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Oligarquias:

Edgard Carone * definição e bibliografia

Sílvio Romero, com sua verve mostrar a situação real do País


e combatividade inconfundíveis, e a dos grupos que o dominam.
tratou muitas vêzes do problema Para êle, "com sua divisão da
das oligarquias. O ódio que população nos 20 estados em
votava ao sistema dominante dois grupos: a) o dos que
levou-o a atacar o castllhlsmo, governam, mandam, oprimem e
os grupos preponderantes de dispõem para si e seus amigos ou
São Paulo e os prepotentes apaniguados de todos os cargos,
homens do Norte. Sua obra empregos e proventos das
política - infelizmente rendas públicas direta ou
considerada como secundária - indiretamente, e b) o dos
é exemplo de sua pertinácia: adversários, verdadeiros párias,
O castilhismo no Rio Grande do que ou trabalham mal ou
Sul; A geografia da politicagem vivem da mendicidade ou da
(o norte e o sul do Brasil); O rapina". 2 Os primeiros
Brasil social (vistas sintéticas caracterizam-se pela
obtidas pelos processos de Le "implacável
Play); O Brasil na primeira pol ítica-meio-de-vida",
metade do século XX; "empregomania e pendor para o
Provocações e debates; gênero fácil e cômodo de vida
Parlamentarismo e das carreiras oficiais", pelas
presidencialismo na República "obras públicas, quase tôdas de
Brasileira (cartas ao conselheiro índole suntuária", pelos "seus
Rui Barbosa), etc., são alguns empréstimos repetidamente
dos volumes em que tratou do solicitados ao estrangeiro",
assunto. pelas "suas roubalheiras
crônicas na administração",
Em várias ocasiões, tenta, pela "sua falsificação das
sociologicamente, classificar o
fenômeno. Porém, é numa
conferência feita em 1908 que * Professor do Departamento de Ciências
Sociais da Escola de Administração de
êle dá sistematização à idéia: Emprêsas de São Paulo, da Fundação
Getulio Vargas.
em As oligarquias e sua 1 In: Provocaçlles e debates. p, 401-16.
A conferência é de 31 de maio de 1908.
classificação, 1 o autor tenta • Ibidem. p. 405.

R. Adm. Emp., Rio de Janeiro, 12(1) :81-92, j an.fmar. 1972


eleições", pelo "desmantêlo de os Lauro Müller e Hercílio, de a mistura de valôres
todos os serviços públicos", Santa Catarina; os Generoso metodológicos é um dos motivos
etc. 3 Ponce, de Mato Grosso. que levam sua classificação a
impasses.
No entanto, os grupos O terceiro grupo caracteriza-se
dominantes ou oligarquias pela "subserviência matreira, Bem mais complexa é a posição
podem ser divididos, segundo como meio de sucessão no de Valente de Andrade. Nome
êle, em quatro categorias poder e a subseqüente quase desconhecido das
distintas: a primeira é a que traição, como meio de substituir gerações atuais, escreveu, no
denomina de oikocracias, pois grupo oligárquico a outro": entanto, um livro indispensável
não "passam de reproduções do é a "reprodução atávica do sôbre o problema das
obsoleto familismo primitivo, sistema dos Induwas africanos oligarquias: Evolução política:
mero comunarismo de família. e por isso tem reinado a queda das oligarquias; ensaio
Neste caso, a família e preferentemente nas terras onde de critica social, que foi
aderentes fazem o o mestiçamento dessa origem é publicado em 1913, em plena
açambarcamento dos postos mais intenso no País". ~ assim efervescência do govêrno
da governança, da que na Bahia, Severino Vieira Hermes da Fonseca. Como se
administração e dos mais destrona Luís Viana, e é sabe, um dos lemas dos
rendosos negócios ... Nesta destronado por José Marcelino, hermistas durante a Campanha
fórmula a família governamental, "que o será infalivelmente por Civilista (1909-1910)era de lutar
a tribo dirigente, assume alguém"; no Estado do Rio de contra os Acioli, os Maltas, os
feições de casa reinante". Janeiro, é Nilo Peçanha que Borges de Medeiros e todos
Em tal categoria incluem-se as trai Francisco Portela e é aquêles que permaneciam
oligarquias dos Nery, do traído por Alfredo Backer, etc.; insistente e despoticamente no
do Amazonas; Euclides Malta, em Goiás, os Bulhões são domínio governamental de seu
de Alagoas; os Acioli, do Ceará; traídos por Xavier de Almeida; estado. Nesse momento, muitos
os Lemos, do Pará; os Pedro e, finalmente, no Espírito Santo, dêsses oligarcas tinham caído.
Velho, do Rio Grande do Norte; Moniz Freire é enganado por
e os Vicente Machado, da A obra de Valente de Andrade
Henrique Coutinho "que há de é a de um evolucionista,
Paraíba do Norte. mais tarde ter o mesmo imbuído também das teorias
A segunda categoria é a do destino". sociológicas francesas da
pequeno grupo, "no qual o A última - e quarta - espécie época. Para êle, o fator
familismo não deixa de exercer é a do castilhismo positivóide. econômico é o fundamento do
influência, mas não tendo Ela é sul generis, pois tem político. Estudando a realidade
pessoal suficiente, não chega a caráter semidoutrinário e de brasileira, vê o mal das
alastrar por si só pela área fôrça, apoiando-se em três oligarquias, que se origina pela
completa do mando e o divide medidas: "dinheirama originada existência da política
com alguns amigos e camaradas do contrabando das fronteiras, personalista do Império; assim,
do peito. ~ uma espécie de os recursos das tropas federais, a falta de sentimento coletivo
hibridação a que se pode e a tal ou qual prosperidade, faz gerar o sistema. Para
dar o nome de grupismo produzida pelos colonos, de Valente, a eleição de Hermes da
semifamilista e amigueiro". Dêle origem estrangeira". 4 Fonseca e a ação do exército
fazem parte os Benedito Leite, foram benéficas, pois destruíram
do Maranhão; os Pires Ferreira e A classificação de Sflvio Romero, todo êsse processo dominante.
Anísio de Abreu, do Piauí; os como vemos, é grandemente
Rosa e Silva, de Pernambuco; os Quase nada se escreveu depois
marcada por fatôres subjetivos
Francisco Glicério, os sôbre o problema das
e por conceitos ambíguos: não oligarquias, a não ser obras
Rodrigues Alves, os Bernardino que o familismo ou a ideologia,
de Campos, os Jorge Tibiriçá, de esporádicas e dedicadas a casos
por exemplo, não possam
São Paulo, "exímios potentados particulares. As tentativas,
influir. O que é fundamental
presidenciáveis, os quais, não porém, de classificação dêste
para êle, porém, são aspectos,
satisfeitos com o mandarem em fenômeno histórico e sociológico
nuanças, não o problema
sua terra, trepados nas trilhas de limitam-se, infelizmente, pelo
estrutural. Daí sua separação
café e nos milhões emprestados, que eu saiba, aos dois ensaios
entre a primeira e segunda
têm pelo cabresto a anteriores. No entanto, a nossa
categorias ser frágil, pois, na
República"; os Afonso Pena, os historiografia possui um
primeira, domina a famflia e, na
Bias Fortes, os Francisco Sales, material rico e extenso, que
segunda, temos a ampliação do permitirá estudos mais
os João Pinheiro, de Minas domínio familiar para o dos
Gerais, "que. chegam para abrir completos e modernos sôbre o
amigos; dessa maneira, o autor
concorrência a São Paulo, amplia desmesuradamente os
rivalizar com êle no mando seus exemplos, incluindo São
supremo do desconsolado Paulo e Minas no segundo I Ibidem. p. 405-6.
• Ibidem. p. 412-6. Fizemos questão de
Brasil"; os Vicente Machado e esquema. Já na quarta categoria, repreduztr longamente a conferência, por
Alencar Guimarães, do Paraná; seu critério é ideológico. Assim, ser êste um dos primeiros estudos do
assunto. Os grifos silo do autor.

