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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS

DE SÃO BRUNO

SESSÃO Nº 4

  

1. Conceito de Literacia Emergente

2. Desenvolvimento da consciência fonológica 

3. Da consciência fonológica à leitura e à escrita

  31 de Janeiro de 2011
Formadora: Teresa França
SESSÃO Nº 4

Desenvolver Competências linguístico-comunicativas


na sala de Jardim de Infância e na sala de aula
SESSÃO Nº 4

Desenvolver Competências linguístico-comunicativas


na sala de Jardim de Infância e na sala de aula
SESSÃO Nº 4
“Lê mais quem lê melhor e lê melhor que
lê mais.”
Stanovich
SESSÃO Nº 4
“Eu aprendi a gostar de música clássica muito antes de saber as notas:
minha mãe as tocava ao piano e elas ficaram gravadas na minha cabeça.
Somente depois, já fascinado pela música, fui aprender as notas porque
queria tocar piano. (…)

Isso é verdadeiro também sobre aprender a ler. Tudo começa quando a


criança fica fascinada com as coisas maravilhosas que moram dentro do
livro. Não são as letras, as sílabas e as palavras que fascinam. É a
história. A aprendizagem da leitura começa antes da aprendizagem das
letras: quando alguém lê e a criança escuta com prazer.”

“(…)pelas delícias da leitura ouvida, a criança se volta para aqueles


sinais misteriosos chamados letras. Deseja decifrá-los, compreendê-los
– porque eles são a chave que abre o mundo das delícias que moram no
livro! Deseja autonomia: ser capaz de chegar ao prazer do texto sem
precisar da mediação da pessoa que o está lendo.”

Rubem Alves
SESSÃO Nº 4
A partir de meados dos anos sessenta (séc XX) surge o
conceito de

LITERACIA EMERGENTE

A criança é encarada como É fundamental a importância


construtora de linguagem e das interacções protagonizadas
de conhecimento, como pelas crianças durante a
geradora de hipóteses e primeira infância no
empenhada na resolução de desenvolvimento da literacia.
problemas, em vez de
receptora passiva de
informação
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Princípios estruturadores dos comportamentos de Literacia:
1. Contextos / Situações
Quando a criança vive num meio rico em material impresso, ela
interage com este material, organizando-o e analisando os seus
significados.
2. Discurso sobre o impresso
O comentário acerca de uma notícia acabada de ler no
jornal, a consulta de uma revista para ver a programação
da televisão, a leitura de uma receita de culinária, para já
não falar na leitura de histórias por parte dos adultos, são
actividades que poderão ter um papel de relevo na
consciencialização acerca do impresso.
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3. Descoberta das funções e formas de escrita
4. Reflexão sobre a linguagem escrita
A investigação efectuada permite-nos afirmar que a aprendizagem
da leitura numa língua de escrita alfabética e a consciência
segmental se desenvolvem por influência recíproca.

i) O desenvolvimento da competência literácita começa bem antes


da instrução formal;

ii) Ouvir, falar, ler e escrever desenvolvem-se de uma forma


concorrente e inter-relacionada, mais do que duma forma
sequencial;

iii) A competência literácita desenvolve-se no quotidiano, para dar


resposta a questões do dia-a-dia, e a criança aprende sobre a
leitura e a escrita como aprende sobre o mundo que a rodeia;
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iv) as crianças desenvolvem um trabalho cognitivo crítico no
desenvolvimento desta competência desde o nascimento até aos 6
anos de idade, precisamente através das actividades da vida real e
para interagir com o real;

v) interagindo socialmente com adultos em situações de leitura e de


escrita, as crianças aprendem a língua escrita;

vi) Se bem que a construção da literacia possa ser descrita em


termos de estádios, as crianças podem atravessar estes estádios de
várias maneiras e em diferentes idades.

Aprende-se a falar Aprende-se a ler


falando e ouvindo ouvindo ler
falar. e lendo.
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1. Como podemos abordar a leitura se a criança ainda não
compreendeu que tipo de objecto é o livro, e que o texto
transcreve a linguagem?

2. Como podemos ter o desejo de ler se não sabemos o que é?

O primeiro passo será, portanto, ouvir ler.

