr a lo ng í qua par a de spo sa-lo . A mulhe r fo i
pro st it ut a. Vár ias pe s so as que a co nhe ciam e aque las que o uv ir am falar so br e e la
v ier am par a pr ev e ni- lo a não se ca sar co m e la. O nibar a se ndo um r e i, r eg e it o u a
adv er t ê cia das pe sso as. Ele se re cu so u a de spr e zar a m ulhe r po is e la e r a muit o bo nit a.
A imag e m de st a mulhe r o cupo u a me nt e do r e i de mane ir a que e le não er a capaz de
298
r e pe lir o u mudar o s pe dido s da mulhe r . A mulhe r dis se ao re i que não co mia o utr a
co isa se não car ne , e nt ão o re i mat o u to das as ave s, car ne ir o s e capr ino s que e le tinha
par a a cau sa da mulhe r . Ent ão o re i co me ço u a ar mar ar apucas par a as av e s, car ne ir o s
e capr ino s que pude sse m e ntr ar no se u palácio . Q uando o do no v ie sse pr o cur ar o
animal no dia se g uint e , o re i dir ia que e le lhe e st av a chamando de ladr ão . M as quando
não t inha mais av e s, car ne ir o s e capr ino s na vizinhan ça, o re i pe nso u e m uma o utr r a
mane ir a par a o bt e r car ne par a a mul he r . e nt ão e le co nse g uiu um fe it iço co m o qual as
pe s so as se t r ansfo r mav am e m tigr e s. A pó s isso , o re i ia t o da manhã at é o s po st e s o nde
o s animais e r am pr e so s par a ao abat e e o s le v av am dali. Co nse q ue nt e me nt e , as pe sso as
co me çar am se cansar am co m o s hor ro r e s que o t ig r e e st av a cau sando pe lo assas sí nio de
se u s animais do mé st ico s. O s caçado r e s da v izinhança fize r am uma vig ilia e at ir ar am
no t ig r e . Q uando e le fo i at ing ido pe las fle x as, f ug iu e fo i cair na fr e nt e da casa de
O nibar a. I nto o cor re u nas pr ime ir as ho r as da no it e à luz da lua. Q uando aman he ce u,
O nibar a fo i e nco ntr ado na pe le do tig re ; to das as faca s que e le uso u par a pe r fur ar as
v ít imas e st av am e m suas mão s e o animal que e le hav ia abat ido e st av a ao lado de le . A s
pe s so as se s ur pr e e nde r am e m v er que o r e i de las t ev e tal hábit o r uim. Ent ão e las
achar am um lug ar de pr e ssa par a o e nt er r ar se cr e t ame nt e . Elas lev ar am cabo da
mul he r , a mat ar am, e a e nt e rr ar am na abó bada de O ba. De sde e st e t e mpo , se um t ig r e é
mo rt o , sua face é co be rt a, e se r á le v ado par a um lug ar se cr e to ant e s de se r e sfo lado .
I sso é por que um tig re é cha mado de re i. Pro v ér bio : U m t igr e , ape sar de s ua maldade ,
pe diu par a as pe sso as que não de ix e m s ua face de sco be r t a.
299
O rác ulo 214
Òsá-Ká
300
Palav r as par t icular e s t or na-se - ão públi cas fo i div inado por Ay ék o g be je . U m co nfide nt e
e st á r ev e lando se gr e do s. F o i pe dido que sacr ifica sse par a que não fize sse co isa s
v er go nho sa s e m se g r e do , e que se us seg r e do s não fo sse m div ulg ado s.
O sacr ifí cio : u m car amujo , aze it e -de - dê nde , banha de òr i, um po mbo , 66 000 búzio s e
fo lhas de I fá.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
Ìká-Sá
O bse r v ação o cide nt al: C o nfu são e mo cio nal po de lev ar a de cisõ e s pe r igo sas.
U m mal car át e r ge r a um co v ar de
fo i div inado par a u m ladr ão .
Ele s disse r am que um ladr ão não se r ia t ão br avo quat o o pr o pr ie t ár io .
O ladr ão fo i adv er t ido a sa cr ificar de mane ir a a adquir ir co isas facilme nt e o u
ho ne st ame nt e .
O sa cr ifí cio : quat ro car amujo s, 8 000 b úzio s e fo lhas de I fá (wo r o e è so par a se r e m
co zidas e co midas co m o s car amujo s ).
e le não sacr ifi co u.
301
I sso fo i d iv inado par a Jo k o je que de se jo u de scan çar , e le dev e r ia sacr ificar pano
br anco , um po mbo , uma o ve lha e 20 000 b úzio s.
Ele sa cr ifico u.
Ele s falar am que e le e st ar ia usando v er de co mo pano pr o te t or .
Òsá-Òtúrúpòn
O bse r v ação o cide nt al: Es se é o mo me nto par a sacr ificar a Ò g ún par a co nce pção .
Ela- não -carr e g a-cr iança -e m- suas -co st as fo i div inado par a Ò sá At inuso jo ,
a que m fo i pe dido que sacr ifi casse de mo do a po de r dar a luz.
O sacr ifí cio : u ma cabr a, uma galinha, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ela se re cu so u a sa cr ificar .
302
A pe le sacr ifi co u.
Òtúrúpòn-Òsá
O bse r v ação o cide nt al: U ma nov a cr iança o u nov as r e spo nsabil idade s e st ão
cr iando uma pr e o cupa ção te mpo r ár ia.
303
Ele s dis se r am que t odo s o s be be s nasci do s naque le ano se r iam car r eg ado s nas co st as
de s uas mãe s e nquant o e st as fug ir iam de uma bat alha.
