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ALIMENTOS FUNCIONAIS – GUIA PARA PALESTRA

O que são alimentos funcionais?


São aqueles alimentos que contêm substâncias ou nutrientes que
forneçam beneficio à saúde, seja como prevenção ou tratamento de doenças.
De maneira geral, os alimentos funcionais são considerados promotores
de saúde e podem estar associados com a diminuição dos riscos de algumas
doenças crônicas (ANJOS, 2004).

Conceitos
Alimentos funcionais são definidos como qualquer substância ou
componente de um alimento que proporciona benefícios para a saúde,
inclusive a prevenção e o tratamento de doenças. Esses produtos podem
variar desde nutrientes isolados, produtos de biotecnologia, suplementos
dietéticos, até alimentos processados e derivados de plantas.
Segundo a portarias 18 e 19 da ANVISA 1999, os alimentos funcionais
devem exercer um efeito metabólico ou fisiológico que contribua para a saúde
física e para a redução do risco de desenvolvimento de doenças crônicas.

Alimentos funcionais
Um alimento pode ser considerado funcional ao conseguir demonstrar
satisfatoriamente que possui um efeito benéfico sobre uma ou várias funções
específicas no organismo (além dos efeitos nutricionais habituais), que produz
melhora no estado de saúde e bem estar ou reduz o risco de uma enfermidade.
Os alimentos funcionais devem apresentar propriedades benéficas além das
nutricionais básicas, sendo apresentados na forma de alimentos comuns. (São
consumidos em dietas convencionais, mas demonstram capacidade de regular
função corporais de forma a auxiliar na proteção contra doenças como
hipertensão, diabetes, câncer, osteoporose e coronariopatias).
Os alimentos funcionais e os têm sido considerados sinônimos, no
entanto, os alimentos funcionais devem estar na forma de alimento comum, ser
consumidos como parte da dieta e produzir benefícios específicos à saúde, tais
como a redução do risco de diversas doenças e a manutenção do bem-estar
físico e mental.
Legislação/Rotulagem Alimentos Funcionais

No Brasil, o Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância


Sanitária (ANVISA), regulamentou os Alimentos Funcionais.
A ANVISA trata de:
- Procedimentos para Registro de Alimentos e novos Ingredientes, sem cuja um
Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) para registrar um alimento.
- Aprova o Regulamento Técnico que estabelece leis Básicas para Avaliação
de Risco e Segurança de Alimentos que prova, baseado em estudos e
evidências científicas
- Aprova as propriedades Funcionais e/ou de Saúde, alegadas em rotulagem
de alimentos.
- A alegação de propriedades funcionais e ou de saúde é permitida em caráter
opcional;
- Os nutrientes com funções plenamente reconhecidas pela comunidade
científica não será necessária a demonstração de eficácia ou análise da
mesma para alegação funcional na rotulagem
- No caso de uma nova propriedade funcional, há necessidade de
comprovação científica da alegação de propriedades funcionais e ou de saúde
e da segurança de uso.
Os princípios gerais do Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos
Embalados já estabelecem que :

a) não se pode apresentar no rótulo atributos de efeitos ou propriedades que


não possam ser demonstrados;

b) é proibida a indicação de que o alimento possui propriedades medicinais ou


terapêuticas.

Papel do/a Nutricionista


O papel da nutricionista em relação aos alimentos funcionais é incentivar o
consumo, mas também esclarecer que estes alimentos não são milagrosos,
mas sim podem trazer benefícios a saúde, e mais prevenindo alguma
enfermidade do que curando alguma.
Esta classe de compostos pertence à nutrição, merecendo uma categoria
própria, que não inclua suplementos alimentares.
Cabe ao nutricionista recomendar o consumo destes alimentos de maneira
adequada, seja em quantidades e qualidades destes alimentos .
( PIMENTEL,2005).

Para que esses alimentos possam atuar como funcionais devem ser
consumidos regularmente, ou seja, deve fazer parte do seu cardápio diário.

A incidência de morte devido a acidentes cardiovasculares, câncer,


acidente vascular cerebral, arteriosclerose, enfermidades hepáticas, dentre
outros, pode ser minimizada através de bons hábitos alimentares

Os alimentos funcionais, não substituem os “remédios”, pois o consumo desses


alimentos sozinhos e em grande quantidade não resultará na cura ou prevenção de alguma
doença.

Tendências dos APF Nutricionais no Brasil e no mundo


Os alimentos funcionais invadem o mercado. Além da função original de
nutrir, eles prometem também ajudar na prevenção e tratamento de doenças,
como se fossem remédios. Esses alimentos, enriquecidos de vitaminas, sais
minerais, ácidos etc., são a nova tendência do mercado alimentício.
O mercado para esse tipo de alimento movimenta cerca de US$ 60
bilhões no mundo, responsável por mais da metade dos investimentos
publicitários na área alimentícia e com expectativas de crescimento da ordem
de 5% ao ano (HARDY, 2000; SWADLING, 2001).
Os alimentos funcionais representam uma grande área de estudo em
todo o mundo e um novo mercado de negócios, altamente promissor. Estima-
se que o mercado mundial de alimentos funcionais movimentou em 2005, cerca
de US$ 60 bilhões na Europa, Estados Unidos e Japão. No Brasil, estes novos
produtos respondem por pelo menos US$ 600 milhões e o conjunto de
alimentos funcionais já representa cerca de 6% da produção nacional da
indústria de alimentação.
A Sociedade Brasileira de APF mostra que no Brasil este setor tem
crescido a um ritmo de 20% ao ano, são vários os produtos que tentam agregar
um valor nutricional maior aos alimentos(2007).

Antioxidantes

Os antioxidantes são um conjunto de substâncias formadas por


vitaminas, minerais, pigmentos naturais e outros compostos vegetais e, ainda,
enzimas, que bloqueiam o efeito danoso dos radicais livres, sendo resposáveis
pela inibição e redução das lesões causadas pelos por eles nas células.

Radicais livres: moléculas orgânicas e inorgânicas e os átomos que


contêm um ou mais elétrons não pareados, com existência independente. Os
radicais livres são moléculas muito instáveis e reativas, com função oxidante, a
presença deles é crítica para a manutenção de muitas funções fisiológicas
normais. A produção excessiva de radicais livres pode conduzir a diversas
formas de dano celular e sua cronicidade pode estar envolvida com a origem
ou com o desenvolvimento de numerosas doenças.

