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A Bruxa Filó

Era uma vez...

Uma Bruxa muito velha, sentada num banco de madeira em frente a um caldeirão a
fumegar. Na cabeça trazia um chapéu bicudo, velho cheio de pó. E vestia-se de preto,
como só as velhas, muito velhinhass se vestem.
Tinha 135 anos. Já tinha morado em 23 países diferentes e conhecido muita gente e
muitas culturas.
Agora, vivia na cave do João e só ele sabia que ela ali estava.
Só ele a via.

Quando era nova, a bruxa Fíló tinha muitos amigos e viajava imenso. Nessa
altura, o seu aspecto era outro, as roupas mais claras, a pele menos enrugada e
todos gostavam dela porque era bonita. Porque Filó era uma bruxa boa. Mas,
perguntam vocês, as fadas é que são boas! Nos contos as bruxas são más! Pois é.
Assim se passa em muitos contos de encantar, mas no mundo das histórias
também há pessoas diferentes e os seres mágicos também têm as suas
particularidades.

A Filó era uma fada pequenina, que olhava da sua janela as outras fadas a voar
de flor em flor, a subeir bem alto e a descer em piruetas. Ela olhava e aguardava
muito ansiosa que as suas asas despontassem, mas o tempo passava e isso
nunca aconteceu.

Filó era uma das raras fadas que nasciam sem asas. Por algum motivo ela era
diferente e quando mais nova, observava as outras fadas suas irmãs, todas
com asas como as borboletas, mas a Filó nasceu sem asas e por isso usava uma
vassoura mágica para se deslocar de um lado para o outro.
As outras fadas riam-se dela. Chamavam-lhe bruxa, mas ela não se zangava com
elas. Por vezes, deixavam-na sozinha quando iam voar todas juntas, mas Filó
não se importava. Ela era feliz assim como tinha nascido e não precisava de asas
para visitar os seus amigos.

Se fosse uma fada com asas, como as dos contos, Filó faria magias para as
Princesas nos Castelos, mas sem asas e com a sua vassoura voadora, a bruxinha
não era querida nos palácios. Assim, ela preferia visitar as crianças pobres nas
aldeias e, como sabia alguns truques, animava as suas manhãs frias e dava-lhes
alegria nos dias de fome. E os seus sorrisos faziam-na muito mais feliz que as
riquezas dos castelos.

Agora a bruxa Filó, já estava velha e vivia com um menino, na sua cave, onde só
ele e mais ninguém, sabia onde ela estava. E era feliz assim.

Elsa Filipe

Creche no Outono
Tem várias cores misturadas.
Vermelho, verde e castanho
E cores amareladas.

Saber misturar as cores


Como faz a Natureza
É trabalho de pintores
E na Creche é riqueza!

Adaptado

Outono

Começou o Outono
Vamos fazer um painel
Com tintas e um pincel...

Árvores quase despidas


Folhas amarrotadas
Amarelas, castanhas

E alaranjadas...

O vento a soprar na rua


O vendedor a passar:
Quem compra castanhas quentes
Acabadinhas de assar?

In: No Jardim de Infância


Lourdes Custódio

Sugestão:Fazer um painel em papel cenário pintado pelas crianças.


Para a creche podem-se utilizar frascos de roll on com as cores de Outono.

O ouriço já secou
já caiu a castanhinha;
hoje é dia de comer
uma castanha cozidinha.
Cozidinha ou assadinha
na fogueira a saltitar;
hoje é dia de magusto
vamos cantar e bailar.

PORQUE CAEM SEMPRE AS FOLHAS,


QUANDO CHEGA O OUTONO,

SERÁ QUE TÊM FRIO,

OU SERÁ QUE TÊM SONO?

ERAM VERDES, ESTÃO CASTANHAS,

QUEM AS VÊ E QUEM AS VIU,

AS FOLHAS CAEM NO OUTONO

E AS ÁRVORES FICAM COM FRIO.

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