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tema. Daí o interêsse numa também é fundamental a desvio contrário às fôrças
reformulação do problema, que indagação sôbre a forma ou preponderantes.
nos levaria a conclusões novas. formas com que se mantém
esta estrutura de poder. Naturalmente poderíamos
O problema da oligarquia está apontar muitos exemplos de
intrInsecamente ligado à Achamos que o problema cisões nos estados oligárquicos
existência do coronelismo. Um liga-se às condições menos ricos e que não tenham
oligarca é igual a um coronel, gerais de cada um dos levado a conseqüências graves:
mas, entre êles, a diferença é de estados. Daí, podermos dizer mas o comum são perturbações
escala política. O coronel é o que, apesar das nuanças, as ou revoluções, resultados de
chefe local, o oligarca transpõe oligarquias dividem-se em duas uma política mais personalista.
o seu poder para o estado. categorias: a dos estados "mais ~ que os atritos e interêsses são
Porém, o conceito de oligarquia adiantados, cujas relações de mais violentos, conseqüência
acaba estendendo-se, de produção, grupos e exigências da limitação de condições
maneira pouco precisa, para são mais complexos, e cujos econômicas e políticas em geral.
tôdas as formas de domínio, conflitos são amortecidos pelo O caso de Mato Grosso -
tanto no plano estadual, como mecanismo do partido revoluções de 1891, 1899, 1901,
no municipal. Wenceslau dominante: a orientação da 1906, 1916 - é sintomático e
Escobar traduz esta corrente: Comissão Central dos PRs. mais objetivo. Porém
"incontestàvelmente uma das representa papel moderador e poderíamos estender êste
grandes falhas do regime de combate às formas de exemplo para o Amazonas,
presidencial (. .. ) é a desvio. Nos estados menos ricos Ceará, Santa Catarina, Goiás,
impossibilidade dos partidos se - a maioria - existem os PRs., Bahia ou qualquer outro estado,
alternarem no poder pela mas o contrôle do grupo ou com exceção de São Paulo,
vitória das normas. A facção ou família é quase absoluto. O Minas Gerais e Rio Grande do
partido que, de qualquer modo, partido representa, nestas Sul.
toma as rédeas do govêrno de condições, vontade particular e
Apesar das diferenças existentes
um estado perpetua-se não o equilíbrio de várias
entre as duas categorias, certos
indefinidamente no poder, facções, o que conduz a formas
políticas violentas e radicais". 6 traços são comuns ao fenômeno
porque, quando se sinta tão das oligarquias: formações de
fraco que, pelos variados meios grupos mais ou menos
de corrupção e fraude eleitoral, Assim, na primeira categoria,
incluímos São Paulo, Minas impermeáveis; lealdade para
não possa conseguir êsse fim, com os chefes, companheiros e
perturba, em seu próprio Gerais e Rio Grande do Sul; na
segunda, enfeixam-se todos os o partido; em certo grau, culto
interêsse, a ordem social, pela pela palavra empenhada;
prática de atos violentos contra outros estados. 7 O caso de São
Paulo é típico, para exemplo domínio sôbre os podêres
a oposição, a fim de, sob o Executivo, Legislativo e
pretexto de manter a ordem da primeira tendência: os
grupos de Campos Sales, Judiciário; emprêgo de
pública, requisitar a fôrça familiares e adeptos para
federal e esmagar os Bernardino de Campos,
Fernando Prestes, Rodrigues melhor contrôle e segurança;
adversários"; "esta a não-aceitação de neutralidade,
degenerescência do nôvo Alves, Jorge Tiblrlçá, Rubião
Júnior, Alfredo Ellis, Júlio de obrigando todos a se definirem
regime, que a sabedoria contra ou a favor.
popular batizou com a Mesquita, etc. dominam o
denominação de oligarquias, tem o partido desde a proclamação
A bibliografia que se segue" é
prolificado abundantemente em da República; quando se dá a
complemento indispensável para
todo o País, pois até já existem cisão de 1901, por exemplo, as
alas de Júlio de Mesquita e a ampliação do problema das
oligarquias municipais, pelo oligarquias. Muitos trabalhos
menos no meu estado (Rio Cincinato Braga saem do Partido
Republicano Paulista e são parciais, são ataques a
Grande do Sul), onde alguns determinados oligarcas, com
intendentes, isto é, os chefes fundam nova agremiação
intencionalidade particular.
do executivo dessas corporações política. Porém, o incidente não
abala o partido dominante, que Mas é por meio dela e de
tratam de se reeleger pela ensaios gerais que podemos
terceira e quarta vez. Ora, é bem persiste em sua organização e
domínio; a volta dos compreender melhor êste
de ver que, se êsses cargos fenômeno fundamental da nossa
fôssem espinhosos, tivessem dissidentes ao PRP, em 1905,é
outro fato que não exige formação política, que ainda
mais ônus que benefícios, não
haveria tanta pletora de complementação organizatória.
patriotismo para exercê-los, O exemplo comprova a
convertendo-se em verdadeiras complexidade de um sistema • Escobar, Wenceslau. Discursos
parlamentares, '808-'108. p. 327-8.
oligarquias de família". fi mais rico, que não é abalado • Carone, Edgard. A RepCiblica velha,
pela crise de uma de suas instituiçlles e classes sociais. p. 271.
• Para evitar a repetiç!io do que já foi
Como vemos, a permanência partes, pois, dentro da Comissão dito, enviamos a Carone, Edgard. ibidem.
no poder é o elemento primeiro Central do PRP o equilfbrio dos p. 271-84.
A bibliografia foi feita sob
do fenômeno. Porém, para nós, grupos contrabalança todo 8
orientaç!io de Melania Cella TOrre.

Oligarquias definição e bibliografia 83


persiste sob novas formas, participam do primeiro administração e os problemas
como elemento predominante movimento: relatos, manifestos, sucessórios de cada um dêles.
da estrutura de poder no trocas de condições, etc.,
Brasil. lançados e feitos durante e Astrimiro. pseudônimo de J. C.
após o movimento de fevereiro Portinho. O mandarinato político.
Almeida, João Pio de. Borges de de 1893. Nada no livro nos faz Rio, s.c.p., 1896. 23 p.
Medeiros. Pôrto Alegre, Júlio ligar os acontecimentos à
Dias Alleud, 1928. 335 p. foto política de Floriano Peixoto. Panfleto escrito por partidário
de Francisco Rangel Pestana
Livro ditirâmbico sôbre Borges Andrade, Valente de. Evolução (candidato à senatoria pelo D.
de Medeiros, mas útil porque polftica: a queda das Federal, nas eleições de 13 de
transcreve documentos, dados e oligarquias; ensaio de crítica maio de 1896) contra Francisco
fatos dispersos. social. Pará, S.C.p., 1913. 315 p. Glicério.