Os organismos expostos a radicais livres precisaram desenvolver


mecanismos de defesa contra a ação nociva destes compostos. Dessa forma,
algumas substâncias assumiram o papel de antioxidantes, possibilitando a
sobrevivência destes organismos. Estas substâncias podem ser tanto de
origem endógena, como enzimas produzidas pelo próprio organismo exposto,
ou exógenas, sendo obtidas pela alimentação. Os antioxidantes podem agir
diretamente na neutralização da ação dos radicais livres ou participar
indiretamente de sistemas enzimáticos com essa função. Dentre os
antioxidantes, estão a vitamina C, a glutationa, o ácido úrico, a vitamina E e os
carotenóides.

Mecanismos de proteção

Os antioxidantes atuam em diferentes níveis na proteção dos


organismos:
• O primeiro mecanismo de defesa contra os radicais livres é
impedir a sua formação, principalmente pela inibição das
reações em cadeia com o ferro e o cobre.
• Os antioxidantes são capazes de interceptar os radicais livres
gerados pelo metabolismo celular ou por fontes exógenas,
impedindo o ataque sobre os lipídeos, os aminoácidos das
proteínas, a dupla ligação dos ácidos graxos poliinsaturados e
as bases do DNA, evitando a formação de lesões e perda da
integridade celular. Os antioxidantes obtidos da dieta, tais como
as vitaminas C, E e A, os flavonóides e carotenóides são
extremamente importantes na intercepção dos radicais livres.
• Outro mecanismo de proteção é o reparo das lesões causadas
pelos radicais. Esse processo está relacionado com a remoção
de danos da molécula de DNA e a reconstituição das
membranas celulares danificadas.
• Em algumas situações pode ocorrer uma adaptação do
organismo em resposta a geração desses radicais com o
aumento da síntese de enzimas antioxidantes.

Em adição aos efeitos protetores dos antioxidantes endógenos, a


inclusão de antioxidantes na dieta é de grande importância e o consumo de
frutas e vegetais está relacionado com a diminuição do risco do
desenvolvimento de doenças associadas ao acúmulo de radicais livres.

Carotenóides

Os carotenóides são divididos em carotenos, compostos constituídos


apenas por carbono e hidrogênio, e seus derivados oxigenados, as xantofilas.
Os carotenos são compostos antioxidantes e alguns, como o α - caroteno e o
β - caroteno são precursores da vitamina A. São pigmentos normalmente
encontrados em alimentos de origem vegetal e os responsáveis pelas
colorações amarela, alaranjada e vermelha. Também ocorrem em vegetais
folhosos, mas estes apresentam coloração verde, pois a clorofila (pigmento
desta cor) é mais forte e predominante.
A estrutura química dos carotenóides é baseada em uma cadeia de
carbonos com a presença de ligações duplas, compartilhadas ou não. Estas
ligações duplas características fazem desses compostos potenciais
antioxidantes, uma vez que suas moléculas são capazes de receber elétrons
de espécies reativas, neutralizando os radicais.

Cerca de 50% dos carotenóides podem resultar em vitamina A, sendo


nomeados provitamina A. O betacaroteno é o mais abundante e mais eficaz
provitamina A presente nos alimentos.

Licopeno

O licopeno é um carotenóide sem a atividade pró-vitamina A,


lipossolúvel, composto por onze ligações conjugadas e duas ligações duplas
não conjugadas. É tido como o carotenóide que possui a maior capacidade
seqüestradora do oxigênio reativo (com função oxidante), possivelmente devido
à presença das duas ligações duplas não conjugadas, o que lhe oferece maior
reatividade.
O licopeno é disponível, pela alimentação, através de uma lista pequena
de frutas e vegetais, ao contrário do que acontece com outros carotenóides. O
tomate e seus derivados são as melhores contribuições dietéticas, mas são
boas fontes desse elemento também o mamão, a goiaba vermelha, a pitanga e
a melancia. Por ser um carotenóide, lipossolúvel, ele é mais bem absorvido na
presença de gorduras saudáveis. A adição de uma dose moderada de gordura
monoinsaturada facilita o transporte, a absorção e a ação do licopeno no
organismo. Por isso, recomenda-se acrescentar um fio de azeite de oliva nas
preparações à base de tomates.
A biodisponibilidade do licopeno parece estar relacionada às formas
isoméricas apresentadas, sendo o calor responsável pela modificação da sua
forma isomérica. A absorção de licopeno parece ser maior em produtos que
utilizam tomates cozidos, e influenciada pela quantidade de gordura da
refeição. Além disso, algumas fibras, como a pectina, podem reduzir a
absorção de licopeno devido ao aumento da viscosidade. Alguns carotenóides
também podem afetar a biodisponibilidade do licopeno, como, por exemplo, a
luteína obtida do vegetal e o betacaroteno, pois ocorre uma competição
durante a absorção intestinal do licopeno.
Altas concentrações de licopeno são encontradas nos produtos
comerciais de tomates, como molhos, polpa, purê, extratos, massa, suco e
ketchup. Essas concentrações também dependem do tomate utilizado e da
produção de sua matéria-prima. Quanto ao processamento dos alimentos
fontes, segundo estudo, a ingestão de molho de tomate cozido em óleo
resultou em um aumento de duas a três vezes da concentração sérica de
licopeno um dia após a sua ingestão, mas nenhuma alteração foi observada
quando foi administrado o suco de tomate fresco.
Vários estudos vêm demonstrando uma relação inversa entre o consumo
de alimentos fontes de licopeno e risco de câncer, doenças cardiovasculares e
outras doenças crônicas. A maioria das investigações tem sugerido os efeitos
das dietas ricas em licopeno na contribuição da redução dos riscos da
ocorrência de câncer de esôfago, gástrico, próstata, pulmão, e benefícios para
câncer de pâncreas, cólon, reto, cavidade oral, seio e cervical.
No caso das doenças cardiovasculares, o papel do licopeno tem sido
demonstrado em diferentes experimentos realizados in vitro, onde é associado
a uma redução na oxidação das LDL e inibição da síntese de colesterol de até
73%.

