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MACROECONOMI

Prof. Ludgard Ricci

12/08/2021 Prof. Ludgard Ricci 1


MODELOS
MACROECONÔMICOS

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MODELOS
MACROECONÔMICOS

• Macroeconomia clássica: confiança nos


mecanismos auto-regulares do mercado.

• Macroeconomia Keynesiana: justifica a


aplicação ativa de instrumentos corretivos de
ajustamento contínuo.

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MACROECONOMIA
CLÁSSICA
Adam Smith – 1776 – A riqueza das Nações

Jean Baptiste Say – 1803 – Tratado de economia política

John Stuart Mill – 1848 – Princípios de economia política

Leon Walras – 1926 – Elementos de economia política pura

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Contexto histórico

Século XVIII – Inglaterra assume posição hegemônica na


economia: eficiente, poderosa e altamente competitiva

Economia inglesa não dependia de proteções


tarifárias

Prevalecia a doutrina do livre comércio entre


nações, sem temor à concorrência externa

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Contexto histórico

Revolução industrial e tecnológica propiciava


inúmeros empreendimentos

Ampliação do grau de concorrência em todos os


mercados

Novas tecnologias associadas à disponibilidade


de novos bens de capital

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Contexto histórico

Migrações dos campos para as cidades e crescimento demográficos


tornaram a oferta de mão-de-obra altamente elástica

Mudanças nos padrões de regulamentação no mercado


de trabalho (maior proteção legal para os trabalhadores)

Prevaleceram as regras de mobilidade da força de


trabalho e da flexibilidade das remunerações

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Aspectos econômicos

Não havia temor pela ocorrência de ondas de superprodução,


que o mercado não teria condições de absorver

A flexibilidade de preços e de remunerações, decorrentes da livre concorrência


e do livre mecanismos das forças de mercado, se encarregariam de fazer os
ajustes na economia

Durante 150 anos, nas últimas décadas do século XVIII, durante todo o século
XIX e nas três primeiras décadas do século XX, prevaleceu as idéias clássicas

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Aspectos econômicos

Flutuações nos ritmos dos negócios, choques de oferta e os distúrbios nos


mercados financeiros eram ocasionais e temporários

Inicialmente, não ocorreram estados generalizados de quebra de bancos


e empresas

Pareciam existir forças endógenas que traziam a economia de volta a um


estado relativamente estável de crescimento

Enraizava-se a crença absoluta nos ideais da macroeconomia clássica.

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Argumentos teóricos
da macroeconomia
clássica

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Economia auto-ajustável

Crença absoluta no automatismo das forças de mercado.

Consagraram a idéia de que as forças do mercado operam no


sentido de manter a economia em situação permanente de pleno
emprego.

A preocupação principal desses autores foi tentar explicar por que


era improvável a ocorrência de perturbações agudas e demoradas do
desempenho econômico e como as anomalias temporárias eram
corrigidas pelos mecanismos dos mercados livres e flexíveis.
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Lei de Say

“A oferta cria sua própria procura”


O argumento central fundamentava-se na crença de que a produção cria,
sempre e necessariamente, mercados para todos os bens e serviços
produzidos

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Ausência de crises de
superprodução
A taxa
Devi de bijuros
do à flexi lidadeédeque
preçosse e
A macroecono
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alto
disponibilidades
compensados
desemprego porgene dera
iguais fundos
volumes de
lizad o.
investimentos.
poupados.

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Jean-Baptiste Say

“A produção é que propicia mercados aos produtos. Se um produtor


de tecidos disser que não são outros produtos que ele pede em troca
do seu, mas moeda, será fácil provar-lhe que seu comprador estará
em condições de pagá-lo em moeda pelas mercadorias que, por sua
vez, for capaz de vender...

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Jean-Baptiste Say

“...Os agricultores comprarão mais tecidos se suas colheitas forem


boas e comprarão tanto mais quanto tiverem produzido; não
comprarão nada se não produzirem nada. A conseqüência que daí se
extrai é que, em qualquer nação, quanto mais os produtores são
numerosos e as produções multiplicadas, tanto mais os mercados
serão amplos e variados...