Borges e o movimento O autor é evolucionista e parte Mostra o caráter autoritário de


republicano; Borges e Júlio de da idéia de que o fator chefe do Partido Republicano
Castilho; sua carreira; escolha econômico é o fundamento do Federal; sua participação nas
para governador por Castilho; político. negociatas das terras devolutas
seus cinco governos; quando Ministro da Viação de
administração; programa Estudando a realidade brasileira, Deodoro da Fonseca.
político; fidelidade à política êle vê o mal das oligarquias. Os
positivista; Rio Grande do Sul e pol íticos trouxeram para a Barbosa, Francisco de Assis.
a luta contra Prudente; apoio a República a política João Pinheiro: documentário
Campos Sales; govêrno Carlos personalista do Império: daí a sôbre a sua vida. Belo Horizonte,
Barbosa; Borges e a candidatura falta de sentimento coletivo gera Arquivo Público Mineiro,
A. Bernardes; reação as oligarquias. Contra isso, a 1966. 366 p.
republicana; Revolução de 1923; ação do Exército (eleição de
pacificação e o Tratado das Hermes) foi benéfica. O livro compõe-se de uma
Pedras Altas; manifesto de introdução de Assis Barbosa e
Borges explicando seus Por sua vez, Pinheiro Machado dos escritos políticos,
governos (15-1-1923); manifesto representa a constante econômicos e epistolares de
de apoio do Partido Republicano oligárquica. João Pinheiro.
Rio Grandense (15-10-1923);
Dêste ponto de vista, o autor'
resumo das suas medidas De João Pinheiro define-se bem
minucia longamente o
econôrn icas. o seu conceito de
predomínio e queda de
"economismo"; compreende-se
Antônio Lemos, o velho
Amazonas (estado). Movimentos o seu sentido de educação
oligarca do Pará.
revolucionários de 30 de técnica, devido à influência de
dezembro de 1893. Manaus, O Iivro é tentativa coerente na escritores americanos; sente-se
"Amazonas", 1893. 319 p. época de uma teoria sociológica o seu desencanto pela política.
das oligarquias. É básico para Acompanham o volume os
Relatos oficiais sôbre o o estudo das oligarquias. relatórios de seu govêrno.
movimento militar para
derrubar o governador Eduardo Aragão, Antônio Ferrão Moniz Barreto, João. Estado do Rio:
Gonçalves Ribeiro. A primeira de. A Bahia e os seus aspectos polfticos e econômicos;
tentativa foi em dezembro de governadores na República. o Sr. Nilo Peçanha. Rio, Jornal
1892 e o movimento foi Bahia, Imprensa Oficial, 1923. do Commercio, 1917. 266 p. foto
chefiado pelo Capitão José 695 p. il.
de Alencar Araripe: o Livro que relata fatos do Estado
movimento é descoberto e Livro parcial, porém necessário do Rio e episódios sôbre ações
todos são presos. Com a vinda para o conhecimento da Bahia. de Nilo Peçanha: dualidade de
do General Bento José O autor foi político e governador governos em 1914 e o seu
Fernandes Júnior, civis e do seu estado (1916-1920). segundo govêrno; os governos
militares oposicionistas do Estado do Rio e a sua
reúnem-se e tomam o quartel Material sôbre a política baiana ascensão.
do 36.° Batalhão e e suas correntes, cisões e
bombardeiam o palácio do oposições. Através do livro Govêrno Alberto Tôrres e a
governador. Porém, recuam assinalam-se esporàdicamente cisão política; a razão da
devido à intervenção do os movimentos insurrecionais, escolha de Quintino Bocaiúva
comandante da flotilha naval do de origem popular, que sempre para governador; sua
Amazonas. são vistos pelo autor como administração estéril e a subida
instigados pelas oposições. de Nilo; Nilo reforça o seu
O 'livro traz o relato sôbre o contrôle político; oligarquia
fracasso revolucionário e os São longamente analisados Paulino de Souza no Império;
depoimentos dos inferiores que todos os governos, a Nilo ajuda Campos Sales a

84 Revista de Administração de Emprêsas


estruturar sua Política dos como surge o nome de Viana, Artur Bernardes,
Governadores; medidas conciliação de Sérgio Lorêto; Antônio Azeredo, Paulo de
econômicas; Nilo sucede A. seus cargos anteriores; como Frontin, Lauro Müller, Lacerda
Pena e acaba com o Jardim de foge aos compromissos Franco e outros. Os quatro
Infância; gênese de desacôrdo assumidos no caso de primeiros são estudos mais
com Pinheiro Machado; caso da substituição do senador completos e acabados.
sucessão Oliveira Botelho; Estácio Coimbra; caso da
primeiras demarches; renovação da bancada federal; Vida política de W. Luís; sua
aparecimento dos nomes de rompimento de Borba com ação na Secretaria de Justiça e
Feliciano Sodré e Nilo Peçanha; Lorêto; violências e Segurança, durante o govêrno
a luta pela sucessão; dualidade assassinatos; jornais ameaçados de Jorge Tibiriçá; sua política
de govêrno; luta no Senado e e empastelados; negociatas nas de estabilidade cambial; o fim
Câmara Federal; morte de P. construções de novas obras, do estado de sítio em 1926;
Machado. serviço do pôrto, verbas govêrno estadual de Mello
estaduais, etc. Viana; biografia e carreira
Belo, Júlio et alii. In memoriam: política de Artur Bernardes; sua
Estácio Coimbra. Rio de Brito, Lemos. Na Barricada: luta contra Francisco Sales; vida
Janeiro, Jornal do Commercio, campanha de libertação da e carreira política de Antônio
1942. 166 p. il. Bahia. Bahia, Baiana, 1920. Azeredo; sua ação no Congresso
192 p. fot. Constituinte; lutas em Mato
Coimbra era usineiro e Grosso em 1901; Lauro Müller e
representava as fôrças Discursos e artigos feitos a Escola Militar da Praia
conservadoras e partidárias de durante a campanha Vermelha (1904).
Rosa e Silva em Pernambuco. governamental pró Paulo
Foi deputado federal, vice de Fontes e contra J. J. Seabra o caso do Ceará e sua
Artur Bernardes e duas vêzes (fins de 1919-1920). repercussão no Rio de Janeiro.
governador do estado, tendo Rio de Janeiro, S.C.p.,s.d. 24 p.
caído em 1930. Homenagens de Famoso artigo em que o autor
Antônio Carlos, Afrânio de Melo defende o direito de revolução Brochura sôbre a repercussão
Franco, Tavares de Lyra, Aníbal contra o govêrno constituído; dos acontecimentos do Ceará
Freire, José Lins do Rêgo, Antônio Moniz, continuador da (1914) nos meios militares do Rio
Gilberto Freyre, José Maria Belo oligarquia Seabra; revolta no de Janeiro. Com a ameaça das
e outros. sertão em 1920 e seus chefes; tropas do padre Cícero sôbre
intervenção federal na Bahia; Fortaleza, o Clube Militar do
Sua ligação com a aristocracia Rio reúne-se: Hermes e o
têrmos do acôrdo de março de
do açúcar; ligação com Rosa e General Caetano de Faria
1920.
Silva; volta a Pernambuco em tentam impedir manifestações
1913 e a rearticulação dos pró Franco Rabelo. Afinal, o
elementos de Rosa e Silva; Brito, Vitor de. Gaspar
Martins e Júlio de Castilhos. govêrno decreta o estado de
início de sua vida sítio para o Ceará.
política; seu último govêrno Pôrto Alegre, Americana, 1908.
66 p. fot.
(1926-1930) e a reforma
Chaves, Joaquim Ferreira
educacional Carneiro Leão.
Apologias dos dois estadistas (desembargador). Ao estado e
Borba, Manoel. Sérgio Lorêto e riograndenses. ao Partido Republicano Federal
seu govêrno em Pernambuco. do Rio Grande do Norte. Natal,
Rio de Janeiro, Annaes, 1926. Retrato moral de Castilhos; seu Comercial, 1919. 27 p.
479 p. 23 em. pensamento sôbre a
implantação violenta da O autor foi companheiro de
J:: catilinária contra os República. Pedro Velho, constituinte
desmandos, roubos, violências e estadual, governador e senador
assassinatos praticados por Camêu, Francolino. PoUticos e do Rio Grande do Norte.
Sérgio Lorêto, familiares e estadistas contemporâneos: Afasta-se do partido oficial
apaniguados. ~sse era homem subsidios para a história quando entra em choque com
pobre e saiu riquíssimo do política do Brasil: Washington Tavares de Lyra, que era do
govêrno. Luis, Mello Viana, Artur círculo familiar de Pedro Velho
Bernardes, Antônio Azeredo, e Alberto Maranhão.
Intervencão federal na Bahia Paulo Frontin, Lauro Müller,
em 1920; como a intervenção Lacerda Franco, João Lyra, Como os dois são candidatos ao
de Epitácio em Pernambuco Afonso de Camargo, Mendonça govêrno estadual, dá-se a cisão.
contradiz o que fizera na Bahia; Martins. Rio de Janeiro, Globo, Neste opúsculo, o autor mostra
parcialidade de Epitácio 1928. V. 3. iI. as ligações oligárquicas do
apoiando candidatura Lima grupo dominante: cita
Castro; provas de parcialidade Contribuição para as biografias nominalmente os seus membros
de Epitácio em Pernambuco; de Washington Luís, Mello e os cargos que exerciam no