A s pe sso as pe rg unt ar am o que dev er iam sa cr ificar e fo i r e spo ndido : aze it e -de - de ndê ,
banana s mad ur as, banha de or i, fo lhas I fe n, fo lha s jo ko je , fo lha s wo ro e 42 000búzio s.
Ele s não sacr ificar am.
Òsa-Òtúrá
304
Ò r unmila diz: Ve r dade é o car át er de O lo dun mar e . Ve r dade é a palavr a que não cai.
I fá é a v er dade . Ve r dade é a palavr a que não se co rr o mpe . Po de r que ultr apas sa a
t udo . Bê nção pe r pét ua.
I st o fo i div inado par a a Ter r a. Ele s dis se r am que as pe sso as do mun do dev e r iam se r
v er dade ir as. Par a capa cit a-lo s a se r e m v er dade iro s e ho ne st o s que idabo (me dic ina de
I fá) se ja apli cada por mar car o Odù Ò sá-Òt úr á no iy è - ìr o sù. A pó s re cit ar o I fá acima
so br e o pó , mist ur e -o co m e ko e be ba- o , o u co ló que - o no aze it e -de -de nê e o co ma, de
mo do que sr á fácil se r ho ne st o e v er dade ir ao .
C ant ig a de I fá: F ale a ve r dade , dig a o s fato s. F ale a ve r dade , dig a o s fat o s. Aque le s
que falam a v er dade são aque le s a que m as de idade s aux iliam.
Òtúrá-Sá
Es se Odù fala das co nse que n cias de se falhar co m o s sacr ifí cio s e da r e co mpe n sa
daque le s que faze m sacr ifi cio .
305
220 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Òsá-Retè
Es se Odù indica que a única s so lução par a o s pro ble ma s cor r e nt e s v e m das
de idade s.
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não e st á re ce be ndo supo rt e pr át ico ne m mor al
de se u co mpanhe ir o .
306
O e str anho fo i ao campo e pr e par o u o se u far do . Ele o lho u par a dir e it a e par a a
e sque r da, par a fr e nte e par a tr ás, e não v iu ning ué m.
Ele disse , “Est e far do é ago r a o far do de De u s. Ent ão , Ef ufule le aux ilia- me a carr e g ar
e st a car g a e m minha cabe ça, Efuf ule le . Vo cê não sabe que aque le s que não tê m pe s so as
de po sit ar ão sua co nfian ça no Se nho r te u De us?”.
Ìretè-Sá
307
aque le s que be be r am mo rr e r am ali me smo . A s pe sso as do C é u mar char am at é o s
por t õ e s do o ut ro lado do C é u e e nco nt r ar am cor po s no chão . Ele s bat er am e m set e
co r po s co m uma v ar a ao s quat ro canto s da cabana de le s. Ele s mandar a aque le s se t e
car r eg ar e m o s cor po s do s out ro s mo rt o s par a lo ng e do por t ão .
A pó s o s se t e t er e m car re g ado se u s camar adas par a lo ng e do por t ão as pe sso as do C é u
co me çar am a cant ar e e scar ne ce r - lo s ve rg o nho same nt e assi m: “Nó s be be mo s me l e não
co mbat e mo s as pe sso as do Cé u; nó s be be mo s me l. To do s o s po v o s pr e g uiço so s e st ão
e m bat alha. Nó s be be mo s me l e não co mbat e mo s as pe sso as do Cé u. To do s o s po vo s
pr eg ui ço so s e st ão e m bat alha. Nó s be be mo s me l e não co mbat e mo s as pe sso as do Cé u;
nó s be be mo s me l”. At é ho je , v o cê não v ê as pe s so as na t er r a car r eg ando se us mor t o s
aqui e ali? O s mo rt o s e st ão carr e g ando o s mo rt o s.
308
O rác ulo 223
Òsá-Sé
309
223 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Òsé-Sá
310
224 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
A k in (uma br av a pe sso a) e st á asso ciada co m o pr incí pio de “lut a e e squ iv a”. I sso fo i
div inado par a O lo bahun Ì japá (a t ar t ar ug a). Fo i-lhe pe dido que sa cr ifica sse de mo do a
não t er que lut ar e mor re r e per mane ce r re spit ado o nde quer que fo s se . O sacr ifí cio :
o ro g bo , sal, se me nt e s ay o , um g alo e 3 200 b úzio s. Ele se g uiu a or ie nt ação e sacr ifico u
e fo i-lhe dado fo lhas de I fá. Ele s dis ser am que as palavr as de s ua bo ca nunca ir ia
abo rr e çe r as pe s so as do mundo . A s pe s so as se mpr e pr o cur ar ão por dinhe ir o e sal.
Q uando nó s v e mo s awun (uma tart ar ug a), ne nhu m bast ão é ne ce s sár io .
Òsá-Fú
O bse r v ação o cide nt al: C ao s nas at iv idade s diár ias e st á dist or ce ndo o julg ame nt o
do clie nt e .
Ò r unmila disse Ò sá- Fú, Eu disse Ò sá- F ú. Nó s e st amo s fug indo da picada da co br a. Nó s
e st amo s f ug indo de mane ir a que o e le fant e não no s pe g ue . Nó s e st amo s fug indo de
mane ir a que o búfalo (e fò n) não lut e co no s co . Nó s e st amo s f ug indo de mane ir a que o
fo go não no s que ime . Nó s e st amo s fug indo das dív idas de mane ir a que as pe s so as da
t er r a não no s e scar ne . Nó s e st amo s fug indo da pr o pr ie dade de o utr as pe s so as par a não
no s to r nar mo s ladrõ e s, de mo do que as pe s so as de r e pe nt e não e lev e m sua s vo ze s
co nt r a nó s um dia. Nó s e st amo s fug indo do amule to de mo do que sua palavr a má não
no s afe t e . Não há pr azer par a aque le s que dize m que não fug ir ão de nada na te rr a.