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Jean-Baptiste Say

“...Cada produtor deseja vender os seus produtos. E, realizadas as


vendas, todos se desfazem da moeda que elas proporcionaram,
procurando por outros produtos. A moeda serve de ligação entre a
troca de um produto por outro. Mas os produtos é que criam
mercados para outros produtos”.

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John Stuart Mill

“O que constitui os
meios de pagamentos
das mercadorias são as
próprias mercadorias.
Os meios de que cada
pessoa dispõe para
adquirir a produção de
outras pessoas
consistem nos bens
que ela própria
produziu...

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John Stuart Mill

“...Todos os ...A sociedade


vendedores são,
inevitavelmente e ex vi poderia comprar
termini, compradores. o dobro, pois
Se pudéssemos teria duas vezes
duplicar
repentinamente as mais para
forças de produção de oferecer em
um país e dobrar a
oferta de mercadorias
troca. Estariam
em todos os simultaneament
mercados, e duplicadas a
duplicaríamos ao
mesmo tempo o poder oferta e a
aquisitivo. procura”.
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Equilíbrio com pleno
emprego

No modelo clássico, as forças de mercado


tendem a equilibrar a economia a pleno
emprego.

Não existem recursos econômicos


involuntariamente ociosos.

O emprego da mão-de-obra e dos bens de


capital é “sempre” integral e permanente.

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Autocorreção de
desequilíbrios parciais
Ae
A lógic a da livpod
conomia re concorrência
e prod uzir
provocará uma transferência
algu ns prod utos e m
espontânea de recursos entre
qua asntidade s sup
ativ idades eriores
com ofertaà s
ne cessid ades
excedente correntes.
e insuficiente.

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Autocorreção de
desequilíbrios parciais
1. Uma 02
2. Ajustes adaptação
nos preços e
nas remunerações das
Conseqüênci
estrutural
cadeias da
produtivas
produção.
as:
afetadas.

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Flexibilidade de preços e
remunerações

Na
Na
macr
macr
oeco
oeco
Os salários
nomi
nomi
a
a
reais
clássi
clássi
ca,
ca, efetivamente
está
está
implíc
implíc pagos pelos
ita
ita aa
idéia
idéia
de
empresários
de
que
que a
empr
empr
a serão então
esa
esa
se
se
iguais à
move
move
pelo
pelo
produtividad
princí
princí
pio
pio e marginal
da
da
maxi
maxi da mão-de-
mizaç
mizaç
ão
ão do
lucro.
do obra.
lucro.

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Flexibilidade de preços e
remunerações

Dessa forma, os salários Os preços dos bens


reais flexibilizam-se para produzidos e os
“mais” e para “menos” em
resultados
função das condições
prevalecentes no mercado econômicos é que
de produtos finais e de definem os salários
fatores de produção. reais.

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Neutralidade da moeda

Nesse modelo, a procura Eventuais desajustes no Desse modo, são os


por moeda atende setor monetário, caso preços que se
apenas a finalidades ocorram, não afetarão o
movimentam (fluxo
transacionais e a oferta desempenho do setor
monetária, exógena, real da economia, monetário) e não o
tende a ajustar-se a ficando limitados a nível de emprego
essas necessidades. variações nominais. (fluxo real).

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Igualdade entre poupança
e investimento

Na macroeconomia clássica, a poupança e o


investimento são funções da taxa de juros.

Poupança: função direta da TJ


Se: TJ ↑, logo P ↑
Se: TJ ↓, logo P ↓

Investimentos: função inversa da TJ


Se: TJ ↑, logo I ↓
Se: TJ ↓, logo I ↑

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Igualdade entre poupança
e investimento

Quando a taxa de juros aumenta, os agentes


econômicos se dispõem a aumentar o nível de
suas poupanças, reduzindo o consumo
corrente.

A taxa de juros é uma variável real utilizada


como um prêmio pelo adiamento do consumo.

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Igualdade entre poupança
e investimento

Os juros altos
Em relação são um fator de
aos desestímulo para
investimentos, os empresários
os empresários investirem, dado
só decidirão que a
investir mais produtividade
se os juros marginal do
capital é
caírem. decrescente.

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Igualdade entre poupança
e investimento

Harmonizando esses interesses opostos, o livre jogo das


forças de mercado conduzirá sempre à igualdade entre
poupança e investimentos, dada por uma taxa de juros de
equilíbrio.

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FIM

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