Oligarquias definição e bibliOgrafia 85


executivo e legislativo; devolutas do estado a uma PossIvelmente o primeiro livro
as reformas da Constituição companhia inglêsa, para sôbre João Pinheiro, com
estadual de 1898 e 1907 e suas sustar a expansão demográfica informações seguras. É oficial:
finalidades. dos riograndenses no Sul do a primeira edição é lançada
estado. durante a candidatura João
Cintra, Assis. Bernardino de Pinheiro à governança do
Campos e seu tempo. São Dias, Artur. O Dr. Rodrigues estado.
Paulo, s.e., 1953. 165 p. Lima e sua administração.
Bahia, Propaganda Um grande vulto da história de
Rico material sôbre a época e as Republicana, 1896. São Paulo: centenário do
lutas vividas por Bernardino Dr. José Alves de Cerqueira
de Campos: utilizando-se de Propaganda do primeiro Cesar. São Paulo, S.C.p.,1935.
fontes secundárias, o autor governador eleito da Bahia e de 40 p.
estuda aspectos e problemas sua administração.
Longo artigo saído no O Estado
que influíram ou foram
Apesar do tom encomiástico, de São Paulo comemorando o
influenciados pelo biografado.
para se criar a idéia de clima aniversário de nascimento de
Luta de Bernardino para forçar
estável do seu govêrno, Cerqueira Cesar, sogro de
o Partido Republicano Paulista
percebe-se vagamente a Júlio de Mesquita, proemiente
a aderir ao abolicismo; papel
existência de oposição feroz à membro do Partido Republicano
do PRP na Proclamação da
sua candidatura e govêrno: a Paulista, um dos responsáveis
República; expansão dos clubes
grande abstenção eleitoral; a pela queda do govêrno Américo
republicanos paulistas durante o
oposição às reformas da Brasiliense e seu sucessor no
Império; luta do PRP contra
magistratura e à dos serviços govêrno do estado.
Deodoro da Fonseca, no Senado
e Câmaras federais; conspiração municipais.
O folheto é apologia do
e luta do PRP contra o govêrno biografado. Ao retratar as
estadual de Américo Brasiliense; Fafe, Egas. Pseudônimo de M.
Paes de Figueiredo Moraes. O qualidades de Cerqueira Cesar,
centralização do PRP; fatos o autor pensou mais em fazer a
sôbre o seu primeiro e governador de Pernambuco e a
morte de José Maria. Recife, A apologia das "qualidades" do
segundo govêrno estadual. paulista do que em retratar
Província, 1895. 197 p.
objetivamente o seu
Corrêa Filho, Virgflio. personagem. Principalmente
O autor é membro do Partido
Joaquim Murtinho. Rio de Autonomista (do Barão de porque em 1935, logo depois da
Janeiro, Nacional, 1951. 195 p. i1. Lucena), que se aliou a Revolução de 1932, a oligarquia
Barbosa Lima para derrubar pensava em glorificar o seu
Biografia do médico, polítlco e definitivamente os republicanos passado, para apresentar-se
Ministro da Fazenda do históricos do poder. O que melhor no presente.
govêrno Campos Sales. Por ter queriam é levar Barbosa Lima a
vivido desde jovem na capital lutar contra Floriano e a ajudar Dados sôbre a vitória do
federal e participado da a revolta da esquadra (1893) e PRP em Rio Claro, em 1876;
Proclamação da República, os revoltosos do Rio Grande golpe contra o Congresso
Murtinho torna-se o elemento do Sul. Legislativo, em 1892, favorável
primordial da política a Américo Brasiliense.
matogrossense no plano federal. O livro traz material sôbre o
É dêle que partem as escolhas Guedes Júnior D. Doutrina do
govêrno efêmero do Barão de
de candidatos a governador ou engrossamenta (o exemplar não
Contendas (1891); junta
os golpes para derrubá-los contém a fôlha do rosto). 116 p.
governativa que o derrubou;
(Ponce em 1899; Totó Paes em govêrno Barbosa Lima. Sôbre
1906). Sátira contra os grupos
êste, detalhes de sua aliança predominantes na polítlca
com o Partido Republicano; seu brasileira. Diz que a oposição,
Suas atividades no plano rompimento; ligação com os
federal: dados sôbre o debate que no passado fizera
autonomistas. movimentos armados, hoje
econômico do início da
República e sua ação como prefere aderir silenciosamente à
É parcial, porém um dos poucos
Ministro da Fazenda; sua situação. É que a doutrina do
documentos sôbre esta época engrossamento caracteriza-se
concepção do problema confusa e mal estudada. O
econômico. pela adulação, servilismo, etc.
retrato que faz de Barbosa Lima
é de um histérico e medroso, Congresso federal é escola de
No final, o autor transcreve caricatura inteiramente falsa. resignação; definição de
cartas em que êle defende a engrossamento.
Mate Laranjeira (que era Franco, Augusto. Dr. João
propriedade de sua famflia), Pinheiro: ensaio biográfico e A lenda dos assassinatos
justificando o seu plano de polftico. 2. ed., Belo Horizonte, polfticos em São Paulo. São
entrega de parte das terras Oficial, 1906. 127 p. Paulo, Rothschild, 1911. 205 p.
86 Revista de Administração de Emprêsas