Luteína e Zeaxantina

Dos 20 carotenóides encontrados no plasma e tecidos humanos a


luteína e a zeaxantina são os únicos presentes nos tecidos associados aos
olhos.
Estão armazenados em nosso organismo na retina e na lente do olho, e
são relacionados à redução do risco de catarata e de degeneração macular.
Ambas estão presentes em hortaliças folhosas de coloração verde e verde
escura, como brócolos, couve-de-Bruxelas, espinafre e salsa.
Estudos mostram que a suplementação com alimentos ricos em
carotenóides (especialmente a luteína e a zeaxantina) tem a capacidade de
aumentar a concentração e a densidade do pigmento macular. Estes dois
compostos da família dos carotenóides são encontrados em níveis
aproximadamente 50% maiores em olhos normais do que em olhos portadores
de degeneração macular relacionada à idade (DMRI).
A degeneração macular associada à idade (AMD) é um distúrbio de
visão que atinge um grande número de indivíduos, principalmente mulheres,
fumantes de olhos claros. Cerca de 10 milhões de americanos apresentam
sintomas de AMD, sendo que 450 mil já perderam parte da visão.
Pesquisas observaram que altas concentrações de luteína e zeaxantina
nos olhos estavam associadas à menor incidência de AMD e catarata,
possivelmente pela ação oxidante de ambos, sendo que dose de ingestão
recomendada é de 5,8 mg/dia.

Mecanismo de ação
Os possíveis efeitos protetores são: absorção dos comprimentos de
onda associados ao dano fotoquímico da retina sensorial e remoção dos
radicais livres e formas reativas de oxigênio geradas pela atividade metabólica,
reduzindo o dano causado por eles.

FITOESTERÓIS
Fitoesteróis são esteróis de fonte vegetal, que constituem uma classe de
lipídios derivados de um anel saturado de quatro membros, com um grupo
hidroxil na terceira posição. Há, aproximadamente, 44 esteróis conhecidos nas
plantas e suas formas mais comuns são o campesterol, sitosterol e
estigmasterol, sendo encontrados principalmente em óleos vegetais, nozes e
hortaliças.
Eles interferem na absorção do colesterol a partir do intestino e reduzem
os valores de colesterol total e LDL. Os fitoesteróis são estruturalmente
semelhantes ao colesterol, sendo a principal diferença entre os dois os grupos
funcionais existentes na posição C24 da cadeia. Estas pequenas diferenças
estruturais fazem com que a sua absorção intestinal e destino metabólico seja
diferente. Deste modo, numa alimentação pobre em fitoesteróis, o colesterol é
totalmente absorvido pelo intestino após degradação das micelas em que é
inicialmente incorporado.
Em presença de
fitoesteróis (figura 1)
formam-se micelas mistas, constituídas por colesterol e fitoesteróis, o que
diminui a quantidade de colesterol que será absorvido pelo intestino. O
colesterol que não é incorporado em micelas, é eliminado através das fezes.
Assim, os fitoesteróis contribuem para a diminuição dos níveis de colesterol, o
que por sua vez contribui para a diminuição do risco de aterosclerose e
doenças coronárias.

Têm também propriedade de auxiliar no controle de alguns hormônios


sexuais e, eventualmente aliviar os sintomas de TPM por atenuar a queda de
estrógeno que ocorre nesta fase.
As principais fontes são: margarinas especiais enriquecidas com
fitoesteróis, qualquer óleo vegetal, legumes, gergelim, semente de girassol,
grão de soja, azeites vegetais especialmente milho, colza, girassol, amendoins,
amêndoas e produtos lácteos.
Pesquisas demonstram que o consumo de 20g de margarina
enriquecida com fitoesterol, diminui o LDL em 10 a 15% em 3 semanas.
Estudos vêm mostrando evidências de que os fitoesteróis saturados,
como o sitostanol, inibe a absorção de colesterol com maior eficiência do que
os esteróis vegetais mais hidrofílicos, como o beta-sitosterol.
Estes fitoesteróis saturados são encontrados em quantidades muito pequenas
nas dietas normais, mas podem ser produzidos comercialmente. No Brasil,
alguns alimentos já estão sendo enriquecidos com fitoesteróis, mas seu valor
comercial ainda é bastante elevado - uma unidade de creme vegetal de 250g
custa atualmente por volta de R$10,00.
O uso dos fitoesteróis deve ser feito com cautela, pois ainda não há
consenso dos benefícios à saúde, e alguns estudos sugerem que uma alta
absorção pode levar à fitoesterolemia, que pode desenvolver, prematuramente,
DCV. Fitoesteróis já foram encontrados em lesões ateroscleróticas.

Legislação

Resolução ANVISA/MS nº 19, de 30/04/1999 (republicada em


10/12/1999): aprova o regulamento técnico de procedimentos para registro de
alimento com alegação de propriedades funcionais e ou de saúde em sua
rotulagem.
Essas resoluções fazem distinção entre alegação de propriedade
funcional e alegação de propriedade de saúde, como segue:
Alegação de propriedade funcional: é aquela relativa ao papel
metabólico ou fisiológico que uma substância (nutriente ou não) tem no
crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do
organismo humano.
Alegação de propriedade de saúde: é aquela que afirma, sugere ou
implica a existência de relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou
condição relacionada à saúde. Não são permitidas alegações de saúde que
façam referência à cura ou prevenção de doenças.
Em 11 de janeiro de 2005, a ANVISA publicou uma atualização em
relação a esse tema, Resolução RDC nº. 278/2005 relativa a categoria de
“Alimentos com Alegações de Propriedade Funcional e ou de Saúde”, os
produtos com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde aprovados
desde o ano de 1999 foram revistos. Essa reavaliação foi baseada em
conhecimentos científicos atualizados e relatos e pesquisas que demonstram
as dificuldades encontradas pelos consumidores em compreender o verdadeiro
significado da informação transmitida para determinados produtos contendo
alegações. Assim, esta revisão considerou a necessidade das alegações
estarem de acordo com as políticas do Ministério da Saúde e serem de fácil
compreensão pelos consumidores. Após essa revisão, alguns produtos
deixaram de ter alegações e outros tiveram as suas alegações alteradas, com
o intuito de melhorar o entendimento dos consumidores em relação às
propriedades destes alimentos.