311
I sso fo i div inado par a o s filho s do s ho me ns, que disse r am vir e sacr ificar de fo r ma que
e le s so ube s se m e v it ar t udo aquilo que é èè wò ( um at o pr o ibido ).
O sa cr ifí cio : de ze s se is car amu jo s, fo lha s omo , aze it e -de - de ndê , sal e 32 000 búzio s.
A pe nas alg un s de le s sacr ificar am.
Ele s dis se r am: A que le s de nt r e v o cê s que sacr ifi car am, te r ão vida lo ng a na t er r a e a
t er r a se r á bo a par a v o cê s.
Oráculo 226
Òfún-Sá
312
se ndo A do o do micí lio de I fá e O wo o asse nt o da sábia Et u. Nó s mandamo s chamar
Ò g ún e m I re afim de r e st aur ar a so be r ania de I fè . Ele v e io mas te nt o u e m v ão . O S
ho me ns t or nar a-se ár vo r e s se cas e m sua s raize s, a chuv a se r e cusav a a cair , a fo me
v e io ; ho me ns e animais per e ce r am. Ele s chor ar am e m de se spe ro : Q ue m aca bar ia co m
no ssa misé r ia e r e st aur ar ia o e st ado pe r dido de I fè ?. U ma vo z disse : Vo cê s ainda não
cha mar am por O balufo n e m Iy inde , Lábé r ijo e m I do , Jig únrè e m Ot unmo ba, e Ese g ba, o
A wo de Èg bá. Vo cê s ainda não mandar am c hamar A sada e m I je sa e A kó dá e A sè dá e m
I le -I fè par a vir e m ajudar a re st aur ar I fè . Quando e le s for am chamado s, e le s v ier am e
t e nt at am, po ré m falhar am. F oi t ud o e m v ão .
O po mbo co nhe ce o s se g r e do s mais int imo s de Ese lu. O car amujo co nhe ce a sabe dor ia
de A pako . e le s div inar am par a o s anciõ e s de I fè quando e st á se asse me lhav a a u ma
ca baça rac hada, quando ning ué m pô de se r e nco ntr ado par a par ar a mar é de de st r uição .
Nó s cha mamo s O lumo , o sace r dot e de I mor i e m I je sa, por Ò g ún, o sa ce r do t e de A lár á,
por O g bó n Enit aar a, o sace r dot e da mo nt anha de I jè ro , por O dudug b unudu, o
sa ce r do t e de Ese mo we , po r O bo le boo g un, o lí der e m Ke t ú. Ele s vie r am e mo str ar am
t o da sua fo r ça, mas t udo e r am e m v ão . Ele s for am impo t e nt e s co ntr a as for ças de
de st r uição que e st av a lev ando I fè à r uí na.
. . .
313
dize ndo : Eu não to car e i. Bu scando de se spe r adame nt e mudar de ci são de le , nó s
dis se mo s: O e squilo não anun cia a v inda do jibó ia? Ele nov ame nt e se r e cuso u: Eu não
t o car e i a t ro mbe t a. Nó s dis se mo s: O sapo não pr o clama a pr e se n ça da v í bo r a? Ele não
se re nde r ia. A inda e le disse : Eu não so pr ar e i.Fo i e nt ão que nó s disse mo s a e le : A
g alinho la so zinha pr o clama o de us de mar . O àlùk ò so zinho anuncia a de usa do r io . O
o lo buro so zinho anun cia o s ci dadão s do e cé u. Vo cê so zinho , do amanhe ce r de te mpo ,
se mpr e cha mo u A lájo g un (o capit ão das Ho st e s M ilit ar e s do cé u ).
Ele s div inar am par a o Se nhor do s Po der e s da Te r r a. Ele s div inar am par a o s po der e s do
C é u e par a me u Se nhor , o Se nho r da Pe r fe it a Sabe do r ia, a cr iança nas cida na mo nt anha
de I t ase , a C asa do A lv or e ce r . F oi e le que m disse : Se r ealme nt e I fè de v e se r cur ada e
r e st abe le cida, de pr e ssa a fo lha de alasu walu (a fo lha que r e for ma o car át er do ho me m,
limpa -o e pur ifica- o ) dev e se r cult iv ada. Ent ão e não ant e s a paz r et or nar á par a a te rr a.
F re ne t icame nt e nó s b usca mo s a fo lha alasu walu. Nó s lev amo s uma fo lha a e le . Ele
dis se : não é a fo lha. Nó s le v amo s o ut r a fo lha a e le . I sso não é a fo lha. Ent ão , e m
co mpaix ão e le disse a nó s: Co nfe sse sua maldade que e u po sso co br ir sua nu de z.
De pr e ssa nó s r e spo nde mo s: Nó s co nfe s samo s no ssa maldade , Se nho r , c ubr a no s sa
nude z. Ent ão e le met e u sua mão na bo lsa de Sabe do r ia Pr imo r dial e tir o u a fo lha
314
alas uwalu. Nó s e st áv amo s lado a lado co m alív io e co m aleg r ia. Nó s dançamo s.Nó s no s
r eg o zijamo s. Nó s cant amo s:
Oráculo 227
Ìká-Òtúrúpòn
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e v e m abr indo máo de u m r e lacio name nto que
po der ia ser be né fico .
315
de t er r as se re cu so u a sacr ifi car . Ela disse que não ne ce s sit av a de um se g ur ança.