Defesa do govêrno do estado de Mantua, Simão de. pseudônimo Martins Júnior, José Isidoro.
São Paulo (na verdade, o de Antônio Gomes Carmo. Cartas Um capitulo de história polftica.
Partido Republicano Paulista) de um chinês do Brasil para a Recife, s.c.p., 1898. 76 p.
contra as acusações de que China publicadas na gazeta
fôra parcial e violento nas chinesa Tomh-Ha-Pao. São Resposta de Martins Júnior ao
eleições presidenciais de 1910: Paulo, Monteiro Lobato, 1923. Estado de Pernambuco, que o
Rui Barbosa contra Hermes da acusa de se ter afastado de
Apanhado caricato do Brasil e José Mariano, de ter errado
Fonseca. Trata de documentação
seus defeitos. O mineiro tàticamente na direção do
policial e jurídica dos casos
Carmo é crítico feroz da Partido Republicano de
havidos em Mogi-Mirim,
oligarquia e dos vícios da Pernambuco.
Igarapava, São Carlos,
primeira República.
Sorocaba, etc.: briga entre
elementos situacionistas (pró A resposta fornece dados sôbre
Neste livro mostra os erros
Rui) e partidários de Rodolfo a atribulada política
sociais e políticos existentes e
Miranda (pró Hermes). republicana em Pernambuco: o
faz sátira dos pseudovalôres
republicanismo histórico;
da classe dominante.
Lyra, A. Tavares de. Carta Aníbal Falcão; gênese da
aberta aos meus velhos Mantua, Simão de. pseudônimo candidatura Barbosa Lima; luta
correligionários e amigos do de Antônio Gomes do Carmo. da Câmara contra Barbosa Lima.
Rio Grande do Norte. Rio de Figurões vistos por dentro. São
Paulo, Monteiro Lobato, 1921. Mattoso, Ernesto. O Dr.
Janeiro, s.e., 1919. 13 p.
2 v., 18 cm. Augusto Montenegro: sua vida e
seu govêrno. Paris, Tony
Polêmica entre membros Estudos humorísticos e críticos Dossieux, s.d. 255 p. il.
da oligarquia Pedro sôbre personaIidades da
Velho-Adalberto Primeira República: Pinheiro Biografia laudatória de um dos
Maranhão-Tavares de Lyra e o Machado, Borges de Medeiros, oligarcas do Pará. Deputado
governador Ferreira Chaves: Bias Fortes, Nilo Peçanha, etc. federal de 1890 a 1900,
êste sucedendo ao govêrno A. Montenegro elege-se
Maranhão (1915), acaba Dados esparsos e, às vêzes, governador, quando o senador
separando-se dos elementos do injustos sôbre pequenos Justo Chermont diverge de
grupo. acidentes da vida pessoal e Antônio Lemos. t::ste é realmente
política dêsses personagens. o chefe do Partido Republicano
Tavares Lyra afasta-se da do Pará e quem dirige tôda
política; tentativa de enquadrar Martins Júnior. Resposta do Dr.
Martins Júnior à mensagem do política paraense, sendo o
o governador Ferreira Chaves maior oligarca do Pará.
dentro dos quadros oligárquicos Sr. Barbosa Lima. Pernambuco,
do partido republicano; s.e., 1892. 58 p. Ascensão política de
contramedidas do governador Barbosa Lima publicara Montenegro; a sua escolha para
contra o grupo oligárquico. manifesto explicando o governador; sua reeleição; atos
rompimento com os do seu govêrno; empréstimo
Lyra, João. Polftica do Rio republicanos históricos e de 1901; administração; visitas
Grande do Norte. Rio de Janeiro, defendendo sua posição no de personalidades estrangeiras
Jornal do Commercio, 1919. episódio. Esta é a resposta do e nacionais ao estado.
17 p. chefe daqueles políticos a
Barbosa Lima. Mello, Oliveira. Revolta de São
Artigos publicados no Jornal do Paulo: acontecimentos do dia 14
Commercio, em 12 de maio de As razões da cisão limitam-se à e 15 de dezembro de 1891. São
1919, em que o autor defende-se luta de influências. O nôvo Paulo, Messagero, 1892. 16 p.
das acusações feitas pelo governador, eleito pelos
desembargador Joaquim históricos, procura libertar-se de Resumo dos fatos passados na
Ferreira Chaves. exigências feitas pelo partido: capital de São Paulo e que
empregos, comando da levaram a derrubada do
t::ste,ao acusar a velha Guarda Nacional e da Fôrça govêrno Américo Brasiliense. O
oligarquia, de Pedro Policial, etc. Por sua vez, os autor não relata a revolução no
Velho-Alberto Maranhão, e a deputados partidários boicotam interior do estado.
nova, de Tavares Lyra, diz que leis do Executivo. A divergência
êste último vai buscar, para aumenta quando da escolha de Jornais de oposição ao govêrno
substituí-lo no Senado, um candidatos a deputado: Lima Américo Brasiliense; reunião e
irmão que saíra do estado aos quer impor um nome para o manifesto dos acadêmicos de
12 anos e que era um primeiro lugar na lista. Não direito; o meeting contra o
João-Ninguém. t::ste é João Lyra. conseguindo, adia por quatro governador e o ataque ao
Sua resposta, porém, nada vêzes as eleições. Afinal dá-se Jornal A Federação; o
significa. Simplesmente o rompimento em 16 de junho contra-ataque da polícia aos
confirma a denúncia. de 1892. jornais da oposição (O Estado