FITOESTERÓIS
Alegação
“Os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu
consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida
saudáveis”.
Requisitos específicos
A porção do produto pronto para consumo deve fornecer no mínimo 0,8g
de fitoesteróis livres. Quantidades inferiores poderão ser utilizadas desde que
comprovadas na matriz alimentar.
A recomendação diária do produto, que deve estar entre 1 a 3
porções/dia, deve garantir uma ingestão entre 1 a 3 gramas de fitoesteróis livres
por dia.
Na designação do produto deve ser incluída a informação “... com
fitoesteróis”.
A quantidade de fitoesteróis, contida na porção do produto pronto para
consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação.
Os fitoesteróis referem-se tanto aos esteróis e estanóis livres quanto aos
esterificados.
Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da
substância, incluindo solventes e outros compostos utilizados.
Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s)
utilizado(s).
Apresentar laudo com o grau de pureza do produto e a caracterização
dos fitoesteróis/ fitoestanóis presentes.
No rótulo deve constar as seguintes frases de advertência em destaque e
em negrito:
“Pessoas com níveis elevados de colesterol devem procurar orientação
médica”.
“Os fitoesteróis não fornecem benefícios adicionais quando consumidos
acima de 3 g/dia”.
“O produto não é adequado para crianças abaixo de cinco anos,
gestantes e lactentes”.

Há também um regulamento elaborado pela Comissão das


Comunidades Européias relativo à rotulagem de alimentos e ingredientes
alimentares aos quais foram adicionados fitoesteróis, ésteres de fitoesterol,
fitoestanóis e/ou ésteres de fitoestanol. Regulamento (CE) n.o 608/2004 da
Comissão de 31 de Março de 2004.
FITOTERAPICOS
A utilização de plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos para a
recuperação da saúde é uma prática generalizada, que foi sedimentando-se ao
longo do tempo, sendo o resultado do acúmulo secular de conhecimentos
baseados na experiência sobre a ação dos vegetais por diversos grupos
étnicos. O uso desses recursos é estimulado, muitas vezes, de maneira pouco
criteriosa.
Por isso, desde o ano de 1967, há uma legislação específica para esses
produtos. A última, mais atualizada é a Resolução RDC nº 48, de 16 de março
de 2004, emitida pela ANVISA, que dispõe sobre o registro de medicamentos
fitoterápicos revoga a anterior de 2000. De acordo com essa resolução
fitoterápico é: um medicamento obtido exclusivamente por matérias primas
ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de
seu uso, e também pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua
eficácia e segurança é validada através publicações ou ensaios clínicos fase 3.
Não é considerado medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição,
inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações
destas com extratos vegetais.
Nesta resolução foi acrescentada a forma pela qual a segurança e a
eficácia do medicamento fitoterápico deve ser comprovada. Pela primeira vez,
temos a citação de estudos clínicos de fase 3 para a classificação do
medicamento.
Segundo a OMS, os medicamentos fitoterápicos são aqueles preparados
com substâncias ativas presentes na planta como um todo, ou em parte dela,
na forma de extrato total.
O simples fato de coletar, secar, estabilizar e secar um vegetal não o
torna fitoterápico, em outras palavras, uma planta medicinal não é um
fitoterápico.
Etapas de desenvolvimento do fitoterápico:
- Etapa botânica: é realizada uma identificação do material vegetal, é
muito importante, pois diferentes espécies podem ter diferentes efeitos.
- Etapa Farmacêutica: são identificadas as substâncias de valor no
vegetal.
- Etapa de ensaios biológicos: o possível medicamento será testado.
- Etapa clínica: primeiro o medicamento é usado em poucas pessoas e é
avaliado vários componentes, depois testa-se o medicamento em doentes, e
por fim aumenta o número de participantes e o tempo de uso do medicamento.
Alguns estudos mostram que as plantas medicinais e os medicamentos
fitoterápicos podem, também, causar efeitos adversos, toxicidade e apresentar
contra-indicações de uso.

Definições

Fitoterapia: modalidade terapêutica onde é realizada prescrição


individualizada de formulação - segundo quadro clínico do paciente.
Planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com
propósitos terapêuticos.
Matéria-prima vegetal: planta fresca, droga vegetal ou seus derivados:
extrato, tintura, óleo, cera, suco e outros.
Medicamento fitoterápico magistral: é aquele preparado atendendo a
uma prescrição médica, que estabelece sua composição, forma farmacêutica,
posologia e modo de usar.
Medicamento fitoterápico oficinal: é aquele preparado atendendo a uma
prescrição, cuja fórmula esteja inscrita na Farmacopéia Brasileira ou
compêndios ou Formulários reconhecidos oficialmente.