Do nde um ladr ão vir ia r o ubar a sua pro pr ie dade co m de ze sse i s quart o s? O balùfò n
t e nto u de spo sa- la e e la r e cuso u. Ò g ún t e nto u de spo sa- la e e la r e cu so u. O r unmila
t e nto u e e la r e cuso u. A pr o pr ie t ár ia de te rr as co st u mav a do r mir no s de ze sse is quart o s
de mo do que não pude s se se r capt ur ada por ne nhuma pe s so a má. Ela també m fe char ia
à no it e as po rt as da casa quando e la qui se sse dor mir . No dia e m que O runmi la e st av a
pr e par ado par a e nv e rg o nhar a mulhe r , co m o iro fá e m sua mão e de clar açõ e s de I fá e m
s ua bo ca, O r unmila abr iu to das as po rt as e che go u at é à mulhe r . Dur ante t udo aquilo
que Or unmila fe z à casa e a mulhe r , ning ué m de spe r to u. Ela o lho u o co r po de la e v iu
t udo aquilo que tinha sido fe ito a e la, e e la não so ube que m t inha fe ito isto . Ela
pe rg unt o u par a o s v ig ilant e s da ca sa; e le s só pude r am lhe falar que e le s t inham
dor mido at é de manhã. Ela co mando u par a to das as cr ianças da casa de la sair so ando
o s sino s e jur ar naque le ho me m que t inha v indo par a a ca sa de la par a ex e c ut ar t al ação
má dur ant e a no it e . Ele s di sse r am t udo que e le s pude r am, e r aio t udo que que e le s
pude r am, ma s e le s não adquir ir am ning ué m par a r e spo nder a e le s. M uit o ce do a
manhã que v e m. Or unmila saiu co m o s camar adas de le , so a o sino e cant a t hus ly :
S we ar ling will k ill the swe ar er - awe re pe pe , swe ar ing will kill t he s we ar e r -
awe r e pe pe , and so o n. quando a mul her so u be que e r a Or unmila que t inha te nt ado a
ca sar er a uma ve z, e la o chamo u e lhe falo u que e le só po der ia se r o mar ido e e nt ão e le
de v e , ve nha par a a casa de la.
O sig nifi cado de st e I fá: Se e st e I fá é div ine d dur ant e o g big bo - ri o u e se nt ay e de uma
me nina, par a o pai de v er ia se r falado que a me nina dev e se r a e spo sa de um babala wo .
Ela se r á pró spe r a, e e st ar tr anqüilo e m v ida, a de ixe si do dado a um babala wo .
316
Oráculo 228
Òtúrúpòn-Ká
317
228 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
O sang e de g be b’o k unr in- já div ino u par a De jug be O k unr unt ag o bo le , A wuwo lapa. Ele s
dis se r am que se De jug be de se jas se que se u br aço fo sse c ur ado , e le de v er ia sa cr ificar
do is po mbo s, duas galinha s, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá (t r it ur ar fo lhas it apàr a
mi st ur ar co m sabão - da-co st a e aze it e -de -de ndê ; e sfr eg ar no co r po ).
Ele se g ui u a inst r ução e sacr ifi co u.
Oráculo 229
Ìká-Òtúrá
Ì k á me e mpurr o u; Eu nunca caí . Ìk á e st á e nv iando male s par a minha ca sa; minha casa
não dispe r so u. To das as co isa s bo as e st av am acumu landas. I sto fo i div inado par a
O r unmila. Ele s disse r am que o mo t im co ntr a O r unmila se r ia mo t iv o de ve rg o nha. F oi
pe dido que e le sa cr ificas se se i s po mbo s, 12 000 b úzio s, pime nt a- da-co st a e fo lhas de
I fá (t or r ar fo lhas k ut i, fo lha s ito e pime nt a- da-co st a t udo junt o ; mist ur ar co m sabão -
da- co st a. U sar par a banho ).
318
Ele sa cr ifico u.
Ì k á-Òt úr á, O ac umulado r , o re unido r , aux ilia- me a junt ar dinhe ir o , aux ilia -me a r e unir
e spo sa s, aux ilia- me a te r muit o s filho s. Ve nha e r e una t oda as co isas bo as e m minha
v ida. Fo lhas de I fá: Tr açar o O dù Ì kà- Òt úr á no Ì ro sù; invo que co mo mo st r ado aci ma
so br e o pó ; u sar par a mar car a cabe ça o u co lo car no aze it e e co mer .
Oráculo 230
Òtúrá-Ká
Es se O dù fala de dispe r sar no s so s inimig o s par a g ar ant ir no ssa pro spe r idade .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa ser limpo e spir it ualme nt e das e ner g ias
ne g at iv as.
A sar eg e g e é o no me dado à M or te ,
A bir ing be re é o no me dado à Mo lé st ia.
Se o e le fant e che g a à e st r ada, e le se ale gr ar á.
Se o bú falo che g a a um lo cal pant ano so , e le e st ar á liv r e e se ale gr ar á.
Ò t úr ák át úr ák á! ajuda i-me a dispe r sar br uxo s e fe it ice ir as; ajudai- me a dispe r sar me u s
inimig o s e o po ne nte s.
319
F o lhas de I fá: mo e r fo lha è la e ìy e r e . C o lo que e m um mo nt e de co zinhar ar g ila e as
fo lhas mo idas co m um pe ix e aro . Ent ão co lo car so br e e ssa so pa um po uco de pó de I fá
no qual o Odù Ò t úr á-K á t e nha sido t açado e a incant ação de I fá aci ma dev e ser
r e cit ada. Ve rt e r aze it e no chão ao re dor do mo nt e ant e s de t o mar a so pa.