Oligarquias definição e bibliografia 87


de São Paulo e Correio O livro compõe-se de duas presidência da República;
Paulistano); Américo Brasiliense partes: histórico dos governos lançamento de Lauro Sodré pelo
abandona o poder no dia 15; mineiros, da República à posse Partido Republicano Federal
problema da posse de seu de Wenceslau Braz; e cartas a (1897); eleições federais de
substituto; subida de Cerqueira Bias Fortes, W. Braz e outros 1900e a política dos
Cesar e o empastelamento de sôbre a campanha civilista. governadores; apoio de
A Federação; quem participa da Rodrigues Alves à política dos
revolução; criação da junta A primeira parte é excelente: governadores; oligarquia e
revolucionária. mostra as correntes oligárquicas republicanos históricos; como
de Minas, seu funcionamento e Campos Sales foi escolhido
Moreira, Artur Q. Collares. divergências. governador de São Paulo;
Gomes de Castro, Benedito Leite revolta da Escola Militar
e Urbano Santos. Rio de Janeiro, Todos os governos, a começar (1897); transformação do
Jornal do Commercio, 1939. por Cesário Alvim, montaram Partido Republicano Federal em
245 p. máquina para esmagar qualquer Concentração (1899); sucessão
veleidade da oposição; a lei estadual de Rodrigues Alves;
Trata da política do Maranhão, eleitoral é promulgada para Congresso Constituinte de São
dos fins do Império até 1918. ajudar esta situação. E o Paulo em 1901e a minoria.
~ de minúcias exaustivas sôbre boicote dos mineiros contra a
fatos, políticos e suas tricas e candidatura David Campista Peçanha, Celso. Nilo Peçanha e
futricas. Numa referência (escolhido por Afonso Pena para a revolução brasileira. Rio de
bibliográfica paupérrima é sucedê-lo) explica-se Janeiro, Civilização Brasileira.
necessário destrincar êste simplesmente pelo fato de que 1969. 172 p. il.
amontoado de dados difusos, as oligarquias mineiras não
mas, muitas vêzes supérfluos. querem a ascensão de grupos O autor defede a tese de que
novos no estado. Nilo é expressão de um
Motta Filho, Cândido. Uma movimento da classe média,
grande vida. São Paulo, Pacetilha (pseudônimo). Carta que surge nos fins do Império e
Política, 1931. 287 p. aberta: um trecho da história pretende contrabalançar o
política do Maranhão: 1890-1906. predomínio oligárquico das
Biografia de Bernardino de São Luís, S.C.p.,s.d. 79 p. classes no poder.
Campos, escrita por um
Panfleto escrito para ser Classe média e República;
admirador. O autor fêz sua
distribuído durante a viagem usina de açúcar na Província do
carreira política à sombra de
de Afonso Pena ao Norte do Rio de Janeiro (1877);
Prudente de Morais e do
País. ~ catillnárla contra o movimentos abolicionistas na
biografado.
predomínio oligárquico de Província do Rio; líderes
Benedito Leite no Maranhão. republicanos da Província;
Apesar de o livro ressentir-se da
falta de conteúdo histórico, fundação do Partido
Mostra que, mesmo não sendo Republicano; conferências de
necessário para compreender as governador, Leite era o chefe
posições e atitudes do Silva Jardim na província;
incontestável do estado: era o primeiro govêrno de Nilo do
personagem, êle contribui com Legislativo e o Executivo, o
farto material inédito, retirado Estado do Rio (1903-1906);
homem das negociatas e dos medidas protecionistas
das lembranças do autor e do empregos.
arquivo particular de Bernardino estaduais (1904); assassinato de
de Campos. As cartas de Glicério, estudantes no Distrito Federal
Partido Republicano de São (1910); imperialismo inglês e
Campos Sales, Prudente de Paulo. A cisão: 1901. São Paulo,
Morais e outros são concessões de estrada de ferro;
Industrial de São Paulo, 1901. segunda candidatura de Nilo ao
esclarecedoras de incidentes da 365 p.
história política de São Paulo e govêrno do estado (1914); Nilo
da União. nega-se a ser novamente
Material excelente para o candidato ao govêrno do estado
estudo da dissidência paulista (1918); oligarquias e
Além disso, fornece dados de 1901. Deve ser completado permanência no poder; gênese
sôbre a participação de São com os manifestos, que estão da reação republicana; reação
Paulo nas lutas armadas de enfeixados em outro volume, ou republicana, expressão da
1893-99;sôbre o Funding Loan consultados no O Estado de classe média; a campanha da
e suas origens; sucessão São Paulo. reação; Nilo e a defesa dos
Afonso Pena e transcrição longa
implicados na revolução de
dos discursos de B. de Campos. Verdade eleitoral e burguesia 1922.
oposicionista; as diversas
Oliveira, Estevam de. Notas e causas (remotas e próximas) da Pedrosa, Pedro da Cunha.
epfstolas: pãginas esparsas da cisão; política dos governadores, Minhas próprias memórias:
campanha civilista. Juiz de gênese da cisão; lançamento da vida pública. Rio de Janeiro,
Fora, Brasil, 1911. 191 p. candidatura Campos Sales à Agir, 1963.311 p.
88 Revf8ta de Admintstração de Emprêsa8
o autor, nascido no interior da Pessoa, Epitácio. Na política da Pimenta, Joaquim. Retalhos do
Paraíba, conta sua infância Paraíba: 2.a fase, 1912-1935.In: passado: episódios que vivi e
difícil e a carreira de estudos e Obras completas de Epitácio fatos que testemunhei. Rio de
a profissional. Apesar de estar Pessoa. Rio de Janeiro, INL, Janeiro, A. Coelho Branco
ligado às primeiras agitações 1962. V. XV, il. Filho, 1949.448 p.
republicanas (Alvaro Machado e
aos constituintes do estado), o Livro básico para o
autor só vai participar da Trata do período áureo de conhecimento político e social
política dominante a partir de Epitácio. Com a morte de do Recife de 1909 a meados do
1902. Desta data até 1930, êle é Alvaro Machado (1911),seu ano de 1920. O autor, advogado,
o esteio da legalidade. sucessor Monsenhor Walfredo participou dos movimentos
Leal, faz acôrdo com êle. O operários e políticos que vão
O livro mostra a cisão do rompimento dá-se em 1915 e, do govêrno Dantas Barreto
govêrno Monsenhor Walfredo daí por diante, o cetro do poder (1911-1915)ao de Sérgio
Leal; domínio oligárquico do estadual pertence-lhe até Loreto (1922-1926).Ricas
senador Alvaro Machado; 1930. informações sôbre greves,
repercussões das "salvações do líderes operários, políticos
Norte" na Paraíba; o domínio Cartas sôbre os problemas pernambucanos.
Epitácio Pessoa. administrativos e econômicos
do estado; candidatura do Pinhão, Tavares. Bernardino de
Pereira, Batista. Pela redenção Coronel Rêgo Barros (1911) e a Campos. Ribeirão Prêto, s/e.,
do Rio Grande. São Paulo, "salvação militar" na Paraíba; 1941. 134 p.
Acadêmica, 1923. 256 p. acôrdo entre W. Leal e Epitácio:
Conferências pronunciadas no bases, divergências e Livro episódico. Notas sôbre a
Rio de Janeiro, Ouro Prêto, rompimento; manifesto do posse de Prudente de Morais,
Belo Horizonte, Santos e São rompimento; conceitos em 1894 (ajudado por
Paulo. A primeira edição saiu contraditórios de Epitácio sôbre Bernardino, que prepara tropas
sob o nome Rui Barbosa e o Rio democracia e direção da Fôrça Pública de São Paulo
Grande. Tôdas fazem parte da partidária; governos Castro para garantir sua posse);
luta do autor pela Pinto e Carnllo de Holanda; reprodução de curioso retrato
reconstitucionalização do Rio divergências com C. de físico e psicológico, feito por
Grande, na época da Holanda. Horácio de Carvalho; fatos a
revolução de 1923. respeito da Proclamação da
República em São Paulo
No fim do volume lista de Pessoa, Frota. O oligarca do e a ajuda que Bernardino dava
decretos, atos e leis de Borges Ceará: a crônica de um déspota.
aos negros fugidos.
de Medeiros, de 1896 a 1920, Rio de Janeiro, Jornal do
anulando leis orgânicas dos Commercio, 1910.250 p. Ponce Filho, Generoso.
municípios; orçamentos Generoso Ponce: um chefe. Rio
municipais e atos de Reunião de representações, de janeiro, Pongetti, 1952.
intendentes. dados, fatos, entrevistas, etc., 564 p. il.
contra Antônio Pinto Nogueira
Pernambuco, Miguel et alii. O Acioli, o oligarca mais Alentado volume sôbre um dos
Partido Republicano Federal de representativo do Nordeste chefes pol íticos mais
Pernambuco aos seus brasileiro. Tendo subido ao importantes de Mato Grosso, dos
correligionários e à Nação. govêrno do Ceará em 1896, êle fins do Império até a primeira
Rio de Janeiro, s.c.p., 1895.53 p. a domina até 1912, voltando década do século XX.
Assinado também por Medeiros enfraquecido ao poder em 1914,
depois da queda de Franco Generoso Ponce continua na
e Albuquerque, Cornélio da República o predomínio liberal.
Fonseca e Pereira de Lira. Rabelo.
Os Ponce são aliados e rivais -
!:: ataque a José Mariano e O livro reúne dados e provas conforme as circunstâncias
José Maria. Dizem que a sôbre subsídios que Acioli históricas - dos Corrêia de
República acabou com o poder recebe do Senado Federal, em Melo e dos Murtinhos. ~stes
político pessoal e que ninguém 1896,porque já assumira o cargo três "clãs" é que dominam o
pode-se eleger, a não ser de presidente do estado; estado de Mato Grosso até hoje.
democràticamente. Mostram, em negociata da compra de cinco Proclamação da República em
seguida, a polltlca temorista pontes metálicas na França; Mato Grosso; governos
dêstes elementos que querem mudança da Constituição provisórios; revoluções de 1891,
dominar, ou dominam realmente, estadual em 1905, para 1899,1906; lutas e cisões
a política no Recife. !:: fato permitir sua reeleição em políticas.
ligado ao govêrno Barbosa Lima, 1908; artigos e entrevistas em
apesar do manifesto ser confuso que ataca Acioli. Foi escrito e Rache, Pedro. Homens de Minas.
na limitação do tema e o publicado de 1908 a dezembro Rio de Janeiro, José Olympio,
objetivo. de 1910. 1947. 226 p.