Utilização na saúde pública

Desde 2007, o Ministério da Saúde dispõe fitoterápicos na saúde pública


como: espinheira santa e guaco. Através de uma portaria interministerial, foi
criado em 2009, o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos,
com objetivos de ampliar a utilização deste tipo de medicamento pelo SUS e
também em 2009, o Ministério da Saúde do Brasil divulgou uma lista com 71
plantas que podem ser utilizadas como medicamento fitorerápico.
Nome científico Nome popular Uso
Combate úlceras, feridas,
Achillea millefolium Mil-folhas, Dipirona
analgesica
Anti-séptico, Antiiflamatório
Allium sativum Alho
e Anti-hipertensivo
Combate caspa, calvíce e é
Aloe spp (A. vera ou A.
Babosa, áloes antisseptico, tira lendia de
barbadensis)
piolhos e é cicatrizante
Alpinia spp (A.
zerumbet ou A. Colônia Anti-hipertensivo
speciosa)
Anacardium occidentale Caju Antisseptico e cicatrizante
Mucolítica e fluidificante
Ananas comosus Abacaxi das secreções e das vias
aéreas superiores.
Apuleia ferrea = Jucá, pau-ferroverdadeiro, Infecção catarral, garganta,
Caesalpinia ferrea ibirá-obi gota, cicatrizante
Afecções da pele em geral
Arrabidaea chica Crajirú, carajiru (impigens), feridas,
Antimicrobiano
Estômago, fígado, rins,
Artemisia absinthium Artemísia verme (lombriga e oxíuru,
giárdia e ameba)
Carqueja, Combate feridas e
Baccharis trimera
carquejaamargosa estomáquico
Bauhinia spp (B. affinis,
B. forficata ou Pata de vaca
variegata)
Bidens pilosa Picão Combate úlceras
Bonina, calêndula, flor-de-
Calendula officinalis Feridas, úlceras, micoses
todos-osmales, malmequer
Andiroba, angiroba, Combate úlceras,
Carapa guianensis
nandiroba dermatoses e feridas
Casearia sylvestris Guaçatonga, Combate úlceras, feridas,
apiáacanoçu,bugre branco,
aftas, feridas na boca
café-bravo
Chamomilla recutita =
Combate dermatites,
Matricaria chamomilla = Camomila
feridas banais
Matricaria recutita
Mastruz, erva-de-santa-
Chenopodium maria, ambrosia, erva- Corrimento vaginal,
ambrosioides debicho, mastruço, antisseptico local
menstrus
Copaifera spp Copaíba Antiinflamação
Cordia spp (C.
curassavica ou C. Erva baleeira Antiiflamatoria
verbenacea)
Costus spp (C. scaber Combate leucorréia e
Cana-do-brejo
ou C. spicatus) infição renal
Croton spp (C. cajucara Alcanforeira, herva-mular,
Combate feridas, úlceras
ou C. zehntneri) péde-perdiz
Curcuma longa Açafrão
Cynara scolymus Alcachofra Combate ácido úrico
Auxiliar no tratamento de
Dalbergia subcymosa Verônica inflamações uterinas e da
anemia
Eleutherine plicata Marupa, palmeirinha Hemorróida, vermífugo
Equisetum arvense Cavalinha Diurético
Erythrina mulungu Mulungu Sistema nervoso em geral
Eucalyptus globulus Eucalipto Combate leucorréia
Eugenia uniflora ou
Pitanga Diarréia
Myrtus brasiliana
Foeniculum vulgare Funcho Anti-séptico
Sintomas da menopausa,
Glycine max Soja
oesteoporose
Harpagophytum
Garra-do-diabo Artrite reumantoide
procumbens
Peão-roxo, jalopão, batata-
Jatropha gossypiifolia Antisseptico, feridas
de-téu
Cortes, afecções nervosas,
Justicia pectoralis Anador
catarro bronquial
Kalanchoe pinnata =
Folha-da-fortuna Furúnculos
Bryophyllum calycinum
Lamium album Urtiga-branca Leucorréia
Estrepa cavalo, alecrim,
Lippia sidoides
alecrim-pimenta
Malva, malva-alta, malva-
Malva sylvestris Furúnculos
silvestre
Maytenus spp (M. Concorosa, combra-de-
Antiséptica em feridas e
aquifolium ou M. touro, espinheira-santa,
úlceras
ilicifolia) concerosa
Mentha pulegium Poejo
Mentha spp (M. crispa,
Hortelã-pimenta, hortelã,
M. piperita ou M.
menta
villosa)
Mikania spp (M.
glomerata ou M. Guaco Broncodilatador
laevigata)
Momordica charantia Melão de São Caetano
Morus sp Amora
Ocimum gratissimum Alfavacão, alfavaca-cravo
Orbignya speciosa Babaçu
Passiflora spp (P. alata,
P. edulis ou P. Maracujá Calmante
incarnata)
Persea spp (P.
Ácido úrico, prevenir queda
gratissima ou P. Abacate
de cabelo, anti-caspa
americana)
Petroselinum sativum Falsa
Phyllanthus spp (P.
Erva-pombinha, quebra-
amarus, P.niruri, P.
pedra
tenellus e P. urinaria)
Plantago major Tanchagem, tanchás Feridas
Plectranthus barbatus = Boldo
Coleus barbatus
Polygonum spp (P. acre
Erva-de-bicho Corrimentos
ou P. hydropiperoides)
Portulaca pilosa Amor-crescido Feridas, úlceras
Leucorréia, aftas, úlcera,
Psidium guajava Goiaba
irritação vaginal
Punica granatum Romeira Leucorréia
Rhamnus purshiana Cáscara sagrada
Ruta graveolens Arruda
Salix alba Salgueiro branco
Schinus terebinthifolius Araguaíba, aroeira, aroeira-
Feridas e úlceras
= Schinus aroeira do-rio-grande-do-sul
Solanum paniculatum Jurubeba
Solidago microglossa Arnica Contusões
Stryphnodendron
adstringens = Barbatimão, abaremotemo, Leucorréia, feridas, úlceras,
Stryphnodendron casca-da-virgindade corrimento vaginal
barbatimam
Syzygium spp (S.
jambolanum ou S. Jambolão
cumini)
Tabebuia avellanedeae Ipê-roxo
Tagetes minuta Cravo-de-defunto
Trifolium pratense Trevo vermelho
Imunoestimulante,
Uncaria tomentosa Unha-de-gato
antiinflamatório
Vernonia condensata Boldo da Bahia
Vernonia spp (V.
ruficoma ou V. Assa-peixe
polyanthes)
Zingiber officinale Gengibre Tosse

No Brasil e no mundo
Os fitoterápicos sempre apresentaram uma parcela significativa no
mercado de medicamentos. No Brasil, não existem dados oficiais atualizados,
porém, estima-se que esse mercado gira em torno de US$ 160 milhões por
ano. Aqui o órgão responsável pela regulamentação de plantas medicinais e
seus derivados é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
No âmbito regional o setor é composto de poucas empresas, de
pequeno porte com administração familiar e voltadas para o mercado regional.
As receitas são obtidas de poucos produtos. O nível de pesquisa ainda é baixo
e basicamente orientado para adaptar, para a região, produtos lançados no
exterior. O desenvolvimento de produtos inovadores é pouco relevante e a
estratégia de lançamento de novos produtos segue as tendências do mercado
internacional.
Não se deve esperar que esta participação eleve-se para níveis
apreciáveis em curto prazo. O lançamento de fitoterápicos e suplementos
nutricionais é dirigido pelo mercado internacional, especialmente o americano e
o alemão. As empresas nacionais costumam copiar os produtos lançados no
exterior, que geralmente não contém derivados de plantas amazônicas. A
demanda de mercado é o principal motivador para as empresas trabalharem
com produtos amazônicos.
A irregularidade no fornecimento de produtos é o principal problema para
a rejeição aos produtos amazônicos. A falta de estrutura de cultivo, quando
viável, colheita e/ou coleta e má distribuição são problemas que têm que ser
solucionados para que sejam criadas oportunidades de maior utilização destes
recursos regionais.