320
Oráculo 231
Ìká-Ìretè
O bse r v ação o cide nt al: U m no vo ne g ó cio não de v e e nv o lve r uma so cie dade .
321
231 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Oráculo 232
Ìretè-Ká
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ir á tr iunfar nu ma disp ut a cor r e nt e (at ual).
322
232 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Oráculo 233
Ìká-Sé
O bse r v ação o cide nt al: M udan ças e mo cio nais e st ão cau sando r e sult ado s
mat e r iais ne g at iv o s.
323
233 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Oráculo 234
Òsé-Ká
O bse r v ação o cide nt al: Há uma po ssí v e l ame a ça leg al par a o clie nt e de
as so ciaçõ e s ou ne g ó cio s do passado .
324
234 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Ò sé supe r ando o mu ndo fo i div inado par a Or unmila. Ele s di sse r am que O r unmila
v e nce r ia to do s se u s inimig o s po r to do o mundo .
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um car ne ir o , uma pe dr a-de - raio e 22 000 búzio s.
Oráculo 235
Ìká-Fú
325
No t a: A pe s so a par a qual e sse I fá fo r div inado e st á e spe r ando pre se nt e s, mas nada
r e ce be r á.
Ì k á-F ú fo i div inado par a a t art ar ug a, a qual fo i pe dido que sacr ifi cas se dee mane ir a
que se us dev e dor e s pag as se m o dinhe iro q lhe dev iam.
O sacr ifí cio : u m po mbo , 2 000 búzio s e fo lha s de I fá (e s fr eg ar a te st a co m fo lhas
br anca s e e sin; as fo lhas dev e m se r t or radas co m pime nt a-da- co st a e usada s par a
masr car a ca be ça; g uar de o pre par ado e m uma ado e cubr a-a co m te cido et u; ut ilizar
quando fo r co br ar o dinhe iro de um dev e do r ).
Oráculo 236
Òfún-Ká
Ò g ún difun diu co isa s bo as fo i div inado par a Or unmila o pr í ncipe que e st av a so fr e ndo
co m a po br e za.
Ele s dis se r am que O r unmila re ce be r ia dinhe iro mas que dev e r ia sa cr ificar um po mbo ,
o bì e m abun dância (par a ser e m distr ib uí do s co mo pr e se nt e s), aze ite - de -de ndê e 32 000
búz io s.
326
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. O aze it e de ve se r v er t ido so br e Ès ù. O clie nt e
de v e ado r nar sua ca be ça co m o po mbo apó s t o mar banho e co lo car uma bo a r o upa ).
Ò fún -K á fo i div inado par a De k asi (o ho me m que o r e i não qui s r e co nhe ce r ), a que m fo i
dit o que dev e r ia o cupar o t ro no de se u pai.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se se is po mbo s, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.
Oráculo 237
Òtúrúpòn-Túrá
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e plane jar suas açõ e s de acor do co m dias
fav or áv e is no s O dù.
327
Est a fo i a base de adiv inha ção par a O r unmila que ia implo r ar luz do dia ( so l) par a
O lo dunmar e (De u s) de fo r ma que e le pude sse te r po de r so bre o so l.
F o i-lhe dito que sacr ifica sse de ze sse is car amujo s, de ze sse is galinha s, de ze s se is cabr as
e 32 000 búzio s.
O r unmila o be de ce u e sacr ifico u.
Ent ão O lo du mar e dis se que não lhe po der ia dar o co ntr o le so br e a luz do dia, por é m o
de ix ar ia co nhe ce r o s no me s do s dias e as co isas que e st ão mais de acor do par a re alizar
ne le s.
O bse r v ação :
O risa -nla fo i o pr ime ir o a e sco lhe r um dia.
O r unmila e s co lhe u o se g undo .
Ò g ún e sco lhe u o t er ce ir o .
Sàng ó e sco lhe u o quar t o .
Est e s quat ro dias são o s dias ut ilizado s par a cult uar t o do s o s Òr ì sà na s te rr as Yo r ubas:
I je bu, Èg bá e assi m por diant e . Ent ão , há quatr o dias na se ma na. M as no sso s pais
diziam que e le s c ult uav am se us Òr ì sà t odo quint o dia; são o s quatr o dias que e le s
cha mar am de cinco . Par a un ificar o s dias do s Ò rì sà, o s dias de me r cado de to da a te rr a
o u cidade s me nc io nadas de I lé -I fè são quat ro dias que per faz uma se mana. Em o utr o
arr anjo , no s so s pais tê m o utr o s se t e dias co m o s se u s sig nifi cado s:
328
o bse r v ância impor t ante de t udo que po de aco nt e ce r no dia do Òr ì sà. Vint e e o it o dias,
que fo r mam se manas de se te dia s do s Ò rì sà, fo r mam um mê s.
Oráculo 238
Òtúrá-Tutu
A ze it e -de -de ndê se par adame nt e , t e cido br anco se par adame nt e , fo i div inado par a
O bat ala Ò se e r è -Ig bo quando e le e st av a che g ando de Ìr ànje (C é u) par a se r e nt ro nado no
mu ndo .
Di sse r am- lhe que sacr ifi cas se um pano de e nv o lt ur a br anco , um car aco l e vint e mil
búz io s. Lhe lhe aco nse l har am que não be be s se v inho de palma nada. Ele o be de ce u e
329
sa cr ifico u a me io caminho . Dis se r am-lhe que se ve st isse e m pano br anco que é a
v e st ime nt a do Ò rì sà. Disse r am- lhe que u sasse ist o no mu ndo . Ele uso u o pano br anco ,
mas e le não at e nde u a adv e rt ê ncia co ntr a v inho de palma. Ele se e mbe be do u e de ndê
e spir ro u -lhe nas ro upas de le . E le e nt ão finalme nt e sacr ifi co u um car aco l e co m
v er go nha jur o u nunca mais be be r vinho s.