Oltgarquias definição e bibZiOgrafia. 89


Livro sôbre João Pinheiro; traz Conferência pronunciada no intervenção federal; morte de
episódios sôbre Delfim Moreira, IHG de Minas Gerais, em Totó Paes.
Wenceslau Braz e Artur fevereiro de 1963.
Bernardes. Romero, Sylvio. O Brasil social:
O material consultado foram os vistas syntheticas obtidas pelos
Observações a respeito da livros de Daniel de Carvalho; processos de Le Play. Rio de
forma política da Primeira por isso, não há nada além do Janeiro, Jornal do Commercio,
República; sentimento que se encontra do referido 1907.43 p. 19 cm.
popular contra o "govêrno" em autor.
geral. A primeira parte é trecho do
Revista do Instituto Histórico discurso a Euclides da Cunha,
de Mato Grosso. A república em quando êste é recebido na
Rache, Pedro. Outros homens de Mato Grosso. Cuiabá, (19 e 23): Academia Brasileira de Letras; a
Minas. Rio de Janeiro, José 1-81 e 1-93. segunda, carta a Edmond
Olympio, 1948,246 p.
Demolins. Formam unidade
Excelente história de Mato porque tratam da situação
Episódios sôbre Bias Fortes, Grosso, de 1889 a 1906. social do Brasil no comêço do
Wenceslau Braz, Júlio Bueno século: formação social,
Brandão, Antônio Carlos, Propaganda republicana; a
predomínio oligárquico; elite
Benedito Valadares, Olegário tardia Proclamação da
República; papel de Generoso com falsas idéias; predomínio
Maciel e Pedro Aleixo. do capitalismo estrangeiro.
Ponce nestes acontecimentos;
Episódio revelador sôbre o primeiro govêrno; fôrças locais Razões do domínio imperialista;
controvertido golpe de 18 de e suas ligações com o plano formação histórica da
agôsto de 1931, contra federal; constituinte; os aristocracia de origem
Olegário Maciel; razões e governos provisórios portuguêsa; classes sociais
atitudes de Minas subseqüentes e a subida de segundo Luiz Conty (1884);
em 1930; Valadares e a Manuel Murtinho; Revolução de
a República, incentivadora de
representação profissional, 1892 e deposição de M. oligarquia; capitalismo
sua eleição; A. Carlos e a Murtinho; luta armada de Ponce estrangeiro e garantias de
presidência da Câmara de contra o nôvo governador;
aplicações; burguesia e
Deputados; P. Aleixo na partidos estaduais; vitória de
reformas pela cúpula; operários
presidência da Câmara. Ponce e volta dos Murtinhos;
estrangeiros e greves; pequena
primeiro governador
burguesia e horror às greves.
constitucional (Antônio Corrêa
Revista brasileira de estudos da Costa, 1895);incidente entre
polfticos. Grupos polfticos em Rosa, Othelo. Júlio de Castilhos.
Minas Gerais. Belo Horizonte,
Ponce e o governador A. C.
Costa; demissão dêste (1898);
Pôrto Alegre, Globo, 1928. 327 +
p. 225-34, jan. 1967. 518 p. fot.
apogeu do poderio de Generoso
Ponce; formação da Biografia por um seu discípulo;
Os primeiros partidos polfticos dissidência (Murtinhos contra é fundamental. A primeira parte
republicanos em Minas e a Ponce); eleições de 1899 e a
posterior reformulação do trata de sua vida e época; a
revolta dos dissidentes; apoio segunda contém escritos sôbre
Partido Republicano Mineiro federal aos Murtinhos; queda de
(1897); dados folclóricos sôbre a propaganda republicana,
G. Ponce; acôrdo feito entre abolição, questão militar;
denominações e apelidos dos dissidentes e Ponce; queda
grupos partidários municipais; mensagens governamentais,
política de Ponce e extinção manifestos, escritos contra o
falta de organização partidária do Partido Republicano;
brasileira. governicho.
govêrno de Pedro Alves de
Barros e a ascensão de Totó A ação do Partido Republicano
Revista brasileira de estudos Paes; extermínio de 1901; Riograndense contra a
polfticos. Meio século de Totó Paes elege-se Monarquia; Castilhos apóia a
política baiana. Belo Horizonte, governador; seu domínio eleição de Deodoro para
(20): 105-24, jan. 1966. despótico; os Murtinhos presidente; fundação do
afastam-se de Totó Paes e Partido e de A Federação;
Considerações sôbre o poder do formam nova dissidência; Castilhos e a questão militar e a
governador e seu poder de coronelismo em M. Grosso; Totó Abolição; programa do PRR;
indicar seu sucessor; Paes e o apoio federal; comêço govêrno Visconde de Pelotas;
considerações sôbre o da revolta contra Tot6; apoio sua demisão e o Manifesto de
coronelismo. maciço do povo à oposição; Castilhos; governos Júlio Frota
razões da Revolução de 1906; e Cândido Costa; primeira
Revista brasileira de estudos preparativos; o acôrdo da dissidência e eleições para a
polfticos. Vida e polftica de oposição com Totó Paes Constituinte federal; golpe de
Francisco Sales. Belo Horizonte, (9-5-1906);Totó Paes não estado de Deodoro e a posição
(18): 113-32, jan. 1965. cumpre o acôrdo; revolução; dúbia de Castilhos; sua queda