ISOFLAVONAS

As isoflavonas (também chamadas isoflavonóides) são compostos


químicos fenólicos, pertencentes à classe dos fitoestrógenos e estão
amplamente distribuídos no reino vegetal. As concentrações destes
compostos são relativamente maiores nas leguminosas e, em particular, na
soja (Glycine max), sendo que as principais isoflavonas encontradas na soja e
seus derivados são a daidzeína, a genisteína e a gliciteína, as quais
apresentam-se como várias formas de conjugados glicosídicos, dependendo
da extensão do processamento ou fermentação. Do total de isoflavonas, dois
terços são de glicosídeos conjugados de genisteína, sendo o restante
composto de conjugados de daidzeína e pequenas quantidades de gliciteína.
Já nos produtos fermentados de soja, predominam não só a genisteína, mas
também a daidzeína, devido a ação de glicosidases bacterianas. Sendo assim,
a maior parte da proteína de soja que é utilizada pela indústria de alimentos
contém isoflavonas em concentrações variadas (0,1-3,0.mg) (SETCHELL,
1998).

Nas últimas décadas, tem havido um grande interesse nos


fitoestrógenos e em particular nos potenciais benefícios que uma dieta rica
nestes compostos pode conferir no controle de muitas doenças crônicas. O
maior interesse dos pesquisadores é na farmacologia e fisiologia das
isoflavonas, pois apresentam estrutura não esteroidal, mas comportam-se
como estrógenos na maioria dos sistemas biológicos, além de serem as mais
abundantes dentre os fitoestrógenos. Em adição à sua atividade anti-
estrogênica, estes compostos possuem diversas propriedades biológicas
(atividade antioxidante, inibição da atividade enzimática e outras) que podem
influenciar muitos processos bioquímicos e fisiológicos (SETCHELL, 1998).

A evidência de que as isoflavonas protegem contra várias doenças


crônicas é baseada em estudos experimentais e epidemiológicos. Em
humanos, estudos epidemiológicos mostram claramente uma maior incidência
de alguns tipos comuns de câncer (mama, próstata e cólon) e doenças
cardiovasculares nas populações ocidentais expostas a limitadas quantidades
de isoflavonas de soja (por exemplo: daidzeína e genisteína) na dieta.
Evidência adicional para proteção contra o câncer e doenças cardíacas,
resultantes da administração de isoflavonas de soja, tem sido verificada em
vários modelos experimentais com animais. As isoflavonas podem também
prevenir a perda óssea pós-menopausa e a osteoporose (Brandi, 1997).
Efeitos da genisteína na regulação da secreção de insulina também tem sido
demonstrados (Sorenson et al., 1994). Os mecanismos pelos quais as
isoflavonas podem exercer estes efeitos parecem depender, em parte, das
suas propriedades agonistas-antagonistas dos estrógenos. Outros
mecanismos hipotéticos poderiam derivar de outras propriedades bioquímicas,
tais como inibição da atividade enzimática e efeito antioxidante (BRANDI,
1997).

Metabolismo e ação fisiológica das isoflavonas

As isoflavonas estão presentes nos alimentos ligadas a açúcares e


beta-glicosídeos. Nesta forma não são absorvidas pelo organismo humano.
Somente as isoflavonas livres sem a molécula de açúcar, as chamadas
agliconas, são capazes de atravessar a membrana plasmática. Enzimas
hidrolíticas de bactérias intestinais são responsáveis por estas reações. No
lúmen, as bactérias convertem grande parte dessas agliconas em outras
moléculas. Existe uma variabilidade considerável na eficiência digestiva das
isoflavonas. Somente as formas agliconas ou seus produtos metabólicos são
absorvidos pela barreira epitelial do intestino, a qual ocorre passivamente via
micelas. Após a absorção, estas moléculas são incorporadas nos
quilomícrons, que as transportam ao sistema linfático antes de entrar no
sistema circulatório. Os quilomícrons distribuem as isoflavonas em todos os
tecidos extra-hepáticos, onde irão exercer seus efeitos metabólicos, antes de
retorná-las ao fígado como quilomícrons remanescentes. A retomada das
isoflavonas circulantes do sangue ocorre passivamente e todas as células que
contêm receptores para estrógenos potencialmente podem ser influenciadas
por essas moléculas. Quando estas moléculas são secretadas na bile pelo
fígado, parte é reabsorvida pela circulação entero-hepática e parte é excretada
pelas fezes. (Anderson & Garner, 1997), Entretanto, a eliminação urinária das
isoflavonas é maior e corresponde a aproximadamente 10 ¾ 30% da ingestão
dietética (SETCHELL, 1998).

Os efeitos das isoflavonas variam de tecido para tecido e em cada tipo,


estas apresentam afinidade por receptores específicos. Tais efeitos ainda não
são suficientemente elucidados a nível molecular. Entretanto, estudos tem
demonstrado que as isoflavonas possuem mecanismos gerais de ação que
podem interferir no metabolismo de muitos nutrientes (Anderson & Garner,
1997). Um possível mecanismo de ação geral das isoflavonas inclui efeitos
estrogênicos e anti-estrogênicos, regulação da atividade de proteínas
(especialmente das tirosina quinases), regulação do ciclo celular e efeitos
antioxidantes (Kurzer & Xu, 1997). Estudos em humanos, animais e sistemas
de culturas de células sugerem que as isoflavonas, especificamente a
genisteína e a daidzeína desempenham um papel importante na prevenção de
doenças crônicas tais como, osteoporose, doenças do coração, câncer e
diabetes.