3. A leitura de histórias para as crianças desempenha importante


funções aos níveis:

nível cognitivo - contribui para abrir janelas sobre conhecimentos


que a conversa do dia a dia não consegue comunicar; estabelecer
associações claras entre a experiência dos outros e a sua; que quem
ouve aprenda, quer pela estrutura da história, quer pelas questões e
comentários que ela sugere, a interpretar melhor os factos e os actos,
a organizar melhor e a melhor reter a informação.
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nível linguístico - a leitura de histórias para as crianças permite
clarificar um conjunto muito variado de relações entre a linguagem
escrita e a linguagem falada, tais como: o sentido da leitura; as
fronteiras entre as palavras; a relação entre o comprimento das
palavras faladas e das palavras escritas; a recorrência das letras e
dos sons; as correspondências letra/som; as marcas de pontuação.

Os conhecimentos linguísticos adquiridos ao longo da


audição de uma história fornecem à criança mais-
valias importantes quer para poder lidar com a
progressiva complexidade dos textos com que vai
sendo confrontada, quer para a escrita dos seus
próprios textos.
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nível afectivo – a leitura de histórias em voz alta para a criança
permite-lhe descobrir o universo da leitura pela voz, plena de
entoação e de significado, mediada através das pessoas em quem
confia, de quem gosta e com quem se identifica.
O que diferencia então bons e maus leitores?
O que diferencia então bons e maus leitores?
Um melhor acesso à leitura será facilitado com:

1. o desenvolvimento da linguagem oral, tanto a nível da expressão como da


compreensão;

2. a aquisição de uma consciência da relação entre a linguagem oral e a


linguagem escrita;

3. o desenvolvimento de competências de análise sobre as unidades da fala, ou


seja, as palavras, sílabas e sons;
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As competências metalinguísticas não
se desenvolvem espontaneamente em
contacto com a língua oral

Quanto mais a criança reflectir


sobre unidades da língua, melhor
preparada ficará para ler.

Consciência
Fonológica
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Desenvolvimento da Consciência Fonológica
“ (...) capacidade para analisar e manipular segmentos
O que é? sonoros de tamanhos diferenciados, como sílabas,
unidades intrassilábicas e fonemas (...)”
(Sim-Sim,
(Sim-Sim, 2008)
2008)

“A consciência de que as palavras contêm sílabas e


fonemas é a base da passagem das actividades
Qual a sua linguísticas de carácter primário, falar e ouvir falar, para
importância? actividades secundárias, como é o caso da leitura e da
escrita.”
(Sim-Sim,
(Sim-Sim, 1998)
1998)

1. tarefas de contagem, classificação, segmentação,


reconstrução (ou síntese) e de manipulação;
Implica...
2. trabalho efectuado a nível da oralidade (para graus
avançados, poderá estar apoiada, ou não, em tarefas
de leitura e escrita)
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Como trabalhar a Consciência
Fonológica ?
 O conhecimento da Língua : desenvolver a Consciência Fonológica
Maria João Freitas & Dina Alves & Teresa Costa

 Linguagem e Comunicação no Jardim de Infância


Inês Sim-Sim & Clarisse Nunes & Ana Cristina Silva

 Sequências de Consciência Fonológica


Artur Carvalho
SESSÃO Nº 4
• Tarefas Para a Próxima
Sessão
 Procurar nos Documentos Oficiais referências ao
ensino e aprendizagem
da Consciência Fonológica:

o Orientações Curriculares Para o Jardim - de – Infância

o NPPEB

o Metas de Aprendizagem

Bom Trabalho
SESSÃO Nº 4
Bibliografia
“Melhor falar para melhor Ler”
Fernanda Leopoldina Viana
Colecção Infans (Centro de Estudos da Universidade do Minho)

“As rimas e a Consciência Fonológica”


Fernanda Leopoldina P. Viana
Universidade do Minho, Instituto de Estudos da Criança

“O conhecimento da Língua; o desenvolvimento da


Consciência Fonológica”
Maria João Freitas & Dina Alves & Teresa Costa
Ministério da Educação (DGIDC)

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