90 Revista de Aãministraçtio de Emprésas


e seu manifesto; o governicho; apreciação crítica por primeiro volume, o único
sua administração e atos Bernardino de Campos. aparecido, reproduz parte desta
polfticos; planos revolucionários Silva, Coronel José Faustino da. publicação.
de derrubada do governicho; Ordem do dia n.o 23: histórico
Revolução de 17 de junho de da renúncia e embarque do Dr. O livro é material contundente
1892 e a queda do governicho; Antônio Pinto Nogueira Acioli. sôbre a influência capitalista
subida de Castilhos e sua Ceará, IV região militar, 1812. alemã em São Paulo;
renúncia; Revolução de 23 p. participação de polfticos
1893-1895; Constituição paulistas (família Rodrigues
estadual e ação de Castilhos; as Ordem do dia do Alves, Cardoso Melo Neto,
modificações introduzidas pela coronel-inspetor interino. membros de Bernardino de
Assembléia; administração Relata os fatos dos dias 21 a 24 Campos) em emprêsas alemãs
Castilhos; textos de Castilhos. de janeiro de 1912, que (a partir da Lei Delbruck, de
resultaram na renúncia de 1912); formação dos trustes do
Santiago, Suidulfo. Nilo Nogueira Acioli, o oligarca do papelão e cerâmica em São
Peçanha, uma época polftica. Ceará. Paulo; exemplos de fatos
Niterói, Sete, s.d. 100 p. econômicos ligados à polftica de
Conta as tentativas de São Paulo (1912 a 1919).
~ livro resumido, trazendo pacificação; atentado da fôrça
aspectos de sua atividade como policial contra a manifestação De outro lado o livro reproduz
polftico, homem de familia, infantil; assalto popular contra a fatos e dados sôbre o
administrador. Medidas fôrça policial; tomada de bolchevismo, com grande
administrativas de seu primeiro Fortaleza; cêrco do palácio precisão e honestidade;
govêrno no Estado do governamental; renúncia do documentação sôbre
Rio; medidas adotadas para o oligarca. movimentos operários de São
equilfbrio orçamentário do Paulo.
estado; reação republicana e Sente-se no relatório a
excursão ao Norte do País; determinação das fôrças Tamm, Paulo. João Pinheiro.
carta a Antônio Azevedo onde federais de não ajudar Acioll, Belo Horizonte, Brasil, 1947.
defende os revolucionários de 205 p.
1922; opinião de Barbosa Lima Soares, Martim. pseudônimo de
Sobrinho sôbre Nilo e sua Biografia analítica de João
Antônio Sales. O Babaquara:
participação na Revolução de subsídios para a história da Pinheiro. O autor é conciso e
1922. oligarquia do Ceará. Rio de traça com felicidade certos
Janeiro, S.C.p.,1912. 164 p. aspectos do seu meio e ação.
Santos, José Maria dos.
Bernardino de Campos e o Problemas do bacharelismo;
Babaquara é o apelido dado a fundação do Partido
Partido Republicano Paulista: Nogueira Acioli, oligarca do
subsldios para a história da Republicano Mineiro; fim do
Ceará, que governou êste estado Império e sua falta de
República. Rio de Janeiro, José de 1896 a 1912. Quer dizer,
Olympio, 1960. 285 p. alicerces partidários e
toleirão, pateta; em ideológicos; os dois governos de
compensação, os seus João Pinheiro; sentido de seu
Livro póstumo e inacabado. partidários chamavam-no de
Infelizmente seu título não economismo.
o Velho.
condiz com seu conteúdo.
Tourinho, João Gonçalves.
Escrito antes da candidatura História da sedição na Bahia:
A idéia central é que a
Franco Rabel (1912), é um grito em 24 de novembro de 1891.
República foi em grande parte
de alarme contra os abusos e a Bahia. Tip. J. G. Tourinho, 1893.
possível devido a ação de
intolerância dessa oligarquia, 541 p.
Quintino Bocaiúva. ~ste,
que dominou de maneira
dirigindo O Pais, cria
absoluta o estado do Ceará. O Coletânea de artigos, manifestos,
conscientemente um mal-estar
que o autor faz é completar o cartas, discurso sôbre a
entre os militares e os
trabalho de Frota Pessoa (O deposição do governador José
governantes imperiais (menos
Oligarca do Ceará). Descrição Gonçalves da Silva. Nomeado por
com o Imperador); na tradição
detalhada do domínio aciolista Deodoro em 1-10-1890, o
latino-americana; proclamada a
sôbre a magistratura, empregos governador permanece até 2-7
República, os positivistas
e govêrno local. no pôsto. Depois é eleito
imprimem um caráter autoritário
ao govêrno Deodoro. Subiroff, Ivan. A oligarquia governador pelo Congresso
paulista. São Paulo, Nereu baiano.
Rico material (pesquisado em Rangel Pestana, 1919. v. I, 333 p.
livros e jornais) sôbre a questão Tendo apoiado o golpe de
militar, lutas entre tendências Reprodução dos artigos Deodoro (3 de novembro de
civis e militares no inicio da publicados no O Estado de São 1891), cai quando Floriano sobe
República e posição e a Paulo, durante o ano de 1919. O ao poder e depõe todos os

OLigarquias definição e bibliografia 91


governadores que apoiaram comércio fecha suas portas por Wolsey. pseudônimo de César
aquêle golpe. Na Bahia é o quatro dias; resultado da lama. A Bahia sob o regime
deputado federal César lama eleição; recortes de jornais. republicano. Bahia, Gutenberg,
quem convoca comício para 1900. 121 p.
intimidar o governador. Há Viveiros, Jerônimo de. Benedito
conflito, feridos, etc. e sua Leite: um verdadeiro César lama foi político que se
deposição. republicano. 2. ed., DASP, destaca na Bahia no início da
Rio de Janeiro, 1960. 340 p. República; torna-se elemento
O treze de novembro de 1899 na oposicionista e é responsável
capital da Bahia: subsíulos Obra dedicada ao centenário de pelo movimento de 24 de
para a história. Bahia, Diário da nascimento do político e novembro de 1891 no Salvador.
Bahia, 1900. 439 p. governador do Maranhão.
Positivista formado pela Seu livro é o histórico dos
Coletânea de manifestos, Faculdade de Direito de Recife, primeiros governos baianos.
artigos e fatos sôbre o massacre e depois promotor no seu Crítica impiedosa ao domínio
popular dos dias 13 a 14 de estado, Leite começa sua vida oligárquico e antipatizado de
dezembro de 1899. No dia 12 política no início da República. Luís Viana. A sua influência, que
há eleição municipal no Elemento de confiança do se faz sentir sôbre o govêrno
Salvador: a oposição vence, efêmero governador Porciúncula Rodrigues Lima (1892-1896), e
pois apesar da pressão havida a (1890), tem a sua oportunidade aos roubos, que perpetra antes
população urbana odiava Luís com a deposição do governador e durante o seu govêrno.
Viana (êle é apedrejado quando Lourenço de Sá (1892),
sa i do govêrno). O governador ordenada por Floriano Peixoto. Dados sôbre os dois governos
revida e manda suas fôrças Desde então, dirigindo o nôvo provisórios; govêrno Rodrigues
atirarem nos comerciantes, Partido Federalista, êle ascende Lima; Canudos.
havendo mortos e feridos. a deputado e senador federal e,
mais tarde, em 1906, a Infelizmente o livro, para não
Caráter violento de Luís Viana; governador de seu estado. ferir suscetibilidades, deixa de
descrição dos massacres de 13 e citar nomes e fatos,
14; Manifestos do candidato O livro é a sua apologia e o subentendendo que o leitor
escorraçado dos comerciantes e resumo de sua vida pública e tivesse conhecimento completo
comerciários relatando os fatos; privada. dos acontecimentos.

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92 Revi8ta de Admini8tração de Emprêscu

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