APLICAÇÕES CLÍNICAS DA ISOFLAVONA

Menopausa:
Os sintomas característicos da menopausa incluem ondas de calor,
insônia, transpiração forte, dor de cabeça, mudança de humor, nervosismo,
irritabilidade, depressão e dor vaginal, entre outros. Somente um terço das
mulheres asiáticas apresentam este quadro devido ao alto consumo de
produtos de soja. Pesquisadores da Califórnia acabam de publicar um trabalho,
no qual mostraram que a ingestão de 25 g de soja por dia, contendo 107 mg de
isoflavonas tem resultados benéficos sobre o tônus vasomotor, independentes
de ações antioxidantes e de diminuição de lípides plasmáticos. O estudo foi
realizado com 28 mulheres pós-menopausadas saudáveis com índice de
massa corpórea (IMC) < 30 e que não usaram terapia de reposição hormonal
nos últimos seis meses. Os autores puderam concluir que o suplemento
fornecido auxiliou na manutenção de reatividade vascular em mulheres após a
menopausa.
Estudos mostram que a ingestão diária de 45 mg de isoflavonas modifica
as características do ciclo menstrual, prolongando sua duração. Os estudos
lembram que os ciclos longos estão relacionados a um baixo risco para câncer
de mama e esse efeito não ocorre quando se ingere alimento a base de soja
sem isoflavonas.
Brzezinski e cols realizaram um estudo com 145 mulheres pós-
menopausadas, recebendo dieta rica em fitoestrógenos (mais de 60mg
isoflavonas/dia), mostrando redução dos sintomas da menopausa em 50%, dos
fogachos em 54% e da secura vaginal em 60%. Em outros dois estudos com
mulheres na menopausa, os resultados foram positivos havendo alívio dos
sintomas vasomotores, diminuição da incidência e severidade das ondas de
calor. Na Espanha um estudo multicêntrico, com 190 mulheres menopausadas,
também observou uma diminuição significativa dos sintomas, principalmente
em relação as ondas de calor.

Os benefícios do Ácido Graxo Ômega-3

Por Cristiane Capoani


As gorduras estão geralmente associadas ao excesso de peso e
doenças, porém existem gorduras que consumidas em quantidade moderada
não são prejudiciais. Este é o caso dos ácidos graxos poliinsaturados, que
podem ser da família dos ácidos graxos ômega-6 (ácido linoléico) e ômega-3
(ácido linolêncio). Seu consumo, por meio da alimentação, é essencial, pois
estes ácidos graxos não são sintetizados pelo organismo.

Nos últimos anos, estudos demonstraram a importância dos lipídios de peixes


na alimentação humana, por serem uma fonte rica em ácidos graxos
poliinsaturados, principalmente da família ômega-3. O fato de várias espécies
de peixes marinhos serem ricas em ômega-3 é atribuído ao fato dos peixes se
alimentarem de plâncton, sendo esse rico em ômega-3.

Além de peixes, o ômega -3 também se encontra em óleos de peixe, óleos


vegetais, nozes e sementes, sendo a semente de linhaça em conjunto com o
óleo de linhaça e as nozes, as principais fontes de origem vegetal dos ácidos
graxos ômega-3.

Estudos epidemiológicos correlacionaram a baixa incidência de doenças


cardiovasculares nos esquimós e japoneses devido ao consumo destes ácidos
graxos provenientes de peixes marinhos. Foi comparada uma população que
vivia no pólo norte, consumindo tais peixes, com outra que migrou para áreas
urbanas. Aqueles que migravam apresentavam uma incidência de doenças
cardiovasculares muito maiores do que aqueles que ficaram vivendo da pesca.
Os pesquisadores concluíram que havia uma forte relação entre o consumo de
ômega-3 e a redução de doenças cardiovasculares, evidenciado através da
redução da síntese de compostos inflamatórios, que é a causa de várias
patologias. Foi constatado, então, que o ômega-3 contribuiria com as seguintes
funções:

• Redução da formação de trombos;

• Capacidade de manter a elasticidade dos vasos sanguíneos;

• Ação antiinflamatória: reduz processos inflamatórios retardando a


formação de placas nas artérias;

• Ação anticancerígena;

• Ajuda a manter a pressão sanguínea em níveis adequados;

• Reduz a quantidade de triglicerídeos no sangue e aumenta a


quantidade de HDL.

Pesquisas atuais recomendam uma ingestão diária de 1g de ômega-3,


preferencialmente através da ingestão de peixe.

Riscos do consumo de ômega-3:

Apesar de os benefícios do ômega-3 serem comprovados


cientificamente, seu consumo numa dosagem muito além daquela encontrada
nos peixes preocupa os pesquisadores, pois ainda não se sabe que efeitos
essas altas doses podem ter no organismo a longo prazo. Atualmente ele é
largamente comercializado nas farmácias na sua forma concentrada em
cápsulas. Pesquisadores alertam que esta é uma prática no mínimo arriscada,
pois a ciência ainda não pode assegurar se esse consumo exagerado é
saudável para o organismo.

O ômega-3 consumido como parte da gordura do peixe é seguro, pois ninguém


consumirá uma quantidade de peixe a ponto de chegar numa dosagem como
as que são vendidas em forma de comprimido. Quando se fala em composto
natural, muitas pessoas acham absolutamente seguro consumir. É seguro,
desde que consumido em sua matriz original.

Recomendações para ingerir uma quantidade adequada de ômega-3:

• Consuma peixe pelo menos 3 vezes por semana;

• Escolha, se possível, peixes como a cavala, salmão, sardinha, ou


atum;

• Preferir por óleos de peixe, de canola e de soja;

• O consumo diário de “uma mão cheia” de nozes ou de 2 colheres


de sopa de sementes de linhaça moídas é benéfico especialmente para
vegetarianos ou para quem consome peixe em quantidades reduzidas;

• Moa as sementes de linhaça imediatamente antes de consumi-


las. Ao moer as sementes, torna-se mais eficaz a absorção das gorduras
saudáveis que fazem parte da sua composição.

Pequenos hábitos saudáveis, por menor que sejam hoje, podem trazer-
lhes inúmeros benefícios na saúde de amanhã!

