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DIRETORIA DE ENSINO SUPERIOR

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA E ALIMENTOS

Fundamentos de Bioquímica
Prof. Dr. Rogério Teles

Carboidratos
INTRODUÇÃO
• Outras denominações:
- Hidratos de carbono
- Glicídios, glícides ou glucídios
- Açúcares.
• Mais da metade do carbono orgânico
do planeta está armazenado em 2
moléculas de carboidratos: amido e
celulose;
INTRODUÇÃO
• Contem apenas 3 elementos na sua
fórmula: C, H, O;

• Os animais não são capazes de


sintetizar carboidratos. É necessária a
obtenção através da alimentação.
Ocorrência
• Pão;
• Batatas;
• Ervilhas;
• Carne (em menor quantidade);
• Ovos;
• Gorduras animais (que se alimentam de carboidratos);
• Algodão (fibra de tecido);
• Linho (fibra de tecido);
• Madeira (celulose);
• Papel (celulose).
Classificação dos carboidratos

Glicose, frutose,
Monossacarídios Galactose

CARBOIDRATOS Sacarose, lactose


Dissacaridíos
e maltose

Polissacarídos Amido,
GLICOGÊNIO
Monossacarídeos ou Oses
– Açúcares Fundamentais (não necessitam de
qualquer alteração para serem absorvidos)
– Fórmula Geral: CnH2nOn n≥ 3
– Propriedades:
• solúveis em água e insolúveis em solventes
orgânicos
• brancos e cristalinos
• maioria com saber doce
• estão ligados à produção energética.
Monossacarídeos
• O nome genérico do monossacarídeo é
dado baseado no número de carbonos
mais a terminação “ose”.
– 03 carbonos – trioses
– 04 carbonos – tetroses
– 05 carbonos – pentoses
– 06 carbonos – hexoses
Podem ser classificados ainda como
aldoses ou cetoses.
CARBOIDRATOS
MONOSSACARÍDEOS: Séries das aldoses
MONOSSACARÍDEOS: Séries das cetoses
Formação de hemiacetais e hemicetais
Formas cíclicas da D-glicose
Aldeído do C-1 com OH do C-5 forma a ligação Hemiacetal e
produz dois Estereoisômeros: anômero  e 

C anomérico

1/3 2/3
Piranoses e furanoses
(fórmulas em perspectiva de Haworth)

Duas Formas Anoméricas


Anômero  = grupo OH do carbono anomérico está do lado
oposto a partir do CH2OH no centro quiral que designa a
configuração D ou L. O outro anômero é o 
As formas piranosídicas assumem duas
conformações
Ligação glicosídica
O símbolo (1 → 4) indica que a ligação glicosídica
liga o C1 da glicose ao C4 da outra glicose
Hidrólise da Sacarose
Monossacarídeos são agentes redutores

O íon Cu+1 produzido em


condições alcalinas forma
um precipitado vermelho
de óxido cuproso:
Reação de Fehling
DISSACARÍDEOS
Lactose:
açúcar redutor
presente no leite
D-galactosidase ou lactase intestinal:
comum a ausência em africanos e orientais:
Intolerância à lactose

Sacarose:
açúcar não redutor
Formado somente por
plantas

Trealose:
açúcar não redutor
Fonte de armazenamento
de energia presente na
hemolinfa de insetos
POLISSACARÍDEOS ou GLICANOS

Homopolissacarídeos: forma de armazenamento de energia


(amido e glicogênio) e componente estrutural de parede
celular de vegetais e exoesqueleto (celulose e quitina)
Heteropolissacarídeos: suporte extracelular em muitas
formas de vida e componente estrutural de parede celular de
bactérias
POLISSACARÍDEO FUNÇÃO E FONTE
Glicogênio Açúcar de reserva energética de
animais e fungos
Amido Açúcar de reserva energética de
vegetais e algas
Celulose Função estrutural. Compõe a parede
celular das células vegetais e algas
Quitina Função estrutural. Compõe a parede
celular de fungos e o exoesqueleto de
artrópodes
Ácido hialurônico Função estrutural. Cimento celular em
células animais
Amido
• Reserva energética dos organismos
vegetais, constituído de amilose e
amilopectina.
– A amilose é constituída de  - glicose
mantida pela ligação  - 1,4 glicosídica,
apresentando peso molecular entre 4.000 e
150.000.
– A amilopectina é formada de  - glicose
mantida por ligações  - 1,4 e  - 1,6 com
peso molecular de até 500.000.
AMIDO: amilose e amilopectina

Amilose: linear, ligações glicosídicas (14)

Amilopectina: ramificado; ligações glicosídicas (14) e (16) a


cada 24 a 30 resíduos
Conformação mais estável da amilose é em curva
GLICOGÊNIO:polímero de -D-glicose ramificado
Fígado e músculos esqueléticos
Glicogênio: Reserva energética dos organismos animais,
estruturalmente semelhantes à amilopectina, porém
mais ramificado, isto é, com maior proporção de
ligações  - 1,6, o que torna a molécula mais
compacta. Apresenta peso molecular de até 2.000,000.
Fígado: 7% do peso úmido 0,01 M (glicose livre = 0,4M)

-amilases (saliva e
secreção intestinal:
degradam ligações
 14
POLISSACARÍDEOS ESTRUTURAIS
Homopolissacarídeos: celulose e quitina
Estrutura da celulose: polímero de -D-glicose
10.000 a 15.000 D-glicose
cadeias lineares alinhadas
lado a lado e estabilizadas
por ligacões de H
intra- e intercadeias
(flip 180 de cada unidade)

Fungos e bactérias possuem celulase: hidrolisam lig. 14


POLISSACARÍDEOS ESTRUTURAIS
Homopolissacarídeos: quitina
Estrutura: polímero de N-acetil-D-glicosamina
Ligações (14)

Principal componente do exoesqueleto de artrópodes


Insetos, caranguejos, lagostas

Segundo + abundante polissacarídeo depois da celulose


Glicemia
• É a taxa de glicose no sangue.
• Varia em função da nossa alimentação e nossa
atividade.
• Uma pessoa em situação de equilíbrio
glicêmico ou homeostase possui uma glicemia
que varia, em geral, de 80 a 110 mg/dL.
• Segundo recente sugestão da Associação
Americana de Diabetes, a glicemia normal seria
de 70 a 99 mg/dL.
Hiperglicemia
• Estimula a secreção da insulina pelo
pâncreas.
• Esse hormônio estimula as células do nosso
organismo a absorver a glicose presente no
sangue.
• Se essas células não necessitam
imediatamente do açúcar disponível, as
células do fígado se responsabilizam pela
transformação da glicose, estocando-a sob a
forma de glicogênio.
Diabetes
• Quando o pâncreas pára de fabricar a
insulina, ou o organismo não consegue
utilizá-la de forma eficiente, a glicose
fica circulando na corrente sanguínea,
gerando a hiperglicemia e levando a uma
doença conhecida como o diabetes
Glicemia baixa
• Estimula o pâncreas a secretar outro
hormônio: o glucagon.
• O fígado transforma o glicogênio em
glicose e libera a glicose no sangue.
• A glicemia retorna, então, ao valor de
referência.

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