No t a: Par a qualq ue r um que m e st e é div inado e m sua inicia ção , te m que se pr iv ar
t ot alme nt e de álco o l.
330
Oráculo 239
Òtúrúpòn-Retè
331
Ela não sa cr ifico u.
A mãe de A de pò n é o no me pe lo qual cha mamo s o mamão .
Oráculo 240
Ìretè-Tutu
O bse r v ação o cide nt al: a palavr a o u idé ias do clie nt e se r ão co nside r adas
se r iame nt e .
332
O sacr ifí cio : dua s g alinhas, duas cabr as, e 32 000 búzio s.
Ele s o uv ir am e sacr ifi car am.
Oráculo 241
Òtúrúpòn-Sé
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a re lax ar e e x per ime nt ar pr azer e s
po sit ivo s, ino ce nt e s.
O mu ndo não é do ce o bast ant e par a v iv e r pr a se mpr e ne le . Só uma cr iança diz que o
mu ndo é ag r adáv e l.
I st o fo i div inado par a Or unmila e par a as pe sso as.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se de mane ir a que o mundo fo s se agr adáv e l ao s ser e s
hu mano s.
333
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha d’ A ngo la, me l e 42 000 búzio s.
O r unmila dis se que se e le s não fize s se m por si me smo s, co mo po de r iam e le s co nhe cer a
ale gr ia do mundo ? “U ma cr iança co me aquilo que g anha, e mbo r a o pai da cr iança
t e nha que g anhar pr ime ir o par a que a cr iança co ma”.
O r unmila o be de cu e sacr ifi co u.
Ent ão o s se re s hu mano s for am or ie nt ado s a sacr ifi car e m por sua v e z. A pe nas alg uns
po uco s sacr ificar am. Aque le s que sa cr ificar am t ive r am uma vida ag r adáv e l.
Oráculo 242
Òsé-Òtúrúpòn
334
242 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Oráculo 243
Òtúrúpòn-Fún
335
Ò t úr úpò n- F ún (e le s disse r am): Q ualque r um que t e nha ab undânc ia, dev e dar alg o par a
aque le s que pas sam po r ne ce ssida de s. F o nt e e t er na! Vo cê nun ca pas sar á po r pr iv a çõ e s.
Oráculo 244
Òfún-Òtúrúpòn
O bse r v ação o cide nt al: C r ianças ir ão t raze r aleg r ia, mas u m r e lacio name nto
pr e cisa de ajuda.
Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a O bat ala Ò se e r è -ig bó , a que m fo i dito que te r ia
muit o s filho s.
O mundo int e iro v ir ia implo r ar as cr ianças de la.
M ais à fr e nt e fo i-lhe dit o que e la se r ia lo uv ada po r e st as cr ianças.
336
O bat ala disse , “O r unmila o s tr e inar á”.
F o i-lhe dito que sacr ifica sse de mo do que O r unmila pude sse e st ar fe liz co m se u
t rabalho .
Ela sa cr ifico u me l, sal, v ár io s po mbo s e 42 000 búzio s.
Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a uma mulhe r que e st av a pr o cur ando por um mar ido .
Ele s dis se r am que o ho me m que e la e st av a indo de spo sar a surr ar ia co nst ant e me nt e se
e la não sacr ifi cas se um aik a, do is car amu jo s ( Do is car amu jo s nun ca br ig am e ntr e si) e
32 000 búz io s.
Ela o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u, dize ndo que se u mar ido e r a muito bo nit o
par a br ig ar co m ning ué m. U ma pe sso a bo nit a não br ig a o u sua be le za se r á distr uida.
Oráculo 245
Òtúrá-Retè
O bse r v ação o cide nt al: M o der ação é difí cio par a o clie nt e .
337
O r unmila diz: A que le que não de spe r diçar á se u dinhe ir o .
Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ?
O r unmila diz: A que le que não r o uba.
Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ?
O r unmila diz: A que le que não t e m dí v idas.
Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ?
O r unmila diz: A que le que nunca be be alco o l, aque le que nunca que br a sua palav r a co m
o s amig o s. Ò r úr á-R e t è , aque le que le v ant a be m ce do e me dit a e m sua s at iv idade s!
Ent r e o s e spinho s e car do s, a jo v e m fo lhag e m de palma cr e sce r á, Jo wo ro nu nca u sar á
t o do o se u dinhe ir o , jo ko je nu nca co nt r air á dí v idas. Se Ee san de v e muit o dinhe iro , e le
pag ar á a dí v ida. A muwo n é o ame so (aque le que te m se nso do que é co rr e to ).
F o lhas de I fá: Mo er fo lhas de jo wó ro , è so e jok o je junt o s e mist ur ar co m sabão - da-co st a
no v alo r do pr e ço de 120 o u 200 búzio s.C o lo que nov e búzio s um a u m no sabão . Tr ace
o O dù Òt úr á-R e tè e m iy è - ìr o sù so br e o sa bão na caba ça. Banhar -se co m e le .
338
Oráculo 246
Ìretè-Túrá
Es se Odù fala da incant ação ne ce ssár ia par a ev it ar sit uaçõ e s (pr ox ima s da
mo rt e ).
O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù o fe r e ce uma so lu ção par a do e nça/ e nfe r midade .
339
O s v e nt o s do lado e sque r do e st ão ag it ando as fo lhas do co que iro v io le nt ame nt e .