Soja

A soja é considerada um alimento funcional por apresentar componentes


fotoquímicos, que auxiliam na prevenção de diversos sintomas e patologias.
Um dos componentes é isoflavona também chamada isoflavonoides que
são compostos químicos fenólicos amplamente distribuídos no reino vegetal.
Doenças cardiovasculares
Uma dieta rica em soja parece ser benéfica para o sistema
cardiovascular sendo que este efeito está relacionado em três possíveis ações.
1. diminuição do colesterol;
2. inibição da formação de placa aterosclerótica;
3. inibição da ação de trombina

1. Um possível mecanismo da soja como agente hipocolesterolemia é


baseado na ligação das isoflavonas a receptores estrógenos dentro
das células de maneira semelhante ao estradiol o que influencia no
metabolismo do colestero e das lipoproteínas.
2. A proteína de soja é considerada antiaterogenica e a principal
hipótese para essa ação está relacionada com as isoflvonas que
podem agir como antioxidantes, inibindo o processo trombótico e
bloqueando a proliferação de células musculares lisa nas paredes
das artérias.
3. A isoflavona apresentou efeito inibidor de tirosina quinase, levando a
menor fosforilação de tirosina presente nas plaquetas com
conseqüente menor deposição e agregação plaquetaria.

Câncer
A soja e seus derivados apresentam efeito protetor em relação as varias
formas de câncer. As propriedades antioxidantes e efeitos anti-proliferatico das
isoflvonas podem ser responsável por sua ação anti-carcinogenica. Esses
efeitos estejam relacionados com a genisteina e a daidzeina, que têm
demonstrado um possível efeito anticarcinogênico. A genisteina é a única entre
as isoflavonas que possui efeito potencial na inibição do crescimento de células
cancerosas em concentrações fisiológicas, e a daidzeina só exerce algum
efeito se combinada com genisteina.
Osteoporose
As isoflavonas tem atuação considerável na osteoporose pos menopausa
devido a sua ação estrogenia, que apresenta propriedades em determinados
tecidos, inclusive no ósseo.

Fibras
As fibras solúveis: Encontram-se principalmente nos frutos, hortaliças,
leguminosas e alimentos contendo aveia, cevada ou centeio. São benéficas
pois o tempo de absorção dos nutrientes no intestino delgado torna-se mais
longo, contribuindo para a diminuição dos níveis de colesterol sanguíneos e
sobre a regulação de hormônios produzida nas paredes digestivas e no
pâncreas.

As fibras insolúveis: encontram-se principalmente nas hortaliças e nos


cereais inteiros e seus derivados integrais (ex. pão escuro, arroz e massas
integrais, cereais, etc.). Este tipo de fibra tem papel importante sobre a
atividade do intestino grosso, são responsáveis pelo aumento do volume e
fluidez das fezes e pelo estímulo do movimento intestinal. Aumentam o volume
do conteúdo gástrico e retardam o seu esvaziamento, favorecendo por isso a
sensação de satisfação e espaçar o aparecimento da fome;

Os probióticos são definidos como suplementos alimentares à base de


microrganismos vivos, que afetam beneficamente o animal hospedeiro,
promovendo o balanço de sua microbiota intestinal, existentes basicamente
nos leites fermentados e iogurte.

O licopeno é um carotenóide e como todos carotenóides funciona como um


poderoso antioxidante que age na neutralização de radicais livres,
proporcionando proteção contra danos oxidativos, além de estimular a função
do sistema imunológico. Suas fontes são: Tomate, goiaba, melancia

As isoflavonas, fitoestrógenos presentes na soja e outros vegetais, são


utilizadas na prevenção e tratamento de câncer de mama, osteoporose,
deficiência cognitiva, doenças cardiovasculares e redução dos efeitos da
menopausa. Constituem alternativa promissora aos compostos estrogênicos
sintéticos atualmente utilizados por constituírem estrógenos de fraca atividade,
ou seja, minimizam a probabilidade de surgimento de efeitos colaterais em
tratamentos que requerem a utilização de hormônios.

Limonóides presentes nas frutas cítricas (cidra, laranja e limão) têm como
principal mecanismo de ação a indução da Glutationa-S-Transferase, enzima
que promove a conjugação de tendo como conseqüência a diminuição da
toxicidade das substâncias mutagênicas.24

Flavonóides
Os principais pigmentos que dão a cor vermelho-arroxeada às uvas e
jabuticaba são os flavonóides antocianina e quercetina, o carotenóide licopeno
e certos ácidos orgânicos. Tratam-se de compostos fenólicos com elevada
atividade antioxidante encontrados em diversos alimentos

Resveratrole, presente nas cascas de uvas etornando-se, concentrado nos


vinhos tintos, apresenta capacidade antitumoral através da indução da morte
de células neoplásicas. O resveratrole também é capaz de inibir a atividade de
receptores para hormônios andrógenos em células tumorais prostáticas. O
efeito dessas substâncias se deve à varredura dos radicais livres, inibição da
oxidação das gorduras e da agregação plaquetária, além do efeito de
relaxamento dos vasos.

As catequinas dos chás, especialmente do verde, apresentam efeitos


anticancerígenos, apresentando sinergismo entre os diversos compostos,
inclusive com o tamoxifeno.

Lignana que exerce o mesmo papel do estrógeno. Esse composto atua na


apoptose celular — um mecanismo de defesa que provoca a destruição das
células defeituosas. No caso de um câncer, esse mecanismo de autodestruição
costuma não funcionar. Mas a lignana substitui tal sistema e ativa a contagem
regressiva para a célula doente se destruir como esperado.

Sulfetos alílicos presentes no alho e na cebola, reduzem colesterol, pressão


sanguínea, melhoram o sistema imunológico e estimula à produção de enzimas
protetoras contra o câncer gástrico

.
Esteróis e Estanóis vegetais sua estrutura é semelhante a do colesterol, o
que permite que esses compostos concorram com colesterol no momento em
que este está sendo absorvido pelo sistema digestivo, dificultando, assim, sua
absorção.

Luteína um componente funcional do grupo dos carotenóides e é o piguimento


amarelo encontrado em diversas plantas e vegetais. Protege a retina contra
lesões solares e degenerações maculares e previne o câncer do cólon. A
luteína não é sintetizada em nosso organismo e devido a este fato devemos
ingeri-la diariamente pelo menos 6 mg por dia. As principais fontes encontradas
na natureza são: espinafre, alface, brócolis, cenoura, laranja, cereais, verduras
e ovos.

Isotiocianatos substancias com princípios ativos Indutores de enzimas


protetoras. Encontrado nos alimentos como Mostrada, rabanete

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