1) Por que os regimes latino-americanos de meados dos séculos XIX até 1930 são chamados
oligárquicos? É possível chamar de democracia alguns países da America Latina nesse
período? Como eram as eleições e os partidos nesse período? Os regimes latino-americanos são definidos por poucas pessoas, pois somente quem tinha grandes posses de terras ou comercial poderia ajudar definir o governo. Não havia uma democracia, todos os países, pelo menos no inicio eram oligarquias bem estabelecidas. Normalmente existia um único partido, sem oposição, o qual definia quem era o candidato, e então era feito uma votação entre os grandes proprietários, assim o confirmavam no poder, e passava a ser presidente do país.
2) Como define América Latina e por quê?
A América Latina é definida principalmente pela ocupação de dois países, Portugal e Espanha, dominação da população indígena, que posteriormente passou a ser escrava e responsável pela produção agrícola, extrativista entre outras funções. Retirada dos metais preciosos que as grandes civilizações acumularam durante milhares de anos para as metrópoles. Divisão territorial de acordo com a metrópole, o qual foram definidas grandes extensões de terras a nobres ou aventureiros, que passaram a dominar a população local.
4) A “colonização de exploração” empreendida por Portugal e Espanha explicaria a
instabilidade econômica, política e social da América Latina. A partir das aulas e autores lidos (Leandro Karnal, Maria Elisa Noronha de Sá Mader e Benedict Anderson) elabore duas criticas a essa explicação. Você deve usar pelo menos dois autores.
Portugal e Espanha, com a colonização criou grandes latifúndios administrados através da
seção de seu país de origem através de monopólios, assim gerenciavam as riquezas de sua região, e utilizava de mão de obra barata, no começo os índios que ali viviam, depois os africanos, utilizados principalmente para a cultivo de plantações como cana de açúcar, e extração de metais preciosos, necessários na metrópole. Assim a diferença entre ricos e pobres era imensa no caráter social, isso influenciou e influencia até hoje os países que surgiram nessas regiões.
Segundo Benedict Anderson, a nação é “(...) uma comunidade política imaginada - e
imaginada como sendo intrinsecamente limitada e, ao mesmo tempo, soberana” (2008, p.32), o qual, imaginada porque ninguém conhecerá todas as pessoas da nação, limitadas porque toda nação possui fronteiras, soberana devido ao surgimento de um nacionalismo baseado em etnias e culturas. Uma nação implica em uma língua própria, ou quase. Pois na realidade os domínios portugueses e espanhóis não eram uma nação e sim um império. Os produtos das colônias eram necessários para manter a balança comercial, devido a entrada de produtos manufaturados vindos da Inglaterra, os países ibero-peninsulares se viram obrigados a aumentar a quantidade de matéria primaria vindos de suas colônias para conseguir manter a balança comercial, isso causou grande insatisfação dos produtores que se viam cada vez mais sobretaxados
Maria Elisa Noronha de Sá Mader, afirma que devido a supressão ao desenvolvimento
político na América Hispânica, onde somente os nobres legítimos nascidos na Espanha teriam direitos políticos, ficando os indígenas, negros, mestiços e a população branca nascida em suas colônias sem direitos nenhum. Devido a queda do rei Fernando VII, feito por Napoleão Bonaparte que colocou no trono seu irmão Jose Bonaparte, mas a população não apoiou o novo rei, criando uma nova constituição e dando poder as colônias, quando o rei Fernando VII retornou ao poder revogou todos os direitos adquiridos pelas colônias, o que resultou em um desencadeamento de independências entre as colônias latino-americanas.