I fá fo i co ns ult ado par a O r unmila À g bo nnir è g ún,
Q ue e st av a indo faze r I k ú (mo r te ) e m um ho me m de I fá. Ele acho u me lho r pe dir A go
(de sculpa ) por se r um vig ilant e .
A mor t e que mat ar ia A wo ho je , par a tr ás! par a tr ás!
A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás!
A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás!
A do e nça que mat ar ia A wo ho je , par a t rás! par a t rás!
A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás!
No t a: Nó s po de mo s ut ilizar e st e I fá dize ndo (ì g è dè ) par a u ma pe sso a que de sfale ce u
de r e pe nt e o u e st á mo rr e ndo . Odù Ìr et è - Túr á se r á mar cado na ar e ia e m que e st a pe s so a
e nfe r ma e st á de it ada. A ar e ia se r á se g ur ada na fr e nt e do ho me m que e st á do e nt e , o
no me de le se r á chamado , e e nt ão nó s dir e mo s o e ncant ame nt o acima. O no me do
e nfe r mo se r á usado ao invé s de “A wo ”. Se nó s e st amo s co m me do quan do v iajamo s,
de v e mo s se mpr e r e cit ar o ìg è dè acima. Ent ão a are ia ser ia le v ada à uma ár vo r e gr ande
no Bo sque de Sa cr ifí cio s.
Oráculo 247
Òtúrá-Sé
O bse r v ação o cide nt al: M udan ças e mo cio nais dev e m ser t r at adas
c uidado same nt e .
340
247 – 2 (Tr adu ção do ve r so )
Ò sé o s pr e judi co u se r iame nt e fo i div inado par a par a e le s quando Ik umi ja fo i sit iar a
cidade de Eyó . F oi- lhe s pe dido que sa cr ifica sse m no v e cabr ito s e 180 000 búzio s.
Ele s não sacr ificar am.
Oráculo 248
Òsétúrá
341
um pássar o vo a v io le nt ame nt e par a de nt ro da ca sa, é o no me dado à A jé ,
o filho de O ló k un- sande , o re i das ág uas abu ndant e s, Ò gò -O wo ni.
Ès ú-Ò dàr à, t u fundast e e st a cidade .
Tu livr ast e o s babalá wo da cidade da fo me .
Tu livr ast e o s o s mé dico s da cidad e da fo me , e o me smo fize st e s co m o s he r balist as.
Eu so u o babaláwo da ci dade .
Eu so u o mé dico da cidade .
Eu so u o her bali st a da cidade .
Ès ú-Ò dàr à, não de ix ai que e u passe fo me .
F o lhas de I fá: Pe g ue uma fo lhas de abamo da, ar e ia de uma lo ja de fe r r e ir o , e fun e
o sùn. Mar que o Odù Ò set úr á na fo lha de abamo da. Mist ur e e fun co m a are ia da lo ja de
fe r re ir o , mar que o Odù Ò sé e o sùn co m a ar e ia e mar que Ò t úr á na fo lha de abamo da.
Par t a um o bì de quatr o go mo s. U t ilize se t e gr ão s de at aar e e um go mo de o bì par a
inv o caar na fo lha de abamo da diár iame nt e , co mo acima. pe ndur e a fo lha co m linhas
br anca s e pr et as na casa.
342
F o lhas de I fá: Tr ace o Odù Ò sét úr á no iyè - ìr o sù e m fino óle o e lambe r o de do mé dio .
To das as co isas bo as v ir ão a t i. Ho nr a e r e spe it o e st ar ão co nt ig o atr av é s do s ano s
quando v o cê usar e sse e ncant ame nt o .
Oráculo 249
Òtúrá-Fún
343
F o i-lhe dito que não co me t e sse adult ér io .
Oráculo 250
Òfún-Túrá
O bse r v ação o cide nt al: C asa me nto co m at ual par ce iro do clie nt e é apr o pr iado e
be né f ico .
Ò fún pr ov o u aze it e , Ò fún de rr ubo u ole le ( bo lo fe it o de fe ijão ) no sal. Ò fún pro c uro u
por t o das as co isas ag r adáv e is par a co me r . I st o fo i div inado par a Ès ù-Ò dàr à que ia
de spo sar Epo (aze it e -de - de ndê ). Fo i-lhe aco nse lhado a sa cr ificar de mo do que e le s
nun ca se se par asse m. O sa cr ifí cio : tr ê s g alo s e 6 000 búzio s.
344
Ele sa cr ifico u.
Oráculo 251
Ìretè-Sé
345
Ele que co lide co m e spinho s è s ù, o s e spinho s è s ù o fer ir á; e le que co lide co m Èsù, Ès ù
o far á mal; e assi m se r á.
F o lhas de I fá: Pe g ue uma pe dr a lat e r it a, t rê s facas nov as ( fe it as pe lo fe rr e iro lo cal),
ca sca da ár vo r e ipar a, v ár io s t ipo s árv or e s e plant as e spin has (u se a cas ca o u part e da
plant a), e v ár io s tipo s de e spin ho s, plant as r ast e ijant e s ( cor t e pe daço s de la). Po nha
t udo e m um po t e . tr it ur e a ca sca de ipar a at é vir ar pó . Po nha o pó de fr e nt e ao po t e ,
t race o O dù Ìr èt è - Sé ne le , e re cit e o e ncant ame nto acima. Junt e e nt ão o pó no pot e co m
ág ua. C o br ir e lacr ar o pot e co m ar g ila o u cinzas úmidas. A pó s se tr e dias, abr a e u se
co mo banho . Não de ve se r be bi do .
346
Oráculo 252
Òsé-Bi-Ìretè-Sile-Ajé
347
O nàwo fun mir in par iu A jé .
A jé par iu o s se r e s humano s. A jé se pr e par o u e fo i pe lo mar . O s se re s hu mano s també m
se pr e par ar am e fo r am par a Ir ada.
Ò sé co rr a r apidame nt e par a o de us do mar e me t rag a dinhe iro .
Ì re t è cor r a rapidame nt e par a I rada par a me t raze r pe sso as.
A pe não de ix e min ha bo a sor t e che g ar at r asada a mim.
Ejir in não de ix e que minha bo a sor t e v ag ue ie ao lo ng e ant e s de v ir a mim. Se nó s
v ar r e mo s a casa e o cam inho , o re fug o é lev ado at é a lix e ir a.
I ngr e die nt e s de I fá: Pilar fo lhas ape e e jir in, su je ir a de e nt ulho , sabão - da-co st a na
me dida de 1 200 búzio s. Tr ace o Odù Ò sé -Ì re t è na par e de do quar to usando e fun par a
mar car O se e o sun par a mar car Ìr et è . O e fun e o o sun de v e m se r mist ur ado s
se par adame nt e co m ág ua ante s do uso . A bat er do is po mbo s be m bo nit o s, um par a O se
e o o ut ro par a Ìr e t e . O sang ue de ve se r mi st ur ado co m o sa bao pilado co m as fo lhas.
F ix ar o sabão aci ma do s O dù fe ito s na par e de . U se o sabão fr e que nt e me nt e par a
banhar - se .
348
Ò sé - bi-Ì re t è (Ò sé par iu Ì re t è ) fo i div inado par a O ló fi n.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um car ne ir o e 20 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
F o i pr o clamado que “a o r de m de le fundar á uma cidade ”
Oráculo 253
Ìretè-Òfún
349
F o i-lhe pe dido um sa cr ificio de um po mbo , uma g alinha e 20 000 b úzio s.
Ele o be de ce u e sacr ifi co u.
Oráculo 254
Òfún-Retè
Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a o bt er r e spe ito e pro t e ção .
O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa que br ar uma sit uação e se r mais se g ur o .
350
F o i-lhe dito que sacr ifica sse de mane ir a que as pe s so as do mundo pude s se m re spe it a-
lo .
O sa cr ifí cio : quat ro po mbo s, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá (t r it ur e fo lhas de
ag bay unk un e ay ì nr é e m ág ua; ut ilizar par a lav ar a cabe ça e o I fá do clie nt e ).
Ele fe z o sa cr ifí cio .
Oráculo 255
Òséfú
O bse r v ação o cide nt al: Q ualque r que se ja o pr o ble ma do clie nt e , ex ist e uma
so lu ção .
351
Há ág ua na casa do de us do mar ; o mar é a ca be ça das ág uas.Há ág ua na casa do de us
da lag o a; a lag o a é a se g unda ca be ça de t o das as ág uas.
Há sa be dor ia e m Ak ó dá, Ak ó dá que fala a palavr a de I fá.
Há sa be dor ia e m A sè dá, A sè dá que fala o co nse lho de t o do s o s sábio s anciõ e s.
Há sabe do r ia e m O runmi la, o or ie nt ado r das fo r ças do mundo , o r e par ador da so rt e ,
aque le cujo e mpe nho é r e co nstr uir a cr iat ur a co m um or í r uim.
I st o fo i div inado par a os ko moo se k o moo wa (pe sso a não -int e lig e nt e ) que se
lame nt av am diar iame nt e po r não te re r e m bo a so rt e , dize ndo que o cr iado r o s e st av a
malt r at ando .
Ele s for am o r ie nt ado s a sa cr ificar sabão - da-co st a, le nço l br anco e 2 000 b úzio s. A o s
po uco s que re alizar am o sacr ifí cio fo i dit o que se lav as se m co m o sabão (e le s dev e r iam
se lav ar po r tr ê s o u cin co dias e nqua nto se ve st iam co m o le nço l br anco ). e le s for am
par a casa e se iniciar am e m I fá, e apó s a iniciação e le s apr e nde r am I fá.
Ele s se g uir am a or ie nt ação e sacr ificar am.
É dit o que o s ko mo o sek o moo wa que apr e nder am I fá t er ão so rt e e m fim.
O r unmila disse A ro le , Eu di sse Ar o le , fo i div inado par a umas cr ianc inhas que se
dir ig iam par a o mundo que e st av am se n do mandado s de v olt a pe lo po rt e iro e
mo rr e ndo co mo be bê s.
e le s per g ut ar am a r azão .
I st o por que não e spe r am po r O r unmila. Or unmila que st io no u do is de le s (um me nino e
a o utr a me nina ). dize ndo , “Po r que m v o cê s e spe r am?”.
Ele s disse r am, “Po r Or unmila”.
Ele disse , “Bo m, e nt ão sig am -me ”. Ent ão e le sse g uir am Or unmila at é o por t ão , é o
por t e iro quis manda- lo s de vo lt a. O r unmila int e r ce de u e pag o u 240 búzio s por cada
um de le s. Est a é a quant ia que nó s pag amo s ho je e m re sg ate par a um be bê r e cé m-
nas cido .
352
Oráculo 256
Òfún-Sé
O bse r v ação o cide nt al: A que le s que e st ão te nt ando impe dir o pro g re s so do
clie nt e ir ão so fr e r .
353
F o i-lhe pe dido um sa cr ifí cio de mo do que suas pr ime ir as po s se s sõ e s não fo sse m
pe r didadas..
O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, um car amujo , 66 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele não sacr ifi co u.
354